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Universidade Estadual de Londrina

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Academic year: 2021

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Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ANÁLISE DO NÚMERO DE SALTOS VERTICAIS

REALIZADOS NO CAMPEONATO MUNDIAL JUVENIL

FEMININO DE VOLEIBOL DE 2009

Thiago de Castro Gonçalves

LONDRINA – PARANÁ

2011

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, que sempre apoiaram meus sonhos, contribuindo para o meu sucesso. Pois sem sua ajuda meus sonhos nunca se concretizariam.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças para superar todos os obstáculos que aparecem durante esses anos.

Ao meu professor Marcos Rocha, por ter me ajudado não só na realização desse trabalho, mas também durante toda essa graduação.

A minha tia Sandra, por ter me alojado em sua casa quando mais precisei me tratando como um filho. Obrigado tia.

Aos meus amigos do vôlei que mostraram outro lado mais alegre da vida. Ao Matheus mesmo tendo conhecido por pouco tempo sempre me ajudou em quadra e fora também, nunca esquecerei da Unisinos contigo, valeu por tudo. Um agradecimento especial ao Diego por estar sempre comigo e ter me ajudado diariamente, dividindo minhas dificuldades e alegrias, fizemos uma ótima dupla juntos e peço desculpas se um dia não fui legal com você, pois você se tornou muito especial para mim.

A minha amiga Márjori, além de uma colega de turma, uma amiga que nunca esquecerei. Levarei cada momento nosso eternamente em meu coração.

Em especial a minha Vó Geni, que se tornou uma segunda mãe aqui em Londrina para mim. Você faz muita falta aqui perto de mim. Te amo!

A minha irmã Eloah, que apesar das brigas, sempre me incentivou a continuar aqui e me ajudou um em tudo o que precisei. Um dia retribuirei tudo em dobro à você. Te amo demais!

A minha mãe que seu apoio, mesmo distante, foi essencial para eu terminar toda essa jornada, sendo compreensiva e amorosa. Sempre agindo na hora certa para que tudo corresse bem. Obrigado mãe. Tenho um amor incondicional pela senhora.

E finalmente ao meu pai, que não tenho nem como mensurar a gratidão que tenho para com o senhor, que foi a pessoa que mais me ajudou e incentivou nesse anos. Deixou de lado seus desejos para poder me ajudar a concluir essa nova etapa, com muito carinho que eu digo OBRIGADO PAI. Que Deus te abençoe a cada dia mais. Te amo muito!

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EPÍGRAFE

“O impossível está a um passo da nossa superação, a partir do momento que nos superamos, algo impossível se realiza” Sérgio Pinheiro

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GONÇALVES, Thiago Castro;. Análise do número de saltos verticais realizados no Campeonato Mundial Feminino Mundial Juvenil de Voleibol de 2009. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011.

RESUMO

O salto vertical no jogo de voleibol representa cerca de 60% das ações de alta intensidade do jogo tornando-o de extrema importância para o sucesso da conquista da partida. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo quantificar o número de saltos verticais realizados durante o Campeonato Mundial Juvenil Feminino de Voleibol no ano de 2009. A amostra foi composta de dez jogos que foram cedidos pela Confederação Brasileira de Voleibol. Foi utilizado o método observacional para analise dos vídeos. Para uma melhor caracterização dos tipos de saltos realizados durante o jogo os saltos foram diferenciados em SCDA (salto com deslocamento de ataque), SSDA (saltos sem deslocamento de ataque), SCDB (saltos com deslocamento de bloqueio), SSDB (saltos sem deslocamento de bloqueio), SCS (saque com salto), LCS (levantamento com salto), ATF (ataque de fundo). A coleta de dados foi realizada mediante a observação dos vídeos e transcritas em planilhas. Os resultados apresentaram os maiores valores médios de saltos por jogo para as levantadoras, no tipo de salto LEVCS, com médias de 34,5; 55 e 58,5 respectivamente para os jogos de 3, 4 e 5 sets. Para as jogadoras de ponta, os maiores valores por jogo foram encontrados no tipo de salto SCDA com valeres médio de 35,8; 46,25 e 57,33 em jogos de 3,4 e 5 sets respectivamente. Para as jogadoras de meio foram encontrados os maiores valores para o tipo de salto SCDB com valores médio de 49,11; 78,5 e 83,33 respectivamente para o jogos de 3, 4 e 5 sets. Também para as jogadoras oposta, foram encontrados o maiores valores de saltos do tipo SCDA com valores médios de 15; 29 e 27,33 respectivamente para o jogos de 3, 4 e 5 sets. Pode-se concluir que as levantadoras apresentaram os maiores valores médios por jogo, para o salto do tipo LEVCS, as jogadoras de ponta de oposta apresentaram os maiores valores médios por jogo, para o salto do tipo SCDA e as jogadoras de meio apresentaram os maiores valores médios por jogo para, o salto do tipo SCDB.

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ABSTRACT

The vertical jump in volleyball game represents about 60% of the shares of high intensity of the game making it extremely important to the success of winning the match. In this sense, this study aims to quantify the number of vertical jumps performed during the World Youth Championship Women's Volleyball in 2009. The sample was composed of ten games that were provided by the Brazilian Volleyball Confederation. Observational method was used to analyze the videos. The sample was 12 video-taped National Women’s Volleyball League matches. They were analyzed for specific types of jumping, such as spike jumps with and without approach (SCDA e SSBA); block jumps with and without step movement (SCDB e SSDB), set jumps (LCS) and spikes back (ATF). Data collection was performed by observation of the videos and transcribed into spreadsheets. The results showed higher average jumps per game for the lifters, the type of jump LCS, with averages of 34.5, 55 and 58.5 respectively for games 3, 4 and 5 sets. For high-end players, the highest values were found to match the type of jump with SCDA valeres average of 35.8, 46.25 and 57.33 in games 3,4 and 5 sets respectively. For half the players the highest values were found for the type of jump SCDB with average 49.11, 78.5 and 83.33, respectively, for games 3, 4 and 5 sets. Also opposed to the players, were found the highest values of jumps of type SCDA with mean values of 15, 29 and 27.33, respectively, for games 3, 4 and 5 sets. It can be concluded that the lifters had the highest average per game for the jump-type LEVCS, players tip opposite had the highest average per game, to jump on the type of SCDA and the players had the highest means average per game for the jump-type SCDB.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores médios e desvio padrão do número de saltos das levantadoras por set e jogo. ...

14 Tabela 2 - Valores médios e desvio padrão do número de saltos das

jogadoras de ponta por set e jogo...

16 Tabela 3 - Valores médios e desvio padrão do número de saltos das

jogadoras de meio por set e jogo...

17 Tabela 4 - Valores médios e desvio padrão do número de saltos das

jogadoras oposta por set e jogo...

18 Tabela 5 - Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo

das quatro posições em jogos de 3 sets... 19

Tabela 6 - Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 4 sets... 20

Tabela 7 - Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 5 sets... 21

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SUMÁRIO RESUMO iv ABSTRACT v LISTA DE TABELAS vi 1 INTRODUÇÃO... 01 1.1 Objetivos... 02 1.1.1 Objetivo Geral... 02 1.1.2 Objetivos Específicos... 02 2 REVISÃO DE LITERATURA... 04 2.1 O jogo ... 04

2.2 Princípios do treinamento esportivo... 06

2.3 Alterações das regras no voleibol... 08

2.4 Estudos sobre saltos no voleibol... 10

3 METODOLOGIA... 12

3.1 Amostra... 12

3.2 Coleta de dados... 12

3.3 Análise estatística... 13

4 RESULTADOS... 14

4.1 Número de saltos por posições... 14

4.1.1 Levantadoras... 14

4.1.2 Jogadoras de Ponta... 15

4.1.3 Jogadoras de Meio... 17

4.1.4 Jogadoras Oposta... 18

4.2 Comparação dos tipos de saltos entre as posições... 19

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4.2.2 Jogos de 4 sets... 20

4.2.3 Jogos de 5 sets ... 21

5 DISCUSSÃO... 23

5.1 Saltos com deslocamento de ataque (SCDA) e Saltos sem deslocamento de ataque (SSDA)... 23

5.2 Saltos com deslocamento de bloqueio (SCDB) e Saltos sem deslocamento de bloqueio (SSDB)... 24

5.3 Levantamentos com saltos (LCS)... 25

5.4 Ataque de fundo (ATF)... 25

6 CONCLUSÃO... 26

REFERÊNCIAS 28

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1 INTRODUÇÃO

No momento o voleibol é uma das modalidades principais do país, ocupando uma posição notável no que diz respeito à popularização do esporte. É uma das modalidades esportivas que mais tem evoluído nos aspectos técnicos, táticos e físicos. O desenvolvimento das habilidades técnicas nos dias atuais está diretamente ligado ao desempenho físico. Nesse sentido o voleibol tem exigido maior capacidade física dos atletas na atualidade.

Os esforços realizados durante uma partida são provenientes das ações motoras de deslocamentos e de saltos verticais. O salto vertical no jogo de voleibol representa cerca de 60% das ações de alta intensidade do jogo, além do que, condicionam a obtenção de importantes vantagens nas ações ofensivas (saque, levantamento e ataque) e defensivas (bloqueio), elementos determinantes na conquista dos pontos do jogo (IGLESIAS, 1994).

Assim, quanto maior for à altura de alcance para os saltos verticais nas ações de ataque e bloqueio, proporcionará melhores condições de aplicação técnicas e conseqüentemente maiores possibilidades de efetividade. No caso das ações de saque, o salto vertical contribui com, além da altura alcançada, também com a projeção do corpo sobre a bola permitindo maior potência ou efeito. No levantamento, o salto vertical apresenta uma função que permite adicionar maior velocidade na construção do ataque (ROCHA, 2000).

Dessa forma, o conhecimento do número de saltos verticais que ocorrem no jogo de voleibol torna-se relevante no planejamento do treinamento, por razões de excesso de carga ou intensidades que não provocam adaptações suficientes. A razão principal seria em respeito aos princípios da teoria do treinamento esportivo denominados como especificidade e adaptação.

O princípio da especificidade estabelece a importância de direcionar o processo de treinamento de uma forma específica a fim de conquistar maiores rendimentos. Todavia, o domínio técnico que é determinado pelas suas especialidades esportivas, estabelece diferentes exercícios no processo de treinamento que são específicos das modalidades em questão (ROCHA & BARBANTI, 2007).

Como citado anteriormente, há também o principio da adaptação que prevê a prescrição de estímulos que promovam adaptações biológicas adequadas à

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modalidade. Este princípio prediz que um exercício pode prever estímulos débeis (insuficientes), de adaptação (ideais) ou de estresse (excesso de carga).

Para verificar se o treinamento da capacidade do salto vertical tem desenvolvimento adequado, faz-se necessário determinar as cargas de trabalho para cada jogador (função técnico-tática), tipo de salto executado e número de repetições. Nesse sentido, quanto maior o conhecimento do treinador a respeito dos detalhes do jogo, mais bem preparado estará ele para planejar as cargas mais adequadas ao desenvolvimento de um processo de treino e mais próximas estará da realidade competitiva.

Outro fator que interferiu diretamente na dinâmica do jogo de voleibol e conseqüentemente no processo de treinamento foram as modificações das regras nos últimos tempos. Isso tem ocorrido com a intenção de se buscar maiores tempos de rallies e conseqüentemente chamar maior atenção ao espetáculo do jogo para a mídia. Este fator pode ter contribuído para alteração do volume de saltos verticais ocorridos na partida. Por esta razão, torna-se relevante a realização de estudos sobre a quantificação de saltos realizados em uma partida.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Quantificar o número de saltos verticais realizados durante dez partidas do Campeonato Mundial Juvenil Feminino no ano de 2009.

1.1.2 Objetivos Específicos

Verificar o número de saltos realizados das jogadoras por partida e também por set jogado;

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Verificar esses dados por função técnico-tática exercida por cada jogadora em quadra (levantadora, atacantes de meio, atacantes de ponta e atacante oposta).

Analisar as diferenças dos números de saltos realizados entre as jogadoras por posição nos jogos de 3, 4 e 5 sets.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 O jogo de voleibol

Segundo Vargas (1979), ao verificarmos o voleibol quanto as suas características, observa-se que inicialmente é necessário conhecer e estudar as ações que se realizam no voleibol do ponto de vista das capacidades condicionais. A atividade física que se realiza no transcorrer de uma partida de voleibol tem uma série de características que a definem e diferenciam de outras especialidades desportivas. Podem ser diferenciadas as seguintes características:

a) A atividade desenvolvida no voleibol de competição não é uniforme senão intermitente, com constante alternância entre o trabalho físico (momentos em que a bola está em jogo) com momentos de descanso. O jogador não atua continuamente ao longo de toda partida. Existem momentos que podem ser denominados de “repouso ativo”.

b) Cada jogada, que tem duração variada, é seguida de um tempo variável de repouso. Vários levantamentos estatísticos têm procurado determinar mais objetivamente a característica do movimento acíclico manifestado no voleibol. A maior ou menor duração dos tempos de trabalho e repouso é que define a sua manifestação de movimentos acíclicos. Esta ocorre pelas mudanças de intensidade das ações realizadas no jogo de rede (salto com máxima impulsão, deslocamentos, combinação de saltos com deslocamentos), assim como, nas ações realizadas no fundo da quadra (deslocamentos, deslocamentos em atitudes defensivas, deslocamentos defensivos com movimentos acrobáticos incluindo-se as quedas, rolamentos e etc.).

Assim existem as “seis fases diferentes” que acabam criando um fluxo rítmico de jogo. Seriam elas: o Saque, a Recepção do Saque, a Armação, o Ataque (posterior a recepção de saque e em transição), o Bloqueio e a Defesa baixa. As variações desses fundamentos foram chamadas de gestos técnicos, dos quais os autores citam: os levantamentos para trás, com salto, com uma mão, as manchetes de recepção, lateral, de defesa, de cobertura, as cortadas de tempos diferentes, largadas e as “bolas de segunda” do levantador, os bloqueios triplos, duplos e

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simples, defesas baixas em mergulho, lateral, em rolamento, além do serviço com salto (SELINGER, 1986).

As ações podem ser dividas em três grupos, de forma bastante adequada e sintética, sendo elas:

I. De caráter ofensivo: Saque e Ataque, que tem a intenção clara de enviar a bola ao adversário;

II. De caráter defensivo: Recepção e Defesa, que tem a intenção de receber a bola vinda do adversário. O Bloqueio também é considerado defensivo por ser uma ação que tenta impedir o sucesso das ações ofensivas do adversário;

III. De caráter transitório: Levantamento, que é posterior a uma ação defensiva, com a intenção de preparar uma ação ofensiva. (ROCHA, 2000). Nessas duas fases caracterizam-se as ações motoras do voleibol, saltos, deslocamentos, movimentos dos membros superiores

Em outra classificação para diferentes grupos de esportes, o voleibol deve ser classificado de acordo com as seguintes orientações:

a) Meta do treinamento: aperfeiçoamento das habilidades realizadas em situação de competição com adversários;

b) Estrutura: acíclica;

c) Intensidade dominante: alternativa;

d) Capacidades motoras dominantes: coordenação, velocidade, resistência de força;

e) Demandas funcionais: sistema nervoso central, sistema locomotor, sistema cardiorrespiratório;

f) Causas de fadiga: depleção ATP-CP e acidose lática (lactato). (BOMPA,1989)

Em cada modalidade desportiva é necessário o desenvolvimento de diferentes qualidades físicas específicas que são empregadas durante a sua prática. No caso particular do voleibol, o jogador deve apresentar, fundamentalmente, potência, velocidade (de reação e deslocamento) e agilidade (BOJIKIAN, 2003). Quanto à variável potência, principalmente de membros inferiores, esta parece estar entre aquela que talvez mais se destaque, dado o fato de que está envolvida com o movimento do salto vertical. Quando a técnica de salto for bem empregada, o

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jogador poderá ter uma maior permanência no ar, tendo a possibilidade de utilizar vários recursos técnicos, relevantes tanto para o ataque, quanto para o bloqueio.

O entendimento de como ocorrem estas ações no jogo são determinantes na prescrição de treinamento e podem dar informações importantes aos treinadores.

2.2Princípios do treinamento esportivo

Os princípios do treinamento desportivo têm por objetivo maior dar suporte para elaborar um treinamento que reflita as necessidades do atleta, evitando ao máximo os efeitos indesejáveis como estímulos débeis ou possíveis lesões em razão de overtraining, entre outros.

Na teoria do treinamento esportivo, existem vários princípios como o da individualidade biológica, adaptação, da sobrecarga, continuidade e a especificidade entre outros.

O princípio da individualidade biológica “chama-se individualidade biológica o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Portanto esse princípio pressupõe que é necessário levar em consideração, no momento da prescrição dos exercícios físicos, as habilidades, o potencial físico assim como as limitações a fim de não causar reações adversas no praticante.

Outro princípio é o da adaptação, este está intimamente ligado ao fenômeno do stress. O entendimento de homeostase, como o equilíbrio estável do organismo humano em relação ao meio ambiente, e sabendo-se que esta estabilidade modifica-se por qualquer alteração ambiental, isto é, para cada estímulo há uma resposta, e, ainda, entendendo-se por estímulos o calor, os exercícios físicos, as emoções, as infecções, etc., conclui-se, com base num grande número de experiências e observações de diversos autores, que em relação ao organismo humano:

a. estímulos débeis => não acarretam conseqüências; b. estímulos médios => apenas excitam;

c. estímulos médios para fortes => provocam adaptações;

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O princípio da adaptação prega que é necessário impor ao organismo um estresse suficiente para a quebra da homeostase a fim de gerar um upgrade no condicionamento físico. Intensidades demasiadas devem ser evitadas com objetivo de manter a integridade física do praticante. A homeostase pode ser rompida por fatores internos, geralmente oriundos do córtex cerebral, ou externos, como: calor, frio, situações inusitadas, provocando emoções e, variação da pressão, esforço físico, traumatismo, etc. Dantas diz que, sempre que a homeostase é perturbada, o organismo dispara um mecanismo compensatório que procura restabelecer o equilíbrio, quer dizer, todo estímulo provoca reação no organismo acarretando uma resposta adequada. Neste sentido, o organismo, buscando o equilíbrio constante, estaria sempre em um estado constante de equilibração (Lussac, 2008).

Outro princípio seria o da sobrecarga, algumas indicações de aplicação do Princípio da Sobrecarga, referenciado nas variáveis: Volume (Quantidade) e Intensidade (Qualidade); em vários Tipos de Treinamento, como: Contínuo, Intervalado, em Circuito, de Musculação, de Flexibilidade e Agilidade, e Técnico (TUBINO, 1994). Então com o passar das sessões, o aluno desenvolverá um nível de condicionamento superior ao padrão inicial (princípio da adaptação), logo, é necessário incrementar o nível de estresse imposto ao praticante. Esse princípio anuncia que a sobrecarga do treinamento deve ser progressiva, entretanto, é necessário planejar momentos de baixa intensidade a fim de oferecer momentos de recuperação ao organismo.

O princípio de continuidade se refere a idéia de que a condição atlética só pode ser conseguida após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência bastante significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de treinamento em andamento (TUBINO, 1994). Logo mesmo um atleta que treina a diversos anos a finco poderá perder seu excelente condicionamento físico caso permaneça por longos períodos sem exercícios físicos. Por isso, o princípio da continuidade enfoca que devemos permanecer ativos a fim de não regredir na condição física.

E por último o princípio da especificidade, é aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance desportiva, em termos de qualidade física interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizados” (DANTAS, 1995, p. 50). Deste modo as pessoas possuem constituições e

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anseios diferentes, alguns desejam emagrecer outros ganhar massa muscular ou apenas condicionamento físico. Visto isso é necessário que o treinador prescreva exercícios físicos que vão ao encontro dos objetivos particulares de seus atletas.

Dentre os princípiosapresentados, os da especificidade e da adaptação são de grande importância para a realização desse estudo. Pois, na prescrição do treinamento do voleibol deve-se se basear em dados que comprovem que a carga de trabalho oferecida possa ser a mais adequada possível considerando as exigências de seus atletas. Assim estudos sobre a quantificação de saltos no voleibol são importantes para uma boa elaboração da carga de treinamento durante uma preparação para competição.

No voleibol alguns fatores influenciaram diretamente nas exigências dos jogadores no contexto do jogo nos últimos anos. As alterações das regras têm participação marcante nesses acontecimentos.

2.3Alterações das regras no voleibol

Naturalmente, muitas modificações ocorreram nas regras do voleibol, sobretudo nos últimos anos. Por exemplo, a diminuição da pressão interna da bola (o que tornou a bola mais lenta, na tentativa de ajudar a defesa), a liberação de dois toques no primeiro toque após um saque ou ataque (essa mudança promoveu realmente um maior número de defesas), a possibilidade de recuperar bolas que passam para a quadra adversária por fora do espaço de jogo, dentre outras.

Ocorreu uma diminuição da pressão interna da bola visando uma melhor visualização da mesma, tanto para os jogadores e expectadores no ginásio e televisão. Considerando que um defensor está em distâncias que variam entre 3 a 9 metros da bola, pode-se concluir que, quando essa bola passa pelo bloqueio, o tempo de reação para a defesa torna-se desprezível. Essas alterações da pressão interna da bola nos últimos anos vêm sendo aplicadas em função da diminuição da velocidade com que ela se desloca no momento de uma cortada. Esta menor velocidade da bola evidencia uma grande vantagem para a equipe que esta nas defendendo, aumentando a possibilidade de reação e, conseqüentemente da defesa (ARAÚJO, 1994).

A ampliação da área de saque trouxe vantagens significativas para o time que tem o direito de sacar. A possibilidade de se efetuar o saque de qualquer posição,

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respeitando a párea delimitada para o saque, coloca o sacador numa condição privilegiada, considerando que, com a mudança desta regra, o ângulo de ação do saque ficou maior. Em conseqüência, a possibilidade de se colocar a bola em determinado espaço da quadra adversária aumentou consideravelmente. Assim também acontece com o saque de força, onde a possibilidade da bola cair dentro da quadra, em função do melhor posicionamento do atleta no centro da quadra, fica evidenciada (HESKO apud LATTARI, 1999).

Referente ao toque na bola a federação internacional de voleibol nos anos 90 liberou o toque da bola em qualquer parte do corpo. Também liberaram o contato simultâneo da bola em várias partes do corpo no momento do primeiro toque. Essas alterações na regra foram modificadas com o claro objetivo de fazer com que a defesa fosse beneficiada em situações jogo frente ao ataque. Com o aumento das partes do corpo permitidas para efetuaram o toque na bola, além da facilidade de defesa em função da liberação do toque consecutivo na primeira bola vinda do ataque adversário, possibilitou uma amplitude de movimentos bastante grande e como conseqüência disto o raio de ação para se efetuar uma defesa (HESKO apud DOUG BEAL, 1999).

Mais um alteração na regra que possibilitou um aumento da defesa foi a partir de 1996, a bola seguindo para a quadra adversária por fora do espaço de cruzamento, pode ser recuperada dentro dos toques regulamentares desde que a quadra adversária não seja tocada pelo jogador e que a bola, quando jogada de volta, ultrapasse novamente o plano da rede por fora do espaço de cruzamento e pelo mesmo lado da quadra (REGRAS OFICIAIS DE VOLEIBOL – CBV, 1999).

Outra regra importante que alterou a dinâmica do jogo foi a instituição do libera que é um jogador especializado na defesa. O líbero pode atuar como um jogador de defesa, não sendo permitido a ele completar um ataque de qualquer lugar a quadra ( incluído a quadra de jogo e zona livre) se no momento do contato a bola estiver acima da altura da rede. O líbero não pode sacar, bloquear ou tentar bloquear (REGRAS OFICIAIS DE VOLEIBOL – CBV, 1999).

Apesar de todas as restrições impostas a esse jogador, além das regras específicas (diferenciadas) determinadas para a sua atuação em quadra, o líbero exerce um importante papel importante nas equipes, no contexto atual. O objetivo inicial da implantação do líbero foi o de criar condições para que um jogador,

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especialista da defesa, se tornasse um recurso importante para as equipes no setor defensivo, constituindo uma peça importante, no sentido de melhorar a performance da defesa, uma vez que as qualidades deste jogador seriam treinadas e aproveitadas durante o jogo para o aprimoramento da defesa (HESKO apud DOUG BEAL, 1994).

Todas as alterações apresentadas foram importantes para aumentar o número de rallys em uma partida e conseqüentemente ocorreu um aumento no número de saltos realizados na partida tanto para ataque quando para bloqueio.

As mais recente modificações das regras (2009) diz respeito a invasão da linha central da quadra onde os atletas podem invadir com qualquer parte do corpo (menos os pés inteiros) desde que não atrapalhe o adversário outra modificação é sobre o toque da rede que atualmente só é considerado falta quando o atleta toca o bordo superior da rede. Assim o jogo terá mais volume de jogadas podendo aumentar os números de saltos verticais realizados durante uma partida.

2.4 Estudos sobre saltos no voleibol

O salto de impulsão vertical serve de base à execução de diversos gestos técnicos muito importantes nas várias modalidades desportivas. Diversos fatores influenciam a produção de força durante o salto em vários segmentos corporais, articulações, músculos e tendões do ponto de vista mecânico e neuromuscular (LUHTANEN Apud SILVA; OLIVEIRA, 2003):

Força, tensão, comprimento e velocidade de alongamento do músculo; Ângulo, velocidade angular e sua ordem das articulações;

Ordem dos movimentos, tempo e soma das forças dos segmentos corporais; Duração dos movimentos semelhantes;

Reflexos inibitórios e excitatórios.

Existe uma diferente contribuição de cada um dos segmentos corporais para o salto vertical (JUNIOR, 2001):

a. Extensão dos joelhos: 56%; b. Flexão plantar: 22%;

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d. Balanço dos membros superiores: 10%; e. Extensão do pescoço: 2%.

No treinamento do voleibol, o salto vertical é considerado um elemento de extrema importância, pois é utilizado atualmente durante a execução dos fundamentos de levantamento, saque, bloqueio e ataque. Sua importância é, ainda, salientada no jogo de voleibol, porque ele representa cerca de 60% das ações de alta intensidade no jogo (IGLESIAS, 1994), além do que, condicionam a obtenção de importantes vantagens nas ações ofensivas (ataque) e defensivas (bloqueio), elementos determinantes para conquista dos pontos no jogo

Logo os vencedores nas competições possuem um melhor ataque e bloqueio, sendo os principais fundamentos do voleibol atual. Podemos acrescentar a recepção e o saque viagem como os fundamentos mais importantes, ao lado do ataque e do bloqueio (FORTUNATO et al.,1991). O jogador executa em média, 150 saltos entre saques, ataques e bloqueios (Rocha, 2000).

No voleibol, 30 a 40% das ações são constituídas pelos saltos. E aproximadamente acontecem 60 saltos por hora, os voleibolistas mais exigidos são os jogadores de meio e os mais propensos a ter lesões no joelho (LIAN et al., 1996). Os levantadores realizam 15 a 35% de saltos verticais no bloqueio, 3 a 10% de saltos verticais no ataque. O elevado número de saltos verticais no bloqueio acontece porque os levantadores bloqueiam um dos jogadores mais solicitados no ataque, o jogador que atua na entrada de rede (MONTEIRO et al., 1993).

Na final da Liga Mundial de 1992, entre Itália e Cuba, identificou que 60% das ações no jogo de voleibol, são constituídas pelos saltos. Os levantadores efetuam 269 saltos, os atletas de meio fazem 223, os ponteiros da saída de rede praticam 197 saltos e os ponteiros da entrada de rede executam 128 saltos, dando uma média de 194 saltos (IGLESIAS, 1994).

Diante das últimas alterações ocorridas nas regras em 2009, torna-se essencial conhecer a realidade atual do jogo. Uma vez que essas alterações proporcionarão um maior número de rallys e conseqüentemente um maior número de saltos realizados durante uma partida. Também não são encontrados estudos sobre

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quantificação de saltos após essas alterações. Assim podendo dar um maior suporte para a preparação de treinamento de voleibol.

3.METODOLOGIA

Este estudo tem características de um estudo descritivo quantitativo, onde será abordado os números de saltos verticais realizados em uma partida de voleibol.

3.1 Amostra

O Campeonato Mundial Juvenil Feminino de Voleibol 2009. Foram analisados 10 jogos. Dentre eles foi analisados cinco jogos de 3 sets, dois jogos de 4 sets e três jogos de 5 sets.

As atletas foram analisadas separadamente por função técnico-tática, assim representada como jogadoras de ponta, de meio, opostas e levantadoras. No caso de substituição continua-se analisando a substituta em quadra, com exceção da troca da jogadora que exercia a função de líbero, que de acordo com a regra não pode executar saltos para o ataque.

3.2 Coleta de dados

Foi utilizado o método observacional para a análise do vídeo. Utilizou-se uma câmera de vídeo que foi colocada estrategicamente permitindo a visualização total das duas equipes em quadra.

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FIGURA 1 – Colocação da câmera no esquema de filmagem.

A filmagem dos jogos foi cedida pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), os DVDs foram analisados por um observador, registrando o número de saltos que cada atleta executava em cada set e jogo. O nível de confiabilidade foi de 0,86.

Os resultados foram transcritos em planilhas de observação específicas (ANEXO I). Os saltos verticais foram divididos em: saltos com deslocamento para o

ataque (SCDA), saltos sem deslocamentos para o ataque (SSDA), saltos com deslocamento para o bloqueio (SCDB), saltos sem deslocamento para o bloqueio (SSDB), levantamento com salto (LCS), saque com salto (SCS), ataque de fundo (ATF). Esta divisão foi estruturada para conhecer as características dos vários tipos

de saltos realizados nos jogos. Foram analisados os saltos realizados por set e por partida, e ainda por função técnico-tática específica em quadra (levantadora, atacante de meio, atacante de ponta e atacante oposta).

3.3 Análise Estatística

Os dados foram analisados mediante a um pacote estatístico computadorizado Statistic 13.0, através da estatística descritiva, os mesmos serão agrupados em valores de média e desvio padrão. Num segundo momento foi utilizado a ANOVA one-way, seguido pelo post hoc de Tukey, para verificar as diferenças entre os resultados dos tipos de saltos (SCDA, SSDA, SCDB, SSDB, LCS, SCS, ATF). O nível de significância adotado foi p 0,05.

(24)

4. RESULTADOS

Com intuito de uma maior compreensão, os resultados obtidos no presente estudo foram demonstrados, num primeiro momento, de forma descritiva, através dos valores médios e respectivos desvios padrão dos tipos de saltos SCDA (saltos com deslocamento de ataque), SSDA (saltos sem deslocamento de ataque), SCDB (saltos com deslocamento de bloqueio), SSDB (saltos sem deslocamento de bloqueio), SCS (saque com salto), LCS (levantamento com salto) e ATF (Ataque de fundo), para as jogadoras em suas posições específicas (ponta, meio, oposta e levantadora), em jogos de 3,4 e 5 sets. Num segundo momento foram apresentadas as diferenças dos números de saltos entre as posições desempenhadas no jogo.

4.1 NÚMEROS DE SALTOS POR POSIÇÃO

4.1.1 Levantadoras

No voleibol a levantadora tem como função principal organizar o ataque através da execução do levantamento que pode ser feito com ou sem salto, fundamento este que está presente em praticamente todas as jogadas, tornando-a de extrema importância para o bom desempenho do jogo. São também realizados saltos para o bloqueio que pode ocorrer com ou sem deslocamento. Ocasionalmente a levantadora executa saltos para realizar o ataque de segunda bola ou de primeira (bola de cheque) como demonstrado através dos resultados na TABELA 1.

TABELA 1 – Valores médios e desvio padrão do número de saltos das levantadoras por set e jogo.

Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo

3 SETS 3 SETS 4 SETS 4 SETS 5 SETS 5 SETS

SCDA 0,1 ± 0,30 0,3 ± 0,48 0,19 ± 0,40 0,75 ± 0,96 0,03 ± 0,18 0,17 ± 0,41

SSDA 0,3 ± 0,54 1 ± 1,15 0,31 ± 0,60 1,25 ± 1,5 0,33 ± 0,60 1,83 ± 0,98

SCDB 2,37 ± 2,81 7,1 ± 6,16 3,29 ± 2,56 12,75 ± 5,32 3,2 ± 2,35 16 ± 9,05

(25)

15

SCS 3,43 ± 3,05 10,3 ± 6,99 4,25 ± 2,35 17 ± 4,69 3,63 ± 1,67 18,17 ± 3,87

LCS 11,5 ± 6,68 34,5 ± 17,40 13,75 ± 6,34 55 ± 20,48 11,7 ± 5,37 58,5 ± 20,56

ATF 0 0 0 0 0 0

Total 21,03 63,2 24,98 99,5 21,66 108,5

Na TABELA 1 são apresentados os valores médios de saltos das levantadoras por set e jogo respectivamente, para os jogos de 3, 4 e 5 sets. Os resultados dos tipos de saltos SCDA, SSDA e ATF, apresentaram valores aproximados ou iguais à zero, pelo fato de que as levantadoras não participaram efetivamente do ataque propriamente dito, a não ser naquelas situações quando a bola vem diretamente do adversário para um ataque imediato. Com relação aos saltos SCDB e SSDB, o tipo de SCDB apresentou valores médios por jogo de 7,1; 12,75 e 16, nos jogos de 3, 4 e 5 sets, representando 11,2%, 12,8% e 14,7% respectivamente em relação aos valores totais por jogo que são parecidos com os valores encontrados no tipo de salto SSDB, com valores iguais a 10; 12,75 e 13,83 nos jogos de 3,4 e 5 sets, representando 15,8%; 12,8% e 12,7% respectivamente, dos valores totais por jogo.

Os maiores valores encontrados foram os tipos de LCS, sendo 34,5; 55 e 58,5 nos jogos de 3, 4 e 5 sets, representando 54,6%, 55,3% e 53,9% respectivamente dos valores totais por jogo. Isto demonstra que a habilidade de LCS parece ser determinante para a função da jogadora.

Os saltos do tipo SCS podem ser considerados ações motoras que se encontram fora do contexto do jogo, já que o fator preponderante para a sua realização dependerá das características do jogador e da tática da equipe, valendo assim para todas as outras posições (Ponta, Meio e Oposto).

4.1.2 Jogadoras de Ponta

A jogadora de ponta tem como uma de suas principais ações o ataque, pois é considerada como uma das atacantes de segurança, não deixando de salientar a importância de sua atuação no bloqueio. Os resultados da TABELA 2 demonstram este comportamento conforme apresentados abaixo.

(26)

TABELA 2 - Valores médios e desvio padrão do número de saltos das jogadoras de ponta por set e jogo.

Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo

3 SETS 3 SETS 4 SETS 4 SETS 5 SETS 5 SETS

SCDA 11,93 ± 4,15 35,80 ± 8,44 11,56 ± 3,37 46,25 ± 4,79 11,47 ± 3,56 57,33 ± 8,44 SSDA 0,17 ± 0,38 0,50 ± 0,97 0,31 ± 0,60 1,25 ± 1,26 0,27 ± 0,52 1,33 ± 1,21 SCDB 7,13 ± 2,87 21,40 ± 5,91 9,19 ± 3,71 36,75 ± 11,79 8,47 ± 4,0 42,33 ± 9,56 SSDB 4,60 ± 1,96 13,80 ± 3,29 6,75 ± 4,77 27 ± 17,53 3,97 ± 2,12 19,83 ± 8,03 SCS 4,40 ± 4,01 13,20 ± 8,01 3,88 ± 2,78 15,5 ± 9,00 5 ± 2,92 25 ± 9,59 LCS 0 0 0 0 0 0 ATF 2,33 ± 1,69 7,00 ± 4,16 2,06 ± 1,77 8,25 ± 2,99 2,6 ± 2,17 13 ± 9,32 Total 30,56 91,7 33,75 135 31,78 158,82

Na TABELA 2 são apresentados os valores médios de saltos das jogadoras de ponta por set e jogo respectivamente, para os jogos de 3, 4 e 5 sets. Fica evidente que a ação de LCS é insignificante, sendo assim as ações de ataque e bloqueio as ações de maior importância. A ação de SSDA apresentou valores aproximados à zero, pelo fato de que essa ação não ocorrer normalmente em uma partida, a não ser naquelas situações quando a bola vem diretamente do adversário para um ataque imediato. Com relação aos saltos SCDB e SSDB, o tipo de SCDB apresentou valores médios por jogo de 21,40; 36,75 e 42,33, representando 23,3%, 27,2% e 26,6% respectivamente em relação aos valores totais por jogo que são valores maiores que os encontrados no tipo de salto SSDB, com valores iguais a 13,80; 27 e 19,83, representando 15%, 20% e 12,5% respectivamente em relação aos valores totais por jogo.

Os valores médios por jogo apresentados pela jogadora de ponta para o tipo de salto SCDA foram os maiores, sendo iguais a 35,8; 46,25 e 57,53, representando 39%, 34,2% e 36,2% respectivamente em relação aos valores totais por jogo, apresentando valores superiores apresentados por, Gouvêia e Lopes 2007, onde foram observados A ação de ATF apresentou valores médios por jogo de 7,00; 8,25 e 13,00, representando 7,6%, 6,1% e 8,2% respectivamente em relação aos valores totais por jogo.

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17

A jogadora de meio tem uma função de extrema importância quando se trata do bloqueio, pois sua atuação neste gesto técnico é fundamental para estruturação do bloqueio coletivo e conseqüentemente da formação da defesa.

TABELA 3 - Valores médios e desvio padrão do número de saltos das jogadoras de meio por set e jogo.

Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo

3 SETS 3 SETS 4 SETS 4 SETS 5 SETS 5 SETS

SCDA 12,6 ± 5,71 39 ± 11,65 16,88 ± 5,90 67,50 ± 12,50 13,77 ± 3,67 68,83 ± 8,97 SSDA 0,3 ± 0,47 0,88 ± 0,78 0,37 ± 0,80 1,50 ± 17,73 0,3 ± 0,53 1,5 ± 1,87 SCDB 16,33 ± 5,57 49,11 ± 9,71 19,92 ± 3,90 78,50 ± 1,91 16,67 ± 3,69 83,33 ± 9,03 SSDB 8,17 ± 3,70 23,89 ± 7,62 9,81 ± 4,93 39,25 ± 17,73 7,17 ± 2,88 35,83 ± 9,15 SCS 4,03 ± 3,56 10,56 ± 8,69 4,94 ±2,20 19,75 ± 6,13 3,23 ± 2,8 16,16 ± 12,79 LCS 0,03 ± 0,18 0,11 ± 0,33 0 0 0 0 ATF 0 0 0 0 0 0 Total 41,76 123,55 51,92 206,50 41,14 205,65

Na TABELA 3 são apresentados os valores médios de saltos das levantadoras por set e jogo respectivamente, para os jogos de 3, 4 e 5 sets. Fica evidente que a ação de LCS e ATF é insignificante, sendo assim as ações de ataque e bloqueio as ações de maior importância. A ação de SSDA apresentou valores aproximados à zero, pelo fato de que essa ação não ocorrer normalmente em uma partida, a não ser naquelas situações quando a bola vem diretamente do adversário para um ataque imediato. Com relação aos saltos SCDB e SSDB, o tipo de SSDB apresentou valores médios por jogo de 49,11; 78,5 e 83,33 representando 19,3%, 19% e 17,4% respectivamente em relação aos valores totais por jogo que são valores menores que os encontrados no tipo de salto SCDB, com valores iguais a 49,11; 78,5 e 83,33 representando 39,7%, 38% e 40,5% respectivamente em relação aos valores totais por jogo.

Os valores médios por jogo apresentados pela jogadora de meio para o tipo de salto SCDA, são iguais a 39; 67,5 e 68,83 representando 31,5%, 32,7% e 33,5% respectivamente em relação aos valores totais por jogo.

(28)

A função da jogadora oposta ganhou maior valor no ataque em razão das inovações táticas empregadas na atualidade, pois tornou-se responsável por ataques zona de defesa e de ataque.

TABELA 4 - Valores médios e desvio padrão do número de saltos das jogadoras oposta por set e jogo.

Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo Média por set Média por jogo

3 SETS 3 SETS 4 SETS 4 SETS 5 SETS 5 SETS

SCDA 5,17 ± 2,23 15,5 ± 3,59 7,75 ± 3,68 29,00 ± 12,73 5,47 ± 2,64 27,33 ± 4,76 SSDA 0,17 ± 4,61 0,5 ± 0,7 0,06 ± 0,25 0,25 ± 0,50 0 0 SCDB 4 ± 1,98 12 ± 4,0 3,25 ± 2,38 13,00 ± 8,60 4,2 ± 2,49 21 ± 9,01 SSDB 3,87 ± 2,11 11,6 ± 4,71 4 ± 2,39 16,00 ± 5,89 2,87 ± 1,83 14,33 ± 5,05 SCS 2,5 ± 1,98 7,5 ± 4,74 3,25 ± 2,20 13,00 ± 6,68 2,63 ± 2,42 13,17 ± 8,49 LCS 0 0 0 0 0,33 ± 0,18 0,16 ± 0,40 ATF 1,5 ± 1,59 4,5 ± 3,02 2,44 ± 2,13 9,75 ± 3,77 1,33 ± 1,34 6,67 ± 4,97 Total 17,21 51,6 20,75 81 16,83 82,66

Na TABELA 4 são apresentados os valores médios de saltos das levantadoras por set e jogo respectivamente, para os jogos de 3, 4 e 5 sets. Fica evidente que a ação de LCS é insignificante, sendo assim as ações de ataque e bloqueio as ações de maior importância. A ação de SSDA apresentou valores aproximados à zero, pelo fato de que essa ação não ocorrer normalmente em uma partida, a não ser naquelas situações quando a bola vem diretamente do adversário para um ataque imediato. Com relação aos saltos SCDB e SSDB, o tipo de SCDB apresentou valores médios por jogo de 12; 13 e 21 representando 23,2%, 19,2 % e 25,45%, respectivamente em relação aos valores totais por jogo que são valores semelhantes que os encontrados no tipo de salto SSDB, com valores iguais a 11,6 e 16, com o jogos de 5 sets apresentando valores superiores, com 14,33 representando 22,5%, 19,7% e 17,3% respectivamente para os jogos de 3, 4 e 5 sets em relação aos valores totais por jogo.

Os valores médios por jogo apresentados pela jogadora oposta para o tipo de salto SCDA, são iguais a 15,5; 29 e 27,33 representando 30%, 35,8% e 33% respectivamente em relação aos valores totais por jogo. A ação de ATF apresentou valores médios por jogo de 4,5; 9,75 e 6,67 representando 8,7%, 12% e 8% respectivamente em relação aos valores totais por jogo.

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19

4.2 Comparação dos tipos de saltos entre as posições

Num segundo momento da análise estatística, foi verificada as comparações entre os valores médios por jogo dos tipos de saltos entre as posições para os jogos de 3, 4 e 5 sets, mediante o cálculo da ANOVA, seguido do teste de post hoc de Tukey. Esta análise foi realizada desta forma pelo fato da diferença existente entre os jogos de 3 e 4 sets, que são disputados em 25 pontos cada set, e o jogo de 5 sets que apresenta o último set de 15 pontos.

4.2.1 Jogos de 3 Sets

TABELA 5– Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 3 sets.

Ponta Meio Oposto Levantadora F P

SCDA 11,93ᵃ 12,6ᵃ 5,16ᵃ 0,10ᵃ 77,13 0,00 SSDA 0,16ᵃ 0,3ᵃ 0,16ᵃ 0,30ᵃ 0,82 0,48 SCDB 7,13ᵃ 16,33ᵃ 4,00ᵃ 2,36ᵃ 91,32 0,00 SSDB 4,60ᵃ 8,16ᵃ 3,86ᵃ 3,33ᵃ 21,48 0,00 SCS 4,40ᵃ 4,03ᵃ 2,50ᵃ 3,43ᵃ 88,71 0,00 LCS 0,00ᵃ 0,03ᵃ 0,00ᵃ 11,50ᵃ 1,96 0,12 ATF 2,33ᵃ 0,00ᵃ 1,50ᵃ 0,00ᵃ 29,86 0,00

Letras iguais não se diferem entre si; p 0,05.

Conforme a TABELA 5, os saltos do tipo SCDA não apresentaram diferenças significantes entre as posições de meio e ponta, no entanto, ocorreram diferenças dessas posições quando comparadas com as opostas e levantadoras, com valores maiores para a jogadora de ponta e meio, revelando serem as jogadoras mais acionada na situação do ataque, nos jogos de três sets. Contudo, esse comportamento pode ser diferenciado quando se considera que, jogadora de ponta é a mais acionada na situação de ataque, uma vez que as jogadoras de meio, mesmo não recebendo a bola executam saltos para o ataque com o intuito de se iludir o bloqueio adversário. Os saltos do tipo SSDA não demonstrou uma diferença significante entre todas as posições. O tipo de salto SCDB apresentou diferenças significantes da levantadora e oposto com as jogadoras de meio e ponta, e entre as jogadoras de meio com as de ponta, com as jogadoras de meio apresentando um valor superior entre as funções. O salto do tipo SSDB só apresentou diferenças

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significantes para a jogadora de meio em relação às demais. Os saltos do tipo LEVCS apresentou diferenças significantes entre as levantadoras e as jogadoras de ponta, meio e oposto, não demonstrando diferenças significantes entre as jogadoras de meio, ponta e oposto. Nos saltos do tipo ATF não houve diferença entre as jogadoras de meio e levantadora porém observou-se diferença significativa entre as jogadoras de meio e levantadora com as de ponta e oposto, e também entre as jogadoras e ponta e oposto.

4.2.2 Jogos de 4 Sets

TABELA 6– Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 4 sets.

Ponta Meio Oposto Levantadora F P

SCDA 11,56ᵃ 16,87ᵃ 7,25ᵃ 0,18ᵃ 53,25 0,00 SSDA 0,31ᵃ 0,37ᵃ 0,06ᵃ 0,31ᵃ 0,85 0,47 SCDB 9,18ᵃ 19,62ᵃ 3,25ᵃ 3,18ᵃ 93,07 0,00 SSDB 6,75ᵃ 9,81ᵃᵃ 4,00ᵃᵃ 3,18ᵃᵃ 9,75 0,00 SCS 3,87ᵃ 4,93ᵃ 3,25ᵃ 4,25ᵃ 1,38 0,25 LCS 0,00ᵃ 0,00ᵃ 0,00ᵃ 13,75ᵃ 75,24 0,00 ATF 2,06ᵃ 0,00ᵃ 2,43ᵃ 0,00ᵃ 14,29 0,00

Letras iguais não se diferem entre si; p 0,05.

Conforme a TABELA 6, os saltos do tipo SCDA apresentaram diferenças significantes entre todas posições, com valores maiores para a jogadora de meio, revelando ser esta a jogadora mais acionada na situação do ataque, nos jogos de quatro sets. Semelhantemente aos jogos de 3 sets, esse comportamento pode ser diferenciado quando se considera que, jogadora de ponta é a mais acionada na situação de ataque, uma vez que as jogadoras de meio, mesmo não recebendo a bola executam saltos para o ataque com o intuito de se iludir o bloqueio adversário. Os saltos do tipo SSDA não demonstraram uma diferença significante entre todas as posições. O tipo de salto SCDB apresentou diferenças significantes da levantadora e oposto com as jogadoras de meio e ponta, e entre as jogadoras de meio com as de ponta, com as jogadoras de meio apresentando um valor superior entre as funções. O salto do tipo SSDB apresentou diferenças significantes para a jogadora de meio em comparação com as jogadoras oposto e levantadora, porém não houve diferença significativa entre as jogadoras de meio e ponta. Como também não houve diferença

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21

significava entre a posição de ponta e às demais. Os saltos do tipo LEVCS apresentou diferenças significantes entre as levantadoras e as jogadoras de ponta, meio e oposto, não demonstrando diferenças significantes entre as jogadoras de meio, ponta e oposto. Nos saltos do tipo ATF não houve diferença entre as jogadoras de meio e levantadora porém observou-se diferença significativa entre as jogadoras de meio e levantadora com as de ponta e oposto, e também não apresentou diferença significativa entre as jogadoras de ponta e oposto.

4.2.3 Jogos de 5 Sets

TABELA 7– Comparação dos valores médios do número de saltos por jogo das quatro posições em jogos de 5 sets.

Ponta Meio Oposto Levantadora F P

SCDA 11,47ᵃ 13,76ᵃ 5,46ᵃ 0,03ᵃ 138,19 0,00 SSDA 0,26ᵃᵃ 0,30ᵃᵃ 0,00ᵃ 0,33ᵃ 3,01 0,03 SCDB 8,46ᵃ 16,66ᵃ 4,20ᵃ 3,20ᵃ 108,82 0,00 SSDB 3,96ᵃ 7,16ᵃ 2,86ᵃ 2,77ᵃ 24,44 0,00 SCS 5,00ᵃ 3,23ᵃ 2,63ᵃ 3,63ᵃᵃ 4,82 0,00 LCS 0,00ᵃ 0,00ᵃ 0,03ᵃ 11,70ᵃ 141,63 0,00 ATF 2,60ᵃ 0,00ᵃ 1,33ᵃ 0,00ᵃ 28,53 0,00

Letras iguais não se diferem entre si; p 0,05.

Conforme a TABELA 7, os saltos do tipo SCDA apresentaram diferenças significantes entre todas posições, com valores maiores para a jogadora de meio, revelando ser esta a jogadora mais acionada na situação do ataque, nos jogos de quatro sets. Como citado anteriormente, o resultado pode ser superior para as atacantes de ponta, em razão das fintas relizadas pelas jogadoras de meio com o intuito de se iludir o bloqueio adversário. Os saltos do tipo SSDA não demonstrou uma diferença significante entre todas as posições. O tipo de salto SCDB apresentou diferenças significantes da levantadora e oposto com as jogadoras de meio e ponta, e entre as jogadoras de meio com as de ponta, com as jogadoras de meio apresentando um valor superior entre as funções. O salto do tipo SSDB só apresentou diferenças significantes para a jogadora de meio em relação às demais. Os saltos do tipo LCS apresentou diferenças significantes entre as levantadoras e as jogadoras de ponta, meio e oposto, não demonstrando diferenças significantes entre as jogadoras de meio, ponta e oposto. Nos saltos do tipo ATF não houve diferença

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entre as jogadoras de meio e levantadora porém observou-se diferença significativa entre as jogadoras de meio e levantadora com as de ponta e oposto, e também entre as jogadoras e ponta e oposto.

5. DISCUSSÃO

5.1 Saltos com deslocamento de ataque (SCDA) e Saltos sem deslocamento de ataque (SSDA)

Os resultados sobre dos tipos de saltos SCDA e SSDA, demonstraram comportamentos diferentes entre as posições. As levantadoras obtiveram baixos valores nesse tipo de ação, isso em razão da especialidade da função, uma vez que pode ocorrer um ataque de levantadora no primeiro ou no segundo toque, o que aconteceu poucas vezes durante os jogos analisados.

Em relação as jogadoras de meio, o salto do tipo SCDA foram os mais utilizados quando comparados com as outras posições, porém esse dado não deixa claro que foram as jogadoras mais utilizadas durante as partidas, uma vez que as jogadoras de meio realizam o salto de ataque mesmo não recebendo a bola, tentando ludibriar o bloqueio adversário. Duas razões para que esse comportamento citado aconteça é a execução de uma boa recepção de saque e a distribuição feita pelo levantadora.

As jogadoras opostas apresentaram entre as atacantes um menor volume de saltos, isso pode ter ocorrido devido à disposição tática da equipe e conseqüentemente essa jogadora ser menos acionada pela levantadora. Vale ressaltar que os dados encontrados nesse estudo são semelhantes aos achados por Neto 2003, mesmo esse estudo sendo realizado no masculino.

Em relação às jogadoras de ponta, os saltos do tipo SCDA foram os mais utilizados depois das jogadoras de meio, quando comparado com as outras posições, demonstrando ser a jogadora mais acionada no ataque uma vez que essas jogadoras só realizam o salto de ataque apenas quando a bola é direcionada a ela, e assim, sendo uma função determinante para a posição. Isso ocorreu, provavelmente, em razão dessa jogadora estar ocupando a posição de ataque, e que lhe permitiu estar preparada para a ação. Outra razão, é que esta ação ofensiva exige maior deslocamento do bloqueio adversário, sendo uma boa opção de ataque. Em cada set as jogadoras de ponta executaram em média 35 a 57 saltos, o que

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23

parece distintos dos achados por Rocha & Barbanti 2007, analisando a categoria adulta, que variam de 20 a 36 saltos, isso pode ter ocorrido pelo fato de haver uma diferença de nível técnico apresentado entre as categorias

Com os baixos valores encontrados para o tipo de salto SSDA, sugere-se que novos estudos sejam realizados juntamente com os do tipo SCDA.

5.2 Saltos com Deslocamento de Bloqueio (SCDB) e Saltos sem Deslocamento de Bloqueio (SSDB)

Os tipos SCDB e SSDB demonstraram, inicialmente que, as levantadoras executaram números de saltos de bloqueio com deslocamento inferiores quando comparados com os saltos bloqueios sem deslocamentos. Isso possivelmente acontece por que as levantadoras executam, na maioria das vezes, bloqueios partindo da posição de marcação da jogadora à frente no ataque adversário, o que possibilita acompanhar toda jogada. Em contrapartida nos jogos de 4 e 5 sets demonstraram dados diferentes uma vez que se observou um maior número de saltos SCDB do que SSDB, isso pode ter acontecido pelo fato de que as levantadoras tiveram que ajudar a bloquear as jogadoras de meio e quando a bola era levantada para as extremidades elas eram obrigadas a se deslocar para bloquear.

Em relação às jogadoras de ponta foram encontrados um número de saltos do tipo SCDB maiores que SSDB isso pode ter acontecido em razão de a jogadora de ponta dar apoio ao compor o bloqueio duplo frente ao ataque da jogadora de meio adversária, ocorrendo assim um deslocamento de bloqueio quando a bola foi levantada para a jogadora da posição oposto do time adversário. O mesmo comportamento ocorreu com as jogadoras de oposto, com número de saltos do tipo SCDB maiores que SSDB.

Ainda em relação a esses tipos de saltos SSDB e SCDB, as jogadoras de meio demonstraram que os valores do salto tipo SCDB foram maiores que os encontrados em outras posições, já no tipo SSDB não houve diferenças significantes entre as posições. Este fato ocorreu possivelmente devido à atuação da jogadora desta posição, que tem como função executar o bloqueio nas três posições da rede. Para os bloqueios nas extremidades da rede, a jogadora dessa posição, necessita

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de deslocamentos maiores com passadas cruzadas ou mistas, e para as bolas de velocidade no centro da rede, ela utiliza os deslocamentos curtos com passadas laterais, o que explica o elevado número de saltos de bloqueio com deslocamento. Por este e outros motivos é que a função de bloqueio é considerada de maior importância para esta posição, na estrutura de defesa de uma equipe. A quantidade de saltos executados por jogo pelas jogadoras de meio foram respectivamente de 49,78 e 83 para os jogos de 3,4 e 5 sets, valores semelhantes aos encontrado pelo estudo de Rocha & Barbanti 2007.

5.3 Levantamentos com Saltos (LCS)

Os resultados encontrados no tipo de salto LCS mostraram que as levantadoras são as que mais utilizam esta função, quando comparado com outras posições. Evidentemente, é pelo fato da função específica da jogadora, de exercer a função do levantamento. Elas procuram utilizar estas jogadas, com o intuito de ludibriar o bloqueio adversário e proporcionar maior velocidade ao ataque. As levantadoras apresentaram valores médios por jogo de 35, 50, 59 valores inferiores ao encontrado no estudo de Rocha & Barbanti 2007, isso se deve ao fato de que as jogadoras não terem a característica de executarem o salto para o levantamento. As jogadoras de ponta, meio e oposto apresentaram valores igual ou aproximados a zero para esse tipo, obviamente pelo fato de o levantamento não ser função especifica das posições.

5.4 Ataque de Fundo (ATF)

Os resultados encontrados para o tipo de salto ATF, mostram que essa ação é utilizada somente pelas jogadoras de ponta e oposta, uma vez que as ponteiras apresentaram maiores valores médios por jogo respectivamente de 7,8 e 13 para os jogos de 3,4 e 5 sets e a jogadora oposta, mesmo sendo especialista em ataque no contexto do jogo, apresentou valores médios por jogo respectivamente de 5,10 e 7 para os jogos de 3, 4 e 5 sets, mostrando valores menores que as jogadoras de ponta nos jogos de 3 e 5 set, esse comportamento parece acontecer por ser uma categoria juvenil. Esse tipo de ação demonstrou ser menos utilizado durante a partida, ocorrendo principalmente em erros de recepção.

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6 CONCLUSÃO

Conforme objetivos propostos foram encontrados, através do estudo, valores de números de saltos para o ataque, bloqueio, saque e levantamento. Estes, foram apresentados distintamente entre as posições desempenhadas pelas jogadoras.

A levantadora, em razão da função desempenhada no jogo, a construção do ataque, apresentou os maiores valores para os tipos de salto com levantamento (LCS), o qual apresenta uma característica peculiar, a saber, a execução de um salto ótimo e não o de intensidade máxima, possibilitando maior qualidade aos levantamentos. Entretanto, a levantadora também tem como função participar nas ações defensivas aqui representados pelos saltos de bloqueio (SCDB e SSDB). Sugerindo assim uma atenção maior para estes tipos de saltos na preparação da atleta.

Na posição de ponta observou-se, como predominância, as ações de SCDA, SCDB, SSDB. Contudo, os mais utilizados pelas jogadoras nessa posição foi o SCDA, demonstrando ser essa posição mais acionada no ataque, com uma característica eminentemente ofensiva. Isso provavelmente ocorra devido à velocidade das jogadas, e à dificuldade com que isto proporciona na construção da estrutura do bloqueio adversário, possibilitando assim o ataque das jogadoras de ponta ser eficiente. É importante salientar que este tipo de salto tem como característica a execução em alta potência. Baseado nas características apresentadas torna-se importante a realização de treinos específicos destinados a jogadora que desempenha essa função dentro da equipe.

As jogadoras de meio apresentaram como principais tipos de saltos, as ações de SCDA, SCDB, SSDB. Contudo a mais utilizada pelas jogadoras nessa posição foi o SCDB, demonstrando ser a jogadora mais acionada no bloqueio. Isso ocorra, devia a essa jogadora bloquear nas três posições da rede e tem a necessidade de deslocar quando se realiza o bloqueio nas extremidades da rede.

As jogadoras opostas demonstraram maiores valores para as ações de SCDA, SCDB, SSDB, demonstrando ser essa posição uma das mais acionadas no ataque, com uma característica eminentemente ofensiva.

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Ao comparar o número de saltos entre as posições (levantadora, ponta e meio), pode-se observar que houve diferenças significantes entre todos os tipos de saltos, com exceção dos saltos do tipo SSDB nos jogos de 3, 4 e 5 sets. Neste sentido verifica-se que estas diferenças.

Para a prescrição de um treino para a levantadora, conforme os dados apresentados nesse estudo, dos totais de saltos realizados em um treino, 15% devem ser destinados aos bloqueios com deslocamento, 16% aos bloqueios sem deslocamento e 55% aos saltos para levantamento. Para as jogadoras de ponta, dos totais de saltos realizados em um treino, 39% devem ser destinado aos saltos com deslocamento de ataque, 27% aos saltos com deslocamento de bloqueio, 20% aos saltos sem deslocamento de bloqueio e 8% aos ataques de fundo. Já para as atacantes de meio, dos totais de saltos realizados em um treino, 40% devem ser destinado aos saltos com deslocamento de ataque, 41% aos saltos com deslocamento de bloqueio e 38% aos saltos sem deslocamento de ataque. E para as jogadoras oposto, dos totais de saltos realizados em um treino, 25% devem ser destinado aos saltos com deslocamento de ataque, 36% aos saltos com deslocamento de bloqueio, 22% aos saltos sem deslocamento de bloqueio e 12% aos ataques de fundo.

Obviamente que esses valores são apenas um parâmetro para a categoria, onde tem-se uma idéia da carga que pode se aplicar nas diferentes fases da periodização da equipe, trabalhando o princípio da especificidade do treinamento, para uma melhor estruturação dos treinos de saltos. Ficando assim a sugestão de mais estudos para que os resultados possam confrontar e desta maneira consigamos traçar as características do voleibol na categoria juvenil.

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ANEXOS

ANEXO I - PLANILHA DOS TIPOS DE SALTOS

LEVANTADOR

A

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S.C.D.A.

S.S.D.A.

S.C.D.B.

S.S.D.B.

LEV.C.S.

SCS

ATF

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