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Conclusões, Limitações e Sugestões para Projetos Futuros

Hipótese 3: Os jovens tendem a valorizar a imagem que percecionam do banco através

5. Conclusões, Limitações e Sugestões para Projetos Futuros

Considerando uma amostra final de 275 indivíduos bancarizados, titulares de uma ou mais contas bancárias que movimentem/controlem, procurou-se nesta dissertação avaliar o grau de influência de cada um dos fatores que influenciam a escolha do banco principal, fundamentados na revisão de literatura e cruzá-los com as características socio demográficas dos jovens respondentes. Os dados foram recolhidos através de um inquérito por questionário, em 77.5% teve acesso ao questionário através de correio eletrónico e os restantes pela rede social Facebook. A amostra é maioritariamente composta por indivíduos do sexo feminino (57.7%) e tem uma distribuição equilibrada no que diz respeito à idade, em que 50.5% dos jovens respondentes tem idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, tendo os restantes entre 25 e 30 anos. Quanto à perceção do rendimento disponível do agregado, apenas cerca de um terço vive confortavelmente. Dos inquiridos, 93.8% têm formação superior, em maior percentagem (67.4%) na área das ciências sociais.

No que diz respeito aos canais bancários concluiu-se que o homebanking e os canais automáticos são aqueles a que os inquiridos dão mais importância no momento da escolha do banco principal. Nos canais não bancários destaca-se a qualidade do atendimento e o número e localização de agências. São as mulheres que dão mais importância aos canais de contacto com o banco no momento da escolha. No que diz respeito à idade as diferenças não são estatisticamente significativas. Relativamente à

0 20 40 60 80 100

Feminino Masculino 18-24 anos 25-30 anos

Sexo Idade

Cluster 3 Cluster 2 Cluster 1

33 escolaridade dos inquiridos, não há diferenças significativas quanto à importância dada à qualidade do atendimento e imagem dos empregados (atendimento presencial).

Comparando a importância dada à dimensão presencial e não presencial também se conclui que as diferenças não são significativas, embora a importância dada pelos jovens aos canais presenciais seja ligeiramente superior.

A publicidade exterior como os mupis e outdoors é considerada a forma de comunicação menos relevante para os inquiridos no momento da escolha do banco principal, considerada por 78% dos inquiridos como nada ou pouco importante, sendo a página web do banco o fator com mais importância.

A influência da família na altura de escolher o Banco Principal surge como o fator externo ao banco considerado como mais importante pelos jovens na escolha do mesmo, destacando-se bastante dos restantes indicadores. Conclui-se que as mulheres e os inquiridos mais jovens (18-24 anos) são quem dá mais importância às duas dimensões referidas anteriormente.

As despesas de manutenção e a anuidade dos cartões representam as variáveis mais importantes para a grande maioria dos jovens, destacando-se de forma evidente dos restantes custos considerados no questionário e fundamentados na revisão de literatura. Concluiu-se que o escalão “permite viver confortavelmente” é o que mais importância dá às despesas com bens e serviços bancários, seguido dos jovens que classificam como “difícil” a posição referente ao rendimento atual do seu agregado familiar. Numa situação intermédia encontram-se os indivíduos que consideram que o seu rendimento atual “dá para viver”.

Relativamente ao tipo de bens e serviços oferecidos por cada um dos bancos, foram referidos como sendo muito importantes ou importantes os juros oferecidos pelas instituições de crédito nas aplicações financeiras (71.5%) e as facilidades na abertura de conta e subscrição de produtos (75%), sendo também estes os fatores mais respondidos pelos inquiridos quando questionados sobre que custos tiveram em consideração no momento da escolha do banco principal. Conclui-se que os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 24 dão mais importância à oferta do seu Banco Principal no momento da escolha do mesmo.

34 Aquando da análise dos indicadores relacionados com a imagem percebida pelos potenciais clientes no momento da escolha do banco principal, verifica-se que todos os fatores foram considerados importantes ou muito importantes pela maioria dos inquiridos, sendo que no caso da reputação, segurança e confiança percebidas do banco considerado como principal, a percentagem situa-se acima dos 95%. Conclui-se que os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 24 dão mais importância à imagem do seu Banco Principal no momento da escolha do mesmo do que os jovens com mais de 24 anos.

Conclui-se também que 32.2% da importância que os jovens atribuem à imagem do banco principal quando o escolhem, é explicada pela variação na importância dada à comunicação feita pelo banco para este segmento.

Do total da amostra, 98.8% dos jovens inquiridos estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o seu banco e a maior parte dos jovens provavelmente recomendaria o mesmo a um amigo.

Os indivíduos que compõem a amostra podem ser agrupados em três clusters, cada um deles composto por jovens com características homogéneas relativamente aos indicadores analisados.

Apesar da amostra estudada ser composta por jovens de ambos os sexos e várias idades, o facto da grande maioria se tratar de indivíduos com formação superior, cuja área académica se inclui dentro das ciências sociais, vem originar que a amostra não seja o mais representativa possível da população jovem bancarizada.

Seria interessante, num estudo futuro, alargar a amostra e poder efetuar comparações entre os jovens provenientes de diferentes áreas académicas ou mesmo de situações profissionais distintas, fazendo a distinção entre os jovens que já se encontram empregados e com rendimentos próprios, dos restantes.

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