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O estudo de validação realizado demonstrou que a metodologia analítica desenvolvida para os analitos estudados atendem às figuras de mérito evoluídas, excetuando alguns casos que foram detalhados. A execução da validação da metodologia a partir dos parâmetros exigidos na norma do INMETRO no DOC- CGCRE-008, de agosto de 2016 permitiu assegurar a qualidade e a precisão dos resultados obtidos.

O método apresentou ser seletivo para os elementos estudados e, como esperado, a matriz não se apresentou complexa na determinação dos analitos. Os testes de linearidade demonstraram que o método é linear na faixa de trabalho desenvolvida, com um coeficiente de correlação (r) maior que 0,99701. Pelo teste de Grubbs, observou-se que não houve nenhuma manifestação aleatória inerente à aquisição de dado se, pelo gráfico de resíduos, o comportamento homoscedástico e linear das curvas analíticas foram confirmados.

Os limites de detecção e quantificação do método encontrados demonstraram-se apropriados, em relação aos Valores Máximos Permitidos (VMP) de concentrações de acordo com as portarias 2914, de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde (MS) e pela RDC nº 274, de 22 de setembro de 2005 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

A exatidão do método foi avaliada através dos testes de recuperação e todos os analitos obtiveram uma recuperação aceitável para os limites selecionados, entre 80 e 110%. Os testes de precisão, avaliados pela repetibilidade, precisão intermediária e reprodutibilidade foram satisfatórios, pois todos os analitos obtiveram um desvio padrão relativo (DPR,%) abaixo do limite estabelecido pelo INMETRO no DOC-CGCRE-008, de agosto de 2016.

Nas amostras de água mineral foi possível determinar seis elementos: Bário (Ba), Cálcio (Ca), Potássio (K), Magnésio (Mg), Sódio (Na) e Estrôncio (Sr). Os demais elementos ficaram abaixo do LQ experimental. O teste de recuperação na amostra real para os seis elementos supracitados resultou em percentuais dentro do esperado.

Apesar do plasma de nitrogênio gerar uma temperatura inferior ao plasma de argônio, podendo implicar em performance inferior para alguns elementos, a técnica de MP-AES demonstrou-se adequada ao propósito, agregando a vantagem de um custo operacional bastante inferior às técnicas tradicionais de ICP.

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