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Conjunto de peças

No documento O Comércio no Espaço Público (páginas 84-90)

Conector que permite até três peças encaixadas. Ele também pode ser usado como a base de apoio no chão para as peças, para que possam ser feitas bancadas, etc.

Conector que permite até quatro peças encaixadas.

Peça com quatro encaixes tipo macho. A prevalência por encaixes machos nas peças acontece uma vez que os conectores são compostos apenas por encaixes tipo fêmea.

Peça com encaixes intercalados: dois encaixes tipo macho e dois do tipo

fêmea.

Encaixe tipo fêmea. Encaixe tipo macho.

Peça com apenas dois encaixes do tipo

macho. A ausência de encaixes nas

laterais dá um melhor acabamento para bancadas, etc.

Peça com apenas dois encaixes variados: um tipo macho e um tipo

fêmea.

Peça com metade da dimensão padrão e dois encaixes tipo macho. As peças com metade do tamanho são ideais para pequenas estruturas.

Peça com metade da dimensão padrão e apenas um encaixe tipo macho.

Peça com metade da dimensão padrão e dois encaixes variados: um tipo macho e um tipo fêmea.

Em relação a cobertura, a proposta do tipo escama, além de apresentar falta de praticidade na montagem, não conversava com o desenho das peças que propomos. Tanto o design, o formato da cobertura e das peças, os tipos de encaixe propostos, em ambos, eram muito diferentes. Assim, no retorno a feira, pudemos observar alguns pontos que levamos em conta na reformulação da cobertura. Em primeiro lugar, muitas barracas possuem um sistema eficiente de encaixe da cobertura, em que um lado é mais extenso que o outro e pode ser invertido de acordo com a posição do Sol (Figura 86). Assim, o sistema de cobertura em lona é eficiente, mas tem suas limitações. Na maioria dos casos, acaba protegendo apenas os produtos, e não o comerciante, além de ser ineficiente em casos de chuva.

Assim, tomamos como partido a utilização das lonas, partindo de um sistema sustentado por hastes encaixáveis. Para facilitar o transporte e permitir o prolongamento da cobertura, as hastes seriam divididas em perfis de 60cm de comprimento. Para que fossem acopladas nas próprias peças da estrutura comercial, seriam travadas em perfis tubulares acoplados nas peças, utilizando o mesmo encaixe, criando um sistema rotacionável. (Figura 87).

Figura 86 – Croqui do sistema de cobertura encontrado em algumas barracas. O lado maior é posicionado de acordo com o Sol. (Elaboração: autor)

Figura 87 – Proposta de cobertura estruturada a partir de hastes. O travamento seria feito por perfis tubulares que se encaixam nas peças. (Elaboração: autor)

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Essa proposta, contudo, apesar de solucionar muitos de nossos problemas, criava outros dois. Com esse tipo de encaixe no prolongamento das hastes de sustentação, não havia resistência suficiente para os esforços laterais, como as forças do vento, por exemplo. Além disso, neste caso, o atrito do encaixe das hastes nas peças não seria suficiente para o seu travamento, ou seja, as hastes iriam se abrir com o peso da lona.

Assim, optamos por utilizar perfis tubulares em toda a estrutura da cobertura. Com perfis de 60cm de comprimento, para se adequarem as proporções das peças e facilitar o transporte, eles seriam encaixados um dentro do outro, garantindo assim rigidez nas barras (Figura 88). Para garantir o travamento das barras, propomos uma peça que permite que as hastes sejam encaixadas em diferentes ângulos (Figura 89). Com isso, criamos uma triangulação que permitiu que as barras da estrutura funcionassem de maneira semelhante a uma treliça. Por sofrerem esforços puros de tração ou compressão, garantem uma grande rigidez global a toda a estrutura (Figura 90). Essa rigidez possibilita que, além de sustentarem a lona, produtos sejam pendurados nas barras da cobertura, tais como bolsas, mochilas, etc.

Figura 88 – Barra de 60cm de comprimento com diâmetros diferentes nas extremidades para permitir o encaixe entre as barras. (Elaboração: autor)

Figura 89 – Peça de travamento das barras da cobertura que permite o encaixe em diferentes ângulos. (Elaboração: autor)

Pensando em barracas menores e mais simples e que, consequentemente, não exigiriam uma rigidez tão grande da estrutura, uma vez que precisam sustentar apenas o peso de uma pequena lona, propomos uma segunda opção de encaixe para cobertura, que exigiria menos barras de travamento (Figura 91). Assim, com duas opções de encaixe e o perfil da barra proposto, definimos um conjunto de 3 peças para montagem da estrutura da cobertura.

Para realização de testes estruturais e de utilização do conjunto de peças que foram propostas, elaboramos os modelos utilizando uma Impressora 3D CubeX, dado a dificuldade de construirmos modelos com a precisão necessária para a realização dos encaixes. As peças funcionaram da maneira prevista. A cobertura ficou resistente e com travamentos adequados, bem como o restante das peças que também tiveram desempenho adequado. Assim, julgamos aprovado o conjunto final com 12 elementos (7 peças estruturais + 2 conectores + 3 peças da cobertura). (Figuras 92 e 93)

Figura 90 – As barras se comportam sofrendo esforços de tração e compressão puras. (Elaboração: autor)

Figura 91 – Peça de encaixe que permite a simplificação da cobertura e reduz o número de barras necessárias para os travamentos. (Elaboração: autor)

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Por fim, concluímos nossa proposta estrutural, com um conjunto de peças que podem ser associadas de diferentes maneiras. Ainda que o conjunto de peças seja reduzido, a associação das peças com a cobertura garante ilimitadas possibilidades para a criação de diversos espaços comerciais.

Levando em conta todos os problemas apontados nas estruturas disponíveis atualmente, propomos não apenas soluções alternativas a esses problemas, mas uma série de outras vantagens

que serão descritas a seguir. Figura 92 – Modelos para testes impressos na Impressora 3D CubeX.

(Elaboração: autor)

No documento O Comércio no Espaço Público (páginas 84-90)

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