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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.2 MÉTODOS

3.2.1 CONFECÇÃO DOS PAINÉIS

Para colagem dos painéis utilizou-se a resina fenólica, fenol formaldeído cujas propriedades são apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2 – Propriedades da resina fenol-formaldeído CR - 7010.

PROPRIEDADE DESCRIÇÃO

Aparência Líquido Viscoso Avermelhado Viscosidade a 25ºC 550 - 850 cP

Sólidos a 105ºC 48 - 50%

pH 12 – 13

Densidade a 25ºC 1,200 - 1,250 g/cm³ Fonte: Manual Técnico - MADEIRANIT Madeiras Ltda. (2014).

A preparação final do adesivo foi feita basicamente pela mistura do adesivo “in natura” com alguns outros componentes, em uma batedeira industrial, por aproximadamente 15 minutos, e sua formulação final apresenta-se na Tabela 3. Após a preparação, foi verificada a viscosidade final da mistura por meio do Copo Ford nº 8, para garantir que a mesma fique dentro da faixa de viscosidade sugerida pelo fabricante.

Tabela 3 – Formulação final do adesivo fenol-formaldeído (FF).

PRODUTOS MEDIDAS (por partes)

Resina Fenol-formaldeído 100

Água 19

Farinha de Trigo (Extensor) 15

TOTAL 134

Teor de sólidos 49%

Teor da batida de Cola 35%

Fonte: Manual Técnico - MADEIRANIT Madeiras Ltda. (2014).

As lâminas utilizadas nos painéis tinham espessura de 1,5 mm, e foram selecionadas visualmente conforme classificação da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada – ABIMCI, adotado pela empresa. Após seleção, as lâminas foram secas em prensa quente, com temperatura de 120 ºC, por 15 minutos, a pressão de 0,8 MPa, com o intuito de reduzir o teor de umidade das mesmas, de 12% para 6 à 8% de umidade, conforme recomendação do fabricante do adesivo. Após secagem, devido ao tamanho das prensas, as lâminas de madeira foram guilhotinadas em seções de 2440 mm x 1220 mm (largura x comprimento), para posterior confecção dos painéis.

A escolha das lâminas que iriam compor a capa, miolo e contra capa dos painéis, foi com base no teor de umidade apresentado por cada lâmina, cujas especificações estão apresentadas na Tabela 4.

Tabela 4 – Critério de aceitação para umidade da lâmina de madeira.

TEOR DE UMIDADE

DESTINAÇÃO COLAGEM FENÓLICA

Capa < 12%

Miolo Seco < 8%

Miolo Cola < 8%

Contra Capa < 12%

A aplicação de adesivo nas lâminas foi realizada por uma passadeira de cola do tipo rolo, adotando-se a gramatura da cola como sendo de 280 g/m², conforme especificação da empresa, para a espécie Amescla (Trattinnickia burserifolia (Mart.) Willd.) Esse valor foi adotado com base no tipo de madeira (classe 3, madeira tropical) e também com base na espessura da lâmina - espessura inferior a 2 mm (Tabela 5).

Chama-se atenção para a 1ª linha de cola, onde as tensões são maiores devido a umidade entre a 1ª e 2ª lâmina.

Tabela 5 – Especificações técnicas para escolha da gramatura do adesivo.

ESPESSURA DA LÂMINA (mm) GRAMATURA (g/m²) - Fenólica

CLASSE 1 CLASSE 2 CLASSE 3

< 2,0 >280 >280 >280

2,0 – 3,5 >320 >320 >310

>3,5 >370 >370 >360

Fonte: Manual Técnico - MADEIRANIT Madeiras Ltda. (2014)

A montagem dos painéis foi de acordo com suas especificidades técnicas, sendo o painel compensado montado com lâminas cruzadas (perpendiculares) e o painel LVL confeccionado com lâminas na mesma direção da grã (paralelas). O modo de aplicação do adesivo, em ambos os painéis apresenta-se na Figura 4.

Figura 4 – Esquema de aplicação do adesivo para os painéis compensados e LVL.

Após a montagem, os painéis foram primeiramente prensados a frio para assemblagem das lâminas do colchão e em seguida efetuou-se a prensagem a quente, conforme especificações técnicas dispostas na Tabela 6.

Tabela 6 – Especificações técnicas da prensagem.

COLAGEM FENÓLICA

Tempo de carregamento < 2,5 minutos

Temperatura: 125 a 150 °C

Pressão: Madeira tropical: 08 a 14 Kgf/cm² TEMPO DE PERMANÊNCIA

Para temperaturas < 140 °C 1,0 minuto/mm Para temperaturas > 140 °C: 0,8 minuto/mm

Fonte: Manual Técnico - MADEIRANIT Madeiras Ltda. (2014)

Para a pesquisa adotou-se a temperatura de 120 °C e o tempo de 10, 5 minutos, com base na espessura do painel (7 lâminas x 1,5 de espessura = 10,5 mm de espessura) e pressão real de 2,8 MPa.

Ao todo foram produzidos 6 (seis) painéis contendo 7 (sete) lâminas cada um, sendo 3 unidades de painéis compensados e 3 unidades de painéis LVL, com dimensões reais de 2440 x 10,5 x 1220 mm (largura x espessura x comprimento). Nesta pesquisa eles foram discriminados como painéis industriais (PI), pois foram confeccionados nos moldes adotados pela indústria.

Depois de prontos os painéis foram acondicionados por 72 horas para liberação das tensões e em seguida seccionados, passando para as dimensões nominais de 600 x 100,5 x 600 mm (largura x espessura x comprimento). Após seccionados, os painéis foram discriminados como painéis de pesquisa (PP), somente para diferenciar dos painéis anteriores, que tinham as dimensões maiores e que foram denominados inicialmente de painéis industriais (PI). Logo, o PP é o PI com dimensões menores.

Devido à presença de defeitos, nos painéis de pesquisa (PP), optou-se por fazer uma classificação visual dos mesmos, descartando-se os que apresentavam a maior quantidade de irregularidades. Ao final da classificação foram selecionados 4 painéis de pesquisa (PP) de 600 mm x 10,5 mm x 600 mm (largura x espessura x comprimento), para ambos tipos de chapas (compensado e LVL). Em seguida, retiraram os corpos de prova, conforme esquema apresentado nas Figuras 5 e 6.

Figura 5 – Esquema de retirada dos corpos de prova nos painéis compensados.

Onde:

1. As dimensões estão indicadas em metro;

2. A notação utilizada segue o formato “PCi Cj Tipo”, onde: “PC” indica o tipo do painel, ou seja, Painel Compensado; “i” indica o número do painel, que varia de 1 a 4; “C” significa corpo de prova; “j” indica o número do corpo de prova, que em geral varia de 1 a 4, mas em casos especiais, pode variar de 1 a 6; “Tipo” indica o tipo de ensaio previsto;

3. Os tipos de ensaios previstos foram: “TU”, Teor de umidade; “Mea”, Massa específica; “AA”, Absorção de água; “IR”, Inchamento e recuperação de espessura; “FE”, Flexão Estática - MOR (Módulo de ruptura) e MOE (Módulo de elasticidade); “QC”, Cisalhamento na linha de cola (Qualidade da Colagem).

Figura 6 – Esquema de retirada dos corpos de prova nos painéis LVLs.

Onde:

1. As dimensões estão indicadas em metro;

2. A notação utilizada segue o formato “PLi Cj Tipo”, onde: “PL” indica o tipo de painel, ou seja, Painel LVL; “i” indica o número do painel, que varia de 1 a 4; “C” significa corpo de prova; “j” indica o número do corpo de prova, que em geral varia de 1 a 4, mas em casos especiais, pode variar de 1 a 6; “Tipo” indica o tipo de ensaio previsto; 3. Os tipos de ensaios previstos foram: “TU”, Teor de umidade; “Mea”, Massa específica;

“AA”, Absorção de água; “IR”, Inchamento e recuperação de espessura; “FE”, Flexão Estática - MOR (Módulo de ruptura) e MOE (Módulo de elasticidade); “QC”, Cisalhamento na linha de cola (Qualidade da Colagem).

Após retirados, os corpos de prova foram climatizados a 65% de umidade e 20°C de temperatura, para posterior execução dos ensaios, conforme discriminado na Tabela 7.

Tabela 7 – Normas adotadas para os ensaios físico-mecânicos

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