• Nenhum resultado encontrado

O presente trabalho teve como objetivo principal descrever e explicar como as dimensões econômica, social e ambiental interferem nas relações de poder, no setor alimentício brasileiro, certificado Comércio Justo. Para a sua consecução foram utilizados referenciais teóricos relativos, principalmente, a temas como poder, desenvolvimento territorial sustentável e Comércio Justo.

A composição da base teórica para a temática de poder envolveu a conjunção entre as teorias de dependência de recursos, racionalidade limitada, custos de transação e a relação entre justiça e poder. Ao constatar a existência de críticas sobre limitações das abordagens a análise das relações de poder e organizacional, criou-se um quadro analítico. A base para a análise dessa pesquisa foi amparada nos tópicos em redes e de parcerias e discursos, recursos, tecnologias, preços, justiça. A construção desse quadro proporcionou uma perspectiva alternativa às demais disponíveis, por buscar a complementariedade entre abordagens a partir de suas limitações. Além da complementação de teorias, aspecto diferenciador do quadro analítico é de abordar tecnologias e recursos como distintos – contrariando Pfeffer que generaliza recursos. Acredita-se que tecnologias e conhecimentos têm o potencial de agregar valor, distinguir atores e produtos, além de reduzir a relevância de recursos escassos. A capacidade de dispor e fazer uso de conhecimentos e tecnologias permite a configuração e reconfiguração das relações e do poder.

A partir do quadro de análise das relações de poder, foi possível alcançar o objetivo de compreender as interferências das dimensões da sustentabilidade, nas interações entre os atores. Tendo realizado a decomposição dos tópicos e posterior conjunção dos dados obtidos, acredita-se que foi possível o preenchimento da lacuna de um referencial que consolide diferentes abordagens. Sendo, portanto, essa a contribuição para o ambiente acadêmico.

Resultado da pesquisa está a proposta de complementação da afirmativa de que centralidade precede o poder (Burkhardt e Brass, 1993), pois dada a mobilidade dos atores nas redes, essa não pode ser considerada fonte de poder sustentável ou longeva. Em termos das interferências

das dimensões da sustentabilidade nas relações de poder, contata-se que: Preço é sinônimo de justiça nas transações; Justiça é entendida como atrelada à equidade e participação; 3. Há parcialidade nas relações, predominantemente afetadas pela dimensão econômica; 4. A dimensão social é meio para minorar as assimetrias causadas pela dimensão econômica; 5. A dimensão ambiental é relevante, porém o impacto é superior quando originado das de caráter social e econômico.

No ambiente da prática, das relações entre atores do Comércio Justo brasileiro, a contribuição reside na exposição e sistematização da realidade e problemáticas vivenciadas. Espera-se que, a partir desse estudo, os atores da prática possam utilizar as informações disponibilizadas para o aperfeiçoamento dos sistemas de produção agrícola, desenvolvimento e de certificação – Comércio Justo ou alimentos. No Comércio Justo, há a intenção de contribuir para o desenvolvimento de territórios; resultados são presentes, sobretudo na dimensão social; a certificação e movimento visam redução de assimetrias. Porém, há a centralidade de poder e interferências de limitações acesso aos recursos e tecnologias. Logo, cabe reforçar a afirmativa que o Comércio Justo é uma alternativa para contribuir em questões desenvolvimentistas. Entretanto, o mesmo não é a solução dos problemas do comércio internacional, ou de disparidades territoriais.

Dentre as sugestões para futuras pesquisas acredita-se que o quadro analítico utilizado poderia ser expandido para a análise 1. por segmentos envolvidos no Comércio Justo; 2. na composição de uma análise comparativa entre setores e diferentes regiões produtoras. Assim, torna-se viável compreender se as questões relativas às relações de poder, apontadas no estudo, são problemas exclusivos do setor alimentício brasileiro, ou passíveis generalizáveis. Extrapolando a abordagem utilizada, sugere-se a realização de estudos voltados para: 1. relações de poder no interior das organizações certificadas; 2. compreensão da predominância do café na certificação Comércio Justo; o contexto dos produtos considerados exóticos. Por fim, sugere-se que em momento oportuno sejam realizados estudos que conciliem dados qualitativos e quantitativos.

REFERÊNCIAS

ABRAHAMSEN, Rita. The Power of Partnerships in Global Governance. Third World Quarterly, 2004, v. 25, n. 8, p. 1453-1467.

ACKROYD, Stephen. Research Designs for Realist Research. In: BRYMAN, Alan; BUCHANAN, David A. The Sage Handbook of Organizational Research Methods. Los Angeles: SAGE, 2009, cap 31: 532-548.

ALDRICH, H. E.; PFEFFER, J. Environments of Organizations. Annual Review of Sociology, v. 2, p. 79-105, 1976.

ALTIERI, Miguel. Agroecology: the science of natural resource management for poor farmers in marginal environments. Agriculture, ecosystems and environment, 2002, v. 93, p. 1-24.

______. Sustainable Agricultural Development in Latin America: exploring the possibilities. Agriculture, ecosystems and environment, 1992, v. 39, p. 1-21.

ARAUJO, Luis; KJELLBERG, Hans. Shaping Exchanges, Performing Markets: the study of market-ing practices. In: Sage Handbook of Marketing Theory, 2009, cap. 11, p.195-218.

ASSIS, Renato Linhares de; ROMEIRO, Ademar Ribeiro. O Processo de Conversão de Sistemas de Produção de Hortaliças Convencionais para Orgânicos. Revista de Administração Pública, 2007, v. 41, n. 5, p. 863-885.

ASTLEY, W. G.; SACHDEVA, P. S. Structural Sources or Intraorganizational Power: a theoretical Synthesis. Academy of Management Review, v. 9, n. 1 p. 104-113, 1984.

BACHRACH, P.; BARATZ, M. S. Two faces of Power. The American Political Science Review, v. 56, n. 4, p. 947-952, 1962.

BARLEY, Stephen R. Corporations, Democracy, and the Public Good. Journal of Management Inquiry, 2007, v. 16, n. 3, p. 201-215.

BARNEY, Jay. Firm Resource and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, 1991, v. 17, n. 1, p. 99-120.

BARRIENTOS, Stephanie W. Policy Arena: Impact assessment and Labour: developing a learning approach. Journal of International Development, 2005, v. 17, p. 259-270.

______. Global Production System and Decent Work. Working paper: Police Integration Department International Office, Geneva. 2007. Disponível em:

https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---

integration/documents/publication/wcms_085041.pdf. Acesso em: 20 fev. 2010, 15:30:15.

BARROS, Denise Franca; COSTA, Alessandra Mello da; SAUERBRONN, João Felipe Rammelt. Sustainable Development: an analysis of sustainability corporate discourses in business media in Brazil. In: LAEMOS, 3., 2010, Buenos Aires. Anais. Disponível em:http://www.egosnet.org/jart/prj3/egosnet/main.jart?rel=en&content-

BAUER, Márcio André Leal; MESQUITA, Zilá. Organizações Sociais e Agroecologia: construção de identidades e transformações sociais. Revista de Administração de Empresas, 2008, jul-set, 23-34.

BERKERS, F. Conexões institucionais transescalares. In : VIEIRA, P.; BERKES, F.; SEIXAS, C. Gestão Integrada e Participativa de Recursos Naturais. Florianópolis: Secco/APED, 2005. p. 293-332.

BECKMAN, Christine M.; HAUNSCHILD, Pamela R., PHILIPS, Damon J. Friends or Strangers? Firm-specific uncertainty, market uncertainty, and network partner selection. Organization Science, 2004, v. 15, n. 3, p. 259-275.

BEZENÇON, Valéry; BLILI, Sam. Fair Trade Managerial Practices: strategy, organization and engagement. Journal of Business Ethics, 2009, v. 90, p. 95-113.

BIERSCHENK, T. Development projects as arenas of negotiation for strategic groups. In: Sociologia Ruralis, vol. XXVII, n. 2/3, 1988. p. 146-160.

BISAILLON, V.; GENDRON, C.; TURCOTTE, M. Commerce Équitable comme Vecteur de Développement Durable ? Nouvelles pratiques sociales, 2005, v. 18, n. 1, p. 73-89.

BODDEWYN, J., TOYNE, B. & MARTÍNEZ, Z.. The Meanings of “International Management”. Management International Review, 2004, v. 44, n. 2, p. 195-212.

BOLMAN, L. G.; DEAL, T. E. Reframing Ethics, Spirit and Soul. In: HESSELBEIN, Frances; GOLDSMITH, Marshall (cords.). The Organization of the Future: visions, strategies and insights on managing a new era. San Francisco: Jossey-Bass, 2009.

BRASIL. Decreto-lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.831.htm. Acesso em: 05 mai. 2010. 22:22:22.

BRASS, D. J.; BURKHADT, M. E. Potential Power and Power Use: an investigation of structure and behavior. Academy of Management Journal, v. 36, n. 3 p. 441-470, 1993.

BRASS, D. J.; GALASKIEWICZ, J.; GREVE, H. R.; TSAI, W. Taking Stock of Networks and Organizations: a multilevel perspective. Academy of Management Journal, v. 47, n. 6, p. 795-817, 2004.

BROWN, Drusilla K.. Labor Standards: where do they belong on the international agenda? Journal of Economic Perspectives, 2001, v. 15, n. 3, p. 89-112.

BUCOLO, E. Lê Commerce Équitable. Hermes, 2003, n. 36, p. 109-118.

BURTLES, Gary. International Trade and the Rise in Earnings Inequality. Journal of Economic Literature, 1995, v. 33, n. 2, p. 800-816.

CAPRA, F. As Conexões Ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2005.

CARRION, Rosinha Machado. Competição e conflito em redes de economia solidária: análise do projeto de implantação da Central de Comercialização de Resíduos Sólidos de Porto Alegre (Brasil). Cadernos EBAPE.BR, 2009, v. 7, n. 4, p. 548-557.

CASSON, Mark. Visions of International Business. In: BUCKLEY, P J. What is International Business? Londres: Palgrave Macmillan, 2005, p. 8-37.

CASTALDO, Sandro; PERRINI, Francesco; MISANI, Nicola; TENCANTI, Antonio. The Missing Link Between Corporate Social Responsability and Consumer Trust: the case of Fair Trade products. Journal of Business Ethics, 2009, v. 84, p. 1-15.

CAZELLA, A. Contribuições metodológicas da sócio-antropologia para o desenvolvimento territorial sustentáveis. In: Eisforia, v. 4, p. 225-247, 2006.

CHAZEL, François. Poder. In: BOUDON, Raymond. Tratado de sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

CLARKE, Nick et al. The Political Rationalities of Fair Trade Consumption in the United Kingdom. Politics Society, 2007, v. 35, p. 583- 607.

CONROY, M. E. 2007. Branded: How the “certification revolution” is transforming global corporations. Gabriola Island: New Society Publishers.

COWLING, K. & TOMLINSON, P.. Globalization and Corporate Power. Contributions to Political Economy, 2005, v. 24, p. 33-54.

CORNWALL, Andrea; BROCK, Karen. Beyond Buzzwords: “poverty reduction”, “participation” and “empowerment” in development policy. Disponível em:

http://www.unrisd.org/80256B3C005BCCF9/(httpAuxPages)/F25D3D6D27E2A1ACC12570 CB002FFA9A/$file/cornwall.pdf. Acesso em: 30 abr. 2010. 13:12:34.

DIGESER, Peter. The Fourth Face of Power. The Journal of Politics, 1992, v. 54, n. 4, p. 977-1007.

EDWARD, Peter; TALLONTIRE, Anne. Business and Development: towards re- politicization. Journal of International Development, 2009, v. 21, p. 819-833.

EISENHARDT, Kathleen M.; GRAEBNER, Melissa E.. Theory building from cases: opportunities and challenges. Academy of Management Journal, 2007, v. 50, n. 1, p. 25–32.

EMERSON, R. M. Power-Dependence Relations. American Sociological Review, v. 27, n. 1, p. 31-41, 1962.

FAIRTRADE FOUNDATION, 2010. Disadvantaged farmers and workers benefit as Fairtrade

sales hit €3.4 Billion. Recuperado em 22 fevereiro, 2011, de:

http://www.fairtrade.org.uk/press_office/press_releases_and_statements/may_2010/consumer s_purchase_more_fairtrade_products_than_ever_before.aspx

FISHER, Eleanor. Policy Arena Introduction: the policy trajectory of Fair Trade. Journal of International Development, 2009, v. 21, p. 985-1003.

FITZGERALD, Louise; DOPSON, Sue. Comparative case studies designs: their utility and development in organizational methods. In: BRYMAN, Alan; BUCHANAN, David A. The

Sage Handbook of Organizational Research Methods. Los Angeles: SAGE, 2009, cap.27, p. 465-483.

FLO. Why Fairtrade is Unique. 2010. Disponível em:

http://www.fairtrade.net/why_fairtrade_is_unique.html. Acesso em 15 mar 2010. 18:45:32.

______. A Charter of Fair Trade Principles. 2009. Disponível em:

http://www.fairtrade.net/fileadmin/user_upload/content/2009/about_us/documents/Fair_Trade _Charter.pdf. Acesso em 15 mar 2010. 18:47:32.

______. An Inspiration for Chance. 2008. Disponível em

http://www.fairtrade.net/fileadmin/user_upload/content/FLO_AR2007_low_res.pdf. Pesquisado em 18 de outubro de 2008. Acesso em 15 mar 2010. 18:25:32.

______. O que é Comércio Justo. 2006. Disponível em:

http://www.fairtrade.net/uploads/media/_Comercio_Justo_Modulo_1_O_que_e_Comercio_Ju sto.pdf. Acesso em 15 mar 2010. 16:23:23.

FOLGER, Robert. Justiça distributiva. In: COOPER, Cary L.; ARGYRIS, Chris. Dicionário Enciclopédico de Administração. São Paulo: Atlas, 2003. p. 753-754.

GENDRON, Corinne; BISAILLON, Véronique; RANCE, Ana Isabel Otero. The Institutionalization of Fair Trade: more than just a degraded form of social action. Journal of Business Ethics, 2009, v. 86, p. 63-79.

GIRAUD, Olivier. A Globalização Vista do Norte e do Sul: quais os seus mecanismos sociais? Caderno CRH, 2007, v. 20, p. 389-399.

GOODMAN, Michael K. Reading Fair Trade: political ecological and the moral economy of fair trade foods. Political Geography, 2004, v. 23, p. 891-915.

GHOSHAL, Sumantra. Global strategy: an organizing framework. In: ALIBER, Robert Z.; CLICK, Reid W. Readings in International Business: a decision approach. Massachusetts: The MIT Press, 1993, p. 147-172.

GREEN, Duncan. Da Pobreza ao Poder: como cidadãos ativos e estados efetivos podem mudar o mundo. São Paulo: Cortez; Oxford: Oxfam International, 2009.

GREWAL, David Singh. Network Power and Globalization. Ethics and International Affairs, 2003, v. 17, n. 2, p. 89-98.

GUEDES, Ana Lucia Malheiros. Internacionalização de Empresas como Política de Desenvolvimento: uma abordagem de diplomacia triangular. Revista de Administração Pública, 2006, v. 40, n. 3, p. 335-56.

GUPTA, Anuja; GUILLÉN, Mauro. (2008). Developing, Testing, and Validating Management Theory with Comparative Case Studies. In: Capacity Building Workshop: empreendedorismo feminino, 2010, Rio de Janeiro, IAG-PUC. Anais...

HANDY, Charles. Revisiting the Concept os the Corporation. In: HESSELBEIN, Frances; GOLDSMITH, Marshall (cords.). The Organization of the Future: visions, strategies and insights on managing a new era. San Francisco: Jossey-Bass, 2009.

HENDRICKSON, Mary et al. The Global Food System and the Nodes of Power: Oxfam, 2008. Disponível em: http: //ssrn.com/abstract=1337273. Acesso em 10 mar 2010. 18:45:32.

HERACLEOUS, Loizos. A Tale of Three Discourses: the dominant, the strategic and the marginalized. Journal of Management Studies, 2006, v. 43, n. 5, p. 1059 – 1087.

HIRA, Anil; FERRIE, Jared. Fair Trade: three key challenges for reaching the mainstream. Journal of Business Ethics, 2006, v. 63. n. 107-118.

HUDSON, I.; HUDSON, M. Removing the Veil? Commodity fetishism, Fair Trade and the environment. Organization and Environment, 2003, v. 16, n. 4, p.413-430.

ILO. Decent Work. 2010. Disponível em:

http://www.ilo.org/global/Themes/Decentwork/lang--en/index.htm. Acesso em 20 mar 2010. 10:45:32

INFOSECEX, Informativo da Secretária de Comércio Exterior. 2010. Disponível em:

http://infosecex.desenvolvimento.gov.br

ISAAC, Jeffrey C. Beyond the Three faces of Power: a realist critique. Polity, 1987, v. 20, n. 1, p. 4-31.

JENKINS, Rhys. Globalization and the Labour Market in South Africa. Journal of International Development, 2006, v. 18, p. 649-664.

JOIA, L. A. Geração de Modelos Teóricos a Partir de Estudos de Casos Múltiplos: da teoria à prática. In: VIEIRA, M. M. F; ZOUAIN, D. M.. Pesquisa Qualitativa em Administração. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

KABANOFF, B. Equity, Equality, Power and Conflict. Academy of Management Review, v. 16, n. 2, p. 416-441, 1991.

KANTER, R. M. Power, Leadership, and Participatory Management. Theory into Practice, v. 20, n. 4, p. 219-224, 1981.

______. Power Failure in Management Circuits. Harvard Business Review, 1979, v. 5, p. 65-75.

KNIGHT, G.. Entrepreneurship and strategy in the international SME. Journal of International Management, 7( 3): 155-171, 2001.

KLEIN, Naomi. Sem Logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. Rio de Janeiro: Record, 2002.

KLEINE, Dorothea. Negotiating Partnerships, Understanding Power: doing action research on Chilean Fair trade wine value chains. The Geographical Journal, 2008, v. 174, n. 2, p. 109- 123.

KRACKHARDT, D. Assessing the Political Landscape: Structure, cognition and power in organizations. Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 2, p. 342-369, 1990.

LEVY, D. Political Contestation in Global Production Networks. Academy of Management, Special Issue, 2008, v. 33, n. 4.

LINTON, April; LIOU, Cindy Chiayuan; SHAW, Kelly Ann. A Taste of Trade Justice: marketing global social responsibility via Fair Trade coffee. Globalizations, 2004, v. 1, n. 2, p. 223-246.

LIPIETZ, A. Uma economia a reconstruir. In: Terra, patrimônio comum: a ciência a serviço do meio ambiente e do desenvolvimento/coord. Martine Barrère- São Paulo: Nobel, 1992. p. 205-230.

LIPOVETSKY, Gilles. Os Paradoxos do Consumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

LOPES, Fernando Dias; BALDI, Mariana. Redes como Perspectiva de Análise e como Estrutura de Governança: uma análise das diferentes contribuições. Revista de Administração Pública, 2009, v. 43, n. 5, p. 1007-1035.

LÓPEZ-GARAY, Hernán. “Darle Poder al Pueblo”: concienciación histórica y narrativas locales pasadas, presentes y futuras. In: LAEMOS, 3., 2010, Buenos Aires. Anais. Disponível em: http://www.egosnet.org/jart/prj3/egosnet/main.jart?rel=en&content- id=1252389712309&reserve-mode=active. Acesso em: 26 abr. 2010. 23:15:20.

LOW, W.; DAVENPORT, E. Mainstreaming Fair Trade: adoption, assimilation, appropriation. Journal of Strategic Marketing, 2006, v. 14, p.315-327.

LYON, Sarah. Fair Trade Coffee and Human Rights in Guatemala. Journal of Consumer Policy, 2007, v. 30, p. 241-261.

MAKITA, RIE. Uma Confluência de Comércio Justo e Agricultura Orgânica no Sul da Índia. Development in Practice, 2011, v. 21, n. 2. Disponível em:

http://www.developmentinpractice.org/pt-br/journals/uma-conflu%C3%AAncia-de- com%C3%A9rcio-justo-e-agricultura-org%C3%A2nica-no-sul-da-%C3%ADndia

MASTRORILLI, Carlos. Las Leyes del Poder: uma introducion al análisis político. Buenos Aires: Ciccus, 2008.

McEWAN, Chery; BEK, David. The Political Economy of Alternative Trade: social and environmental certification in the South African wine industry. Journal of Rural Studies, 2009, v. 25, n.3, p. 255-266.

MDICE, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2010). Evolução da Economia Mundial e Perspectivas para 2010. Recuperado em 15 janeiro, 2011, de

www.encomex.mdic.gov.br/public/arquivo/arq1280774180.pps

______ (2009). Comércio Justo gera trabalho e renda em 51% dos municípios.

Recuperado em 15 janeiro, 2011, de

www.telecentros.desenvolvimento.gov.br/sitio/destaques/destaque.php?sq_conteudo=3823

MEINDL, J. R. Managing to Be Fair: an exploration of values. Administrative Science Quarterly, v. 34, n. 2, p. 252-276, jun., 1989.

MILLER, Eugene F. What Does “Political” Mean? The Review of Politics, 1980, v. 42, n. 1,

p. 56-72.

MINTZBERG, H. Power and Organization Life Cycles. The Academy of Management Review, v. 9, n. 2, p. 207-224, abr., 1984.

______. The Structure of Organizations: a synthesis of research. Upper saddle river: Prentice-Hall, 1983.

MOHAN, Sushil. 2010. Fair Trade without the froth: a dispassionate economic analysis of

„Fair Trade‟. Recuperado em 10 novembro, 2010, de: http://www.iea.org.uk/files/upld- book524pdf?.pdf

MORAN, Peter; GHOSHAL, Sumantra. Market, Firms, and the Process of Economic Development. Academy of Management, 1999, v. 24, n. 3, p. 390-412.

MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 2009.

MOTTA, Fernando Prestes Motta. Organização e Poder: empresa, estado e escola. São Paulo: Atlas, 1986.

MOTTA, Paulo Roberto de Mendonça. Transformação Organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

MURRAY, Douglas; RAYNOLDS, Laura T.; TAYLOR, Peter Leigh. The Future of Fair Trade Coffee: dilemmas facing Latin America´s small-scale Producers. Development in Practice, 2006, v. 16, n. 2, p. 179-192.

______. One Cup at a Time: poverty alleviation and Fair Trade coffee in Latin America.

2003. Disponível em:

http://www.colostate.edu/dept/Sociology/FairTradeResearchGroup/doc/fairtrade.pdf. Acesso em 05 jan 2010. 18:45:32.

MTE, Ministério do Trabalho e Emprego. 2010. Recuperado em 10 novembro, 2010, de: www.mte.gov.br/ecosolidaria/secretaria_nacional_apresentacao.asp.

NAHAPIET, Janine; GHOSHAL, Sumantra. Social Capital, intellectual Capital, and the Organizational Advantage. Academy of Management Review, v. 23, n. 2 p. 242-266, 1998.

NEWHOUSE, Kara. Anti-politics Movements: the individualization of change in Fair

Trade discourse. 2009. Disponível em:

http://dspace.wrlc.org/dspace/bitstream/1961/7843/1/Newhouse,%20Kara%202009S.pdf. Acesso em: 6 mai. 2010. 16:31:31.

OLLAGNON, H. Estratégia patrimonial para a gestao dos recursos e dos meios naturais : enfoque integrado da gestão do meio rural. In : VIEIRA, P.; WEBER, J. Gestão de recursos naturais renováveis e desenvolvimento: novos desafios para a pesquisa ambiental. São Paulo, Cortez, 2000. p. 171- 200.

ONU, Organizações das Nações Unidas. Protocolo de Quioto à Convenção-Quadro das

Nações Unidas

Sobre Mudança do Clima. Disponível em: http://www.onu-brasil.org.br/doc_quioto.php. Acesso em 03 abr 2010. 18:45:32.

OXFAM, 2008. Trading away our rights: women working in global supply chains. Disponível em: http://www.maketradefair.com/en/assets/english/taor.pdf

PHILIPS, Nelson; DOMENICO, MariaLaura. Discourse Analysis in Organizational Research: methods and debates. In: BRYMAN, Alan; BUCHANAN, David A. The Sage Handbook of Organizational Research Methods. Los Angeles: SAGE, 2009, cap. 32, p. 549-565.

PINTO, Áureo Magno Gaspar; JUNQUEIRA, Luciano Antonio Prates. Relações de Poder em uma Rede do Terceiro Setor: um estudo de caso. Revista de Administração Pública, 2009, v. 43, n. 5, p. 1091-1116.

PFEFFER, Jeffrey. Developing Resource Dependence Theory: how theory is affected by its environment. In: SMITH, Ken G. e HITT, Michael A (coord.). Great Minds in Management: the process of theory development. Oxford: University Press, 2005, p. 436- 459.

______. Gerir com Poder: políticas e influências nas organizações. Lisboa: Bertrand Editora, 1994.

______. Understanding Power in Organizations. California Management Review, v. 34, n. 2, p. 29-49, winter, 1992.

______. Power in Organizations. Cambridge: Ballinger Publishing Company, 1981.

______. The Effect of Uncertainty on the Use of Social Influence in Organizational Decision Making. Administrative Science Quarterly, v. 21, n. 2, p. 227-245, jun., 1976.

______. Size and Composition of Corporate Boards of Directors: the organization and its environment. Administrative Science Quarterly, v. 17, n. 2, p. 218-228, jun., 1972.

PRATES, Antônio Augusto Pereira. Redes Sociais em Comunidades de Baixa Renda: os efeitos diferenciais dos laços fracos e dos laços fortes. Revista de Administração Pública, 2009, v. 43, n. 5, p. 1117-1146.

PRETTY, Jules. Agroecological Approaches to Agricultural Development. 2006. Disponível em: http://www.rimisp.org/getdoc.php?docid=6440. Acesso em: 08 abr. 2010. 17:17:19.

PRETTY, Jules N.; MORISON, R.E.; HINE, R.E. Reducing Food Poverty by Increasing Agricultural Sustainability in Developing Countries. Agriculture, Ecosystems and Environment, 2003, v. 95, p. 217-234.

RAUCH, James E. Business and Social Networks in International Trade. Journal of Economic Literature, 2001, v. 39, n. 4, p. 1177-1203.

RAYNOLDS, L. T. Mainstreaming Fair Trade Coffee: from partnership to traceability. World Development, 2008, v. 37, n. 6, p.1083-1093.

______. The Organic Fair Trade Movements: fostering global ecological sustainability and social justice: Optimist Magazine, 2006. Disponível em:

http://welcome2.libarts.colostate.edu/centers/cfat/wp-

content/uploads/2009/06/Optimist_article.pdf. Acesso em: 18 mar 2010. 18:45:32.

______. Consumer/Producer Links in Fair Trade Coffee Networks. Sociologia Ruralis, 2002, v. 42, n. 4, p. 404-424.

RAYNOLDS, Laura T.; MURRAY, Douglas; TAYLOR, Peter Leigh. Fair Trade Coffee: building producer capacity via global networks. Journal of International Development, 2004, v. 16, p. 1109-1121.

REED, Darryl. What do Corporations Have to do With Fair Trade? Positive and normative analysis from a value chain perspective. Journal of Business Ethics, 2009, v. 86, p. 3-26.

RENARD, M. Quality Certification, Regulation and Power in Fair Trade. Journal of Rural Studies, 2005, v. 21. p. 419–431.

______. Fair Trade : quality, market and conventions. Journal of Rural Studies, 2003, v. 19. p. 87-96.

RIBEIRO, Gustavo Lins. Poder, Redes e Ideologia no Campo do Desenvolvimento. Novos Estudos, 2008, v. 80, p. 109-125.

ROBINSON, Pamela K. Responsible Retailing: regulating fair and ethical trade. Journal of International Development, 2009, v. 21, p. 1015-1026.

RODE, Julian; HOGARTH, Robin M.; MENESTREL, Marc Le. Ethical Differentiation and Market Behavior: an experimental approach. Journal of Economic Behavior & Organization, 2008, v. 66, p. 265-280.

RODRIGUES, Ivete; BARBIERI, José Carlos. A Emergência da Tecnologia Social: revisitando o movimento da tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento