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Conhecendo os sujeitos

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Os sujeitos participantes deste estudo são 12 profissionais do IFG, docentes, lotados nos Câmpus de Jataí e Inhumas. Os primeiros dados empíricos para o estudo foram coletados por meio da aplicação de um questionário, que permitiu o levantamento de dados quantitativos, a fim de facilitar a tabulação e conferir agilidade ao processo, seguido pela realização de entrevistas semi-estruturadas, posteriormente transcritas e analisadas por meio dos procedimentos próprios da Análise de Conteúdo, tendo por lastro teórico o materialismo histórico e dialético.

As entrevistas foram voluntárias e a realização de cada uma foi antecedida por um primeiro contato, no qual foram fornecidas as informações básicas sobre o projeto, esclarecidas as questões que foram apresentadas pelos sujeitos e assinados os termos de autorização e uso das informações concedidas.

Todos os encontros foram realizados no local de trabalho dos sujeitos, em condições consideradas satisfatórias, no que se refere ao local, tempo, equipamento e relação entre entrevistado-entrevistador, conforme se verifica necessário para o êxito da entrevista enquanto instrumento científico de coleta de dados (LÜDKE; ANDRÉ, 1986).

Não houve resistência ao tema, tampouco transpareceu qualquer atitude de receio em discutir as questões formuladas. De forma geral, a proposta de pesquisa foi acolhida como

uma importante contribuição para a educação profissional e a perspectiva de ouvir os docentes mostrou-se como um fator de interesse por parte dos entrevistados.

A importância de ouvir os sujeitos inseridos nos processos educacionais cresceu, no Brasil, a partir do viés antropológico e sociológico, que passou a permear as investigações do campo, a partir dos anos de 1970, quando as pesquisas qualitativas também assumiram destaque (LÜDKE; ANDRÉ, 1986).

A partir desta perspectiva, analisar um fenômeno a partir de números, dados, documentos e da realidade material é parte importante de um processo, enriquecido pela busca de compreender a concretude da experiência daqueles que participam ativamente da construção da realidade.

Com as informações obtidas por meio do questionário, construiu-se o Quadro 9, que apresenta um perfil dos sujeitos que participaram da pesquisa, no que se refere á área de atuação, titulação e ano de ingresso na Instituição.

Quadro 9: Caracterização Básica dos Sujeitos Entrevistados

Sujeito Atuação Ano de ingresso na

Educação Profissional Titulação

1 Educação geral Até 2000 Especialização

2 Formação técnica Após 2009 Doutorado

3 Formação técnica Até 2000 Mestrado

4 Educação geral Após 2009 Mestrado

5 Formação técnica Após 2009 Mestrado

6 Formação geral Até 2000 Especialização

7 Formação técnica 2001-2008 Mestrado

8 Formação técnica 2001-2008 Doutorado

9 Formação geral 2001-2008 Graduação

10 Formação geral Após 2009 Mestrado

11 Formação geral Após 2009 Mestrado

12 Formação técnica Até 2000 Mestrado

Dos 12 sujeitos ouvidos, 10 pertencem ao sexo masculino, cinco estão abaixo dos 35 anos, dois têm entre 36 e 45 anos, como se pode ver nos dados organizados nos Gráficos 3 e 4 a seguir:

Gráfico15 3: Sujeitos, distribuídos por faixa etária

0 2 4 6 menos de 24 anos De 25 a 35 anos De 36 a 45 De 46 a 55 mais de 55 anos nº de sujeitos

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados pela pesquisadora

Vale registrar que os outros cinco sujeitos têm mais de 46 e são aqueles que atuam na educação profissional ha mais tempo.

Gráfico 4: Sujeitos, distribuídos por sexo

10 2

masculino feminino

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados pela pesquisadora

15 Os gráficos deste capítulo foram elaborados a partir dos dados da pesquisa, obtidos por meio do questionário e da entrevista realizada com os professores.

A formação inicial destes docentes é diversificada. Metade deles tem formação na área de formação geral (Química, Educação Física, Física e Matemática) e a outra metade possui formação técnica16 (engenharia elétrica, engenharia de alimentos, informática). Quatro deles cursaram licenciatura, três não declararam sua formação no questionário, os demais são engenheiros, bacharéis e tecnólogos.

6 6

formação geral formação técnica

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados pela pesquisadora

Quanto ao período de ingresso na carreira docente e na Instituição, sete deles tornaram-se professores no período de 2001 a 2008 e cinco, até o ano de 2000. Já o ingresso no IFG apresentou uma distribuição mais homogênea: quatro ingressaram até o ano 2000, três ingressaram no período de 2001 a 2008 e cinco, após 2009.

Gráfico 5: Sujeitos, distribuídos por período de ingresso na carreira docente

0 1 2 3 4 5 6 7 8 Até 2000 2001 a 2008 Após 2009 nº de sujeitos

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados pela pesquisadora

16 A definição prévia dos entrevistados levou em conta a formação dos sujeitos, divididos inicialmente em dois grupos distintos – formação geral, formação técnica.

Gráfico 6: Sujeitos, distribuídos por período de ingresso no IFG 0 1 2 3 4 5 6 Até 2000 2001 a 2008 Após 2009 nº de sujeitos

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados pela pesquisadora

Todos estes docentes possuem Dedicação Exclusiva e a maioria deles atua em mais de um nível educacional, na própria instituição. A participação destes sujeitos em projetos de extensão é pequena, apenas três deles já atuaram nesta esfera, que é uma das ênfases dos institutos no contexto atual. A participação em projetos de pesquisa é um pouco superior: sete sujeitos já atuaram ou atuam em projetos de pesquisa, tanto no nível médio quanto no nível superior.

Dos 12 entrevistados, sete cursaram mestrado, dois cursaram doutorado, dois são especialistas e um deles é apenas graduado. Os docentes com menor nível de qualificação, graduação e especialização, são os docentes com maior tempo de ingresso na carreira docente; dos contratados pelo IFG após a expansão, apenas 01 não possui o título de mestre ou doutor. Isso se explica principalmente pela elevação das exigências impostas pelos concursos de docentes, nos quais a titulação tornou-se fator muitas vezes decisivo na pontuação final dos candidatos. Além disso, a preferência, por parte dos docentes, de uma carreira na esfera pública federal, torna mais acirrada a busca por tais vagas.

Gráfico 7: Sujeitos, distribuídos por titulação 0 5 10 graduação especialização mestrado doutorado outro nº de sujeitos

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados pela pesquisadora

A participação em programas/projetos de pesquisa é limitada. Os programas que demonstraram maior adesão são e-Tec, Mulheres Mil e Pronatec. Todos implantados anteriormente, mas ainda em desenvolvimento no ano de 2013. Foi constatada a tendência de que os docentes que se envolvem nos projetos/programas governamentais se repitam, ou seja, é comum que um sujeito participe de mais de um programa ou não participe de nenhum deles.

Gráfico 8: Sujeitos, distribuídos por participação em projetos de extensão

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sim Não nº de sujeitos

Gráfico 9: Sujeitos, distribuídos por participação em projetos de pesquisa 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Sim Não nº de sujeitos

Fonte: Elaborado a partir de dados coletados pela pesquisadora

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