• Nenhum resultado encontrado

Na produção convencional de nanocristais de dendê foi observado que a maior parcela de impactos ambientais está atrelada ao processo unitário de branqueamento das fibras. Isto ocorre, principalmente, devido ao consumo de energia, que influencia as categorias de impacto de acordo com a fonte em questão.

Todos os cenários avaliados obtiveram menores impactos ambientais que a produção de NCC de dendê convencional, sendo que o cenário que obteve o melhor desempenho ambiental foi o cenário C, com resultados significativos para todas as categorias de impacto, exceto depleção hídrica.

Ao comparar a produção de NCC de FPMD com produções a partir de outras fibras e realizadas as respectivas análises de erro para cada comparação, observou-se que a produção a partir de dendê apresenta um desempenho ambiental inferior com maior significância com relação às fibras de algodão e coco IV.

As fibras apresentam uma maior parcela de impactos principalmente devido ao maior consumo de energia e menor rendimento, calculado como a razão entre a massa de NCC e a massa de FPMD (6%). Os impactos analisados para os NCC de coco IV foram os menores, devido ao melhor rendimento (11%) e utilização de tratamento físico (ultrassom) ao invés de hidrólise ácida.

Possíveis sugestões seriam o melhoramento da rota química adotada, por exemplo, com a adoção de concentrações mínimas necessárias de peróxido de hidrogênio no branqueamento, sem ocasionar redução da qualidade do produto final, além de testes de produção de NCC seguindo uma rota mecânica, como ocorre na produção a partir das fibras da casca de coco verde.

REFERÊNCIAS

ABRAPALMA: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE ÓLEO DE PALMA. A palma no Brasil e no mundo, 2014. Disponível em: <http://www.abrapalma.org/pt/a-palma-no-brasil- e-no-mundo/>. Acesso em: 10 set.2015

AGUDO, E. G. et al. Guia de coleta e preservação de amostras de água. Cetesb, 1987. ALEMDAR, A.; SAIN, M. Isolation and characterization of nanofibers from agricultural residues – Wheat straw and soy hulls. Bioresource Technology, v. 99, p. 1664–1671, 2008. ARVIDSSON, R.; NGYEN, D.; SVANSTROM, M. Life cycle assessment of cellulose nanofibrils production by mechanical treatment and two different pretreatment

processes. Environmental science & technology, 2015.

Austrália lidera ranking de emissão de CO2 per capita, 2007. Disponível em:

<http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/11/071115_poluidores_ac.shtm l> Acesso em: 16 dez.2015

BAUMANN, H.; TILLMAN, A.M. The Hitch Hickers´s Guide to LCA: an orientation in life cycle assessment methodology and application. Lund: Studentlitteratur AB, 2004.

BECK, S.; BOUCHARD, J.; BERRY, R. Control of nanocrystalline cellulose filmiridescence wavelength. CA. n. PI US 2010/0279019, 2010.

BENNAR, P. Polpação Acetosolv de Bagaço de Cana e madeira de Eucapipto. Dissertação de mestrado em Química (Departamento de Química Inorgânica), 1992. Blog. Disponível em :<http://detalhesdacriacao.wordpress.com/2010/09/27/de-onde-vem-oalgodao/>. Acesso em: 16 nov.2014

BRAID, A.C.C.S.. Avaliação do ciclo de vida de nanocristais de celulose obtidos a partir de diferentes biomassas.Monografia (Graduação em engenharia sanitária e ambiental) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Ceará, 2013.

BRINCHI, L. et al. Production of nanocrystalline cellulose from lignocellulosic biomass: technology and applications. Carbohydrate Polymers, v. 94, n. 1, p. 154-169, 2013. CHEHEBE, J. R. B. Análise do ciclo de vida de produtos: ferramenta gerencial da ISO 14000. Rio de Janeiro: Qualitymark, 104p, 1997.

COWIE, John et al. Market projections of cellulose nanomaterial-enabled products--Part 2: Volume estimates. 2014.

DE FIGUEIRÊDO, M. C. B. et al. Life cycle assessment of cellulose nanowhiskers. Journal of Cleaner Production, v. 35, p. 130-139, 2012.

DUFRESNE, A. Nanocellulose: From Nature to High Performance Tailored Materials: Walter de Gruyter Incorporated, 2012.

EATON, A. D.; CLESCERI, L. S.; RICE, E. W.; GREENBERG, A. E.Standard methods for the examination of water & wastewater. American Public Health Association - APHA. 21ª edition. Washington: D. C., 2005.

ECKELMAN, M. J. et al. New perspectives on nanomaterial aquatic ecotoxicity: production impacts exceed direct exposure impacts for carbon nanotubes. Environmental science & technology, v. 46, n. 5, p. 2902-2910, 2012.

FRISCHKNECHT, R. et al. Implementation of life cycle impact assessment methods. Ecoinvent report, 2007.

GAVANKAR, S.; SUH, S.; KELLER, A. F. Life cycle assessment at nanoscale: review and recommendations. The International Journal of Life Cycle Assessment, v. 17, n. 3, p. 295- 303, 2012.

GHAFFAR, S.H; FAN. Lignin in Straw and its Applications as an Adhesive. International Journal of Adhesion & Adhesives, v.13, p. 1-36, 2013.

GIRI, J.; ADHIKARI, R. A Brief review on extraction of nanocellulose and its Application. BIBECHANA, v.9, p.81-87, 2013.

GOEDKOOP, M. et al. ReCiPe 2008. A life cycle impact assessment method comprises harmonised category indicators at the midpoint and the endpoint level, v. 1, 2009.

GUINÉE, J. B. Handbook on life cycle assessment operational guide to the ISO standards. The international journal of life cycle assessment, v. 7, n. 5, p. 311-313, 2002.

HABIBI, Y.; LUCIA, L. A.; ROJAS, O. J. Cellulose nanocrystals: chemistry, self-assembly, and applications. Chemical reviews, v. 110, n. 6, p. 3479-3500, 2010.

HAUSCHILD, M. Z. et al. Building a model based on scientific consensus for life cycle impact assessment of chemicals: the search for harmony and parsimony. Environmental science & technology, v. 42, n. 19, p. 7032-7037, 2008.

HETHERINGTON, A. C. et al. Use of LCA as a development tool within early research: challenges and issues across different sectors. The International Journal of Life Cycle Assessment, v. 19, n. 1, p. 130-143, 2014.

HISCHIER, R.; WALSER, T. Life cycle assessment of engineered nanomaterials: state of the art and strategies to overcome existing gaps.Science of the Total Environment, v. 425, p. 271- 282, 2012.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO). ISO 14040: environmental management - Life cycle assessment - Principles and framework. Genebra: ISO: 2009a. INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO). ISO 14044: environmental management - Life cycle assessment - Requirements and guidelines.Genebra: ISO: 2009b.

JARDINE,J.G.; BARROS, T.D; Dendê. Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/

CONT000fbl23vmz02wx5eo0sawqe3valo63n.html. Acesso em: 04 fev.2016

JOINT RESEARCH CENTRE - INSTITUTE FOR ENVIRONMENT AND SUSTAINABILITY (2011).ILCD handbook general guide for life cycle assessment— recommendations for life cycle impact assessment in the European context—based on existing environmental impact assessment models and factors. Luxembourg: 2011.

JOSHI, S. Can nanotechnology improve the sustainability of biobased products?. Journal of Industrial Ecology, v. 12, n. 3, p. 474-489, 2008.

KLEMM, D. et al. Nanocelluloses: a new family of nature‐based materials. Angewandte Chemie International Edition, v. 50, n. 24, p. 5438-5466, 2011.

KLOCK, U. et al. Química da madeira. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal. Curitiba. (3ª. Edição revisada). 2005. p.86.

KOELLNER, T.; GEYER, R. Global land use impact assessment on biodiversity and ecosystem services in LCA. The International Journal of Life Cycle Assessment, v. 18, n. 6, p. 1185-1187, 2013

LAVOINE, N. et al. Microfibrillated cellulose–Its barrier properties and applications in cellulosic materials: A review. Carbohydrate polymers, v. 90, n. 2, p. 735-764, 2012.

LI, Q. et al. Nanocellulose life cycle assessment. ACS Sustainable Chemistry & Engineering, v. 1, n. 8, p. 919-928, 2013.

LU, Z. et al. Preparation, characterization and optimization of nanocellulose whiskers by simultaneously ultrasonic wave and microwave assisted. Bioresource technology, v. 146, p. 82-88, 2013.

MOON, R.J. et al. Cellulose nanomaterials review: structure, properties and nanocomposites. Chemical Society Reviews, v. 40, n. 7, p. 3941-3994, 2011.

MORAIS, J.P.S.; ROSA, M.F., FILHO; M.S.M.S., NASCIMENTO; L.D., NASCIMENTO,D.M.;

CASSALES, A.R. Extraction and characterization of nanocellulose structures from raw cotton linter. Carbohydrate Polymers, v.91, p.229– 235, 2013.

NASCIMENTO, D.M. Comparação ambiental e tecnológica de nanoestruturas de celulose obtidas da fibra de coco. 2014. Dissertação - Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2014.

NASCIMENTO, Diego M. et al. A novel green approach for the preparation of cellulose nanowhiskers from white coir. Carbohydrate polymers, v. 110, p. 456-463, 2014.

PATI, P.; MCGINNIS, Sean; VIKESLAND, Peter J. Life cycle assessment of “green” nanoparticle synthesis methods. Environmental Engineering Science, v. 31, n. 7, p. 410-420, 2014.

PENG, B.L.; DHAR, N.; LIU, H.L.; TAM, K.C. Chemistry and Applications of Nanocrystalline Cellulose and its Derivatives: a Nanotechnology Perspective. The Canadian Journal of Chemical Engineering, v.89, p.1191-1206, 2011.

PEREIRA, M. C.; ALVIM-FERRAZ, M. C. M.; SANTOS, R. C. Relevant aspects of air quality in Oporto (Portugal): PM10 and O3. Environmental monitoring and assessment, v. 101, n. 1-3, p. 203-221, 2005.

PICCINNO, F. et al. Life cycle assessment of a new technology to extract, functionalize and orient cellulose nanofibers from food waste. ACS Sustainable Chemistry & Engineering, 2015.

POKU, K. Small-scale palm oil processing in Africa. Food & Agriculture Org., 2002.

PRASAD, A. et al. Life cycle assessment of lignocellulosic biomass pretreatment methods in biofuel production. The International Journal of Life Cycle Assessment, v. 21, n. 1, p. 44-50, 2016.

PURE LIGNIN ENVIRONMENTAL TECHNOLOGY. Opportunities with PLET, 2009. Disponível em: http://purelignin.com/opportunities. Acesso em: 15 out.2015

REBOUILLAT. S.; PLA. F. State of the Art Manufacturing and Engineering of Nanocellulose: A Review of Available Data and Industrial Applications. Journal of Biomaterials and

Nanobiotechnology, v.4, p.165-188, 2013.

ROSA, M. F.; MEDEIROS, E. S.; MALMONGE, J. A.; GREGORSKI, K. S.; WOOD, D. F.; MATTOSO, L.H.C.; GLENN, G.; ORTS, W.J.; IMAM, S.H. Cellulose nanowhiskers from coconut husk fibers: Effect of preparation conditions on their thermal and morphological behavior.

Carbohydrate Polymers. v.81, p. 83–92, 2010.

ROSENBAUM, R. K. et al. USEtox—the UNEP-SETAC toxicity model: recommended

characterization factors for human toxicity and freshwater ecotoxicity in life cycle impact assessment. The International Journal of Life Cycle Assessment, v. 13, n. 7, p. 532-546, 2008.

SILVA, D. J.; D’ALMEIDA, M.L.O. Nanocristais de celulose. O PAPEL, v. 70, n. 07, p. 34 – 52, 2009.

SILVA, S. A.; OLIVEIRA, R. de , Manual de análises físico-químicas de águas de abastecimento e residuárias, Campina Grande, Paraíba: O Autor, 2001. 226p. SOM, C. et al. The importance of life cycle concepts for the development of safe nanoproducts. Toxicology, v. 269, n. 2, p. 160-169, 2010.

SOUZA, N. F. Processos de obtenção de nanocelulose a partir das fibras da prensagem do mesocarpo do dendê. 2014. Dissertação - Departamento de engenharia Química.

SOUZA, Nágila Freitas et al. Development of Chlorine-Free Pulping Method to Extract Cellulose Nanocrystals from Pressed Oil Palm Mesocarp Fibers.Journal of Biobased Materials and Bioenergy, v. 9, n. 3, p. 372-379, 2015.

UNITED STATES DEPARTMENT OF AGRICULTURE, 2016. Oilseeds: World Markets and Trade. Foreign Agricultural Service, jan.2016. Disponível em: <http://apps.fas.usda.gov

Documentos relacionados