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CONCLUSÕES

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Desenho 1 Sobre Luvas

4 CONCLUSÕES

A carga horária de trabalho levantado na pesquisa está muito próxima das 44 horas semanais estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho CLT (Decreto-Lei n o 5.452 de 1º de Maio de 1943), indicando que a maioria dos dentistas participantes desta pesquisa não sofre acidentes de trabalho com contaminação em função de sobrecarga. Os números apresentados sugerem que a grande maioria dos dentistas pesquisados faz uso dos EPI´s e fazem os procedimentos preventivos com muita frequência, sendo assim o número de ocorrência de acidentes fica muito reduzido, além disso, não são todos os acidentes com material potencialmente contaminado que faz com que o acidentado se contamine e desenvolva doenças, portanto a contaminação por material biológico nos mostra um número pequeno como foi verificado na pesquisa.

Em um dos pesquisados foi relatado um acidente com material perfurocortante em um paciente com HIV, e este dentista tomou todas as providências cabíveis para combater a possível contaminação, e ficou constatado após exames que ele não contraiu a AIDS. Pela amostra dos casos pesquisados (56) somente houve uma ocorrência (1,8%) de acidente quando o paciente era portador de HIV.

Nas respostas sobre profissionais que sofreram acidentes, verificou-se que 35,7% relataram alguma ocorrências. Também houve a indicação de 4 profissionais que tiveram algum tipo de contaminação.

Porém um pesquisado indicou a ocorrência de Pterígio, que segundo o Dr. Jefferson Benedito Pires de Freitas5 não é caso de contaminação, ou seja, não é uma doença causada por vírus, bactérias ou fungos, mas causado pelo impacto de uma partícula arremessada por instrumento rotativo, o que poderia ser evitado usando-se corretamente os óculos de segurança ou o protetor facial.

Considerando este caso como mais um acidente (que não foi relatado pelo respondente), obtém-se 37,5% o índice de acidentes ocorridos com os profissionais pesquisados. Com respeito à contaminação, o resultado, portanto, seria de 5,4%.

Se comparados estes resultados com os dados indicados na Tabela 1, acidentes mais graves que resultam em afastamento superior a 15 dias, incapacidade ou óbito correspondem à

5

Dr. Jefferson Benedito Pires de Freitas, Professor de Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, Médico Pneumologista da Secretaria Municipal de Saúde Prefeitura Municipal de São Paulo.

15,6% (2006) e 29,9% (2007) do total dos acidentes relatados, os valores encontrados nesta pesquisa são superiores.

Fica evidente, portanto, a adoção de medidas preventivas e o uso adequado de todos os EPI´s indicados para a atividade.

Pode-se sugerir outras pesquisas que considerem riscos como ruído, também presente no ambiente de trabalho dos dentistas.

Pesquisas de desenvolvimento de novos materiais que tornem mais confortáveis o uso dos EPI´s também são relevantes e devem ter efeitos positivos na prevenção dos riscos relatados.

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