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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Durante esse estudo foi possível investigar os fatores de risco e de proteção à saúde em adolescentes usuários das redes sociais na internet, destacamos alguns mecanismos importantes de proteção, como o bloqueio de suas informações pessoais a desconhecidos se protegerem de pessoas mal intencionadas que possam obter informações que denigram sua imagem diante da rede, a criação do perfil denominado fake, onde o adolescente se projeta como outra pessoa na rede social e assim acessa páginas de grupos onde as informações ficam expostas para serem distorcidas, assim ele protege seu perfil, para isso são permitidas alterações em informações como nome, status de relacionamento, idade, grupos sociais inseridos, informações que o desconfigura, em algumas situações pequenas alterações em seu perfil são realizadas a fim de tornar-se aceito em seu grupo, é importante ressaltar que essa ação possibilita o alívio de sentimentos, não é, portanto, de estranhar que uma pessoa que se sinta só tenha tendência para passar mais tempo on-line do que quem não se sente só: encontra, na Internet, um mundo que a ajuda a fugir às emoções negativas associadas à solidão

Os pais precisam auxiliar seus filhos na compreensão das novas formas de comunicação disponíveis, estabelecendo limites e oferecendo um campo de diálogo, dando oportunidade de discussão para ampliar a autonomia dos indivíduos da família, pudemos observar pelo comportamento apresentado pelo grupo nas sessões realizadas que há a necessidade de espaço para que as emoções vivenciadas pelos adolescentes sejam discutidas.

Pode-se esperar que sejam encontradas soluções adequadas que permitam a esse adolescente ajustar-se às mudanças tecnológicas e adaptarem-se as novas formas de comunicação, para seu desenvolvimento.

Observamos que as trocas mútuas evidenciam que os sujeitos apresentam limites mutáveis, não existindo integridade ou unidade absoluta, para se protegerem os adolescentes utilizam de recursos disponíveis nas ferramentas tecnológicas, e alteram seu perfil de acordo com a necessidade apresentada, bloqueiam informações, fotos e não aceitam o convite de pessoas desconhecidas para participarem de sua rede social virtual, essa rede virtual, muitas vezes é transferida

ou já faz parte de suas amizades presenciais, os adolescentes relatam que a maioria de seus amigos virtuais, são pessoas próximas e participam de seu cotidiano.

Partindo destas considerações, acerca da parcialidade e fluidez da integridade e identidade do sujeito dentro das amizades virtuais, configura-se a noção de um sujeito que se desembaraça lentamente da forma de mobilização psíquica individual para o contexto grupal. Assim os participantes das redes sociais criam uma nova ética do relacionamento, os sentimentos pertencem a diversos conjuntos de experiências vividas, por impulso deletam-se contatos, excluem-se amigos na rapidez de um clique, e também criam-se amizades na mesma velocidade.

Os avanços tecnológicos que influenciam muito o ser humano em suas relações e o amor líquido representam esta fragilidade dos laços estabelecidos, a flexibilidade com que são substituídos. Os adolescentes consideram que é fácil usar a Internet e são atraídos pelas redes sociais, onde podem experimentar e desempenhar diferentes papéis, assim como estabelecer relações com pessoas que partilham dos mesmos interesses.

Sobre identificar e discutir os critérios utilizados pelos adolescentes para a definição de informações que são publicadas em seu perfil pessoal existe a possibilidade de assumir identidades diferentes e buscar assim a aproximação com grupos e indivíduos de seu convívio presencial. Também é considerável que a condição de anonimato influencia o comportamento e diminui o grau de inibição, isto é, diminui os constrangimentos sociais e este pode ser um dos grandes atrativos das redes sociais, a fuga da realidade, que possibilita um conforto para o enfretamento de conflitos, como fator de proteção, porém pode determinar um risco se considerarmos o perigo da alienação.

As redes de relacionamentos virtuais visam impulsionar as relações humanas Por meio da tecnologia, essa ferramenta pode exercer um papel de laboratório de autoconhecimento facilitando a experimentação de outras formas de atuação no mundo.

As transformações das fotos utilizando o recurso da ferramenta photoshop recriam um novo aspecto da realidade, nestes espaços também é possível a criação de novas identidades. Afinal, quantos outros podem surgir de nós mesmos? Assim

a rejeição é menos dolorida e o feio pode ser transformado e aceitado, quando existe a possibilidade de transformar-se virtualmente. O sujeito é criador de si mesmo, enfrenta o paradigma da identidade única e se permite mudar.

A idéia de pertencimento a um todo maior pode ser explorada para o desenvolvimento de novas práticas relacionais, é importante refletir sobre o comportamento resistente e muitas vezes nostálgico dos pais e educadores em relação ao comportamento dos adolescentes nas redes sociais da internet, considerando aspectos desse estudo que ressaltam que o adolescente analisa criticamente as possibilidades de interação oferecidas pela tecnologia, bem como utiliza critérios para a divulgação de suas informações pessoais com o objetivo de proteger-se. Diante dos avanços tecnológicos, das mudanças freqüentes das redes sociais e das ferramentas disponíveis para experiências emocionais na internet, percebe-se que é necessária a continuidade de estudos nessa área, é necessário estudarmos outras populações e variáveis a fim de explorarmos com maior abrangência o tema.

TRANSCRIÇÃO GRUPO 01

“Pontos positivos: fazer novas amizades, meio de comunicação, conversar com parentes distantes, postar notícias, fotos e etc, aplicativos, eh...começar um novo relacionamento amoroso (pode ser), baixar músicas, dependendo do perfil, quinem a professora comentou ou foi o professor que tem empresas que entram e podem até selecionar a pessoa para trabalhar na empresa dependendo do seu perfil e comunicação, várias pessoas ao mesmo tempo, chats e vídeos, tudo positivo”

“Eu acho que o positivo é atrair novas amizades, conversar com pessoas distantes perante o e-mail e a divulgação no twiter, divulgar algo que você quer expor”

“Tem pessoas que abrem empresas e usam o twiter para divulgar a empresa dele ou então algum produto, vendendo as coisas no twiter, não só o twiter, ou às vezes cria o Orkut daquela empresa ou de alguma coisa que ele ta vendendo, do comércio dele acho legal divulgar os pontos positivos das redes sociais”

Mediador: “Que mais gente? Em relação a começar uma nova amizade, qual que é a diferença entre começar uma nova amizade de forma presencial ou de começar uma nova amizade pela internet, como se dá o início dessa nova amizade pela internet? Quais são as diferenças?”

“A maioria pode ser ...” “fake”

“Isso “fake” é...perfil falso, que nem ele tá falando as vezes você vê a foto lá a menina é linda e é uma feiosa.”

“(risos) Um homem...(risos) um travesti...(risos) trabucão...(risos)” “ Olha lá professora....olha ali ó ele na rede social.”

“Eu não postei nada não...”

Mediador: O que você ta fazendo (participante)... “Tá twitando...(risos)”

“Tá comprando moeda verde!!!! (risos)”

Mediador: “Quem já começou amizade pela internet? Eu lembro que da outra vez a gente tinha um depoimento.”

“Pô Valeu!”

“Arrasa!!! Oh! (risos)”

“Professora, eu acho que virtualmente é muito mais fácil você mentir sobre quem você é, as pessoas mentem quando é pessoalmente, mas virtualmente é bem mais fácil.”

Mediador: “Por que que é bem mais fácil? Porque você pode alterar a sua foto...” (euforia na sala) ehhh

“Gente, vamos respeitar!”

“Pode alterar a frase que você quiser, seu nome..sei lá... eu acho pessoalmente é muito mais difícil.”

Mediador: “Pra mentir né, pessoalmente é muito mais difícil..” “Isso é!”

“E eu acho que criar amizade virtualmente é bem mais fácil, do que pessoalmente, porque você não fica de olhar, no rosto da pessoa, você conversa sobre tudo.”

“Você pode xingar ela!” “É verdade!”

“E os pontos negativos?”

Mediador: “Quem já teve perfil falso?” (Levanta a mão!) “Eu fiz só para teste...” “Hã? Pra teste?”

Mediador: “Porque a gente faz um perfil falso?” “Por medo de não ser aceito”

Mediador: “Oi?”

“Medo de não ser aceito, eu acredito que sim.”

“Eu já fiz um perfil falso, cara. É que tipo era pra gente sair e só um que tava com frescura atrás da namorada dele, aí a gente tinha feito, não só eu sozinho, não só eu sozinhos, mas os moleques com o perfil de uma menina lá, nada a ver, aí foi mais ou menos uma semana, uns cinco dias, conversando por Orkut, e daí marcamos dos

dois se encontrar , foi lá no shopping, tipo a gente queria ir no cinema, maior galera, quinze moleques mais ou menos, aí a hora que ele chegou lá tinha uns quinze moleques lá da vila lá, aí a gente zoou vacilão...eh, aí a gente tinha imprimido a foto da menina e colocado no rosto do outro moleque lá...(risos) ele foi na intenção de encontrara a menina e encontrou a gente zoando lá no shopping lá.”

Mediador: “E sobre essa questão, que a gente faz um perfil fake com medo de não ser aceito?

Como que é isso, falem um pouco mais sobre isso, achei interessante.” “Eu nunca fiz, não dá pra saber...”

“Porque oh! Quem sabe é quem faz!”

“Agora o (participante) vai estar se expressando! (risos)”

Mediador: “Como que foi (participante) fazer um perfil falso?”

“Ah! Professora! Tem uma comunidade no orkut, uma não diversas! Pérolas do

orkut, com várias fotos engraçadas são postadas lá, edição de fotos suas, aí uma

vez eu tava com vontade de postar nessa comunidade, mas daí eu falei, não porque senão eles vão entrar no meu perfil, pegar uma foto minha e mostrar pra todo mundo, daí eu fiz um perfil fake, pra mim poder entrar na comunidade conversar com todo mundo sem ninguém saber que sou eu.”

Mediador: “Quem nunca fez um perfil fake pra espiar, o perfil do outro?”

“Eu nunca fiz, eu tive vontade mas nunca fiz! Lá na minha escola, tem um orkut de fofocas de todo mundo que estuda lá, aí se você adicionar eles pegam uma foto sua coloca e fofocam sobre sua vida, então u tenho vontade de ver, mas se eu adicionar eu sei que eles vão pegar uma foto minha. Aí eu não! Nem adiciono.”

“Uma rede social também pode ser raqueada, alguém vai lá descobre sua senha, entra lá e ferra tudo o seu orkut, isso é um ponto negativo.”

Mediador: “Quem já passou por uma experiência dessa?” “Eu fiz pra espiar o Orkut da minha mãe e do meu pai!” “E depois eu raqueei eles dois! Eu sei a senha deles.”

Mediador: “Quem já raqueou o perfil de alguém?” “Isso é crime gente! Ela ta filmando.”

“Já fizeram um perfil fake com as minhas fotos! Por exemplo você vai lá e faze um perfil falso com as minhas fotos daí eu vou lá e raqueio e exclui.”

“ Eu fiz um fake de mim mesmo, pra espiar, porque por exemplo ficavam falando: Tão falando mal de você nesse perfil aqui, daí eu fiz um e fui saber de mim mesmo o que estavam falando nesse, aí eu ficava falando o que você acha dele (eu) o que você falou dele (eu) aí eu ficando espionando eu mesmo.”

“ (participante), você deveria ter colocado uma foto e perguntado você ficaria com esse menino? (risos)”

“Aí não!”

Mediador: “Ainda não consegui entender...”

“Professora, quando alguém fala mal da senhora, se a senhora pudesse ser uma mosquinha pra saber, não seria? Foi isso que ele fez! Uma mosquinha perfil!”

Mediador: “Vamos falar mais sobre perfil fake.”

“As meninas da minha sala tinham, daí elas criavam família.”

“O (participante) tem um perfil fake, porque ele coloca tanto photoshop na foto dele, que fica tão carregada que nem parece que é ele.”

Mediador: “Eu posso fazer um perfil com o meu nome...” “Mas com o seu nome não vai ser fake!”

Mediador: “Calma...enfim...sem a necessidade de criar outro perfil, mas transformar tanto as minhas informações que eu posso acabar tornando ele fake, não é?”

“Só se a senhora mentir!”

Mediador: “Então, não posso, existe isso?” “Pode? Porque assim é ela!”

Mediador: “A palavra fake...quer dizer falso”

“Então se você faz um perfil e coloca lá que tem 30 anos e tem 17, você está sendo falso.”

“Mas pensando desse lado, todo mundo é fake.”

“Eu to dando um exemplo, não to falando que tem que ser especificamente a idade, por exemplo no seu perfil tem várias coisas pra preencher lá, se você preencher com outras coisas que você não gosta você ta sendo fake, to certo ou to errado?”

“ta certo!”

“Eu acho que você está lá você não fala só a verdade, é muito difícil.”

“Por exemplo, pra mim fake é ter outra vida, as meninas que tinham fake, elas mentiam várias coisas, mentiam idade que moravam em tal lugar em várias outras coisas pra mim fake é isso! Não você colocar lá, tipo assim tenho 21 anos e gosto de cachorro e você não gosta de cachorro você está mentindo você é fake só por causa disso eu acho que não, não! Tem que ter uma foto que não seja sua, uma vida que não é sua, que mente lugar que trabalha, escola que estuda, as vezes cria família, você é fake eu sou fake e vamos ser irmãs! Eu acredito que é assim!”

“É palhaçada! O que um perfil fake faz? Meu! É uma bosta isso!” “Porque?”

“Vai se expresse!”

“Pra que isso? Oh! Eu não sou o fulano, mas daí eu coloco que sou o beltrano...eu sou um nada então...”

“Eu acho que muita gente que criam porque não tem vida fora do computador, aí cria ali no computador que é pra ter vida ali e vira alguém.”

“Acho que é inveja também, as pessoas não conseguem tirar foto daquele jeito daí ela pega a foto daquela pessoa pra fingir que é ela.”

Mediador: “Como assim não entendi.”

“Ah! Aquelas pessoas que tiram a foto maior bonita, perfeita, então é inveja mesmo.” “É inveja! Joga sal grosso!”

Mediador: “Quem mais falou que é inveja?”

“Eu, acho que pra pessoa ser fake ela não deve se achar tão bonita, pra pegar uma pessoa bem elegante e colocar lá, então isso é inveja.”

“A pessoa tem uma autoestima muito baixa, o fake é um ponto negativo das redes sociais, tem pessoas que usam o fake pra fazer...igual os pedófilos por aí, a maioria dos perfis dos pedófilos é fake, aí chega lá e chama a menina lá pra sair e tal e

chega lá é um seqüestro, as vezes até mata, tem pessoas que entram no carro de outra pessoa, é negativo, é sério meu!”

“Ah professora! Mas depende tem gente que sabe que é fake! Porque tem até uma comunidade, não sei o que lá fake, e eu acho muito difícil a pessoa olhar olhar e não saber que é fake, porque quando você adiciona o fake está na cara que é fake!”

Mediador: “Quais são os indícios, que é fake?”

“Às vezes tem uma foto que não é a mesma pessoa é parecia, mas quando você olha a foto, uma foto ta de um jeito e a outra de outro aí você vê que não é aquela pessoa, ah! Professora não tem como falar só você vendo mesmo.”

“Às vezes você olha a pessoa é muito linda, perfeita! Não tem como, você olha meu é fake, não dá.”

Mediador: “E transformar uma foto não é fake?” “Não!”

“Ah! É sim, mas todo mundo faz...photoshop, você fala? Mas você é horrível, coloca seis quilos de photoshop lá..”

“Continua horrível!”

“Continua horrível, mas ta diferente! Acho que sei lá é considerável, mas ainda é

fake!

“Eu acredito que não!”

“O professor pediu pra gente pesquisar os lados positivos e negativos e de onde surgiu, como criar uma conta no orkut, facebook, twiter, blog.”

Mediador: “E aí? Como foi? O que vocês levantaram como pontos positivos e negativos?”

“Positivos, fazer amizades, falar com parentes que estão distantes.” “Tem também o google mais!”

Mediador: “O que é o google mais?” “Explica agora, vai! Oh!”

“É a rede social nova do google, que eles querem que seja a maior de todas, que vai juntar um pouco de cada.”

Mediador: “Como assim? Tem todas as funções das outras?”

“Sim eles planejam que sim...Tem a vídeo conferência, que facilita o acesso pelo celular e tem acesso as notícias e vídeos mais vistos e tem as continhas”

“Eles querem comprar todas as redes sociais! Pra colocar só no google, comprar todas as redes e juntar, tudo interligado ao google, aí eles querem fazer outra rede social, pra que o google seja a maior, tão comprando tudo, igual o Carrefour ta comprando tudo, querem ser a rede maior...”

Mediador: “Gente e como vocês vêem isso? Que vocês acham desse mercado das redes sociais? Alguém já pensou sobre isso?”

“Eu não tenho certeza, mas eu acho que o facebook e o orkut não competem...porque eles não são do google?”

Mediador: “Não sei, vocês pesquisaram isso?”

“O google tem não sei quantos por cento das ações do facebook, ele comprou por milhões.”

“Metade das ações o google comprou do facebook”

“Mas o orkut já era do google, o MSN que é o Windows live também já era do

google

“Nós precisamos do google”

Mediador: “Como que a gente pode imaginar que as redes sociais tem lucro?” “É igual televisão, eles só ficam de pé por causa dos comerciais...”

“É igual os comerciais da TV, o horário da novela é mais caro, porque muita gente assiste, no Orkut e no facebook é assim...você abre algum link e o comercial tá lá, no youtube fica nos vídeos antes, durante e depois da exibição.”

“Igual o comercial dos pôneis malditos que ficaram famosos na internet primeiro, depois na TV...”

“Por exemplo: vou acessar um vídeo, daí antes de começar o vídeo que eu quero ver, começa os pôneis malditos, e é uma propaganda que você não consegue tirar, eles te obrigam a assistir, aí depois começa o vídeo que você quer, é uma propaganda que você assiste obrigatoriamente.”

“Existem outras formas de comerciais nas redes sociais? Quem pode falar?”

“Os pontos negativos professora, a colega dele manda um oi pra ele e daí a namorada já pergunta o que é que você tem com ela, já vai logo assim pra ele, esse é o ponto negativo.”

“Se você posta uma coisa, você quer que todo mundo promova, que olhe que conte, que comente, que promova...”

“Uma frase que você posta no face...você quer que os outros comente!”

“Você não vai postar uma coisa lá e não querer que ninguém saiba. Quer é que todo mundo fique sabendo”

“Você não vai postar lá uma foto ou uma frase pra deixar lá e pronto...li e acabou, você quer postar pra todo mundo ler e sair comentando.”

“Igual tem gente que põe foto e coloca lá não quero que ninguém fique comentando.”

“Eu acho então que é melhor nem colocar.”

“Eu acho que coloca não olhe que é pra chamar atenção, pra ter acesso e como é que fala...pra comentar a foto, com certeza vai colocar lá não olhe...e daí a pessoa vai ficar curiosa pra saber e vai comentar as fotos, por isso.”

Mediador: “Entendi, como uma estratégia mesmo.”

Mediador: “Quem lembra daquela transição de quando a gente podia olhar tudo no Orkut e de repente foi tudo bloqueado?”

“Era bacana hein!”

“Professora eu acho que é assim...tem uma frase no filme que a gente assistiu que eu não sei se é do Dusty ou é do Mark, criadores que diz assim, as pessoas entram em redes sociais, não pra ver coisas de pessoas, porque existem milhões de pessoas, eles entram pra ver coisas de pessoas que eles conhecem, que é mais próximo é mais comprometedor, que podem espalhar e tal, eu acho que por isso que as redes sociais estão bloqueando.”

“Ou seja todo mundo que fica na internet é fofoqueiro.” “Se for pensar assim é!”

Mediador: “Se a gente pensar assim, mas existem outras formas de pensar? Sobre essa questão do bisbilhotar?”

“Eu não acho que tem que bloquear o foto não...”

“Porque você vai lá, minha amiga bacana, você vai lá e me adiciona aí eu olho assim e não consigo identificar você pela foto do perfil, aí eu vou entrar no seu orkut e vou ver as fotos do seu álbum, pra mim poder te identificar, só eu clico lá e não consigo ver você então você vai ser recusada, porque eu não conheço.”

“Mas é porque é assim professora, por causa dos pedófilos também, vai que você não bloqueia, daí a pessoa vai lá olha todas as suas fotos e pode fazer uma maldade também, por isso que a gente bloqueia.”

“Ou então é assim, você tem um amigo e você não gosta dos amigos dele, não simpatiza e tal, aí esse amigo vai e fica olhando suas fotos você não quer que ele fique olhando, bloqueia assim, você ainda não é meu amigo, mas depois que você me adicionou, vai poder ver as fotos.”

“Ou então você ta namorando e coloca as fotos sua e da sua namorada, não mais eu não quero que ninguém veja minha namorada, é só eu tirar a foto dela de lá.”

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