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VI.1. CONCLUSÕES

O SGMA é um corpo elipsoidal com pouco mais de 5 km2. Ele é caracterizado por apresentar contraste entre as suas rochas, sendo estas porfiríticas na porção noroeste do corpo, e rochas equigranulares leucocráticas nas demais regiões. Ele apresenta as seguintes fácies petrográficas: Fácies Equigranular Leucocrática (muscovita granito, granito com muscovita e biotita e quartzo monzonito), Fácies Porfirítica (biotita quartzo monzonito e quartzo monzodiorito) e Fácies Enclaves (monzonitos e monzodioritos).

Os dados de campo, petrografia e geoquímica permitiram estabelecer algumas hipóteses para esse corpo, podendo-se admitir uma gênese complexa. Conclui-se que:

• Os contatos do SGMA com as rochas do embasamento metassedimentar foram aproximados. No entanto na porção sul do corpo o contato foi observado e há influência da colocação deste corpo nas rochas encaixantes. Ocorrem rochas cálcio-silicáticas intercaladas em ardósias. Estas rochas foram interpretadas como granofels.

• A sequência de cristalização dos minerais das rochas do SGMA é similar. Os minerais acessórios (zircão, apatita, titanita, epídoto primário) são as fases minerais que iniciam o estágio de cristalização magmática. São seguidos pelos minerais ferromagnesianos (diopsídio, hornblenda e biotita) e depois pelos feldspatos e pelo quartzo. O estágio tardio é marcado pela cristalização do epídoto e titanita secundários, carbonato e fluorita.

• A gênese do SGMA admite processos de mixing e mingling para o SGMA. As rochas porfiríticas resultam do mixing entre um magma félsico com um magma máfico. Com o avanço da cristalização do magma félsico o processo de mistura dominante foi o mingling, o que é evidenciado pela presença de abundantes enclaves máficos microgranulares que compõem os diques sin-plutônicos. Isso favorece a hipótese da mistura mecânica entre os magmas.

• Os enclaves máficos microgranulares que compõem os diques sin-plutônicos representam porções de magma máfico “aprisionadas” no magma félsico, logo, estes enclaves representam a composição do magma máfico.

• Dentre os enclaves máficos microgranulares, também é possível encontrar enclaves cumuláticos de clinopiroxênio.

• Para o Muscovita granito o modelo petrogenético proposto é a fusão parcial de metassedimentos do Domínio Macururé, quando da colocação das rochas porfiríticas. Vale ressaltar que estas são as rochas mais peraluminosas do stock.

• Em diagramas discriminantes de ambientes geotectônicos, os biotita quartzo monzonitos e enclaves ocupam o campo das rochas com assinatura de ambientes de arco vulcânico, ao passo que, os granitos ocupam o campo dos granitos sin- colisionais.

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