O problema da energia em nível mundial é um fenômeno extremamente grave, onde as previsões de diversos especialistas são desanimadoras. Nesse sentido, dois principais caminhos devem ser perseguidos. Em primeiro lugar, a redução do consumo, que parece pouco provável frente ao crescimento populacional e expansão da sociedade de consumo, e, em segundo lugar o desenvolvimento de novas tecnologias e a diversificação da matriz energética substituindo a energia produzida a partir de combustíveis fósseis por fontes de energia consideradas renováveis.
O Protocolo de Kyoto representa uma grande oportunidade para o Brasil. Entretanto, não se pode deixar de questionar a eficácia dos seus mecanismos em relação a conservação do meio ambiente. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, apresenta algumas deficiências, entre as quais podemos destacar a falta de vinculação entre os recursos aplicados nos países do Anexo II com o desenvolvimento de novas tecnologias mais limpas. Nesse sentido o MDL vem se tornando apenas um instrumento de transferência de responsabilidades através dos mecanismos de compra e venda de créditos de carbono no mercado internacional. Acredita-se que após alguns aperfeiçoamentos, que podem ser construídos por meio de regulamentações, o MDL pode se tornar um mecanismo realmente eficiente e gerar oportunidades tanto para os países do Anexo I como do Anexo II.
Nesse contexto, o Brasil é um país que possui uma matriz energética diversificada, além de uma enorme biodiversidade, fatos que o colocam em posição privilegiada no cenário internacional de créditos de carbono. O Brasil tem a chance de conseguir aliar o desenvolvimento econômico ao desenvolvimento sócio-ambiental, através da conservação do meio ambiente e geração de oportunidades, emprego e renda em diversas regiões do país.
O desenvolvimento do CENABIO mostra-se como um diferencial, gerando oportunidades para a implementação de parcerias para a produção de biocombustíveis. Entre as principais características do CENABIO podemos destacar a capacidade de formação de rede, equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e sócio-ambiental, forte estrutura tecnológica, além de proteção jurídico-comercial.
A utilização das ontologias em sistemas de informação baseados em conhecimento vem se mostrando como um forte diferencial em termos de eficácia nos resultados das buscas realizadas. A organização do conhecimento através da construção de uma rede de expressões permite que o sistema tenha como resultados documentos organizados pelo contexto e grau de similaridade em relação ao documento de entrada. Nesse sentido cabe destacar uma evolução conceitual nos sistemas de busca, onde a busca contextual e forma de representação do conhecimento tornam-se elementos essenciais para a produção de informações estratégicas. Enquanto nos sistemas que utilizam palavras-chave e conectores lógicos existe forte ambigüidade nos resultados, nos sistemas baseados em ontologias o contexto permite um maior entendimento da situação apresentada no caso de entrada do sistema, ordenando assim os documentos por ordem de relevância e similaridade.
A organização do conhecimento em domínios é outro diferencial, pois assim, informações específicas de cada domínio assumem contextos bastante particularizados, pois as próprias fontes de informação que irão alimentar o sistema são definidas de modo a abranger os conhecimentos do domínio na sua totalidade.
A construção automática de ontologias é um desafio a ser implementado no SISBIO. Além disso, vislumbra-se a necessidade de aperfeiçoamento do processo de construção e expansão das ontologias. Como trabalhos fututos, pretende-se analisar in loco as diferentes cadeias de biocombustíveis, implementando o modelo de gestão aqui desenvolvido.
Espera-se assim, contribuir para o desenvolvimento de combustíveis limpos, alterando a matriz energética, promovendo uma nova forma de desenvolvimento no campo e colocando o Brasil em posição de destaque no cenário energético mundial.
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ANEXO 1 – Formulário de dados cadastrais