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Por fim, depois da apresentação e validação da arquitetura de software proposta neste trabalho, este capítulo tem o propósito de descrever algumas conclusões obtidas durante a construção desta dissertação e de propor alguns trabalhos que poderão ser desenvolvidos.

Após a construção da arquitetura tratada neste trabalho e de acordo com os experimentos realizados e de acordo com os resultados obtidos, pode-se observar que os resultados coletados mostraram que a aplicação da arquitetura conseguiu “quebrar” o silêncio obtido dos alunos quando os professores perguntavam, oralmente, se o novo conteúdo abordado em sala de aula havia sido entendido ou não. Esse tipo de feedback abre uma vasta gama de possibilidades, tanto do ponto de vista da arquitetura quanto do ponto de vista dos resultados obtidos.

Por exemplo, a partir do ponto de vista da arquitetura em questão, há a possibilidade de realizar o desenvolvimento de ferramentas de software fundamentas na arquitetura proposta com fins mais específicos e relacionados com a avaliação contínua dos alunos. A partir do ponto de vista dos resultados obtidos, está na possibilidade do professor não só de decidir se continua ou não com desenvolvimento de sua disciplina, mas também de ser levado a uma autorreflexão sobre o próprio método de ensino utilizado em sala de aula.

Além disso, vale ressaltar novamente que o sistema esquelético foi desenvolvido com o propósito de validar a arquitetura de software proposta. Com este intuito em mente, o sistema abrangeu apenas os requisitos mínimos e essenciais para realizar o processo de validação com sucesso e em tempo hábil. Diante disso, surge a necessidade da construção de novos requisitos, tanto funcionais quanto não funcionais, com o objetivo de gerar um sistema de software mais robusto, confiável e seguro.

Ademais, levando-se em consideração as tecnologias disponíveis no momento da construção deste trabalho, pode-se observar que as interfaces gráficas do sistema esquelético desenvolvido não são tão amigáveis quanto elas poderiam ser. Neste caso, surge a oportunidade de se trabalhar mais especificamente nas interfaces gráficas construídas e até criar novas interfaces a fim de tornar o sistema em questão mais intuitivo, mais amigável e mais fácil de se utilizar.

Um outro ponto que poderá ser melhorado, está localizado na estrutura do banco de dados construído para armazenar os dados utilizados pelo sistema esquelético implementado. Assim como já foi mencionado no capítulo 4, o banco de dados desenvolvido não permite que o professor construa avaliações com mais de uma questão. Isto não condiz com a realidade, visto que o professor poderá desejar implementar uma avaliação com mais de uma questão. Neste caso, surge a necessidade de reestruturar o banco de dados desenvolvido, não só para permitir que o professor construa avaliações com mais de uma questão, mas também para possibilitar o

63 desenvolvimento de avaliações que abordem questões subjetivas e que englobem imagens, áudios, vídeos e outros mecanismos que poderão ser utilizados a fim de melhorar o processo de ensino-aprendizagem em sala de aula.

Um outro ponto importante que também poderá ser melhorado, está localizado na classe CalculosEstatisticos da camada de Utilitários. O sistema esquelético utilizou apenas o cálculo da proporcionalidade, assim como já foi mencionado no capítulo 4. Neste caso, surge a oportunidade de melhorar o sistema de software implementado no que diz respeito aos cálculos não utilizados a fim de gerar informações não abordadas no modelo matemático utilizado neste trabalho.

Além disso, a partir da arquitetura de software proposta neste trabalho, pode-se realizar a construção de outros sistemas de software voltados para a avaliação contínua do aluno.

Um primeiro exemplo está relacionado com o desenvolvimento de um sistema de

software capaz de montar um banco de questões à medida que este mesmo sistema seja

utilizado pelos vários tipos de professores. Dessa forma, os alunos poderão montar as próprias listas de exercícios a fim de testarem os seus conhecimentos antes da realização de uma avaliação formal. Nesse caso, o banco de questões seria grande de tal maneira que os alunos não saberiam quais questões seriam abordadas na avaliação. Isso tornaria inviável aos alunos decorarem as questões e as suas respostas. Consequentemente, esses alunos seriam motivados a aprenderem os conceitos e os princípios dos assuntos das respectivas disciplinas, ao invés de simplesmente decorá-los.

Um segundo exemplo diz respeito ao desenvolvimento de um sistema de software que tenha a capacidade de possibilitar aos alunos obterem orientações de estudo automatizadas logo após a resolução tanto de listas de exercícios quanto de avaliações. Dessa forma, os alunos teriam condições de identificar os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. A partir desse tipo de feedback, esses alunos poderiam realizar novos estudos e, até mesmo, serem levados a uma autorreflexão no que tange às suas estratégias e realizar uma reelaboração das etapas do próprio processo de aprendizagem utilizado.

E um terceiro exemplo está relacionado com o desenvolvimento de um sistema de

software capaz de realizar a avaliação contínua dos alunos em sala de aula de forma

mais interativa e mais dinâmica. Isso poderá ser executado através da utilização e da implementação de ferramentas relacionadas com os conceitos e os princípios da realidade virtual e aumentada. Tal sistema poderia influenciar bastante na maneira de executar a avaliação do conhecimento adquirido pelos alunos durante as aulas dos professores.

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