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Analisando-se a quantidade de energia elétrica produzida pela célula a combustível, foi possível comprovar que a eficiência elétrica deste dispositivo, com um valor de 46%, é muito superior à eficiência das máquinas que obedecem ao ciclo de Carnot, para as quais se verifica uma eficiência máxima em torno de 30%, aproximadamente. Isto é possível porque a célula a combustível converte energia química diretamente em energia elétrica, diferentemente das máquinas de Carnot, que convertem previamente calor em energia mecânica, cujo processo implica muitas perdas de energia.

Voltando a analisar a célula a combustível, uma eficiência elétrica de 46%, significa que de 100% da energia recebida pela célula a combustível sob a forma de hidrogênio, 46% é convertida em energia elétrica e o restante em energia térmica.

A energia térmica produzida poderia ser aplicada em instalações que utilizam o calor, como, por exemplo, siderúrgicas, indústrias, sistemas de aquecimento de ambientes, entre outras. Neste caso, a partir da cogeração em uma determinada instalação, muitas vantagens poderiam ser obtidas, desde a redução dos custos de energia desta instalação, devido à possibilidade de geração própria, onde o hidrogênio poderia ser fabricando no próprio local, bem como a utilização eficiente desta, ou seja, aproveitando-se a energia elétrica e a térmica.

Verificou-se também, nos ensaios anteriores, que a eficiência elétrica total do sistema composto pela célula a combustível e pelo eletrolisador corresponde a um valor muito próximo ao da eficiência da célula a combustível isolada, ou seja, enquanto a célula a combustível apresentou uma eficiência elétrica de 46%, o sistema completo apresentou uma eficiência próxima de 41%, para condições aproximadas de potência requisitada pela carga, nos dois ensaios realizados, respectivamente. De fato, isto é possível, ao se verificar que a eficiência energética do eletrolisador é relativamente alta, cujo valor encontrado foi de 87%.

Apesar da célula a combustível PEM possuir um custo relativamente elevado atualmente, devido ao catalisador de platina utilizado em sua construção, muitos países como Estados Unidos e Japão estão fazendo grandes investimentos em pesquisas de células a combustível com a finalidade de tornar viável, economicamente, a difusão destas no mercado. Tecnicamente, a célula a combustível já é uma realidade. Já existem, por exemplo, diversos veículos

trafegando sem motor a combustão, substituído por motores elétricos alimentados por células a combustível PEM, além de muitas outras aplicações já verificadas.

Através da experimentação, pôde-se comprovar a grande importância da tecnologia de células a combustível. Devido ao alto rendimento deste componente e da utilização de energia renovável, estima-se que em um futuro próximo esta tecnologia avance ainda mais, com custos ainda menores e se torne comum em diversos ramos de atividade, desde a fabricação de telefones celulares até a aplicação no setor de transportes. Esta previsão resulta de informações verificadas diariamente nos noticiários, cujos assuntos principais são as adversidades entre países pelo monopólio do petróleo, o efeito estufa e a busca por novas fontes de energia.

A busca por tecnologias mais eficientes faz com que a célula a combustível se torne uma alternativa considerável, envolvendo todos os setores econômicos, como, por exemplo, o setor de geração de energia e o setor de transportes. Além disso, criam-se novos postos de trabalho, diminui-se a emissão de poluentes, reduz- se a dependência do petróleo e da exploração das poucas jazidas que ainda restam e utiliza-se energia de forma racional, promovendo o crescimento sustentável.

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