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Ano de fabricação

5 Considerações Finais

A abordagem mais atual, considera que a transição da sociedade industrial para a sociedade pós-industrial é imia mudança ainda mais radical do que foi a passagem da sociedade pré-industrial para a sociedade industrial. Em particular, prevê-se que, na sociedade pós-industrial, não serão nem a energia nem a força muscular que liderarão a evolução, mas sim o domínio da informação.

As tecnologias da informação e das comimicações são parte integrante do nosso cotidiano. Invadiram as nossas casas, locais de trabalho e de lazer. Oferecem instrumentos úteis para as comunicações pessoais e de trabalho, para o processamento de textos e de informação sistematizada, para acesso a bases de dados e à informação distribuída nas redes eletrônicas digitais, além de se encontrarem integradas em numerosos equipamentos do dia a dia, em casa, no escritório, na fábrica, nos transportes, na educação e na saúde.

Os computadores fazem parte da nossa vida individual e coletiva, a Internet e a multimídia estão se tomando onipresentes. Contudo, tal como o rádio não substitui os espetáculos ao vivo, a televisão não faz as vezes da rádio, o cinema não fez desaparecer o teatro, estes novos meios também não irão substituir os livros e outros meios tradicionais, mas simplesmente acrescentar as suas capacidades adicionais ao leque das opções disponíveis.

Um fator determinante para o êxito destas transformações é a ativa aceitação social. É essencial criar condições equitativas de acesso aos benefícios que esta gera e combater simultaneamente os fatores que conduzem a novas formas de exclusão do conhecimento, a denominada info-exclusão.

O acesso à informação e ao conhecimento deve estar assegurado sem discriminações de origem social. É igualmente necessário aceitar a responsabilidade social para com os cidadãos que, por razões de natureza diversa, requerem consideração especial para não ficarem excluídos dos benefícios que aquele pode oferecer.

Com o advento da revolução digital e da concorrência à escala global, muitas empresas começaram a explorar as novas oportunidades de mercado, desenvolvendo áreas de negócio até então inexistentes. O crescimento do mercado das comunicações móveis, a explosão da Internet, a emergência do comércio eletrônico, o desenvolvimento da indústria de conteúdos em ambiente multimídia, a confluência dos setores das telecomunicações, dos computadores e do audiovisual, demonstram o enorme potencial das tecnologias de informação para gerar novas oportunidades de emprego, estimular o investimento e o desenvolvimento acelerado de novos setores da economia.

As empresas lideram o desenvolvimento da tecnologia e da sua aplicação, não apenas para melhorar a sua eficiência organizacional, mas fundamentalmente para oferecerem novos produtos e serviços pelos quais os consumidores - através dos mecanismos do mercado - manifestem a sua preferência.

A criação de empregos qualificados é uma conseqüência natural do desenvolvimento de novos serviços numa sociedade com base no conhecimento e na informação. A racionalização dos sistemas produtivos e das estruturas organizacionais das empresas implicam na eliminação ou a reconversão de atividades obsoletas. Os trabalhadores libertados dessas atividades devem ser ajudados a obterem qualificações para outras atividades inseridas na nova estrutura da sociedade. É necessário não deixar escapar as oportunidades criadas pelas transformações em curso, o saldo final será certamente

positivo em volimie de emprego, aumento da produtividade e das qualificações necessárias, com os correspondentes benefícios refletidos no nível de rendimento médio.

A nova economia está, por outro lado, a ter um impacto significativo no mercado de trabalho e no modo de exercer algumas profissões. Há novos empregos a serem criados e outros têm de ser reformulados, pois necessitam de novas aptidões da parte dos trabalhadores. As novas tecnologias de tratamento da informação impõem e facilitam novos modos de exercer alguns tipos de trabalho, toma-se necessário, para isso, formar os cidadãos nas especialidades deste novo modo de trabalhar.

Diante da evolução histórica do ensino a distância e dos resultados positivos que apresentou nos últimos anos, vários deles desapareceram de cena por causa da vontade política e por mudanças de governos que deixaram de dar continuidade e estabilidade aos projetos iniciados e por outro lado, faltam recursos humanos habilitados no uso das modemas técnicas de produção e utilização dos meios de ensino. Mas, sabe-se que este é o caminho mais curto para a educação de grandes contingentes populacionais e também um instrumento importante para capacitação profissional daqueles que estão no mercado de trabalho, como para os que estão desempregados como forma de readaptar-se aos novos cargos do mercado de trabalho.

O ensino a distância pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento educacional de um país, notadamente de uma sociedade com as características brasileiras,

onde o sistema educacional não consegue desenvolver as múltiplas ações que a cidadania requer.

Inserindo o tema educação a distância na realidade do Brasil, LOBO NETO (1998) expõe seu ponto de vista:

“Uma proposta de reflexão sobre o tema da Educação a Distância, no Brasil, inscreve-se na responsabilidade de influir na construção coletiva da educação que precisamos e queremos, onde os princípios fixados no Artigo 206 da Constituição, se erigem como fundamentos. A EAD é, por todos os títulos e modos, a mesma educação de que sempre tratamos e que sempre concebemos como direito preliminar de cidadania, dever prioritário do Estado Democrático, política pública básica e obrigatória para ação de qualquer nível de governo, conteúdo e form a do exercício profissional de educadores. A Educação à Distância sempre deverá ser considerada no contexto da Educação e, portanto, como a Educação, necessariamente vinculada ao contexto histórico, político e social em que se realiza como prática social de natureza cultural. A Educação a Distância de modo algum pode ser concebida como um distanciamento da Educação. ”

Diante do cenário e das tecnologias emergentes citadas anteriormente, cabe abrir uma reflexão sobre o presente trabalho, destacando a importância do PEAD do SEST/SENAT, que abre oportunidades para trabalhadores, antes excluídos de um treinamento direcionado para o aperfeiçoamento profissional, e que, atualmente, possuem ferramentas à mão para executá-lo.

Constatou-se que o problema mais comum encontrado dentre as empresas entrevistadas, foi a falta de uma política de recursos humanos atual, que valorize a formação e aperfeiçoamento profissional. Mas, devido às substituições das direções de empresas, atualmente, tendendo a serem compostas por pessoas com formação na área de recursos humanos, já é uma esperança para implementação de um programa de treinamento mais eficaz. Concluindo, que para um bom andamento do treinamento de seus funcionários, as empresas de transporte urbano devem assumir algumas atitudes; conscientização e interesse da diretoria da empresa na execução do PEAD; definição de uma política de recursos humanos; designação de pessoal treinado para ministrar os cursos; disponibilização de espaço fisico adequado para os treinamentos e priorização dos treinamentos em relação às outras atividades.

Para que o PEAD tenha cada vez mais adesão e atinja de forma mais ampla seus objetivos, é preciso que o SEST/SENAT revise o conteúdo de seus cursos, direcionando-os para as necessidades das empresas de transporte coletivo urbano. Como também aumente a eficiência e rapidez na implantação das antenas.

Exponho algims itens que representam a contribuição de minha pesquisa na melhoria da implementação do PEAD do SEST/SENAT :

• a apresentação dos benefícios oferecidos pelo PEAD para capacitação dos operadores das empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte;

• a identificação das dificuldades que tem contribuído para não utilização do PEAD pelas empresas, que podem ser solucionados por uma mudança de postura da direção da empresa diante da importância do treinamento de seus funcionários, sendo o resultado final, positivo, para ambos os lados;

• a busca de soluções e alternativas para manutenção do PEAD nas empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte, que ainda não utilizam o PEAD de forma contínua;

• a ênfase dada ao ensino a distância, despertando para as novas alternativas na formação do profissional;

• a conscientização do treinamento dos trabalhadores em geral, visto como um instrumento importante para capacitação profissional daqueles que estão no mercado de trabalho, como para os que estão desempregados como forma de readaptar-se aos novos cargos do mercado de trabalho.

Acredito que a educação tenha um papel preponderante na preparação de uma nova sociedade, e o auto aprimoramento será vital para manter o indivíduo competitivo. Os

materiais e ferramentas de treinamento disponíveis eletronicamente, estão cada vez mais próximas das necessidades dos profissionais. A educação está caminhando para um sistema ju s t in time. A rede mundial de computadores Internet já é instrumento de treinamento à distância, a proliferação de informações através de computadores é uma realidade, o compact disk (CD) está cada vez mais utilizado com recursos cada vez mais sofisticados.

A tendência nas instituições é o investimento cada vez maior em recursos humanos, a necessidade do educador se atualizar é fundamental, já que é a peça chave nesse novo cenário. Todas estas interações apontadas darão ao indivíduo condições de resgatar valores perdidos e esquecidos. O conhecimento, a delegação do poder e o sentido empreendedor combinados poderão ser significativos para a formação de trabalhadores que, com determinação, apontarão novas diretrizes. Novos valores serão instituídos e a natureza do trabalho ganhará uma nova dimensão — quem sabe mais humana e que nos proporcione uma melhor distribuição de renda.

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