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Conforme objetivos propostos foram encontrados, através do estudo, valores de números de saltos para o ataque, bloqueio, saque e levantamento. Estes, foram apresentados distintamente entre as posições desempenhadas pelas jogadoras.

A levantadora, em razão da função desempenhada no jogo, a construção do ataque, apresentou os maiores valores para os tipos de salto com levantamento (LCS), o qual apresenta uma característica peculiar, a saber, a execução de um salto ótimo e não o de intensidade máxima, possibilitando maior qualidade aos levantamentos. Entretanto, a levantadora também tem como função participar nas ações defensivas aqui representados pelos saltos de bloqueio (SCDB e SSDB). Sugerindo assim uma atenção maior para estes tipos de saltos na preparação da atleta.

Na posição de ponta observou-se, como predominância, as ações de SCDA, SCDB, SSDB. Contudo, os mais utilizados pelas jogadoras nessa posição foi o SCDA, demonstrando ser essa posição mais acionada no ataque, com uma característica eminentemente ofensiva. Isso provavelmente ocorra devido à velocidade das jogadas, e à dificuldade com que isto proporciona na construção da estrutura do bloqueio adversário, possibilitando assim o ataque das jogadoras de ponta ser eficiente. É importante salientar que este tipo de salto tem como característica a execução em alta potência. Baseado nas características apresentadas torna-se importante a realização de treinos específicos destinados a jogadora que desempenha essa função dentro da equipe.

As jogadoras de meio apresentaram como principais tipos de saltos, as ações de SCDA, SCDB, SSDB. Contudo a mais utilizada pelas jogadoras nessa posição foi o SCDB, demonstrando ser a jogadora mais acionada no bloqueio. Isso ocorra, devia a essa jogadora bloquear nas três posições da rede e tem a necessidade de deslocar quando se realiza o bloqueio nas extremidades da rede.

As jogadoras opostas demonstraram maiores valores para as ações de SCDA, SCDB, SSDB, demonstrando ser essa posição uma das mais acionadas no ataque, com uma característica eminentemente ofensiva.

Ao comparar o número de saltos entre as posições (levantadora, ponta e meio), pode-se observar que houve diferenças significantes entre todos os tipos de saltos, com exceção dos saltos do tipo SSDB nos jogos de 3, 4 e 5 sets. Neste sentido verifica-se que estas diferenças.

Para a prescrição de um treino para a levantadora, conforme os dados apresentados nesse estudo, dos totais de saltos realizados em um treino, 15% devem ser destinados aos bloqueios com deslocamento, 16% aos bloqueios sem deslocamento e 55% aos saltos para levantamento. Para as jogadoras de ponta, dos totais de saltos realizados em um treino, 39% devem ser destinado aos saltos com deslocamento de ataque, 27% aos saltos com deslocamento de bloqueio, 20% aos saltos sem deslocamento de bloqueio e 8% aos ataques de fundo. Já para as atacantes de meio, dos totais de saltos realizados em um treino, 40% devem ser destinado aos saltos com deslocamento de ataque, 41% aos saltos com deslocamento de bloqueio e 38% aos saltos sem deslocamento de ataque. E para as jogadoras oposto, dos totais de saltos realizados em um treino, 25% devem ser destinado aos saltos com deslocamento de ataque, 36% aos saltos com deslocamento de bloqueio, 22% aos saltos sem deslocamento de bloqueio e 12% aos ataques de fundo.

Obviamente que esses valores são apenas um parâmetro para a categoria, onde tem-se uma idéia da carga que pode se aplicar nas diferentes fases da periodização da equipe, trabalhando o princípio da especificidade do treinamento, para uma melhor estruturação dos treinos de saltos. Ficando assim a sugestão de mais estudos para que os resultados possam confrontar e desta maneira consigamos traçar as características do voleibol na categoria juvenil.

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ANEXOS

ANEXO I - PLANILHA DOS TIPOS DE SALTOS

LEVANTADOR

A

S.C.D.A.

S.S.D.A.

S.C.D.B.

S.S.D.B.

LEV.C.S.

SCS

ATF

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No documento Universidade Estadual de Londrina (páginas 35-40)

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