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3 ALTERNATIVAS DE CONTROLE QUÍMICO PARA CAPIM-AMARGOSO (Digitaria

4.4 Conclusões

Foi possível concluir, em função dos resultados deste trabalho, que o biótipo resistente ao herbicida glyphosate apresenta um desenvolvimento mais rápido que o suscetível até a fase adulta, todavia, por apresentar um acúmulo de matéria seca da parte aérea menor, não é possível inferir que o biótipo resistente tenha um poder competitivo maior ou menor que o suscetivel.

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5 CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que apesar das doses de glyphosate necessárias para controlar ambos os biótipos de capim-amargoso (Digitaria insularis) aumentarem para os estádios mais desenvolvidos da planta, os fatores de resistência, baseados no GR50, observados para

os diferentes estádios oscilaram entre 3 e 4, o que mostra uma estabilidade da resistência na população oriunda do município de Matão. Essa situação se repetiu também no ensaio “in vivo” de disco foliar. Tais dados apontam para uma possível mutação na prolina 106, pelo fator de resistência ser muito parecido com o do capim- pé-de-galinha (Eleusine indica) resistente ao glyphosate encontrado na Malásia, o que poderá ser testado através de um estudo de PCR.

As curvas de crescimento mostram que o biótipo resistente ao herbicida glyphosate apresenta um desenvolvimento mais rápido do que o suscetível, todavia, por apresentar um acúmulo de matéria seca da parte aérea menor, não é possível inferir que seu poder competitivo seja maior ou menor, o que abre uma possibilidade para estudos de outras características adaptativas dos biótipos, principalmente para culturas perenes.

Como solução para o problema do capim-amargoso resistente ao glyphosate as alternativas de controle viáveis para uso dentro da cultura do citros foram o uso de glyphosate em associação com clethodim, seguidos pela aplicação de paraquat + diuron, glyphosate com clethodim, seguidos pela aplicação de amônio-glufosinato, glyphosate associado ao haloxyfop-methyl, glyphosate associado ao fenoxaprop-p-ethyl + clethodim e glyphosate associado ao tepraloxydim. Os tratamentos herbicidas testados neste trabalho podem ser aplicados em jato dirigido à outras culturas perenes que venham à ter biótipos de capim-amargoso resistente ao glyphosate em suas áreas. Para a cultura da soja tolerante ao glyphosate as recomendações se limitam à associação de um dos herbicidas inibidores da ACCase com o glyphosate. Todavia outros experimentos são necessários para determinar precisamente herbicidas alternativos de controle para a Digitaria insularis, quando esta for resistente ao glyphosate em outros sistemas de manejo que não utilizem herbicidas em jato dirigido.

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