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APÊNDICES Apêndice A – Questionário aplicado ao estudo

4.2 CONTEXTO, AMOSTRAGEM E COLETA DE DADOS

Os dados foram coletados a partir de um design de estudo transversal com questionários quantitativos e testadas as hipóteses utilizando modelagem de equações estruturais (MEE). Embora as hipóteses sejam formuladas como hipóteses de causa-efeito, são defendidos que argumentos teóricos válidos subjacentes a direção de causa e efeito nas hipóteses, em combinação com a modelagem de equações estruturais, torne possível testar essas hipóteses em um delineamento transversal.

Os estudos de cunho quantitativo favorecem o mapeamento e o estudo de populações maiores e mais dispersas, facilitando, até certo ponto, a replicação e a confirmação dos resultados obtidos. Assim sendo, a maior vantagem do uso de técnicas de levantamento do tipo survey é o fato de que esse tipo de técnica fornece bases para comparações ou generalizações, envolvendo a coleta de informações de uma grande amostra de indivíduos, no qual o participante é esclarecido sobre as informações coletadas a respeito de seu comportamento e/ou atitudes. Uma das desvantagens do método survey seria o fato de que não existe proteção contra o excesso de generalização (HAIR et. al, 2009).

A população-alvo escolhida para responder ao questionário foi formada por estudantes de cursos de pós-graduação, stricto e latu sensu, em programas envolvendo áreas de Administração, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis e suas variações por representarem uma fonte de informação confiável para os objetivos desse estudo, bem como possível de acessibilidade a partir do mapeamento das informações e contatos em sites de universidades no Brasil. A partir dos dados obtidos calculou-se a população e amostra.

Uma amostra é um subconjunto de uma população maior e pode ser dividida em probabilísticas e não-probabilísticas. As do primeiro tipo são formadas por subconjuntos de uma população que asseguram determinada representatividade, ao dar a todo elemento da população uma chance de ser selecionado maior do que zero. Já as do segundo tipo não asseguram esta representatividade a todos os membros da população alvo (MCDANIEL; GATES, 2003). A amostra utilizada nessa tese é considerada não probabilística, pois o quadro amostral oriundo da disponibilidade de listas de contatos é um subconjunto da população alvo.

A amostra que amparou este estudo baseou-se em populações infinitas, pois parte-se do pressuposto de que não se conhece o tamanho da população ou quando se trata de populações acima de 100.000 pessoas. Nesse caso, buscou-se levantar informações

atualizadas em diversas bases, porém constatou-se que não há dados aproximados, nos últimos anos, que suportem a constatação exata sobre a população.

Com base no cálculo da amostra de populações infinitas, com uma margem de erro de 5% e nível de confiança de 95%, aproximou-se do número mínimo de 385 questionários a serem aplicados para manter a pesquisa dentro dos níveis de erro definidos. Como resultado de aplicação do instrumento de coleta de dados atingiu-se um número de 802 questionários respondidos nessa pesquisa, porém alguns questionários foram eliminados, informação descrita com maiores detalhes no item 4.5.1 deste capítulo. Observa-se que na literatura recomendada, é indicado para análise de modelagem de equações estruturais, que se tenham, pelo menos, duzentos (200) casos para cada modelo e cinco casos para cada parâmetro estimado no modelo (HAIR et al, 2009).

Para realizar a pesquisa, foi necessária ampla busca para se obter e consolidar uma lista de endereços eletrônicos dos potenciais respondentes. A coleta de dados se deu através da Web, utilizando um questionário eletrônico, criado na plataforma do Google, por meio da ferramenta forms (formulários), o qual é possível criar um formulário personalizado, gerando um link (direcionamento) para a pesquisa, enviado por e-mail aos contatos disponibilizados pelo relatório, de 2015, do Ministério da Educação, bem como consultas aos sites das Instituições de Ensino e mapeamento das pós-graduações stricto e latu sensu que possuíam cursos de pós-graduação que contemplassem a população de respondentes.

Deve-se destacar que a opção por trabalhar com um questionário on line se deu pela melhor compreensão de um questionário por meio do processo de auto preenchimento, visto que o respondente necessita de tempo para avaliar os questionamentos propostos e suas características. A presença de um entrevistador poderia inibir um respondente que experimentasse maior grau de confusão. Para Sue e Ritter (2007), uma das principais causas de frustração de respondentes quando participando de pesquisa via webpage reside numa apresentação ruim do questionário on line, por isso a decisão de utilizar um suporte como o Google Forms para fazer o desenvolvimento do questionário desse estudo.

As informações sobre os respondentes e a disponibilidade de contatos estavam diretamente relacionadas às secretarias e coordenações dos cursos de pós-graduação, ou seja, não se obteve o e-mail de cada respondente nos relatórios e locais consultados. De tal modo, o questionário foi enviado através de um link para um mailing diversificado, contendo secretarias e coordenações dos cursos de pós-graduação brasileiras de diversas Instituições públicas e privadas. A partir da supervisão dos coordenadores e/ou secretarias, cada e-mail

encaminhado apresentava uma mensagem explicativa sobre o objetivo e a importância da pesquisa e a solicitação de repasse ao banco de dados de discentes matriculados e egressos dos cursos de pós-graduação, a fim de que respondessem ao questionário on line. Tal tática demonstrou-se bastante positiva, pois muitos resultados foram obtidos a partir do envio de e- mails.

Cabe ressaltar que o uso dessa plataforma permitiu à pesquisadora o acesso às respostas on line e real time, podendo exportar os dados em formato texto ou já numa planilha do tipo Excel a qualquer momento durante a pesquisa. De acordo com a velocidade das respostas e as metas de respondentes traçadas, novos e-mails foram enviados, reforçando o convite para a participação e realizando melhor abordagem explicativa sobre a necessidade de auxílio.

As consultas diárias ao andamento da pesquisa evidenciaram a necessidade de fazer novas solicitações às secretarias e coordenações de Instituições de Ensino para algumas regiões do Brasil, tais como, Norte, Sudeste e Centro-Oeste, pois se apresentavam pouco expressivas em relação ao número de respostas em dado momento. Observou-se que a região Norte possui limitados cursos de pós-graduação nas áreas desejadas, demonstrado pela baixa representatividade. Os dados foram coletados no período compreendido entre os meses de junho a setembro de 2016, ou seja, dentro de 120 dias em que a webpage permaneceu acessível. Desse modo, a próxima seção apresenta a operacionalização de cada construto desse estudo.