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APÊNDICES Apêndice A – Questionário aplicado ao estudo

4.3 CONSTRUTOS: OPERACIONALIZAÇÃO

4.3.1 Consciência Ambiental

Para mensurar a consciência ambiental dos consumidores buscou-se utilizar o construto desenvolvido por Cleveland, Kalamas e Laroche (2012), que relatam o desenvolvimento de uma construção nova, denominada lócus de controle pessoal do ambiente (INELOC), que capta as atitudes multifacetadas dos consumidores relativas à responsabilidade pessoal e a capacidade de afetar os resultados ambientais.

A partir das evidências encontradas no estudo, foram investigadas as ligações entre INELOC e uma grande variedade de comportamentos ambientais. No entanto, para mensurar a consciência ambiental, 16 questões foram utilizadas em escala do Likert de sete pontos, a qual 1 representou o menor grau de concordância (discordo totalmente) e 7 a máxima concordância (concordo totalmente).

Na reflexão dos itens que compõem o INELOC, os fatores foram amplamente testados e identificados no estudo de Cleveland, Kalamas e Laroche (2012) como segue: Consumidor Verde (3 questões), Ativista (5 questões), Defensor (4 questões) e Reciclador (4 questões). O Quadro 04 apresenta o construto utilizado na pesquisa.

Quadro 04 – Construto de consciência ambiental Construtos e Fatores Variáveis Escalas e Fontes Co ns ciência Am bienta l Co ns um ido r Ver de

Q1-Quanto mais cedo os consumidores começarem a comprar produtos mais “verdes”, mais as empresas irão se transformar para responder às suas exigências. Escala categórica 7 pontos. Cleveland, Kalamas e Laroche (2012) (1) discordo totalmente (7) concordo totalmente

Q2-Quanto mais eu comprar produtos "verdes", mais eu ajudo a convencer as empresas a tornar-se "mais amigáveis" para o meio ambiente.

Q3-Ao comprar produtos mais “verdes”, eu posso fazer a diferença ajudando o meio ambiente.

At

iv

is

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Q4-Qualquer doação para grupos ambientalistas, tais como, o Greenpeace, ajuda a atingir os seus objetivos.

Q5-Os esforços desenvolvidos por grupos ambientalistas, tais como o Greenpeace, têm um impacto sobre o resultado final de muitos desafios ecológicos.

Q6-Fazendo doações a grupos pró-ambientais, tais como o Greenpeace, eu posso ajudar a fazer uma diferença positiva sobre o estado do meio ambiente. Q7-Ao dar dinheiro para grupos ambientalistas, eu ajudo a aumentar as suas probabilidades de sucesso.

Q8-Grupos pró-ambientais fazem a diferença na luta contra as questões ambientais locais.

Def

ens

o

r

Q9-Eu sou capaz de convencer um(a) amigo(a) para mudar seus hábitos de conservação.

Q10-Eu sou capaz de convencer alguns dos meus/minhas amigos(as) a tomar algum tipo de ação no que diz respeito aos desafios ambientais.

Q11-Se quiserem, as pessoas geralmente podem influenciar os hábitos de transporte dos seus amigos.

Q12-Até certo ponto, eu posso influenciar a escolha dos meus colegas entre compartilhar carona, tomar o ônibus, ou dirigir seu carro para ir ao trabalho.

Rec

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do

r Q13-Por meio da reciclagem estou ajudando a reduzir a poluição.

Q14-Por meio da reciclagem estou fazendo a minha parte para ajudar o estado do ambiente.

Q15-Quanto mais papeis eu reciclar, mais árvores eu salvo.

Q16-Por meio da reciclagem estou economizando recursos naturais valiosos. Fonte: Adaptado de Cleveland, Kalamas e Laroche (2012)

A maioria dos relacionamentos, portanto, apresentou-se significativa no estudo e as resistências dessas relações tinham o todo, consideravelmente mais forte do que aqueles relatados na literatura ambiental existente (BISWAS et al, 2000; CLEVELAND; KALAMAS; LAROCHE, 2005).

4.3.2 Atitude

A TPB assume que a atitude em relação a um comportamento, norma subjetiva e controle comportamental percebido são três determinantes conceitualmente independentes de intenção comportamental. O primeiro fator determinante da intenção comportamental é a atitude, o que pode ser descrito como "o grau em que uma pessoa tem uma avaliação

favorável ou desfavorável ou avaliação do comportamento em questão" (AJZEN, 1991, p. 188).

O construto de atitude foi constituído pela proposta de Ajzen (2002), bem como adaptações de Han, Hsu e Sheu (2010) e Wu e Cheng (2014), abrangendo benefícios e risco percebidos. Definiu-se, portanto, a análise categórica proposta por Ajzen (2002), com variação de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”, de acordo com o Quadro 05. Quadro 05 – O construto atitude, variáveis e escalas utilizadas na pesquisa

Construto Variáveis Escalas e Fontes

AT

IT

UD

E

S

1)Acredito que a produção de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos é ambientalmente correta.

3) Tenho tempo suficiente para comprar produtos de higiene pessoal, perfumaria

e cosméticos eco-amigáveis. Categórica 7 - pontos

Ajzen (2002) Han, Hsu, Sheu (2010)

Wu e Chen (2014)

(1) discordo totalmente (7) concordo

totalmente

4) Eu acho que os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos fazem bem para a minha saúde.

5) Eu acredito que os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos tem bom conteúdo dermatológico.

6) Eu me sinto bem quando utilizo produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.

7) A utilização de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos é recomendado por dermatologistas para se ter uma vida saudável.

9) Tenho recursos suficientes para apoiar o consumo de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos eco-amigáveis.

10) Utilizar produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos fazem parte de minha rotina.

Fonte: Elaborado pela autora

A atitude em relação a um comportamento acredita-se ser uma função de crenças salientes, ou seja, crenças comportamentais (behavioral beliefs - BB), que representam as consequências sentidas pelo comportamento, sua avaliação da importância das consequências e avaliação de resultados (outcome evaluation - OE). Ajzen e Fishbein (1980) descrevem crenças comportamentais como a probabilidade subjetiva que a realização de um comportamento levará a certas consequências. Por exemplo, no caso dessa pesquisa, os clientes poderiam perceber a compra por produtos eco-amigáveis como a experimentação de matérias primas biodegradáveis e saudáveis, com possibilidade de reciclagem e ser mais responsável socialmente.

Para os fins desse estudo, definiu-se o benefício percebido como a percepção do consumidor sobre a qualidade e funcionalidade de comportamento de consumo ecológico e sua antecipação das expectativas sendo atendidas pelo consumo desses produtos. Stone e

Gronhaug (1993) descrevem o risco percebido como a possível perda sofrida pelo consumidor, enquanto busca resultado mais satisfatório.