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“A biblioteca deveria estar do nosso lado”, é a frase que dá título a esta dissertação e que foi enunciada por um dos estudantes que conversei durante a pesquisa de campo. De certa forma, ela revela um pouco a percepção dos estudantes quilombolas e indígenas sobre sua relação com a biblioteca universitária. Então, num movimento contrário ao constatado, busca-se com este estudo fazer com que esta relação se torne mais próxima.

No decorrer desta dissertação, caminhamos inicialmente pela seção três, Trançados teórico-conceituais, na qual conseguimos identificar os referenciais que pudessem dar sustentação e apoio às nossas reflexões a partir de percepções e indicações conceituais abordamos a compreensão da informação como construção social, bem como uma compreensão sobre possíveis dimensões acerca da mediação da informação no campo da CI. Trazendo contribuições de outras áreas do conhecimento, como a Educação e a Antropologia, vimos os sentidos de uso e perspectivas de abordagens sobre a multiculturalidade, a qual compreende a necessidade de assumir e respeitar as diferenças diante de uma sociedade caracterizada pela diversidade étnico-cultural. E da interculturalidade, compreendendo seus usos, sentidos e perspectivas, na qual destacamos no âmbito educacional a perspectiva crítica da educação intercultural como importante aspecto para a reflexão dos processos de mediação na biblioteca universitária.

Ainda nesta seção, trouxemos contribuições em estudos voltados especialmente para a abordagem da biblioteca, do profissional da informação e comunidades multiculturais, além de questões relacionadas à discussão étnico-racial no campo informacional, além de questões da interculturalidade implicadas nas discussões em torno da ética da informação.

Na seção quatro, “A biblioteca praticamente não auxilia em nada”: universidade e comunidades multiculturais, vimos o contexto histórico social do ensino superior brasileiro a partir da efetivação de Políticas de Ações Afirmativas, especialmente com a presença de grupos indígenas e quilombolas, que provocou mudanças no arranjo social e cultural das universidades federais brasileiras, modificando a comunidade que a biblioteca passa a atender: uma comunidade multicultural.

Visando um dos nossos objetivos, ainda na seção quatro, foram descritos os dados e análise sobre a pesquisa realizada juntos às bibliotecas das universidades federais brasileiras acerca de suas relações e práticas políticas diante de sua comunidade multicultural. Para tal, utilizamos como base os documentos da IFLA e UNESCO para a elaboração do questionário

dividido em quatro eixos: princípios, gestão, atividades e pessoal, no intuito de melhor coleta de informações.

Nesse sentido, pudemos entender que as bibliotecas universitárias brasileiras, em sua maioria, atendem um público oriundo de diversas culturas e de diferentes línguas, caracterizando-se hoje pela multiculturalidade. No entanto, ponderando a abrangência desta pesquisa, é possível intuir que ainda não há uma atuação ativa das bibliotecas e de seus profissionais direcionada às plurais demandas e necessidades informacionais dessa comunidade, nem há um real diálogo intercultural com os grupos que a compõem, especialmente, quilombolas e indígenas.

Reconhecendo as limitações desta parte da pesquisa, podemos tratá-lo como um estudo piloto, em que vislumbra-se em pesquisas futuras um maior aprofundamento sobre as experiências locais dessas bibliotecas brasileiras. No entanto, podemos refletir quanto às ações e práticas políticas na biblioteca de modo a buscar um efetivo diálogo com sua comunidade que, mais que atender uma comunidade diversa, é preciso reconhecer que essa comunidade possui necessidades informacionais plurais e que tal pluralidade reflita nos acervos, nas políticas, nos produtos e serviços bibliotecários.

Continuando nosso caminho, na seção cinco, “Eu queria que a biblioteca olhasse pra gente”: um contexto amazônico e o oeste paraense, falando do contexto amazônico, abordamos a presença de grupos indígenas e quilombolas na universidade a partir das políticas de ações afirmativas, com destaque à região oeste do Estado do Pará, em Santarém, mostrando a Ufopa e suas bibliotecas, bem como descrevo os encontros e diálogos com três estudantes quilombolas e três estudantes indígenas, em que se buscou conhecer suas experiências, expectativas e demandas informacionais da/na biblioteca. Nesse sentido, assumiu-se como perspectiva o reconhecimento da importância que deve ser dada nos estudos informacionais às experiências dos sujeitos, uma vez considerando a informação como construção social (OLSSON, 2015b)

Um ponto importante a ser posto é o modo de escrita da dissertação, especialmente falando da seção cinco, em que relato os encontros e diálogos com os estudantes, no qual trago suas falas para o corpo do texto. Nesse sentido, nas falas dos estudantes, para demarcá-las uso aspas duplas mesmo quando ultrapassaram mais de três linhas, limites convencionados às citações diretas. Escolhi proceder desse modo, pois se pretendo estabelecer um diálogo mais horizontal, este diálogo teve que estar presente até no exercício da escrita dessa dissertação, assim, busquei afirmar a posição dos estudantes como sujeitos participativos na construção do conhecimento, envolvido neste trabalho.

E na seção seis, Puxando as linhas de sentidos: elementos para a mediação da informação, analisamos os encontros com estudantes quilombolas e indígenas, com o apoio da Análise de Discurso, buscando identificar os funcionamentos discursivos e linhas de sentido dos discursos, a fim de apreender aspectos para subsidiar uma possível construção de proposta político-pedagógica de mediação da informação para a biblioteca universitária, em contextos interculturais.

Nesse sentido, em nossa análise identificamos algumas linhas de sentidos, às quais demos ênfase: ao racismo, preconceito e discriminação; à identidade, identificação: reconhecimento e afirmação, respeito; à oralidade e escrita; ao acolhimento, orientação e atratividade; ao olhar, humanização, interação e diálogo.

Diante de tais linhas, foi possível apreender não apenas elementos a serem considerados ao pensar uma proposta político-pedagógica de mediação da informação para a biblioteca universitária em contextos interculturais, mas, mais que isso, a partir das percepções dos estudantes quilombolas e indígenas participantes da pesquisa, pudemos perceber o quanto a biblioteca se encontra distante sua comunidade, pelo menos de uma parte dela.

Deste modo, refletindo sobre os processos de mediação e sobre o nosso próprio objetivo de pesquisa, podemos pensar que estes processos se articulem com ações e estratégias que contribuam não para uma inclusão, – se olharmos por uma outra lógica – poderia ser direcionada para a não exclusão informacional, pedagógica e cultural de grupos quilombolas e indígenas na biblioteca. Porque nos deslocando para o termo exclusão, como reconhece Vera Candau (2016), este traz implícita a questão da desigualdade, uma vez que os excluídos só o são pelo fato de estarem sendo privados do acesso de algo que outros desfrutam. Assim, as ações e políticas de uma biblioteca que se proponha aberta a todos deve estar atenta em não excluir, buscando atender os diferentes grupos de comunidade, considerando suas especificidades para um igual acesso à informação.

Para tanto, acredito que é possível pensar a mediação da informação na biblioteca sob o viés da interculturalidade para a valorização da diversidade cultural, democratização e acesso à informação, bem como de luta contra formas de discriminação, preconceitos e desigualdades. Do mesmo modo que, nas políticas de ações afirmativas não é suficiente apenas possibilitar o acesso ao ensino superior, é necessário proporcionar e criar condições que garantam a permanência de grupos quilombolas e indígenas na universidade e na biblioteca, promovendo de fato um diálogo intercultural e o respeito à alteridade dos grupos e sujeitos.

Assim sendo, é grande o desafio de estar atento para não cair nas armadilhas de uma interculturalidade e mediação encapsuladas e/ou colonizadora, estabelecendo padrões e/ou modelos fechados para as suas aplicações.

Compartilho com Canosa (2011) sua percepção de que a biblioteca pode ser considerada um instrumento de construção social, um espaço de conversa e reflexão, de entrecruzamento e também de confronto, – aqui acrescento – mas especialmente de convivência entre os diferentes sistemas de pensamento, diferentes conhecimentos e saberes.

E a atuação do bibliotecário no processo de mediação da informação deve ter um papel fundamental enquanto um agente de mudança em uma sociedade que vive processos discriminatórios e de exclusão dos que se mostram culturalmente não enquadrados na cultura dominante na Universidade.

Diante disso, é possível analisar uma importante questão ao se pensar na mediação em bibliotecas como um processo que busca romper com aspectos hegemônicos estruturais no ambiente universitário com conhecimento institucionalizado por uma classe dominante, em face do reconhecimento de uma comunidade heterogênea e observando uma redistribuição dos poderes, saberes e conhecimentos (FRASER, Nancy, 2006).

Portanto, frente a esse contexto e do que foi apresentado neste estudo podemos considerar que se deve pensar em uma mediação que proporcione de fato uma igualdade de oportunidade, respeito às diferenças e a autonomia, e mais, que essa mediação seja pensada com esses sujeitos, numa relação de diálogo e ações de compartilhamento de conhecimentos e saberes.

Pensar um processo de mediação de informação na biblioteca pode nos direcionar para a promoção de serviços bibliotecários que visem à igualdade e equidade no acesso aos seus serviços e produtos, quando observamos que este espaço não está totalmente acessível para lidar com as pluralidades étnico-raciais, culturais, religiosas sexuais e de gêneros de sua comunidade.

Deste modo, tem sido importante e necessária a presença desses grupos para nos fazer enxergar e provocar outras reflexões críticas sobre o atual papel da biblioteca universitária, não apenas focando nas discussões dos estudos informacionais, mas também se fazendo presente no campo das discussões das relações étnico-raciais, no espaço universitário. Assim, a perspectiva da educação intercultural crítica se mostra uma importante contribuição às reflexões sobre o processo de mediação em bibliotecas universitárias em contextos interculturais, e como proposto por Silva (2015), é a partir da prática à teoria que a mediação da informação pode ser concebida.

Em suma, como bem afirma a estudante quilombola Caroline “porque muita coisa ainda tem para fazer, né?”. De fato, com este trabalho busco ter dado um passo em direção à inserção da biblioteca nas discussões das políticas de ações afirmativas, especialmente, direcionadas com/para grupos indígenas e quilombolas no ensino superior, apesar disso, temos muito ainda por caminhar a partir do momento que a biblioteca reconheça e se coloque aberta ao diálogo com sua comunidade, para (re)pensar suas práticas, suas políticas e suas ações.

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