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Partindo-se da carboximetilcelulose, um polímero renovável e biodegradável, foi possível a confecção de ligas com propriedade magnética satisfatória quando comparada com a literatura [1-16], e a aplicação desses materiais podem ser específicas para determinada situação, como por exemplo, peças metálicas com esses constituintes. O método das esferas híbridas, o qual foi possível obter esses materiais, é de notável importância, dada a simplicidade do processo. O FTIR mostrou a interação dos íons com a estrutura da CMC ao deslocar as bandas características da CMC.

Partindo-se de três tipos de CMC, onde a diferença entre elas estão no grau de substituição e o grau de polimerização, a CMC que melhor formou liga foi a B. Isso se deve ao seu baixo grau de polimerização em relação às outras, assim o empacotamento se dará de forma menos entrópica e agregará mais íons Fe3+ e Co2+ em sua estrutura.

Em relação ao teste de estabilidade a oxidação, o material conseguiu manter sua estrutura na forma de liga nas temperaturas de 200°C e 300°C, entretanto, a partir de 400°C, foram detectados majoritariamente óxidos nas reflexões de DRX. Tais resultados também foram confirmados por análise de TG através do ganho de massa devido à oxidação.

A análise termogravimétrica revelou que as esferas híbridas durante a calcinação perde praticamente todo material orgânico em 140°C e algum resíduo em 450°C. Foi estudada a variação da temperatura e do fluxo de hidrogênio na etapa de redução e na formação da liga. Pode-se concluir que a temperatura e o fluxo alteram de forma considerável o produto final, como o DRX pôde comprovar, para temperaturas e fluxo de hidrogênio baixo foi obtido um material que continha à mistura óxido e liga, sendo necessária uma temperatura e fluxo adequado para obter a liga pura.

Além disso, as propriedades magnéticas foram drasticamente alteradas em função desses parâmetros (fluxo e temperatura), tornando-os magneticamente macios ou moles, dependendo do perfil da curva de histerese. Os sólidos que apresentaram ligas puras, possuíam alta magnetização de saturação e baixa coercitividade e as amostras que tinham a mistura óxido e liga formaram um material com menor magnetização de saturação, mas com alta coercitividade.

Sobre a utilização do material como catalisador (óxido de FeCo) na reação de desidrogenação do etilbenzeno em estireno, conclui-se que a reação é endotérmica, consequentemente o aumento da temperatura favorece a o aumento da conversão de etilbenzeno a estireno. Para a reação a 700 °C foram observados alguns subprodutos tais como o benzeno e tolueno.

As propriedades morfológicas das esferas possuem falhas em sua estrutura, porém, não foi o objetivo desse trabalho sanar essas falhas estruturais, requerendo, portanto, um estudo futuro para melhorar essas e outras propriedades do material.

Em suma, a presente rota de síntese se mostrou favorável para obtenção de ligas magnéticas contendo materiais com interessantes propriedades estruturais, magnéticas e morfológicas, além disso, possui alta resistência a oxidação.

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