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CAPITULO II – ESTUDO

5. CONCLUSÕES

A família vivencia transições profundas ao longo do ciclo de vida familiar. A passagem da criança de um sistema de educação e cuidados como a creche, para um sistema de educação como o jardim de infância (pré-escolar), é reveladora de algumas tensões e conflitualidades no seio familiar. A família tem expectativas para encontrar uma boa instituição de educação, mas também tem expectativas relacionadas com o ser família e o ser criança. Assim, a vivência da transição das famílias com filhos pequenos para os filhos no pré-escolar, é uma problemática de grande interesse para a disciplina de enfermagem, que se centra na facilitação de processos de transição, no sentido de atingir um sentido de bem-estar (Schumacher & Meleis, 2010). Permite desenvolver diferentes níveis de investigação, centradas na natureza das transições (onde este estudo se insere), respostas e consequências e, as diferentes estratégias que os enfermeiros podem adotar para potenciar transições saudáveis (Meleis, 2012).

Consideramos que a presente investigação permitiu compreender as dinâmicas do processo de transição associado às famílias com filhos pequenos na entrada dos filhos para o pré-escolar. É um ponto de reflexão e discussão para os contextos da prática clínica e académico, no que se reporta às tarefas associadas às famílias neste estádio de ciclo vital, tradicionalmente olhadas por perspetivas redutoras.

A adaptação da família com filhos pequenos à entrada dos filhos na pré-escola retrata a complexidade da transição e permite antecipar a forma como as famílias reagem a este contexto. Ao aumentar a compreensão do fenómeno, permite definir intervenções adequadas a esta transição. Assim, como principais conclusões desta investigação, destacamos as seguintes:

1. A família com filhos pequenos vive em confronto com múltiplos tempos, desde as rotinas diárias, à definição de regras, ao ser pai ou ser mãe. As oportunidades para estar verdadeiramente em interação em família são necessárias, mas nem sempre garantidas. O tempo é considerado a primeira fonte de conflito na organização familiar e a partilha do tempo em atividades de vida diária pode ter um impacto positivo na criança e família.

2. O bem-estar da criança é reforçado na presente investigação e o tempo para ela se expressar nas suas múltiplas dimensões. Ser exploradora do mundo é importante para o desenvolvimento da criança, contudo as atividades partilhadas com os pais são consideradas promotoras de relações de proximidade e centrais para o desenvolvimento psicológico e comportamental da criança. O envolvimento crescente da criança em contextos diferentes do familiar, significa que passam menos tempo com a família. No

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entanto, o tempo com os pais, efetivamente em interação, é considerado fundamental e cria desafios para a interação e relação entre os subsistemas parental e a criança.

3. A creche é considerada, na atualidade, uma resposta necessária aos desafios da família. A qualidade em creche é destacada como determinante da saúde e bem-estar da criança e, por conseguinte, uma ambição da própria família.

4. A saúde é entendida como uma fonte de segurança para a família. Os profissionais de saúde são parte integrante de um puzzle que envolve a família, a educação e a saúde. O tempo para a saúde é considerado uma oportunidade para trabalhar as relações entre os indivíduos e a família como um todo.

Envolver a família como unidade de cuidados implica, assim, conhecê-la, identificar as suas dificuldades e necessidades, mas fundamentalmente as suas forças, de modo a potenciá-las.

Implicações para a prática, investigação, educação e política

Consideramos que a os objetivos delineados no início do relatório foram atingidos de forma satisfatória, revelando-se os recursos utilizados para a concretização do mesmo, eficazes e adequados. A compreensão da família, da complexidade do tempo para se ser família, não pode ser negligenciado pelos profissionais de saúde e, em particular pelos enfermeiros. A flexibilização de consultas, em horários diferentes e que vão mais de encontro ao tempo familiar, a abordagem a diferentes temáticas durante a consulta, o reforço do bem-estar da criança, do casal e do indivíduo é destacado, neste estudo, como muito relevante para o enfermeiro de saúde familiar.

A cooperação entre os enfermeiros e as famílias, por oposição a uma hierarquização de cuidados, permite que se trabalhe em sintonia e de forma harmoniosa na obtenção do potencial de saúde da família e dos seus membros. Atendendo aos múltiplos tempos impostos às famílias, desafiamos à reflexão sobre a “figura” do enfermeiro na (ou em estreita colaboração com a) creche, de modo a que as famílias tenham um acesso mais facilitado e privilegiado à saúde e respondam às suas necessidades de forma positiva. O enfermeiro de família na creche contribuirá para que a família construa a sua carreira, atingindo o seu potencial de saúde. A mulher, descrita como super mãe, por ser mãe e por ter muitos tempos associados a si, como o profissional e o do dia-a-dia, desafia os profissionais para que a incluam enquanto indivíduo e membro da família nos cuidados prestados.

Existem inúmeras implicações para a investigação. Desde logo, o desenvolvimento de estudos com diferentes abordagens, nomeadamente quantitativos observacionais que

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permitam aprofundar o conhecimento no domínio das famílias com filhos pequenos e intervir, recorrendo a estudos experimentais, de forma segura e eficaz, antecipando necessidades. Afigura-se como uma preocupação crescente e indiretamente decorrente deste estudo, a avaliação do impacto da permanência de um enfermeiro de família na creche, na saúde da criança e da família.

Na educação, consideramos que as famílias com filhos pequenos, a enfermagem de saúde familiar e a saúde da família e criança não podem ser negligenciadas ao nível académico, no primeiro e/ou segundo ciclos dos cursos de enfermagem, nem ao nível da educação ao longo da vida. Consideramos que há inúmeros profissionais e áreas disciplinares em interação com a saúde da criança e família, pelo que as implicações para a educação transcendem a dimensão da enfermagem, sendo importante incluir outras áreas como a educação de infância, sociologia, psicologia, educação e outras.

A política regional, nacional e internacional tem consequências ao nível da saúde familiar. A análise política deve ser, por isso, uma preocupação de cada enfermeiro. Consideramos que a assunção da especialização em enfermagem de saúde familiar por parte da Ordem dos Enfermeiros como uma prioridade, a definição do colégio de especialidade será um caminho relevante a ser trilhado para influenciar políticas públicas e leis no domínio da família e saúde.

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SINTESE CONCLUSIVA DO RELATÓRIO

No final deste relatório, é tempo de tecer algumas reflexões sobre o percurso desenvolvido e nos passos importantes que reconhecemos ter já dado, face às necessidades inerentes a uma evolução permanente. O estágio na USF foi pautado por um forte investimento individual e profissional que se traduziu em ganhos pessoais e profissionais. Procuramos valorizar a enfermagem de família, tendo sido (e continuando a ser) desafiados pelo conhecimento mais aprofundado e pela investigação neste domínio.

A importância da realização de um estágio para o desenvolvimento de competências profissionais é inegável, na medida em que decorre num contexto promotor de aprendizagem, com possibilidades de mobilização de saberes adequados e pertinentes com vista à (re)construção da identidade profissional (Alarcão & Rua, 2005). Neste contexto, o estágio na USF permitiu-nos a aquisição de competências específicas de Enfermeiro Especialista em Saúde Familiar, a par de um crescimento pessoal e profissional decorrente das reflexões praxeológicas, partilhadas com os enfermeiros tutores e a professora orientadora. As dificuldades iniciais relacionadas com a compreensão da família como unidade em transformação, altamente complexa, única e multidimensional, foram progressivamente atenuadas no decorrer do estágio.

Os membros de uma qualquer disciplina recorrem ao conhecimento disciplinar e assumem responsabilidade no avanço do conhecimento. Contudo, num século marcado pela interdisciplinaridade, parceria e colaboração surgem inúmeras tensões, paradoxos e, simultaneamente, oportunidades. Os limites permeáveis da interdisciplinaridade, definidos numa base disciplinar madura, permitem responder a questões complexas relacionadas com a complexidade da qualidade dos cuidados (Meleis, 2012). Assim, e em jeito de balanço do estágio e da investigação desenvolvidos, consideramos que foi valorizada a interdisciplinaridade, norteada por princípios de equidade, parceria, e reciprocidade. Equidade no olhar para as diferentes fontes de conhecimento, parceria com os membros das diferentes disciplinas e reciprocidade na formação, utilização e avaliação dos achados e do conhecimento, conscientes de que “o todo” é melhor do que o conhecimento único e isolado. Os cuidados de enfermagem especializados em saúde familiar enfatizam as dinâmicas internas da família, a sua estrutura e funcionamento, bem como a relação com os múltiplos sistemas que a circundam. No decorrer do estágio pudemos vivenciar a relevância do enfermeiro no processo de autonomização da família, na adaptação contínua aos

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processos de transição, gerindo e organizando, com a família, os cuidados de saúde e os seus recursos internos e externos.

É inequívoco que o enfermeiro especialista em saúde familiar procura a satisfação da família. A promoção da saúde, considerada uma área prioritária de qualidade em enfermagem, foi explorada com particular empenho. A maioria dos modelos de promoção da saúde foca-se no indivíduo em detrimento da família. Procuramos explorar diferentes modelos de promoção da saúde, em particular o da promoção da saúde da família (Christensen, 2004) explorando e promovendo estilos de vida saudáveis com a família. Em consonância, a prevenção de complicações foi desenvolvida e potenciada no decorrer da nossa prática clínica, procurando antecipar potenciais problemas de saúde resultantes dos processos de transição e, particularmente os de saúde/doença, intervindo nas dimensões cognitiva, afetiva e comportamental (Wright & Leahey, 2013). O bem-estar e autocuidado foi maximizado no nosso cuidado com a família, ao potenciar o bem-estar de cada um dos membros individualmente e o da família como unidade. A capacitação dos cuidadores para cuidarem de um familiar dependente foi conseguida com as visitas domiciliárias, almejando a adaptação e o coping familiar. Na readaptação funcional da família, operacionalizada na adaptação a diferentes contextos de saúde/doença, procurámos uma abordagem colaborativa e promotora das forças da família face a contextos de especial complexidade, explorando respostas adequadas ao funcionamento familiar. A organização e gestão dos cuidados de enfermagem, na demanda pela sua máxima eficácia, teve como base de referência a saúde familiar, desde a recolha de dados e anamnese, diagnósticos e planeamento das intervenções com a família e a avaliação dos cuidados prestados. Exploramos as parcerias estabelecidas entre a instituição e os agentes da comunidade, no sentido de informar a família sobre a acessibilidade aos cuidados de saúde, nomeadamente os primários, cuidados de saúde secundários e/ou recursos da comunidade (Regulamento nº 367/2015).

A elaboração deste relatório foi complexa, mas plena de sentido. Constituiu um período de reflexão e introspeção sobre o caminho percorrido e abre portas para um novo caminho, ainda desconhecido, mas que pretendemos desbravar. A sua construção envolveu uma sequência dos acontecimentos que mais nos marcaram para o desenvolvimento de competências e que contribuíram para o nosso crescimento pessoal, e a (trans)formação profissional. Afigura-se de um modo cada vez mais clara a opção pela enfermagem de saúde familiar, radicada no desenvolvimento constante, onde o aprender é um processo inacabado.

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57 APÊNDICES

Guião da Entrevista em focus group subordinado ao tema “As transições ao longo do ciclo de vida familiar: famílias com filhos pequenos”

6 de junho

Abertura

-Identificação da equipa de investigadores; identificação dos objetivos do estudo; garantia da confidencialidade e consentimento informado;

- Apresentação.

Introdução

Como surgiu esta preocupação com as famílias com filhos pequenos? Porque estamos num contexto ímpar, com mudanças socioeconómicas ímpares no contexto nacional e internacional. Isto conduziu a um conjunto de reestruturações no seio familiar, incluindo ao nível das tarefas. Existe pouca evidência sobre quais são essas tarefas. Portanto, pensamos procurar um conjunto de pessoas, para nos darem a sua opinião sobre este contexto, o das famílias com filhos pequeno e, particularmente as tarefas inerentes à transição dos 2 para os 3 anos. Será fundamentalmente isso… No fundo a saída da creche, a entrada no JI.

Transição

Quais os maiores desafios (dificuldades e aspetos positivos) que sentem no contacto com as famílias com filhos pequenos?

Na V/ opinião, na atualidade podemos falar em mudanças no seio da família? Quais são?

Questões chave

Numa consulta com a criança. Conseguem dissociar a criança da família? Existe equilíbrio ao nível conjugal e enquanto pessoa? É difícil?

Como são divididas as tarefas da família? O que é a creche?

Quem deixa e vai buscar as crianças à creche? Há alguma regra?

Na V/ opinião, é mais importante o tempo em família ou a reparação? (uma família chega a

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