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Esta pesquisa consistiu na análise da implementação do PNATRANS, a primeira política de segurança viária a ser instituída mediante lei federal no país. Portanto, esse trabalho tem caráter exploratório, tendo em vista que não há ainda resultados divulgados de avaliações anteriores para o assunto e contou com a contribuição de formuladores, especialistas e implementadores dessa política pública sobre a implementação do PNATRANS.

O direcionamento teórico que fundamentou esta pesquisa foi pautado na etapa de implementação de políticas públicas do policy cylce, com destaque aos aspectos que poderiam se comportar como barreiras ou fatores de sucesso à execução do PNATRANS, bem como dialogou brevemente com as fases de avaliação e monitoramento de políticas públicas para fornecer suporte à análise da implementação do PNATRANS.

Percebeu-se pela triangulação dos dados, que a política estudada possuiu dois traços distintos, em um primeiro momento, com abordagem top-down, quando foi determinada por meio da lei, e o segundo momento, com abordagem bottom-up, antecedente à Resolução CONTRAN Nº 740/2018 e que ainda é experienciado, com amplitude de atores envolvidos na construção da regulamentação e nas estratégias para sua implementação (SOARES MEDEIROS; CAVALCANTE, 2018).

Na consolidação da lente teórica, foram identificados nove aspectos do tipo barreira/fator de sucesso, que interagiam simultaneamente com os atores e com o contexto de implementação da política pública. Esses fatores integravam três macro categorias das dimensões da política: analítica, política e operacional. Durante a fase de análise dos dados e resultados percebeu-se uma correlação entre alguns aspectos, havendo uma certa dificuldade da pesquisadora de distingui-los e classifica-los em uma única categoria. Ocorrência comum nos depoimentos dos entrevistados e nas respostas das instituições às solicitações de informação, uma vez que no momento em que se descrevia a liderança, havia no mesmo trecho referência ao apoio à política e/ou ao comprometimento das instituições com a implementação do PNATRANS. A correlação identificada estatisticamente com o uso da AFE comprovou parcialmente o achado, no entanto limitou-se a uma quantidade inferior de variáveis, já que as variáveis contínuas não correspondiam a todos os nove aspectos de barreiras/fatores de sucesso. Nesse sentido, caso mais variáveis contínuas tivessem sido utilizadas para medir todos os nove fatores, correlações intrínsecas com as variáveis categóricas poderiam ser identificadas, quem sabe com uma maior quantidade de fatores relacionais. Os resultados da triangulação dos dados mostraram que as principais barreiras (recursos, apoio à política e mudanças) também foram apontadas como fatores de sucesso relevantes à implementação do

PNATRANS, comportando-se como barreiras em cenários de ausência desses aspectos e como fatores de sucesso em contextos de sua existência. Os recursos foram apontados por unanimidade como a principal barreira à implantação do Plano, no entanto caracterizam uma realidade generalizada do poder público, evidenciando a urgência de transformação para o emprego racional e efetivo dos recursos, adotando por exemplos o consórcio entre municípios, a destinação específica de parcela dos recursos arrecadados com licenciamento anual e multas de trânsito para ações de segurança viária, dentre outras elencadas nos fatores de sucesso. Uma reflexão deve ser feita quanto à insuficiência de recursos: de fato esses impossibilitam a execução do PNATRANS no cenário atual ou se configuram como aspectos convenientes para encobrir os reais motivos para a baixa adesão à política, como os altos custos políticos que a implementação de um plano da magnitude do PNATRANS pode representar?

O apoio à política e o comprometimento foram destacados como essenciais para que a política estudada obtenha sucesso na implementação. O apoio nesse caso além de político, também é da sociedade, que deve atuar para a construção da agenda de prioridades do governo, elegendo os temas que deverão ser atacados. O raciocínio de associação do apoio à política e liderança é uma relação de consequência, na qual a existência de apoio à política assegura à presença de uma liderança forte na condução do PNATRANS e vice-versa. Como demonstrado nos resultados, ambos aspectos são insuficientes, ocasionando sua classificação como barreiras. O público alvo desta pesquisa frisou a inexistência de um comitê gestor para conduzir e integrar as ações e os múltiplos atores do PNATRANS como o grande obstáculo para o prosseguimento do PNATRANS. No entanto, um olhar crítico deve ser imposto para avaliar se essa postura não coloca as entidades em uma postura confortável de se eximir das atribuições impostas, em um ciclo vicioso de não estamos fazendo porque não somos cobrados?

Outro ponto de ponderação é quanto à escolha das barreiras e dos fatores de sucesso ser influenciada pela atuação do público alvo. Formuladores e especialistas tenderam a apontar barreiras de liderança e de apoio à política com mais frequência, enquanto os implementadores destacaram as descontinuidades em consequência das mudanças de lideranças com maior frequência do que os gestores, que inclusive vislumbraram nesse aspecto um fator de sucesso, podendo abrir oportunidades para facilitar a implementação do PNATRANS. Além disso, atores que ocupavam cargos de liderança ou possuíam atuação estratégica também tenderam a elucidar a existência de apoio para implementar o PNATRANS no âmbito institucional e governamental de modo geral. O que é coerente, pois os ocupantes de cargos de liderança tendem a dispor de informações mais estratégicas do que os executores da ponta.

A perspectiva prática que motivou a escolha do problema de pesquisa está associada ao interesse de prover de resultados avaliativos uma política pública tão relevante, dado o alto número de mortes e lesões no trânsito, que consiste num problema de saúde global, para o qual o Brasil despertou. Assim, tendo em vista

a possibilidade de se fazer ajustes e correções em uma política quando da sua implementação, objetivando atingi-la com sucesso, os achados dessa pesquisa tem utilidade imediata e podem ajudar na compreensão do PNATRANS sob os diferentes pontos de vista dos atores envolvidos nesta pesquisa.

Os estudos futuros podem concentrar-se em uma análise ampla do PNATRANS, envolvendo os atores municipais para ampliar o campo de visão na ponta, onde o trânsito acontece, tendo em vista que os burocratas de nível de rua são fundamentais nas abordagens bottom-up de políticas públicas. Outra sugestão de trabalhos futuros é quanto à realização de avaliações da política durante a sua implementação com a percepção de mais atores envolvidos, com enfoque na influência que o contexto e a mudança de lideranças exerce nas diretrizes prioritárias da política, favorecendo ou não a sua implementação. A avaliação é uma forma de mensurar os resultados das políticas e conhecer mais profundamente suas deficiências e o que deve ser melhor explorado, o que está funcionando (bem ou mal), como e por quê.

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APÊNDICES

Apêndice A – Roteiro de entrevista com formuladores da política pública e especialistas da área de segurança viária

1. Por gentileza, você poderia falar um pouco sobre as instituições que compuseram o grupo de trabalho do PNATRANS? Quem eram os envolvidos? Com que frequência ocorriam as reuniões?

2. Você poderia me contar qual foi a motivação para a formulação do PNATRANS e um pouco da sua relação com a Década de Ação para a segurança no trânsito 2010-2020?

3. Na sua opinião quais são os stakeholders (atores envolvidos) com maior influência para o sucesso ou fracasso do PNATRANS? Como se deu o comportamento desses envolvidos? Como se espera que esses cooperem entre si para alcançar os objetivos do PNATRANS?

4. Ainda sobre os stakeholders envolvidos no PNATRANS, os órgãos executivos de trânsito estaduais e municipais, bem como os órgãos rodoviários de trânsito, participaram ativamente no processo de formulação das metas estabelecidas na Resolução CONTRAN Nº 740/2018?

5. Tendo em vista que cada estado possui mais de uma entidade de trânsito, o órgão executivo rodoviário estadual e o órgão executivo de trânsito, como se pensou na gestão das informações em cada estado? E como é feita a gestão dos dados municipais?

6. Qual o papel de entes não governamentais na implementação do PNATRANS?

7. Na sua opinião, qual é a expectativa quanto ao alcance dos resultados esperados no prazo de dez anos de vigência do PNATRANS? É provável que seja implementado na sua totalidade?

8. Na sua opinião, os cenários políticos e econômicos podem ou não favorecer a implementação da política pública? E o cenário atual?

Apêndice B – Questionário para executores da política pública

Percepção da implementação do PNATRANS

Termo de consentimento Pesquisa anônima

Prezado(a) Participante,

Meu nome é Gabrielle Fernandes, sou servidora pública federal do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e mestranda em administração pública na Fundação Getúlio Vargas- EBAPE.

Gostaria de sua ajuda para responder este questionário, cujo objetivo é compreender a percepção dos executores a respeito da implementação de uma política pública de segurança viária.

Suas respostas são muito importantes, são confidenciais e nem você nem sua organização serão identificados. Não há riscos ou custos relacionados à sua participação.

Nesta pesquisa, não existem respostas certas ou erradas.

Você vai gastar aproximadamente 8 minutos para responder o questionário.

Contato da Pesquisadora: Gabrielle Porfiria Pires Fernandes - gabriellepp@gmail.com

Comitê de Conformidade Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Fundação Getúlio Vargas - CCE/FGV: Praia de Botafogo, 190, sala 536, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, CEP 22250-900. Telefone (21) 3799-62116. E-mail: etica.pesquisa@fgv.br

o Concordo o Não concordo

Caso a resposta seja “Não concordo”, o respondente será encaminhado diretamente ao final do questionário, caso contrário o questionário segue para a próxima pergunta.

1. Como você conheceu o PNATRANS (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito), instituído pela Lei Nº 13.614/2018?

 Conheci pela instituição em que trabalho

 Conheci por outros meios fora da instituição em que trabalho (mídia, rádio, internet, amigos)  Não conheço

Caso a resposta seja “Não conheço”, o respondente será encaminhado diretamente ao final do questionário, caso contrário o questionário segue o fluxo normal de perguntas até o fim.

2. Com base na sua experiência, responda as questões a seguir:

A instituição em você trabalha participou da formulação do PNATRANS? o Sim

o Não o Não sei

Na instituição em que você trabalha existe um líder (gestor) que coordena as ações voltadas à implementação do PNATRANS?

o Sim o Não o Não sei

3. Diga o quanto concorda com as afirmações a seguir, considerando o contexto atual da instituição em que você trabalha para a implementação do PNATRANS:

Discordo totalmente (1) Discordo (2) Não concordo nem discordo