• Nenhum resultado encontrado

Ao final dos trabalhos foi possível traçar as seguintes considerações finais:

1) A metodologia utilizada neste trabalho, combinação da mensuração dos processos geoquímicos através de análises físico-químicas das águas superficiais regionais, com a quantificação da taxas de denudação e erosão totais se mostrou uma ferramenta extremamente interessante para análises geomorfológicas. De fato, apesar dos dois métodos mensurarem processos diferentes (denudação geoquímica e denudação total) em escalas de tempo igualmente diferentes (processos atuais com processos na escala de milhão de anos), os resultados quando comparados se completam. Fora isso, não contradizem os estudos qualitativos já realizados na região, bem como permitem uma melhor compreensão da evolução do modelado.

2) O transporte de sedimentos na região do Bação foi lento. Tal fato, é confirmado graças as grandes diferenças nas taxas de denudação total entre os exutórios das bacias e os pontos localizados mais à montante. Esta conclusão confirma os resultados dos trabalhos que atestaram que as vertentes do Quadrilátero Ferrífero estiveram recobertas por colúvios durante boa parte do Quaternário. A remoção parcial destes colúvios parece estar associada ao encaixamento da rede de drenagem que dissecou o relevo regional. Este processo, por sua vez, é comprovado graças ao fato de que, na área investigada, os topos de vertente são erodidos em uma intensidade inferior que os fundos de vale.

3) A evolução do relevo do Quadrilátero Ferrífero é fruto de uma denudação diferencial onde: os quartzitos e itabiritos constituem as rochas mais resistentes; os xistos, filitos de resistência mediana; granito-gnaisses de resitência baixa; e os mármores-dolomitos as de menor resistência. Esta denudação diferencial é verificada em termos de processos físicos e químicos. Porém, a diferença de altitude em relação ao nível de base, bem como a área da bacia hidrográfica são variáveis que também influem na intensidade da denudação no Quadrilátero Ferrífero. Neste sentido, quanto mais próximo das cabeceiras de drenagem mais intenso será o processo denudacional. Logo, é possível concluir que a diferença entre taxas de erosão e denudação total deve-se a distribuição dos litotipos na paisagem e ao atual processo de dissecação do relevo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ab’Saber A. N. 1954. As altas Superfícies de Aplainamento do Brasil Sudeste. Ver. Fac. Campineiras. 1(4): 60-67.

Adams G. 1975. Planation Surfaces. Phennsylvania, Dowen, Hutchinson & Ross Inc. Benchmark Papers in Geology. 476p.

Alkmin F. F., Marshak S. 1998. Transamazonian Orogeny in the Southern São Francisco Craton Region, Minas Gerais, Brazil: evidence for Paleoproterozoic collision and collapse in the Quadrilátero Ferrífero. Precambrian Research. 90: 29-58.

Almeida F. F. M. 1977. O Cráton do São Francisco. Revista Brasileira de Geociências. 7(4): 349-364. Anderson S. P., Dietrich W. E., Torres R., Montgomery D. R., Loague K. 1993. A case for

geochemical control of concentration-discharge relationships. Chemical Geology. 107: 369-371. Babinski M., Chemale F. Jr., Van Schmus W. R. 1991. Geocronología Pb/Pb em rochas carbonáticas

do Supergrupo Minas, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais Brasil. In: Anais do III Congresso Brasileiro de Geoquímica. São Paulo. 2: 628-631.

Babinski M., Chemale F. Jr., Van Schmus W. R. 1993. A idade das Formações Ferríferas Bandadas do Supergrupo Minas e sua Correlação com aquelas da África do Sul e Austrália. In: Anais do II Simpósio do Cráton São Francisco. Salvador: 152-153.

Bacellar LAP. 2000. Condicionantes geológicos, geomorfológicos e geotécnicos dos mecanismos de voçorocamento na bacia do rio Maracujá, Ouro Preto, M.G. - PhD Thesis. – COPPE: Rio de Janeiro - Brazil.

Bacellar L.A.P., Coelho Netto A.L., Lacerda W. A. 2005. Controlling factors of gullying in the Maracujá Catchment, Southeastern Brazil. Earth Surface Process and Landforms 30:1369-1385. Barbosa G. V. 1980. Superfícies de Erosão no Quadrilátero Ferrífero. Revista Brasileira de

Geociências. 10(1): 89-101.

Barbosa G. V., Rodrigues D. M. S. 1965. O Quadrilátero Ferrífero e seus problemas Geomorfológicos. Boletim Mineiro de Geografia. 10/11: 3-35.

Barbosa G. V., Rodrigues D. M. S. 1967. Quadrilátero Ferrífero. Belo Horizonte, IGC/UFMG. 130p. Behling H., Lichte M. 1997. Evidence of dry and cold climatic conditions at glacial times in tropical

Southeastern Brazil. Quaternary Research. 48: 348-358.

Bellier O., Bourles D. L., Beaudouin T., Braucher R. 1999. Cosmic Ray Exposure (CRE) dating in a wet tropical domain: late Quaternary fan emplacements in central Sulawesi (Indonesia). Terra Nova. 11(4): 174-180.

Bigarella J. J., Ab’Saber A. N. 1964. Paläogeographische und paläoklimatische Aspekte des Känozoikums in Südbrasilien. Z. Geomorphologie N. F. 8(3): 286-312.

Bigarella J. J., Becker R. D. & Santos G. F. 1994. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis, UFSC. 425p.

Blanckenbourg Von F. 2005. The control mechanisms of erosion and weathering at basin scale from cosmogenic nuclides in river sediment, Earth and Planetary Science Letters. 237: 462-479.

Braucher R. 1998. Utilisation du 10Be cosmogenique produit in situ pour l’etude da la dynamique des laterites en zone intertropicale. CEREGE, Université d’Aix-Marseille III. Aix-en-Provence. These Doctorat. 112p.

Braucher R., Bourlès D. L., Colin F., Brown E. T. & Boulangé B. 1998. Brazilian laterite dynamics using in situ-produced 10Be. Earth and Planetary Science Letters. 163: 197-205.

Braucher R., Bourlès D. L., Brown E. T., Colin F., Muller J. P., Braun J. J., Delaune M., Minko E., Lescouet C., Raisebeck G. M., Yiou F. 2000. Application of in situ-produced cosmogenic 10Be and 26Al to the study of lateritic soil development in tropical forest: theory and examples from

Cameroon and Gabon. Chemical Geology. 170: 95-111.

Braucher R., Brown, E. T., Bourlès D. L., Colin F. 2003. In situ produced 10Be measurements at great

depths: implications for production rates by fast muons, Earth and Planetary Science Letters. 211: 251-258.

Brocard G. Y, van der Beek P. A., Bourlès D. L., Siame L., Mugnier J. L. 2003. Long-term fluvial incision rates and postglacial river relaxation time in the French Western Alps from 10Be dating of

alluvial terraces with assessment of inheritance, soil development and wind ablation effects. Earth and Planetary Science Letters. 209: 197-214.

Brown E. T., Edmond J. M., Raisbeck G. M., Yiou F., Kurz M. B., Brook E. J. 1991. Examination of exposure ages of moraines in arena valley, Antartica, using in-situ 26Al and 10Be. Geochimica

Cosmochimica Acta. 55: 2269-2283.

Brown E. T., Stallard R. F., Larsen M. C., Raisbeck G. M., Yiou F. 1995. Denudated rates determined from accumulation of in situ produced 10Be in the Luquillo Experimental Forest, Puerto Rico.

Earth and Planetary Science Letters. 129: 193-202.

Brown, E. T., Stallard, R. F., Larsen, M. C.,Bourlès, D.L., Raisbeck, G.M. & Yiou, F. 1998. Determination of predevelopment denudation rates of an agricultural watershed (Cayaguás River, Puerto Rico) using in-situ-produced 10Be in river-borne quartz. Earth and Planetary Science Letter. 160 (3-4): 723-728.

Bronw E. T., Colin F., Bourlès D. L. 2003. Quantitative evaluation of soil processes using in situ- produced cosmogenic nuclides: Évaluation quantitative des mécanismes pédologiques utilisant les nucléides cosmogéniques produits in situ. Comptes Rendu de Geosciences 335: 1161-1171.

Büdel, J., 1957. Die doppeleten Einebnungsflächen in den feuchten Tropen.. Z. Geomorphologie N. F. 1: 201-288.

Büdel, J. 1977. Klima-Geomorphologie, Gebrüder Borntraeger. Stuttgart. Translated by L. Fischer and D. Busche. 1982. Climatic Geomorphologie. New Jersey, Princenton University Press. 444p. Burbank D. W., Anderson R. S. 2002. Tectonic Geomorphology. Malden/USA, Blackwell Science.

267p.

Byran K. 1922. Erosion and Sedimentation in Papago Country, Arizona. In: Adams G. 1975. Planation Surfaces. Dowen/Phennsylvania, Hutchinson & Ross Inc. Benchmark Papers in Geology, 22: 476p.

Carneiro M. A. 1992. O Complexo metamórfico do Bonfim Setentrional. Revista da Escola de Minas. 45: 155-156.

121

De Martone E. 1940. Problèmes Morphologiques du Brésil Tropical Atlantique. Annales de Géographie. I (XIV-XVI): 1-27; 126-129.

Dorr J. V. N. 1969. Physiographic, stratigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. Washington, US Geol Surv Prof Pap. 110 p. 641-A.

Edmond J. M., Palmer M. R., Measures C. I., Grant B., Stallard R. F. 1995. The fluvial geochemistry and denudation rate of the Guayana Shhield in Venezuela, Colombia, and Brazil. Geochimica et Cosmochimica Acta. 59(16): 3.301-3.325.

Fabel D., Stroeven A. P., Harbor J., Kleman J., Elmore D., Fink D. 2002. Landscape preservation under Fennoscandian ice sheets determined from in situ produced 10Be and 26Al. Earth and

Planetary Science Letters. 201: 397-406.

Faniran A. & Jeje L. K. 1983. Humid Tropical Geomorphology. London, Longman. 240pp.

Figueiredo MA, Varajão AFDC, Fabris JD, Loutfi IS, Carvalho AP. 2004. Alteração superficial e pedogeomorfologia no sul do Complexo do Bação. Quadrilátero Ferrífero (MG). Revista Brasileira de Ciências do Solo. 28: 713-729.

Freitas R. O. 1951. Relevos policíclicos na tectônica do Escudo Brasileiro. Boletim Paulista Geografia. 7: 3-19.

Gerrard J. 1994). Weathering of Granite Rocks: Environment and Clay Mineral Formation. In: Robinson, D. A. & Willians R. G. B. Rock Weathering and Landform Evolution. London: John Wiley & Sons. Cap1: 3-21.

Goudie A. (1995) The changing Earth: Rates of Geomorphological Processes. Oxford: Blackwell Publishers. P: 17-120.

Granger D. E., Muzikar P. F. 2001. Dating sediment burial with in situ-produced cosmogenic nuclides: theory, techniques and limitations. Earth and Planetary Science Letters. 188: 269-281. Hader E. C., Chamberlin R. T. 1915. The Geology of Central Minas Gerais. J. Geol. 23(445): 341-

424.

Heimsath A. M., Chappell J., Dietrich W. E., Nishiizumi K., Finkel R. C. 2001. Late Quaternary Erosion in Southeastern Australia: a field example using cosmogenic nuclides. Quaternary International. 83-85: 169-185.

Howard A. D., Dietrich W. E., Seidl, M. A. 1994. Modeling fluvial erosion on regional to continental scales. Jounal of Geophysical Research. 99(B7): 13.971-13.986.

James P. 1933. The surfaces configuration of the southearsten Bazil. Ann. Ass. America Geogr. 23(3): 165-193.

Johnson R. F. 1962. Geology and ore depositis of the Cachoeira do Campo and Ouro Branco Quadrangles, Minas Gerais, Brazil US Geol Surv Prof Paper 37 p. 341-B

King L. C. 1953. Canons of Landscape Evolution. Bulletin of the Geology Society of America. 64 (7): 721-732.

King L. C. 1956. A Geomorfologia do Brasil Oriental. Revista Brasileira de Geociências. 18(2): 147- 265.

Klein C. 1985. La notion de cycle en géomorphologie. Revue de Géologie Dynamique et Géographie Physique. 26(2): 95-107.

Koss J. E., Etheridge F. G., Schumm S. A. 1994. An experimental study of the efects of base-level change on fluvial, coastal plain and shelf systems. Journal of Sedimentary Research. B64 (2): 90- 98.

Lal D. 1991. Cosmic ray labelling of erosion surfaces: in situ nuclide production rates and erosion models. Earth Planet. Sci. Lett. 104: 424-439.

Leeder M. R. 1991. Denudation, Vertical Crustal Movements and Sedimentary Basin Infill. Geologische Rundschau. 80(2): 441-458.

Lichte M. 1979. Morphologie Untersuchung in der Serra do Caraça und ihrem Vorland. Universität zu Göttigen, Göttigen. Diss. Master. 139p.

Lichte, M., Behling H. 1999. Dry and cold climatic conditions in the formation of the present landscape in Southern Brazil. Z. Geomorphologie: 341-359.

Lipski, M. 2002. Tectonismo cenozóico no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. Ouro Preto. DEGEO/EM/Universidade Federal de Ouro Preto. Master Thesis. 171pp.

Longwell, C. R. & Flint, R. F. 1962. Introduction to Physical Geology. New York, John Wiley & Sons. 685pp.

Machado N., Noce C. M., Oliveira O. A. B., Ladeira E. A. 1989. Evolução Geológica do Quadrilátero Ferrífero no Arqueano e Proterozóico Inferior, com Base em Geocronologia U-Pb. In: Anais do V Simpósio de Geologia de Minas Gerais. Belo Horizonte. 10: 1-4.

Machado N., Carneiro M. A. 1992. U-Pb evidence of Late Archeantectonothermal activity in southern São Francisco shield, Brazil. Canadian Journal Earth Science. 29: 2341-2346.

Machado N., Noce C. M., Ladeira E. A., Belo de Oliveira O., Carneiro M. A. 1992. U-Pb Geochronology of Archean magmatism and Proterozoic metamorphism in the Quadrilátero Ferrífero, Southern São Francisco Cráton, Brazil. Geological Society American Bulletin. 104: 1221-1227.

Machado N., Noce C. M., Feng R. 1993. Idades Pb 207/Pb206 de zircões detríticos de rochas metassedimentares da região do Quadrilátero Ferrífero, sul do Cráton do São Francisco. Considerações sobre as áreas fontes e idades de sedimentação. In: Anais do II Simpósio do Cráton São Francisco, Salvador: 149-151.

Machado N., Schrank A., Noce C. M., Gauthier G. 1996. Ages of detrital zircon from Archean- Paleoproterozoic sequences Implications for Greenstone Belt setting and evolution of a Transamazonian foreland basin in Quadrilátero Ferrífero, southeast Brazil. Earth Planettary Science Letters. 141: 259-276.

Magalhães Jr., A. P., Saadi, A., 1994. Ritmos da Dinâmica Fluvial Neo-Cenozóica Controlados por Soerguimento Regional e Falhamento: O Vale do Rio das Velhas na Região de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Geonomos. 2: 42-54.

Maxwell C. H. 1972. Geology and ore deposits of the Alegria district, Minas Gerais, Brazil. Washington/US, Geol. Survey Prof. Paper. 72p. 341J.

Milliman J. D., Meade R. H. 1983. World-wide delivery of river sediment to the ocean. The Journal of Geology. 91: 1-21.

123

Milliman J. D., Syvitski J. P. M. 1992. Geomorphic/Tectonic Control of Sediment Discharge to the Ocean: The Importance of Small Mountainous Rivers. The Journal of Geology. 100: 525-544. Millot G. 1977. Géochemie de la surface et formes du relief. Sci. Géol. Bull. 30d(4): 229-233.

Millot G. 1980. Les grands aplainissements des soeles continentaux dans les pays tropicaux et desertiques. Mém . H. Ser. Soc. Géol. De France. 10: 295-305.

Millot G. 1983. Planation of continents by intertropical weathering and pedogenetic processes. In: Int. Symp. Laterization Processes, II. São Paulo.

Nichols K. K., Bierman P. R., Hooke R Le B., Clapp E. M., Caffee M. 2002. Quantifying sediment transport on deserts piedmonts using 10Be and 26Al. Geomorphology. 45: 105-125.

Nishiizumi K., Caffee M.W., Finkel R.C., Brimhall G., Mote, T. 2005. Remnants of a fossil alluvial fan landscape of Miocene age in the Atacama Desert of northern Chile using cosmogenic nuclide exposure age dating. Earth and Planetary Science Letters. 237: 499-507.

Penk W. 1924. Die Morphologischa Analyse I Engelhorn’s Nachaf.. Translated: Morphological analisys of landforms: a contribution to physical geology. London. 1953. 429p.

Phillips, J. D. 2002. Erosion, isostatic reponse, and the missing peneplains. Geomorphology. 45: 225- 241.

Phillips, J. D. 2005. Weathering instability and landscape evolution. Geomorphology. 67: 255-272. Pinet P., Soriau M. 1988. Continental Erosion and Large-Scale Relief. Tectonics. 7(3): 563-582. Pomerene, J. B. 1964. Geology and ore depositis of the Belo Horizonte, Ibirité and Macacos

Quadrangles, Minas Gerais, Brazil US Geol Surv Prof Paper 84 p. 341-D.

Power & Smith 1994. A comparative Study of Deep Weathering and Weathering Products: Case Studies from Ireland, Corsica and Southeast Brazil. In: Robinson, D. A. & Willians R. G. B. Rock Weathering and Landform Evolution. London: John Wiley & Sons. Cap2: 21-41.

Ruellan F. 1950. Contribuição ao Estudo da Serra do Caraça. Anais Associados dos Geógrafos Brasileiros. 4(2): 77-106.

Saadi A. 1993. Neotectônica da Plataforma Brasileira: esboço e interpretação preliminares. Geonomos. 1(1).

Saadi A. 1995. A Geomorfologia da Serra do Espinhaço em Minas Gerais e de suas Margens. Geonomos. 3(1): 41-63.

Segóvia A. V. & Foss J. E. 1984. Landforms and Soils of the Tropics. In: La Fleur, R. G. Groundwater as a Geomorphic Agent. Boston: Allen & Unwin. Cap 4: 78-91.

Siame L., Bruacher R., Bourlès D. L. 2000. Les nucléides cosmogéniques produits in situ: de noveaux outils en géomorphologie quantitative. Bull. Soc. Géol. France. 171(4): 383-396.

Siame L., Bellier O., Braucher R., Sébrier M., Cushing M., Bourlès D. L., Hamelin B., Baroux E., de Voogd B., Raisbeck G., Yiou. F. 2004. Local erosion rates versus active tectonics: cosmic ray exposure m odelling in Provence (south-east France). Earth and Planetary Science Letters 220: 345-364.

Silva A. M., Chemale F. Jr., Heaman L. 1995. The Ibirité gabbro and the Borrachudo granite rift- related magmatism of Mesoproterozoic age in the Quadrilátero Ferrífero (MG). In: Anais VIII Simpósio Geologia de Minas Gerais. Diamantina. 13:89-90.

Stallard, R. F. & Edmond, J. F. 1983. Geochemistry of the Amazon – The Influence of geology and weathering environment on the dissolved load. Jounal of Geophysical Research. 88(14): 9.671- 9.688.

Stallard R. F., Koehnken L., Johnsson M. J. 1991. Weathering processes and the composition of inorganic material transported through the Orinoco River system, Venezuela and Colombia. Geoderma. 51: 133-165.

Stone J. O., 2000. Air pressure and cosmogenic isotope production. Journal of Geophysical Research. 105 (B10): 23753-23759.

Summerfield M. A. 1991. Global Geomorphology: an introduction of the study of landforms. Essex, Longman Scientific & Technical. 537p.

Summerfield M. A., Hulton N. J. 1994. Natural Controls of fluvial denudation rates in major world drainage basins. Journal of Geophysical Research. 99(B7): 13.871-13.883.

Swantesson J. O. H. (1994) Micro-mapping as a Tool for the Study of Weathered Rock Surfaces. In: Robinson, D. A. & Willians R. G. B. Rock Weathering and Landform Evolution. London: John Wiley & Sons. Cap13: 209-223.

Thomas M. F., Summerfield M. A. 1987. Long-term landform development: Key themes and research problems. In: International Geomorphology, Proceedings of the First International Conference on Geomorphology Wiley. Chichester. 935-956.

Thomas M. F. 1989a. The role of etch processes in landform development - I . Etchin concepts and their applications. Z. Geomorphologie. N. F., 33 (2): 129-142.

Thomas M. F. 1989b. The role of etch processes in landform development - II . Etchin and the formation of relief. Z. Geomorphology. N. F., 33 (3): 257-274.

Thomas M. F. 1994. Geomorphology in the tropics: a study of weathering and denudation in low latitudes. West Sussex, John Wiley & Sons Ltd. 460p.

Tricart J. 1961. O Modelado do Quadrilátero Ferrífero Sul de Belo Horizonte. Annales de Geographie. 70(379): 255-272.

Turkington, A. V., Phillips J. D. & Campbell S. W. 2005. Weathering and landscape evolution. Geomorphology. 67: 1-6.

Valadão C. R. 1998. Evolução de longo termo do relevo do cráton do São Francisco (desnudação, paleosuperfícies e movimentos crustais). Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia. Salvador. PhD Thesis. 343p.

Valadão RC, Silveira JS. 1992. Estratigrafia quaternária e evolução do relevo no Complexo do Bação: dados preliminares. Revista da Escola de Minas. 45: 85-87.

Varajão C. A. C. 1991. A questão da correlação das superfícies de erosão do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. Revista Brasileira de Geociências. 21(2): 138-145.

Wallace R.M. 1965. Geology and mineral resources of the Pico de Itabirito District , Minas Gerais, Brazil US Geol Surv Prof Paper 66 p. 341-F

125

Wayland E. J. 1933. Peneplains and some other plataforms. In: Adams G. 1975. Planation Surfaces. Dowen/ Phennsylvania, Hutchinson & Ross Inc. Benchmark Papers in Geology. 22: 476p.

Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 5, Nº 1 (2004) 55-69

O Papel da Denudação Geoquímica no Processo de Erosão

Diferencial no Quadrilátero Ferrífero/MG

The Hole of Chemical Denudation on Differential Erosion Processes in Quadrilátero

Ferrífero/MG

1 2 3

André Augusto Rodrigues Salgado , Fabrice Colin , Hermínio Arias Nalini Jr. , Régis

4 5

Braucher ,Angélica Fortes Drummond Chicarino Varajão eCésar Augusto Chicarino

5

Varajão

1Departamento de Geologia da Escola de Minas/UFOP Brasil

CEREGE -Europole de l'Arbois BP80 13545 Aix-en-Provence - France Telefone: 04 42 97 15 09

e-mail: geosalgado@yahoo.com.br salgado@cerege.fr

2IRD, UR-037 98848 Nouméa Cedex New-Caledonia

E-mail : Fabrice.Colin@noumea.ird.nc

3Departamento de Geologia da Escola de Minas/UFOP

Telefone: (31) 35 59 16 00 e-mail: nalini@degeo.ufop.br

4CEREGE -Europole de l'Arbois BP80 13545 Aix-en-Provence - France

Telefone: 04 42 97 15 09 e-mail: braucher@cerege.fr

5Departamento de Geologia da Escola de Minas/UFOP

Telefone (31) 35 59 16 00 e-mail: varajao@degeo.ufop.br Resumo

O presente trabalho investiga a contribuição da denudação geoquímica nos processos erosivos diferenciais do Quadrilátero Ferrífero/MG, área de relevante interesse geomorfológico por possuir, em seu modelado, importantes marcas desse tipo de processo. A fim de cumprir este objetivo foram utilizadas análises físico-químicas e químicas de águas superficiais coletadas em 18 (dezoito) pontos de monitoramento, localizados em quatro sub-bacias hidrográficas que drenam a área de estudo. A área em questão possui clima tropical semi-úmido com estações seca (inverno) e úmida (verão) bem delimitadas. A coleta das amostras de água foi realizada nestes dois períodos distintos. Os parâmetros analisados foram: pH, sólidos totais dissolvidos (TDS), sílica, ferro, alumínio, sódio, cálcio, magnésio, manganês e potássio. Os resultados demonstraram que a denudação geoquímica é um dos fatores responsáveis pela erosão diferencial, uma vez que é possível verificar a existência de três comportamentos denudacionais geoquímicos distintos: (i) elevadas taxas de denudação geoquímica nas áreas moldadas sobre rochas carbonáticas; (ii) taxas médias de denudação geoquímica nas áreas modeladas sobre granitos, gnaisses, xistos e filitos e; (iii) baixas taxas de denudação geoquímica nas áreas mais elevadas (quartzitos e itabiritos) em relação às depressões adjacentes (xistos, filitos, granitos e gnaisses). Tal fato comprova para a área investigada que as águas fluviais regionais são capazes de marcar a assinatura geoquímica dos litotipos que drenam. Foi possível ainda concluir que, além dos litotipos, as áreas das bacias hidrográficas e as altitudes das mesmas em relação ao nível de base regional constituem fatores que também interferem na intensidade da denudação geoquímica.

Palavras -chave: denudação geoquímica diferencial, evolução do relevo, Quadrilátero Ferrífero. Abstract

This work investigates the contribution of the chemical denudation to differential erosive processes in the Quadrilátero Ferrífero (State of Minas Gerais, Brazil). This is an area of relevant geomorphologic interest because the record of this type of process is well-preserved in the landscape. Semi-humid tropical climatic conditions

predominate in the area, with a well-defined dry season in winter and a humid season in summer. Superficial water samples were collected in both seasons at 18 monitoring points located in four hydrographic sub-basins. The

55

Salgado, A. A. R.; F Colin, F.; Nalini, H. A. Jr.; Braucher, R.;Varajão, A. F. DC.; e Varajão, C. A. C. / Revista Brasileira de Geomorfologia, Ano 5, Nº 1 (2004) 55-69

BRA ION ZILIA UN L NGEOM R HO P OLOGICA O RFOL G O M IA O B E R G A A SI D LE O Ã I I R N A U

1.Introdução

O Quadrilátero Ferrífero possui cerca de 2

7.200 km e localiza-se no interior do Estado de Minas Gerais, junto à borda sul do Craton do São Francisco (Almeida, 1977). Está situado em região de clima tropical semi-úmido, possuindo duas estações climáticas bem definidas: (i) verões úmidos e ; (ii) invernos secos. Trata-se de uma das mais importantes províncias minerais do Brasil. Além disso, possui significativo interesse geomorfológico devido à sua complexa estrutura geológica. A estratigrafia da região foi resumida por Alkmim & Marshak (1998) em: (i) embasamento cristalino, de idade arqueana, composto por granitos, gnaisses e migmatitos; (ii) Supergrupo Rio das Velhas, de idade arqueana, composto basicamente por quartzitos, xistos e filitos que constituem uma sequência tipo greenstone belt; (iii) Supergrupo Minas, de idade proterozóica, constituído por rochas metassedimentares (quartzitos, xistos, filitos e formações ferríferas) e (iv) Grupo Itacolomi, igualmente de idade proterozóica, constituído basicamente por quartzitos.

O modelado regional tem sido objeto de estudo desde os trabalhos de Hader & Chamberlin (1915), para os quais o relevo da região é fruto de sua estrutura e da erosão diferencial, onde os quartzitos e itabiritos constituem o substrato das terras altas, os xistos e filitos compreendem o substrato das terras de altitude mediana e as terras baixas estão moldadas

Documentos relacionados