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6 CONCLUSÕES E SUGESTÕES

6.1 Conclusões

As conclusões estão relacionadas às características dos modelos e do esquema de ensaio desenvolvidos neste trabalho tais como: todas as lajes eram biapoiadas com seção sub-armada e taxas de armadura longitudinal de tração variadas, algumas com

apresentado no capítulo 3. O carregamento foi aplicado no terço médio das peças e de forma estática, crescente e de curta duração. Uma das lajes foi reforçada pelo acréscimo de concreto na face superior (comprimida) e outra, além desta camada, recebeu o acréscimo na taxa de armadura longitudinal, ambas depois das peças terem sido pré-carregadas, escarificadas, limpas e saturadas. As principais conclusões obtidas são as seguintes:

1) As lajes ensaiadas, reforçadas ou não, romperam por flexão com escoamento e posterior ruptura da armadura de tração sem o esmagamento do concreto da face superior. As lajes que possuiam mesma altura e com taxas de armadura longitudinal total maiores, apresentaram carga de ruptura superior, no entanto esse ganho não foi proporcional ao acréscimo na taxa de armadura.

A laje L1-80-120 possuía uma taxa de armadura longitudinal 73% maior que a da laje L5-100-120, porém a carga de ruptura (Pu,Exp+q+F) da primeira era 16% superior,

sendo que a laje L5-100-120 não possuía armadura de distribuição, demostrando desta forma, como era esperado, que em peças submetidas a flexão o ganho de carga não é proporcional e não depende apenas da taxa de armadura longitudinal de tração, mas também da posição em que ela se localiza em relação a altura da laje, ou seja, o braço de alavanca, a fim de verificar a sua real contribuição para o momento resistente da peça.

Nas lajes da primeira série a maior contribuição no ganho da carga de ruptura foi o acréscimo na altura das lajes, através do recobrimento de concreto. No entanto isso fez com que a taxa de armadura longitudinal reduzisse, contribuindo para uma menor ductilidade. As deformações destas armaduras apresentaram comportamento semelhantes entre as lajes e proporcional a carga de ruptura.

Foi verificado, através da instrumentação, que as armaduras de distribuição e do banzo superior contribuem para a resistência a flexão e ductilidade das lajes. No entanto as deformações destas armaduras só chegaram ao escoamento em lajes que possuíam recobrimentos acima do recomendado pela NBR 6118:2003.

Com relação as cargas atuantes, e especificamente para os casos em estudo, a norma brasileira NBR 6118:2003, é conservadora e que quando não é levado em consideração as contribuições das armaduras do banzo superior e de distribuição, as diferenças entre o carregamento experimental e os de cálculo podem ser bastante distintas.

de 3% em relação às cargas de ruptura teórica que levam em consideração a contribuição de todas as ferragens da seção, e de 60% em relação ao cálculo que leva em conta apenas a contribuição do banzo inferior.

2) Todas as lajes apresentaram ruptura dúctil, inclusive as reforçadas e as que possuíam taxas de armadura longitudinal inferiores aos 0,15% determinados pela NBR 6118:2003.

Com o auxílio do que foi sugerido por AGOSTINI (2004) e através de observações visuais durante os ensaios, a laje que apresentou o comportamento menos dúctil foi a L4-80-200, apresentando uma taxa de armadura longitudinal de 0,138%, superior a da laje L4-00-120 que é de 0,093%, ambas inferiores a taxa de armadura mínima recomendada pela NBR 6118:2003. A laje L4-80-200 possui toda a sua armadura longitudinal distribuída ao longo da altura da mesma, ou seja, a armadura não está concentrada apenas na região inferior, enquanto que a laje L4-00-120 não possui treliça, apenas uma ferragem corrida concentrada na região inferior da mesma, desta forma a armadura de tração atua diferente em ambas as lajes.

Devido à necessidade de se determinar uma taxa de armadura equivalente a apresentada pelas lajes treliçadas, mas que esteja concentrada apenas na região inferior da treliça, ou seja na sapata, de forma a ficar mais próximo do comportamento de uma viga, foi sugerido uma forma de cálculo para ferragem, item 5.3 e Anexo 1, nomeada de ferragem ponderada.

As lajes L4-00-120 e L4-80-120 apresentaram as taxas de ferragem ponderada longitudinal, respectivamente de 0,093% e 0,066%, ambas com valores inferiores ao recomendado pela NBR 6118:2003, respectivamente 61% e 127%, justificando o fato da laje L4-80-120 ter sido a que apresentou o comportamento menos dúctil e demonstrando que, pelo menos nos casos em estudo, a norma brasileira é conservadora.

A laje L1-80-120, que apresentou a maior ductilidade, já possuía treliça de menor seção de área de aço permitida pela norma, ou seja, as lajes treliçadas confeccionadas com alturas, capeamento e armadura de treliças e distribuição conforme o normalizado, para os casos em estudo, terão um comportamento dúctil quando submetidas a esforços de flexão.

ruptura das armaduras do banzo inferior, juntamente com o escoamento da armadura do banzo superior, sem o aparecimento de fissuras horizontais na ligação entre o substrato e o material de reforço nas lajes reabilitadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80.

A laje L3/L3R-80 apresentou um ganho de carga de ruptura de 18% em relação a L2/L2R-80 bem como menores deformações verticais centrais para mesmos valores de carga, demonstrando que o reforço com aço funcionou como um acréscimo na altura do capeamento de concreto.

Ao analisar o ganho de carga entre as duas lajes reforçadas L2/L2R-80 e L3/L3R-80 e depois em relação à laje de referência L1-80-120, podemos constatar que o maior ganho no momento resistente se deve principalmente ao acréscimo da altura útil média da armadura, mesmo com uma queda na taxa de armadura, 105% e 45% respectivamente, em função do aumento da área de concreto devido à aplicação dos reforços de concreto.

4) Com relação aos deslocamentos verticais a NBR 6118:2003, para os casos em estudo, também se mostrou conservadora, porém vale ressaltar que na pesquisa de campo realizada por PEREIRA (2000) foi observado que um do grandes problemas das lajes treliçadas são as deformações excessivas, ressaltando que os resultados obtidos são válidos para as lajes pesquisadas neste trabalho.

6.2 Sugestões para trabalhos futuros

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