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Indicadores de desempenho tem indiscutível importância para a gestão es- tratégica das IFES. Independentemente do modelo adotado para organizar o plano estratégico, eles são a forma mais clara e desenvolvida de controle e acompanhamento dos resultados obtidos pelas ações operacionais.

Entretanto, percebe-se que a aplicação de indicadores podem ainda, por vezes, não estar associados à cultura de gestão desta ou aquela instituição. Pelo menos em algumas das instituições usadas na amostra, não há clareza na apresentação de quais seriam os indicadores de acompanhamento de seu planejamento e sequer, quais seriam as relações entre estes e os objetivos estratégicos.

Verificou-se também que um conjunto bem amplo e solidificado destes valores pode ir além do acompanhamento dos resultados das ações, mas também, fornecer elementos sobre comportamentos e tendências que estão vinculados a vida instituci- onal. Desta forma, avaliando estes comportamentos e tendências e cruzando-os em situações de causa e consequência, é possível utilizar os mesmos como poderosos elementos para sustentar a tomada de decisões.

A documentação encontrada e utilizada, tanto na literatura, como nos PDI’s - Planos de Desenvolvimento Institucional, se revelaram como fontes de pesquisa de forma adequada.

Também o método aplicado, adaptando a Grounded Theory para a extração de requisitos de informação nas fontes pesquisadas foi validado e representou um progresso além do esperado. Progresso este caracterizado na valoração da fundamen- tação quantitativa de cada categoria. Ou seja, ao preservar as citações relacionadas a cada categoria obtida pode-se ter uma indicação de priorização em termos de imple- mentação das mesmas, dado o número maior de ocorrências que houveram para uma em relação a outra.

Ainda sobre o método, a experiência de usar Grouded Theory, revelou-se muito eficaz e eficiente, sendo considerada também nos eventos em que o autor apresentou publicações como sendo particularmente inovadora. A dificuldade de localizar referên- cias sobre Elicitação de Requisitos de Informação é fortemente evidenciada quando nada é localizado em repositórios de publicações científicas ou mesmo em mecanismos de busca simples como o lider buscador Google. Com esta string ou semelhantes, não obteve-se respostas, ou as respostas fornecidas não atenderam ao objetivo da busca.

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Sendo assim, pode-se considerar correto que pelo sucesso alcançado usando os procedimentos do método aplicado, é viável tornar a Grouded Theory ou mesmo adaptações da mesma, uma recomendação de uso em casos semelhantes, em várias áreas correlatas. Tanto de Business Intelligence, Big Data, Data Science, etc., em todos estes casos existirá a necessidade de estabelecer quais as informações e conhecimentos são prioritários adquirir do mundo ou do ambiente de negócio. O método aqui utilizado pode ser mais uma possibilidade de ferramenta para tal.

Um outro ganho que se pode concluir como positivo é de que as dimensões que classificam os indicadores, usando-se modelos multidimensionais passam a classificar cada métrica individualmente, sendo que a relação de classificação se altera. A métrica é que possui várias dimensões, a amplitude de classificação aumenta e passa a ser mais objetiva. Além disto, adquire a propriedade optativa, pois é usada segundo a vontade do analisador.

Afora isto, uma classificação dentro das dimensões convencionais de algum método de planejamento existente como o BSC por exemplo, ou sua vinculação com objetivos estratégicos não é prejudicada. Apenas neste trabalho, não foram exploradas mais atentamente.

Por fim, com a modelagem multidimensional, além de antecipar a fase de projeto de um sistema de apoio a tomada de decisões, modelando já o Data Warehouse necessário, percebe-se uma grande quantidade de métricas derivadas, desde as mais simples às mais completas, decorrentes do dimensionamento identificado.

7.1.1 Aplicabilidade dos Indicadores quanto ao SINAES e TCU

As instituições hoje trabalham, conhecem, ou pelo menos coletam, dois grupos obrigatório de indicadores: O SINAES e os indicadores de desempenho do TCU. Para verificar a aplicabilidade dos indicadores permitidos pelos modelos multidimensionais em relação a estes, os mesmos foram confrontados e comparados.

O SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, conforme BRASIL - Presidência da República (2004) , é formado por três componentes princi- pais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Os resultados do SINAES não são, em grande maioria, coletados ou criados pela própria instituição. Apenas a Autoavaliação, que é conduzida pela CPA (Comissão Própria de Avaliação) é realizada pela instituição e pode ser perfeitamente representada pelos modelos definidos, particularmente os que tratam da categoria Avaliação de Satisfação.

Tendo em vista que os demais resultados do SINAES refletem indicadores im- portantes para a mesma, estudando o modelo, vemos que estes podem perfeitamente representar estes indicadores. Ficando por conta da instituição alimentar os mesmos

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com os resultados fornecidos após a avaliação efetuada pelo MEC, ou mesmo provi- denciando avaliações paralelas usando os mesmos critérios para gerar seus próprios resultados e confrontá-los com os indicadores gerados pelo SINAES.

O outro grupo de indicadores seriam os que o TCU cobra das IFES. Estes indicadores de desempenho são um conjunto de indicadores que o TCU exige, através da Decisão 408/2002, e que devem ser inclusos nos Relatórios de Gestão das IFES desde 2002.

Estes indicadores, em número de doze são coletados todos pela instituição. Ao estudá-los em MEC - Ministério da Educação (2005) , percebemos que todos eles, tanto pelas descrições como pelas fórmulas que os definem, estão contidos nos modelos resultantes deste trabalho. Podem ser obtidos diretamente ou de forma derivada com operações matemáticas muito simples e envolvendo no máximo duas categorias.

Desta forma conclue-se que alem da possibilidade de construir uma base mais sólida para a tomada de decisões da instituição, os indicadores também podem auxiliar a instituição no fornecimento dos mesmos perante as requisições legais, tanto do MEC (relativos a autoavaliação), bem como a todos os 12 indicadores cobrados pelo TCU.

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