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Conjunto de indicadores remetidos pelas Comissões de Coordenação e

4. Caso de Estudo – Região do Algarve

4.3. Indicadores relevantes para a monitorização da Economia Circular

4.3.4. Conjunto de indicadores remetidos pelas Comissões de Coordenação e

contexto de discussão das Agendas Regionais para a Economia Circular.

Durante a realização do estágio, no dia 14 de Março de 2019, foi partilhado pela Dr. Maria de Lurdes Carvalho, técnica superior da Direção de Serviços de Ambiente e responsável técnica pelo tema da Economia Circular na CCDR-Algarve, uma versão final de indicadores remetida ao INE no contexto de discussão das Agendas Regionais para a Economia Circular. Neste sentido procedeu-se à recolha e tratamento dos dados disponíveis a nível nacional e regional.

Com o intuito de realizar uma análise com o maior número de indicadores possíveis e devido à impossibilidade de recolher alguns indicadores necessários, alguns dos valores apresentados foram calculados através da recolha de dados estatísticos necessários e da aplicação da fórmula identificada pelo INE.

Do conjunto de indicadores disponibilizados não foi possível recolher dados a nível nacional de 4 indicadores relacionados com a reciclagem de embalagens, o comércio de matérias-primas recicladas e o número de empresas com certificação eco-label. A dificuldade de recolha de dados é ainda mais evidente a nível regional, uma vez que para 13 dos 29 indicadores propostos não foi possível recolher dados. No entanto é possível fazer uma análise da situação atual do Algarve comparativamente à média nacional.

99 Quadro 33 - Conjunto de Indicadores propostos para monitorizar a Economia Circular disponibilizados pela CCDR Algarve

Conjunto de Indicadores propostos para monitorizar a Economia Circular disponibilizados pela CCDR Algarve

Refe rênci a

Indicador Unidade /Ano

Valor para Portugal Valores para o Algarve Fonte dos dados Cálculo dos dados P A EC

Produtividade dos recursos (PIB / Consumo Interno de Materiais) (€/toneladas) (2017) 1 189 - INE Própria Produtividade das áreas artificiais (PIB / Superfície das áreas artificiais) (€) (2015) 38 709 30 782 INE Própria Consumo Interno de materiais (CIM per capita) Ton per capita (2017) 15,88 - INE Entidade Produtividade da energia (PIB / Consumo interno bruto de energia) (kWh/hab/€) (2017) 42,1 1,76 INE Própria Quota-parte de energia renovável (Energia renovável / Total de energia

consumida) (%) 28,1 - INE Entidade

Intensidade dos GEE do consumo de energia (Emissões de GEE / Consumo

interno bruto de energia) (Kt/kWh/ hab) (2017) 13,61 - APA Por mim

Emissão de GEE per capita

Emissões de CO2 per

capita (t equivalente

CO2/hab) (2016)

6,37 - APA Por mim

Emissão de GEE

Emissões de GEE (10000000t equivalente

CO2) (2016)

66 - APA Entidade

Produção de resíduos, com exclusão dos resíduos minerais, resíduos de

dragagem e solos contaminados (Resíduos urbanos recolhidos) (kg/hab) (2017) 487 881 INE Entidade Taxa de deposição em aterro de resíduos, com exclusão dos resíduos

minerais, resíduos de dragagem e solos contaminados (Resíduos enviados para aterro (direta ou indiretamente) / Resíduos tratados)

(% do total de Resíduos Urbanos Recolhidos)

(2017)

47,26 84,43 INE Entidade Produção de resíduos urbanos (per capita) (kg/hab) (2017) 487 881 INE Entidade Taxa de deposição em aterro de resíduos urbanos (%) (2017) 49,6 84,8 INE Entidade Taxa de reciclagem dos resíduos urbanos (2017) (%) 95,3 99,51 INE Entidade

Taxa de reciclagem dos resíduos de embalagens -

Taxa de reciclagem de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (% do total da região)

(2017) 0,51 0,51 INE Própria

Índice de eco-inovação (Índice com 16 indicadores) Nº índice: UE = 100

(2017) 105 -

Eurost

at Entidade

Eu ros tat Taxa de reciclagem de resíduos de embalagens de plástico (% do total da região)

100 Taxa de reciclagem de resíduos de embalagens de madeira (% do total da região)

(2017) 2,4 3,07 INE Própria

Taxa de reciclagem de resíduos biológicos (% do total da região)

(2017) 14,04 27,89 INE Própria

Taxa de recuperação de resíduos de construção e demolição (= Volumosos) (% do total da região)

(2017) 1,51 3,86 INE Própria

Contributo dos materiais reciclados para a satisfação da procura de matérias-

primas: "Circular material use rate" (%) (2016) 2,1 -

Eurost

at Entidade Comércio de matérias-primas recicláveis: Importações (no comércio

internacional e no comércio interno com outras NUTS II) ton -

Comércio de matérias-primas recicláveis: Exportações (no comércio

internacional e no comércio interno com outras NUTS II) ton -

Indi ca dor es adi ci ona is

Repartição modal das deslocações casa-trabalho e casa-escola da população empregada ou a estudar: em transporte coletivo, incluindo transporte público

coletivo (autocarro/elétrico, comboio, metro, barco….) e transporte coletivo da empresa ou escola

(%) (2011) 20,0 10,1 INE Entidade

Repartição modal das deslocações casa-trabalho e casa-escola da população empregada ou a estudar: Repartição modal das deslocações pendulares em

transporte individual (automóvel como condutor, automóvel como passageiro, motociclo, táxi)

(%) (2011) 63,3 67,6 INE Entidade

Repartição modal das deslocações casa-trabalho e casa-escola da população empregada ou a estudar: Repartição modal das deslocações pendulares a pé

ou de bicicleta

(%) (2011) 16,4 22,1 INE Entidade

Percentagem da população que recorre habitualmente ao “car-sharing” (automóvel como passageiro) (Utilização do Automóvel enquanto passageiro

nos movimentos pendulares)

(% do total dos movimentos da região)

(2011)

17,87 18,09 INE Própria

Nº de empresas com certificação eco-label Nº de empresas -

Despesas das famílias com reparação e manutenção de produtos (bens de consumo, incluindo veículos) (Despesas médias dos agregados familiares em

"Manutenção e reparação da habitação")

(€) (2016) 216 196 INE Entidade

(%) (2016) 1,1 1 INE Entidade

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Relativamente aos resíduos urbanos, a região do Algarve produz quase o dobro da média nacional por habitantes, tendo também uma maior taxa de deposição destes resíduos em aterros. No entanto a taxa de reciclagem destes é ligeiramente superior à nacional, o que se pode justificar pelo grande número de ecopontos na região, fruto de diversos processos públicos nos últimos anos, sendo o último de 2018, com o aumento de cerca de 30% no número de contentores disponibilizados à população algarvia cofinanciado pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo de Coesão (Sul Informação, 2018). Quando avaliadas as taxas de reciclagem por tipos de resíduos, o Algarve apresenta valores superiores à média nacional em embalagens de plástico, de madeira, em resíduos biológicos e na recuperação de resíduos de construção e demolição. O último grupo de indicadores diz respeito aos modos de deslocação pendulares em 2011, onde é possível verificar que o Algarve ainda é bastante dependente do transporte individual e que o sistema de transportes públicos coletivos não responde às necessidades dos residentes da região. Por outro lado os utilizadores de modos suaves e de serviços “car-sharing” são superiores à média nacional.

No contexto de monitorização de Economia Circular seria bastante importante poder avaliar o mercado de comércio de matérias-primas no sentido de perceber os pontos fortes e fracos e trabalhar sobre essa informação no sentido de incentivar a comercialização destes produtos. A nível regional é ainda fundamental analisar o Consumo Interno de Materiais e as Emissões de Gases com efeitos de estufa.

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