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Como se vê, a Educação para surdos ainda contém barreiras que precisam ser ultra- passadas. Muitas foram as conquistas das pessoas com deficiência, antigamente es- tas ficavam enclausuradas em suas residências devido ao preconceito colocado pela sociedade. Hoje, após a colaboração de muitos estudiosos e com o aporte das leis,

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tais pessoas têm o direito de conviver naturalmente na sociedade, sem que sejam excluídas por suas características. Entretanto, na prática sabe-se que ainda existem muitos equívocos e aspectos a serem melhorados quando falamos em INCLUSÃO. Durante muito tempo, a escola especial foi considerada como o melhor lugar para atendimento às pessoas com deficiência. Retornamos ao questionamento que fize- mos no início deste artigo: a criança em uma escola especial recebe aporte para a convivência na sociedade global? A vertente da inclusão acredita que a criança em uma escola especial não tem a possibilidade de vivenciar uma socialização global. Acredita-se que a criança com deficiência necessita de um ambiente que contemple todo e qualquer indivíduo, independente de suas características, para que todos pos- sam conviver sem preconceitos e para que se construa uma sociedade igualitária. Assim, acreditamos que as crianças com surdez devem estar inseridas no ambiente regular de ensino, já que a interação entre crianças com deficiência, sala de aula, professores, comunidade e colaboradores, como visto, traz benefícios a todos. É importante que fique claro que a criança incluída necessita de adaptações, portanto, um atendimento especializado é necessário. Incluir não é apenas colocá-la em uma sala de aula regular, é necessário incluí-la pensando em suas necessidades para a busca de seu pleno desenvolvimento e para uma socialização verdadeira.

As escolas e o governo possuem conhecimento de tal público, mas muitas adequa- ções ainda são necessárias para que haja, de fato, uma Educação igualitária, perene e satisfatória. Apesar dos estudos e pesquisas sobre a temática, poucas ações foram implementadas de forma adequada e contínua, por vezes, as dificuldades interrom- pem e excedem os objetivos e os pilares da Educação que Delors (2010) contempla: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Em tal contexto, a figura do psicopedagogo pode agregar e trazer novas vertentes para a Educação Especial, com foco na surdez. Trabalhos diferenciados, aporte ao professor, e a mediação entre a comunidade e a família, são pertinentes e corroboram para o objetivo central da Educação: acesso de todos e qualidade de ensino. A função essencial para a busca de uma educação inclusiva de qualidade.

Almeja-se com tal artigo um repensar sobre a Educação Especial para os surdos, explanando possibilidades e um novo olhar sobre essa parcela de educandos que, conforme leis e expectativas, possuem direito a Educação de qualidade, que os inclua de forma legitima na sociedade em que vivem.

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