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As atitudes podem influenciar o estabelecimento das relações intergeracionais. Diante disso, a educação sobre as fases do envelhecimento, por meio do desenvolvimento de atividades intergeracionais, é imprescindível para a promoção de atitudes positivas sobre a outra geração e sobre as trocas intergeracionais instituídas.

Compreender a multidimensionalidade das atitudes oriundas do intercâmbio entre diferentes gerações é fundamental para o estabelecimento da cooperação intergeracional. Um planejamento de atividades intergeracionais adequado exige a prévia identificação de atitudes em relação às trocas que ocorrem entre as diferentes gerações, por isso, é importante formação e a atualização técnica e teórica dos profissionais que atuam ou pretendem atuar em ações intergeracionais.

Para mensurar as atitudes em relação ao intercâmbio que ocorre entre crianças e idosos, pode-se utilizar a Escala de Atitudes em relação às Trocas Intergeracionais, que está adaptada e validada para a população brasileira, podendo ser uma ferramenta muito útil para programas que realizam atividades intergeracionais envolvendo crianças e idosos, bem como para profissionais que trabalham e desenvolvem ações desse caráter.

A presente pesquisa aponta para a necessidade real e urgente do desenvolvimento de um programa de formação continuada para os mediadores que trabalham com projetos intergeracionais. Assim, os programas de educação permanente que promovem e medeiam as relações intergeracionais tornam-se mais um espaços de atuação do profissional Gerontólogo e Pedagogo.

Reconhece-se que, na presente dissertação, a aplicação única da EATI e o número reduzido de profissionais que desenvolviam atividades permanentes dirigidas exclusivamente a idosos ou a diferentes grupos etários foram fatores limitadores para busca, exploração e comparações de mais dados referentes, principalmente, às trocas que as relações intergeracionais estabelecem.

Portanto, propõe-se que novas pesquisas sejam realizadas a fim de investigar atitudes e meta- atitudes em relação às trocas intergeracionais com diversos profissionais, em outros contextos e locais e, ainda, que a amostra seja estratificada de acordo com os níveis educacional e socioeconômico; o sexo; a idade; tipo e duração das atividades. É importante também a realização de estudos de intervenção e de segmento a fim de verificar as possíveis alterações nas atitudes em relação a trocas ocorridas entre crianças e idosos quando atividades intergeracionais são implementadas.

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