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Abordagem sobre o programa de ensino a distância para capacitação profissional do SENAT nas empresas de transporte coletivo de Belo Horizonte

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Profissional do SENAT nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano de

Belo Horizonte

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Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção

Abordagens sobre o Programa de Ensino a Distância para Capacitação

Profissional do SENAT nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Bel^

Horizonte

Wilken Geraldo Moreira

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção da Universidade de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Engenharia de Produção.

Florianópolis

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Abordagens sobre o Programa de Ensino a Distância para Capacitação

Profissional do SENAT nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano de

Belo Horizonte

Esta dissertação foi julgada e aprovada para obtenção do título de Mestre em

Engenharia de Produção no Programa de Pós Graduação em Mídia e

Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina

Florianópolis, 08 de março de 2001.

Prof. Alejandro Martins Rodriguez, Dr.

Coordenador do Curso

Prof. Çtmando Alvaro Ostuni

Profa. Ana Maria Bencciveni Franzoni, Dra.

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ausências em momentos importantes de suas vidas, me deram o amor e alegria que precisava para empreender esta jornada.

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Essa é lima das páginas difíceis e emocionantes, pois inúmeras pessoas acompanharam a elaboração desse trabalho, corro o risco de esquecer alguém. A Eunice, pela sua contribuição valorosa e incentivo para a realização desse trabalho. À professora Janae, mais do que tutora, foi uma companheira imprescindível nesse trabalho,

pela dedicação e apoio. Por confiar inteiramente em mim e respeitar o meu ritmo. À minha irmã, pela dedicação e esforço para promover o apoio necessário. À Faculdade Izabela Hendrix, pela oportunidade e apoio que me concedeu para que pudesse realizar o mestrado. Ao SEST/SENAT e as Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Belo Horizonte, que

abriram suas portas sem restrições e possibilitando a realização desse trabalho. Aos amigos Antônio Bicalho e Messias pelas sugestões, trocas de idéias e constante disposição em ajudar e, principalmente pela amizade. Todas essas pessoas foram importantes e decisivas nesse trabalho, mas acima de todas elas, o

meu maior agradecimento não poderia deixar de ser a Deus, que esteve sempre ao meu lado, me iluminando e colocando pessoas iluminadas no meu caminho.

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tão abrangente como o de transporte. Instrumento poderoso para unir pessoas, encurtar distâncias, possibilitar trocas e atender aos mais diferentes desejos, constitui, também, espaço de socialização, posto que coletivo, de convívio, de encontros, lugar privilegiado de se observar a cidade, suas ruas e avenidas, praças e jardins, seus contornos, sua gente. ” (SOUSA, 1996, p.9)

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Listas de Q u a d r o s ...vüí Listas de G r á f i c o s ...ix Lista de R e d u ç õ e s ... ...x R e s u m o ... ...xii A b s t r a c t ... ... xiv 1 - Introdução...1 1.1- O b j e t i v o s ... ... 2 1.1.1 - Obj etivo g e r a l ... 2 1.1.2 - Objetivos e s p e c í f i c o s ... 3 1.2.- J u s t i f i c a t i v a ... 4 2 - Referencial Teórico 2 .1 - I n t r o d u ç ã o ... ...6

2.2 - A importância da educação continuada na e m p r e s a ...6

2.3 - Ensino a d i s t â n c i a ... ...8 2 .3 .1 -Evolução do ensino a d i s t â n c i a ... ... 9 2.3.2 - O ensino a distância no B r a s i l ... 11 2.3.3 - Ensino a distância: c o n c e i t o s ... ...15 2.3.4 - Características do ensino a d i s t â n c i a ...18 2.4.- T r e i n a m e n t o ... ...21 2.4.1 - Conceitos de trein am en to ...24 2.4.2 - Vantagens do t r e i n a m e n t o ... ... 28 VI

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2.4.3 - Ciclos do processo de t r e i n a m e n t o ... 31

2.4.3.1 - Levantamento de necessidades ou d ia g n ó s tic o ... 31

2.4.3.2 - Programação ou planejamento de t r e in a m e n to ... 32

2.4.3.3 - Implementação e e x e c u ç ã o ... 33

2.4.3.4 - Avaliação dos r e s u l t a d o s ... 33

2.5 - Síntese do c a p í t u l o ... 34

3 - Sistema de Transporte Coletivo Urbano 3.1 - I n t r o d u ç ã o ...35

3.2 - Transporte Coletivo Urbano de Belo H o r i z o n t e ... 35

3.3 - Histórico do s e t o r ... 36

3.4 - Implementação de programas de capacitação profissional do SENAT no t r a n s p o r t e ... . 4 8 3.5 - Síntese do c a p í t u l o ... 54 4 - Metodologia 4.1 - Objeto da p e s q u i s a ... 56 4.2 - Tipo de p e s q u i s a ...56 4.3 - Aspectos m e to d o ló g ic o s ...56

4.4 - Descrição do universo e das unidades de e s t u d o ... 57

4 .5 - Apresentação dos d a d o s ...59 4.6 - Análise dos r e s u l t a d o s ... 73 5 - Considerações F i n a i s ... 80 6 - Referências B ib lio g r á f íc a s ... 86 7 - A n e x o ... 91 vii

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Quadro I - Características Conceituais do Ensino a Distância - - - 20

Quadro II - Passageiros transportados distribuição anual - dados até junho 2000 - - - 45

Quadro III - Distribuição da frota por ano de fabricação- dados de fevereiro de 2000 - 48

Quadro IV - Dados relativos às empresas entrevistadas - - - - - - - - 6 5

Quadro V - Dados relativos ao tempo de instalação da antena da Rede Transporte - 67

Quadro VI - Dados relativos á localização dos pontos de recepção - - - 68

Quadro VII - Dificuldades encontradas para o desenvolvimento do treinamento PEAD 71

Página

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Gráfico I - Passageiros transportados - evolução anual de 1994 a 2000 - - - - 45

Gráfico II - Distribuição da frota por ano de fabricação - quantidade de ônibus - - - 47

Gráfico III - Distribuição da frota por ano de fabricação - percentual - - - - 4 7 Gráfico IV - Percentual em relação ao número de empresas - - - - - - - 66

Gráfico V - Percentual em relação ao número de funcionários - - - - - - 66

Gráfico VI - Percentual em relação ao número de ônibus - - - - - - - 6 6 Gráfico VII - Percentual em relação ao número de l i n h a s ... 67

Gráfico VIII - Freqüência absoluta ao tempo de instalação da antena - - - 67

Gráfico IX - Freqüência relativa ao tempo de instalação da a n t e n a ...68

Gráfico X - Freqüência absoluta à localização dos pontos de rec ep ção ... 69

Gráfico XI - Freqüência relativa á localização dos pontos de re c e p ç ã o ... 69

Gráfico XII - Freqüência absoluta às dificuldades encontradas para o desenvolvimento do treinamento PEAD . ... - - - - 7 2 Gráfico XIII - Freqüência relativa às dificuldades encontradas para o desenvolvimento do treinamento PEAD - - - - - - - - - ... 72

Página

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BHBUS: Plano de Reestruturação do Sistema de Transporte Coletivo. BHTRANS: Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte S.A.

CAPIT: Centro Assistencial e Profissional Integrado dos Trabalhadores em Transporte. CCE: Comission o f the European Commimities.

CCT: Câmara de Compensação Tarifária.

CFLMG: Companhia de Força e Luz de Minas Gerais. CNT: Confederação Nacional do Transporte.

DBO: Departamento de Bondes e Ônibus.

DMBO: Departamento Municipal de Transportes Coletivos. DMTC: Departamento Municipal de Transportes Coletivos. EAD: Ensino a Distância.

METROBEL: Companhia de Transportes Urbanos da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

PACE: Plano de Circulação da Área Central.

PATE: Posto de Atendimento ao Trabalhador na Estrada. PEAD: Programa de Ensino a Distância.

PROBUS: Programa de Organização do Transporte Público por Ônibus. RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.

SEED: Secretária Nacional de Ensino à Distância.

SENAl: Serviço Nacional de Aprendizagem para a Indústria. SENAT : Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte.

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SEST: Serviço Social do Transporte.

SMT: Superintendência Municipal de Transporte. TRANSMETRO: Transportes Metropolitanos.

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MOREIRA, Wilken Geraldo. Abordagens sobre o Programa de Ensino a Distância para Capacitação Profissional do SENAT nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Belo Horizonte. Florianópolis, 2001. 108 f. Dissertação, Mestrado em Engenharia de Produção no Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, 2001.

O objetivo principal desse trabalho é desenvolver um estudo sobre os fatores estratégicos para utilização do Programa de Ensino a Distância (PEAD) para capacitação de operadores, proporcionado pelo SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), pelas empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte,.

Com o aumento da competitividade entre as empresas, principalmente do ramo rodoviário e urbano de passageiro, foi necessária busca do desenvolvimento profissional através de planos de treinamentos.

O Conselho Nacional do Transporte (CNT), através do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), adotou o Ensino a Distância, como principal instrumento na implementação de programas de formação e capacitação profissional.

O referido Programa de Ensino a Distância do SENAT, consiste no fornecimento às empresas de transporte coletivo urbano, em regime de comodato, uma antena parabólica, três aparelhos de TV e treinamento de um funcionário para administrar e coordenar o curso dentro da empresa, tendo o papel de facilitador. A empresa recebe na televisão, as vídeo aulas pela transmissão de sinal de satélite.

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aplicação de um questionário à trinta empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte, sendo que dezesseis empresas retomaram com o questionário preenchido.

Esse trabalho aborda os temas, ensino a distância e treinamento, no contexto do PEAD, específico para as empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte. Para melhor compreensão e contextualização do trabalho, foi desenvolvido um histórico sobre o transporte coletivo urbano de Belo Horizonte.

Palavras chave: Ensino a Distância, Treinamento e Transporte Coletivo Urbano.

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MOREIRA, Wilken Geraldo. Abordagens sobre o Programa de Ensino a Distância para Capacitação Profissional do SEN AT nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Belo Horizonte. Florianópolis, 2001. 108 f. Dissertação, Mestrado em Engenharia de Produção no Programa de Pós Gradviação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, 2001.

The main aim of this work is develop one study about the strategic factors to usage o f Programa de Ensino a Distância — PEAD (Distance Leaming Program) in order to qualify their workers, proportionate by SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), by the urban transport enterprises o f Belo Horizonte.

Considering the increasing o f the competitivity among the enterprises, specially the trade of highway and urban passengers, it was necessary to look for the professional development though the training plans.

The Conselho Nacional do Transporte (CNT), through the Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), has adopted the distance leaming as the main instrument to introduce the professional education and qualifying programs.

The mentioned distance leaming program of SENAT consists on giving to the urban transport enterprises, as an loan, a parabolic anterma, a TV set and the training o f a worker to administrate and coordinate the course in the enterprise, acting as a facilitator. The enterprise receives the video classes on the TV through the transmission o f satellite signals.

For this work achievement, it was done an analytic study, giving a questionnaire to thirty urban transport enterprises o f Belo Horizonte. Sixteen of them had returned it filled up.

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context, considering the urban transport enterprises o f Belo Horizonte specifically. In order to achieve a better comprehension and contextualization of this work, it has been done a historical study on the urban transport o f Belo Horizonte.

Key Words: Distance Learning, Training and Urban Transport.

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O transporte coletivo da cidade de Belo Horizonte, num primeiro momento, é quase uma romântica viagem de bonde, que pelo seu movimento lento, permite divagações nas observações da paisagem.

A priorização de bondes e ônibus constitui uma opção pela importância desses meios de transporte na história de Belo Horizonte. Ambos responderam: o bonde na primeira e o ônibus na segunda metade do século - quase totalidade do transporte da população. São elementos presentes na paisagem como as próprias ruas por onde passavam. Com relação aos ônibus, a sua origem e evolução desde os anos 20 e 30, com iniciativas individuais ou familiares em ação com o sistema sendo controlado pela Companhia Força e Luz.

Através dos episódios ligados aos transportes coletivos, desde a inauguração da nova Capital até o final da década de 40. E um passeio por Belo Horizonte desde o tempo em que, recebia contínuos fluxos migratórios, sendo ainda imia cidade de pequeno porte. Mas a velocidade de sua expansão intensifica-se. Os grandes itinerários impostos pela continua ampliação urbana exigem veículos cada vez mais rápidos: os ônibus, os trólebus, o metrô.

Perceber a relação que estabeleceu historicamente entre a formação urbana e os sistemas de transportes coletivos é imi dos objetivos. Além das condições impostas pelo sistema de transporte urbano e da adaptabilidade das diversas tecnologias de transportes coletivos, os fluxos de deslocamentos e assentamento populacional em Belo Horizonte foram fundamentalmente regidos pelo critério da acessibilidade.

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pois a escolha do local é condicionada ao meio de transporte eficiente, o que facilita o deslocamento para os locais de trabalho, estudo e lazer. Como a questão habitacional não foi objeto de políticas públicas, planejadas ao longo da história, assim, a população instalou-se em locais sem infra-estrutura enfrentando falta de água, energia elétrica, esgoto e transportes.

Segundo MENDES (1997) o transporte coletivo é, portanto, considerado serviço público de maior relevância (p.9). A constituição Federal no parágrafo V do artigo 30 rege: “Compete aos Municípios [...] organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo, que tem caráter essencial”. Cabe ao poder público provê-lo à população, mas a exploração deste serviço freqüentemente é feita em colaboração com a iniciativa privada.

Em Belo Horizonte a forma de transporte coletivo urbano mais importante é o ônibus, sendo que, de acordo com GOUVÊA (1992), aproximadamente 70% da população dele depende para seus deslocamentos diários.

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

O objetivo desse trabalho é desenvolver um estudo sobre os fatores que influenciam a utilização do Programa Ensino a Distância para capacitação de operadores, proporcionado pelo SENAT, pelas empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte.

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■ Apresentar os benefícios oferecidos pelo PEAD para capacitação dos operadores das empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte;

■ Identificar as dificuldades que tem contribuído para não utilização do PEAD pelas empresas;

■ Buscar soluções e alternativas para manutenção do PEAD nas empresas de transporte coletivo urbano de Belo Horizonte, que ainda não utilizam o PEAD de forma contínua. ■ Apresentar a importância do ensino a distância e o treinamento para a formação e

atualização profissional dos funcionários do transporte coletivo.

Para melhor entendimento, dividiu-se esta dissertação em sete capítulos básicos. O primeiro, apresenta a introdução do trabalho juntamente com os seus objetivos. No segundo capítulo trata-se da revisão literária abordando o ensino a distância e treinamento, sendo a primeira seção mostra a evolução sobre o ensino a distância, conceitos e suas principais características. Em seguida, discorre-se sobre treinamento, as perspectivas do treinamento e do ciclo do processo de treinamento.

O terceiro capítulo situa o leitor sobre o sistema de transporte coletivo urbano, desde o seu início até os dias atuais e a profissionalização e capacitação profissional de seus operadores. O quarto capítulo expõe-se a metodologia utilizada para a realização da pesquisa de campo, esclarecendo dificuldades e instrumentos da coleta de dados adotada.

O quinto capítulo apresentam-se os resultados. O sexto capítulo faz-se imia análise dos resultados. E finalmente, no sétimo capítulo, colocam-se as considerações finais com as respectivas contribuições da dissertação.

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encontradas. Assim, espera-se levantar novas questões para propiciar insight para outros pesquisadores, que venham complementar ainda mais o presente trabalho.

1.2 Justifícativa

Tradicionalmente as empresas de transportes brasileiras foram criadas com o proprietário dirigindo seu ônibus ou caminhão. Geralmente, eram filhos de famílias de cidades do interior, com pouca escolaridade. Segimdo MORAIS (1997), a prosperidade dos negócios trouxe seus filhos e parentes mais próximos para trabalharem nas empresas e posteriormente, a seleção dos empregados era através da indicação de amigos.

A expansão relativa do capitalismo, alta competitividade, oscilações no mercado e as mudanças nas relações econômicas estão pressionando as sociedades e em conseqüência, as empresas adotarem novas posturas, com objetivo de se manterem em atividade, no mercado cada vez mais competitivo.

O desenvolvimento das instituições sociais modemas e sua difusão em escala mundial criaram oportunidade bem maiores para os seres humanos gozarem de uma existência segura e gratificante que qualquer tipo de sistema pré moderno. Mas a modernidade tem também um lado sombrio, que se tomou muito aparente no século atual.

A medida que os empresários buscam novos consumidores, para conquistá-los investem tecnologia para oferecer um produto mais atrativo que seus concorrentes. E neste momento o homem vem perdendo seu espaço no campo de trabalho. Pode-se evidenciar isto num espaço de tempo muito curto, quando serão implantados as roletas eletrônicas no transporte coletivo urbano: neste momento, o lado sombrio da modemidade irá mostrar o aumento do número de desempregados. A grande maioria destes profissionais cobradores,

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profissionalmente para enfi:entar o mercado de trabalho, que cada dia está mais seletivo, ficarão desempregados.

Sendo assim, GIDDENS (1991), relata que estamos diante de uma descontinuidade: “Como deveríamos identificar as descontinuidades que separam as instituições sociais modernas das ordens sociais tradicionais? Diversas caraterísticas estão envolvidas. Uma é o ritmo de mudança nítido que a era da modernidade põe em movimento. As civilizações tradicionais podem ter sido consideravelmente mais dinâmicas que outros sistemas pré modernos, mas a rapidez da mudança em condições de modernidade é extrema (p. 15)

Entretanto, com ao mercado em expansão, aumento da competitividade entre as empresas, principalmente do ramo de rodoviário de passageiro e urbano foi necessária a busca do desenvolvimento profissional.

A grande dispersão das empresas de transporte pelo território nacional tom a difícil, lenta e de alto custo a ação de treinamento pelo método tradicional de ensino presencial. Apesar das diferenças regionais, as deficiências e característica do trabalho desses empregados são bastante similares, tomando-se necessário, sobre todos os pontos de vista, disponibilizar, de forma homogênea e democrática, os conhecimentos e conteúdos técnicos desenvolvidos especificamente para os operadores do sistema de transporte

Diante deste quadro, o Conselho Nacional do Transporte, através dos Conselhos Nacionais, através do Serviço Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) - SEST/SENAT, adotou o Programa Ensino a Distância (PEAD) como principal instmmento na implantação de programas de formação, capacitação profissional, tomando-se fundamental a participação das empresas de transportes.

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2.1 Introdução

O ensino a distância apresenta-se nos últimos anos como uma das mais importantes ferramentas de proliferação do conhecimento e de democratização da informação, proporcionando o acesso ao ensino para milhares de jovens e adultos que não puderam completar estudos no ensino regular, em todos os níveis, por motivos variados e, para aqueles indivíduos carentes de uma requalificação profissional para melhor se inserirem no mercado de trabalho. Além disso, é um recurso ágil para a capacitação, especialização, do empregado visando imia melhoria no desenvolvimento das atribuições no seu posto de trabalho.

Outro ponto a ser abordado nesse capítulo, o treinamento profissional, é também xmia importante ferramenta utilizada na formação e qualificação profissional. Segundo CHIAVENATO (1989), alguns estudiosos em administração de pessoal dão importância ao treinamento como meio para desenvolver a força de trabalho dentro dos cargos particulares. Enquanto outros autores consideram mais amplo o conceito de treinamento, visando um adequado desempenho no cargo e estendendo o conceito para uma nivelação intelectual através da educação geral. Outros referem-se como desenvolvimento a qual divide em educação e treinamento.

2.2 - A importância da educação continuada na empresa

A educação é focalizada, tradicionalmente, num espaço restrito à instituição social escola; os educadores assim como os economistas, os sociólogos e os filósofos, entre outros intelectuais, dirigem seus discursos e investigações para as relações entre escola e trabalho

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das inovações tecnológicas sobre estes, mas sempre colocando a competência de educar na instituição escola.

Dentro, portanto de uma visão segmentada que exime ou restringe responsabilidades quanto a educação de outras instituições ou organizações, extremas ao sistema de ensino, mesmo quando todos reconhecem ser, a educação um processo contínuo que ocorre durante toda a vida.

O empresariado, em geral, não inclui a educação do seu empregado como um dos objetivos organizacionais, pois a maioria ainda julga que seu oferecimento pertence apenas ao sistema de ensino regular. Alguns empresários passaram a inseri-la em suas políticas, para atingir a qualidade e a produtividade social da empresa.

Os educadores ainda não confiam nessa mudança de pensamento empresarial, acreditando que a empresa só visa lucro e produtividade, enquanto a educação, oferecida pela empresa, não passa de adestramento, resultado de uma postura dividida de distorções do capitalismo. Reconhece-se que esta posição não é de todo injustificada; mas, no atual cenário, ao lado dos mercados nacionais e internacionais, exigindo do empresário estratégias e tecnologias diferenciadas, encontra-se os trabalhadores adquirindo, paulatinamente, novas conquistas sociais, inclusive em relação á educação na empresa. Ambos colaboram para a transformação dos sistemas organizacionais ainda lenta, mas, em certos casos, significativa, a ponto de provocar a implantação de projetos educacionais nas empresas.

O papel da escola não pode ser minimizado, mas desfocalizado exclusivamente deste, a competência de educar, ampliando o eixo educacional para toda a sociedade, e principalmente, de procurar atrair as discussões e as reflexões sobre a educação continuada

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para um outro espaço, a empresa, enquanto inserida numa sociedade participativa e transformando-a, onde cada instituição possua seus objetivos específicos, mas educar constitui-se como um objetivo geral, de todos os segmentos sociais.

Para TREIN (1991), a educação na empresa envolveria a ética e os valores de uma sociedade democrática, sendo concebida como subprojeto de um projeto educacional, onde todos seriam ao mesmo tempo co-responsáveis e autônomos, porque conscientes dos princípios gerais que alinharem as ações educativas realizadas.

FREIRE (1974) deseja que seja:

“...uma educação que ofereça ao sujeito instrumentos com que resista aos poderes do ‘desenraezamento ’ de que a civilização industrial a que nos filiamos está amplamente armada [...] Uma educação que possibilite ao homem a discussão corajosa de sua problemática. Que o advirta dos perigos de seu tempo, para que, consciente deles ganhe a força e a coragem de lutar, ao invés de ser levado e arrastado à perdição de seu próprio eu submetido as prescrições alheias.

Educação que o coloque em diálogo constante com o outro. Que o predisponha a constantes revisões. A análise crítica de seus achados. A uma certa rebeldia no sentido mais humano da expressão, que o identifique com os métodos e processos científicos.

[..J Uma educação que leve o homem à procura da verdade comum, ouvindo, perguntando, investigando. Uma educação que faça do homem um ser cada vez mais consciente de sua transitividade, que deve ser usada tanto quanto mais possível criticamente ou com acento cada vez maior de racionalidade (p. 90). ”

2.3 Ensino a distância

“...podemos entender a educação como sendo um processo que visa levar o indivíduo a explicitar suas virtualidades e a encontrar-se com a realidade para nela atuar de maneira consciente, eficiente e responsável, a fim de serem atendidas necessidades e aspirações pessoais e sociais. ’’ (NÉRICI, 1977, p. 19)

O ensino a distância pode ser utilizado em algumas áreas de atuação, como: o ensino básico, para formação e capacitação profissional, para capacitação e atualização de professores, a educação aberta e continuada e a educação para cidadania.

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utilizadas para expressar o mesmo processo real. Contudo, algumas pessoas ainda confimdem teleducação como sendo somente educação por televisão, esquecendo que tele vem do grego, e significa longe ou, no nosso caso, a distância.

2.3.1 Evolução do ensino a distância

Os autores PRETI (1996) e NUNES (1997), identificam a evolução do ensino a distância. O primeiro marco do ensino a distância foi o anúncio publicado no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Philips: “Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruídas, como as pessoas que vivem em Boston. ”

Por iniciativa de Charles Tousssainte e Gustav Langenscheidt, foi criada em 1856, a primeira escola de línguas por correspondência. Em 1873, em Boston, foi fimdada a Society to Encourage Study at Home por Anna Eliot Ticknor. Em 1891, criou-se um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração por Thomas J, Foster, em Scamton, na Pennsylvania.

Em 1891, foi aprovada a proposta de cursos por correspondência nos serviço de extensão imiversitária da universidade de Wisconsin.

Em 1892, foi criada uma Divisão de Ensino por Correspondência, no Departamento de Extensão da Universidade de Chicago, nos EUA.

Entre 1894 e 1895, foram preparados seis e depois trinta estudantes através de correspondência, para o Certificated Teachers Examination, por iniciativa de Joseph W. Knipe, em Oxford.

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Em 1898, na Suécia, o diretor de uma escola que ministrava cursos de línguas e curso comerciais, publicou o primeiro curso por correspondência.

Criado em 1938, no Canadá o International Council for Correspondence Education que passou em 1982 a denominar-se International Council for Distance Educative. Não significou apenas uma troca de nome, foi valorização do processo histórico e da influência da correspondência, produzindo uma forma de educação capaz de contribuir para a universalização e a democratização do acesso ao saber. Uma modalidade que pode auxiliar nos fatores de tempo, distância, qualidade, eficiência e eficácia.

O ensino a distância, utilizando os recursos da Internet é extensivamente utilizado na Europa e na América do Norte, assim como também em outras regiões, tais como: Austrália, Nova Zelândia, índia e Hong Kong. De iima forma geral, esses países têm disponibilizado cursos de nível superior, visando suprir as necessidades do sistema produtivo e da sociedade

Além do oferecimento de diplomas de cursos de nível superior, o ensino a distância tem sido utilizado no processo produtivo, com o objetivo de aperfeiçoamento e atualização da mão de obra e treinamento em tecnologia de ponta.

Os objetivos básicos da Comvmidade Européia (Comission o f the European Communities - CCE) acerca ao ensino a distância, são:

• elevar o nível de qualificação dos que ingressam na força de trabalho;

• atualizar e elevar o nível de qualificação da atual força de trabalho por meio da educação continuada e do treinamento;

• possibilitar a participação crescente, na força de trabalho, de gmpos até então pouco representados;

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• garantir maior grau de sinergia entre educação, treinamento e atividade econômica, de forma a ampliar e melhorar a aplicação das qualificações profissionais e do conhecimento.

2.3.2 O Ensino a distância no Brasil

O ensino a distância não é coisa nova no Brasil. Muitos projetos já foram desenvolvidos, muitos profissionais foram formados, muitas instituições foram criadas. Marcada pelo aparecimento e propagação dos meios de comxmicação, também vivemos a época do ensino por correspondência; a era da transmissão radiofônica, televisiva; chegando ao dias de hoje utilizar a informática, multimeios e a multimídia.

Segundo os autores NUNES (1997) e PRETI (1996), a evolução do ensino a distância no Brasil, entre 1922 e 1925, foi criado a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro por Roquete Pinto, com planos para utilização educacional como forma de expandir os conhecimentos.

As Forças Armadas através da Marinha em 1939 e do Exército, já utilizavam o ensino por correspondência para oferecer cursos. Em 1941, foi criado o Instituto Universal Brasileiro com objetivo de oferecer cursos por correspondência.

Foi realizado um acordo entre a Fimdação Brasileira de Educação e o Ministério da Educação e Cultura (MEC) em 1965, e criou o Centro de Ensino Técnico de Brasília, com objetivo de formar e treinar recursos humanos. Em 1973, passou a oferecer seus cursos utilizando-se da modalidade a distância.

Em 1967, o governo do estado do Maranhão através do Centro Educativo do Maranhão resolveu utilizar a TV Educativa com o intuito de resolver os graves problemas educacionais.

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Em 1967, em Porto Alegre a Fundação Padre Landall de Moura, começou com programas de educação de adultos, através do rádio e televisão, interiorizando os programas para áreas rurais. Sua área de atuação: educação cívico, educação rural e iniciação profissional.

A Fundação Padre Anchieta, em 1969 iniciou-se a atividades educativas e culturais \

junto a populações mais carentes; utilizando repetidoras para atingir milhões de habitantes. Em 1969, foi fimdado o Instituto de Radiodifiisão do Estado da Bahia com a finalidade de oferecer uma variedade de programas (pré escolar, 1° e 2° graus e formação de professores).

Em 1971, foi fundada Associação Brasileira de Teleducação, depois passou a chamar Associação Brasileira de Tecnologia Educacional, que tem contribuído para divulgação da importância do ensino a distância no país, através de seminários brasileiros e publicando a revista Tecnologia Educacional.

Em 1978, iniciou-se o Telecurso de 2° grau e o Supletivo do 1° grau na Fundação Roberto Marinho (televisão e material impresso adquirido em bancas de jornal), colocando a disposição de lom contigente de pessoas, que desejam prestar os exames supletivos.

Atualmente em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Serviço Social da Indústria (SESI) de São Paulo oferecem o Telecurso 2000, para o 1° e 2° graus e o curso de mecânica.

O Centro Educacional de Niterói, em 1979, começou suas atividades oferecendo vários cursos através de ensino a distância. Em 1995, conseguiu atender 20 mil pessoas através de vários cursos.

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Em 1993, o SENAI criou o Centro de Educação a Distância, com os cursos de Noções Básicas de Qualidade Total e Elaboração de Material Didático Impresso. Desenvolveu outros projetos: Higiene e Segurança do trabalho e Qualidade de Vida; Português, Conservação de Energia. O SENAI do Rio de Janeiro atende várias empresas em todo estado ministrando os dois cursos a distância.

Fundação de Teleducação do Ceará desde de 1974 vem desenvolvendo ensino regular de 5^ a 8^ séries do 1° grau abrangendo grande parte dos municípios do estado . Em

1995, atendeu 195.559 alunos de 5^ a 8“ série, em 7.322 telessalas, em vários mimicípios. A empresa Multirio apesar de ter iniciado suas atividades em 1995, tem contribuído para divulgação do ensino a distância, pelo trabalho que vem executando com os professores e alimos de 5® e 8® série do sistema municipal de ensino da Prefeitura do Rio de Janeiro. Através dos programas televisivos que concebe e produz, elabora material impresso de apoio.

Em 1996, o Ministério da Educação através da Secretária Nacional de Ensino à Distância (SEED), dispõe de um canal exclusivo dedicado ao Programa TV Escola, resgatando a importância da utilização do rádio e TV para a educação. Cujo o objetivo é o aperfeiçoamento e valorização dos professores. Mesmo apresentando índice de aproveitamento significativo muitos destes programas deixaram de existir por falta de comprometimento ou vontade política.

Atualmente, para todo o país, diversos programas educativos e culturais têm sido transmitidos via rede convencional de televisão; existem diversos cursos particulares por correspondência, mas que não têm boa reputação nas empresas e na sociedade. Estas práticas porém, não são suficientes para alcançar alunos e profissionais carentes de uma formação acadêmica ou profissionalizante.

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O surgimento de cursos ministrados a distância por universidades brasileiras, utilizando recursos da Internet ainda é muito restritivo, contemplando uma minoria da sociedade. Para TORRES (1994), enfatiza a importância desses cursos:

“Não haverá meio de democratizarmos realmente o Brasil nem tampouco de colocá-lo em destaque no conserto das nações desenvolvidas sem investirmos na democratização da educação. Uma educação de qualidade e para todos é condição necessária para o desenvolvimento e para a conquista da justiça social, “(p. 33)

LOBO NETO (1998) esclarece que:

“E preciso, porém, ter muita clareza sobre as condições de ter a EAD como alternativa de democratização do ensino. As questões educacionais não se resolvem pela simples aplicação técnica e tecnocrática de um sofisticado sistema de

comunicação, num processo de ‘modernização cosmética’” (p. 3)

Segundo WICKERT (1999), o tema O Futuro da Educação a Distância no Brasil, propõe, “uma reflexão não só para os profissionais que militam na área, mas para todas as organizações e instituições que, direta ou indiretamente, estão ligadas à educação. ”

De acordo com a autora, no Brasil, mesmo com sua estrutura tradicional, o sistema educacional apresenta condições de absorver demandas, através da educação a distância, e com a vantagem dos custos com a formação e atualização de pessoal caírem drasticamente.

Não há dúvidas acerca da contribuição da Intemet sobre o ensino a distância. A Internet possibilitou várias instituições de ensino abrirem seus cursos pelo método de ensino não presencial, tanto para a formação acadêmica como profissionalizante. A Internet dá a oportunidade de superar várias das barreiras que tem impedido o acesso á educação de qualidade a amplos setores da sociedade, seja por questões geográficas, seja por questões econômicas. E mais fácil atender consultas a distância por grupos de tutores em diversas áreas, via correio eletrônico, que por qualquer outro meio tradicional. Se isto for combinado

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com participação em listas temáticas, há um nivelamento entre professores, independentemente de localização geográfica ou formação inicial.

Através da Internet, os alunos tem vima janela ao mundo, inicialmente bastante restrita pelas barreiras lingüísticas, mas a criação de repositórios com conteúdos de interesse nacional ou regional, novamente, sana distâncias no acesso à informação, muito difíceis de serem transpostas com os tradicionais livros e bibliotecas.

Segundo LOBO NETO (1998), a educação a distância deixa de ser, por força de sua inclusão nas Disposições Gerais da Lei 9.394/96, a esporádica fi-eqüentadora das sessões de órgãos normativos dos sistemas de ensino dedicadas aos projetos experimentais; “...ou a solução paliativa (proclamada como panacéia) para atender as demandas educativas de jovens e adultos excluídos do acesso e permanência na escola regular, na idade própria... ’’ “....(a educação a distância) é uma estratégia de ampliação democrática do acesso à educação de qualidade, direito do cidadão e dever do Estado e da Sociedade, que os textos legais e as normas oficiais passam a tratar. Estratégia que, neste País, tem sido praticada com seriedade em uma história de acertos e erros, estes últimos em grande parte debitáveis a açodamentos, descontinuidades, sofisticações. ”(p.l)

Para WICKERT (1999):

“O processo educacional [...] necessita estruturar-se não só para atender a uma demanda cada vez maior, mas também, às novas necessidades do estudante e ao novo perfil do profissional com mudanças no ambiente educacional, maior agilidade no trato da informação, ênfase na metacognição e disponibilização de currículos mais fiexíveis, o que exigirá esforços e trabalho das milhares de pessoas e instituições ligadas à educação. ”(p.3)

2.3.3 Ensino a distância: conceitos

Ensino a distância é uma expressão que se atribuem muitos sentidos, nas últimas décadas as definições têm-se multiplicado, o objetivo é tomar claro o conceito do ensino a distância, para isto, algumas definições serão apresentadas.

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De acordo com LANDIM (1997), considera que a:

"Educação à distância como uma form a sistematicamente organizada de auto estudo, onde o aluno se instrui a partir do material que lhe é apresentado; e o acompanhamento e a supervisão do aluno são realizados por uma instituição grupo de professores. Isto é possível à distância, através da aplicação de meios de comunicação capazes de vencer essa distância, mesmo longa. O oposto de educação a distância é a educação direta ou educação face a face: um tipo de educação que tem lugar com o contato direto entre professores e alunos".(p.l5) Na visão de ARETIO (1987), o ensino à distância é o tipo de método de instrução em que as condutas docentes acontecem à parte das discentes, de tal maneira que, “a comunicação entre o professor e o aluno se possa realizar mediante textos impressos, por meios eletrônicos, mecânicos ou por outras técnicas. ”

Na década de 80, de acordo com estudos de LANDIM (1997), o ensino a distância é definido como um sistema baseado no uso seletivo de meios instrucionais, tanto tradicionais quanto inovadores, que promovem o processo de auto-aprendizagem, para obter objetivos educacionais específicos, com um potencial de maior cobertura geográfica que a dos sistemas educativos tradicionais - presenciais.

Em referência aos estudos de LANDIM (1997), na década de 80, o ensino/educação à distância é definido como um método de transmitir conhecimentos, habilidades e atitudes, racionalizando, mediante a aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, assim como uso extensivo de meios técnicos, especialmente para o objeto de reproduzir material de ensino de alta qualidade, o que toma possível instruir vrni grande número de alunos ao mesmo tempo e onde quer que vivâm. "É uma form a industrial de ensinar e aprender. ”

LANDIM (1997) relata que, “a educação a distância é uma estratégia educativa baseada na aplicação da tecnologia à aprendizagem, sem limitação do lugar, tempo.

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ocupação ou idade dos alunos”(p.29). Implicando novos papéis para os alimos e para os professores, novas atitudes e novos enfoques metodológicos.

ARETIO (1987) explica que o ensino a distância é uma metodologia de ensino em que as tarefas docentes acontecem em um contexto distinto das discente, de modo que estas são, em relação às primeiras, diferentes no tempo, no espaço ou em ambas as dimensões ao mesmo tempo.

Para CARVALHO & BOTELHO (1999):

“a educação a distância está sendo marcada pela presença das novas mídias. O processo de interatividade entre aluno/professor e aluno/aluno é o emblema da tecnologia instrucional voltada ao aprender e ao buscar. A ênfase à construção do conhecimento novo e original é o diferencial dessa nova etapa. A avaliação visa, basicamente, estabelecer parâmetros relacionados a diversos momentos vivenciais e sua relevância existe somente quando o objetivo é verificar como se aprendeu e o que fo i produzido com o conhecimento aprendido. ”

ARETIO (1987), contribui para melhor compreensão do conceito do ensino a distância, característico dos anos 90, define o ensino à distância como um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser massivo e que substitui a interação pessoal, na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que proporciona a aprendizagem independente e flexível dos alunos.

LOBO NETO (1998) define que:

‘A EAD é, uma modalidade de realizar o processo educacional quando, não ocorrendo - no todo ou em parte - o encontro presencial do educador e do educando, promove-se a comunicação educativa, através de meios capazes de suprir a distância que os separa fisicamente. Assim, não é verdade que a educação a distância seja uma educação distante, em que o aluno esteja isolado. Ele se mantém em interação com tutores/professores, pelo trabalho de administração de fluxos de comunicação exercido por uma organização responsável pelo curso e

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2.3.4 Características do ensino a distância

Podem ser destacadas alguns traços diferenciadores dos conceitos apresentados pelos autores:

■ Separação física: o aluno se encontra a certa distância do professor, mas recebe conhecimentos, habilidades e atitudes. Quando o aluno tem o contato com o material estruturado ou seja com os conteúdos organizados, é como o próprio professor estivesse presente.

Para SOUZA (1997), pode ocorrer que em alguns cursos existem a necessidade presencial do professor para dirimir dúvidas e/ou receber explicações complementares ou até mesmo de uma avaliação.

■ Utilização do recursos técnicos de comunicação: Com o avanço tecnológico os recursos de comunicação multiplicaram, isto tem contribuído significativamente para o ensino a distância.

Não podendo esquecer que o material didático impresso continua sendo o meio mais utilizado em cursos do EAD, de acordo com SOUZA (1997), com um percentual de 80% de todos os cursos ministrados.

■ Apoio de uma organização de caráter tutorial: Quando se tem material didático com qualidade é possível aprender sozinho. Segundo LANDIM (1997):

"...a educação à distância pode ser situada presencial (face a face) e a solitária (autodidata), pois conta com uma instituição de ensino que tem por finalidade apoiar o aluno, motivando-o, facilitando e avaliando continuamente sua aprendizagem. Enquanto na educação presencial há uma relação de responsabilidade estabelecida entre professor/aluno, na educação á distância ocorre a relação instituição/aluno".(p.32)

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Para SOUZA (1997), a comunicação é o método mais utilizado para efetivar a comunicação bidirecional - instituição/alimo - de grande importância no ensino a distância.

■ A aprendizagem individual: o ensino a distância busca não somente a transmitir informações importante para a construção do conhecimento, mas tomar o aluno capaz de absorver toda esta gama de informações, respeitando sua independência e tomando-o responsável pela sua aprendizagem. Não é de todo correto considerar como traço definidor do sistema a distância seja a falta de contato pessoal do professor com o alvino.

Em alguns momentos existirá a presença do professor, como na aplicação das provas presenciais, nas convivências organizadas, onde, de acordo com SOUZA (1997), o alimo terá oportunidade de manter contato pessoalmente com o professor, isto ira reduzir os sentimentos de solidão que pode invadi-lo e levar ao abandono dos estudos.

■ Comunicação Bidirecional: em todas as definições citadas é o elemento talvez mais característico do ensino à distância. No sistema de educação a distância não basta o aluno receber o material didático que foi preparado cada conteúdo cuidadosamente, mas sem que tenha a possibilidade de esclarecimentos e orientações. E necessário que o processo seja de mão dupla para uma interação entre o aluno /professor possibilitando a otimização do ato educativo.

Observando as incidências de características mais repetitivas como traços diferenciadores da educação à distância, se resume no quadro I:, abaixo:

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Quadro I - Características Conceituais do Ensino a Distância

Características Percentual de incidência %

A separação Física 86

Utilização dos recursos técnicos 71

0 apoio de uma organização de caráter tutorial 57

Aprendizagem individual 42

Comunicação bidirecional 28

Fonte: Adaptado de Landim (1997), original: Aretio (1987)

O traço mais característico e mais definidor dos sistemas à distância é falta de contato direto com o seu professor, ou seja, o estudo no ensino a distância é independente dos encontros presenciais, de aulas formais, apesar de algumas Instituições adotarem estes encontros presenciais sob forma de tutoria.

LOBO NETO (1998) enfatiza que ainda existe no ensino a distância a predominante combinação: utilização de texto impresso, programas de TV em circuito aberto, encontros presenciais de tutoria no desenvolvimento de cursos à distância. Embora existente, e fartamente tratada na literatura, a telecomunicação interativa ainda se limita a mn número restrito de projetos de EAD, mesmo nos países que mais avançaram na aplicação de tecnologia à educação.

Segimdo o autor, algimias tendências, entretanto, afloram como básicas em qualquer aprofundamento da reflexão sobre o panorama atual da EAD:

“a) apesar de uma extensiva utilização como reposição de escolaridade perdida, nos dois últimos decênios deste século é nítida a tendência de relacionar a EAD com a educação pós-secundária e a educação continuada;

b) passado um primeiro entusiasmo ingênuo com as potencialidades das ‘novas tecnologias', no campo da EAD, parecem ter encontrado seu lugar

cuidadosos estudos de viabilidade mais centrados nos objetivos educacionais a atingir do que no pseudo-avanço metodológico pelo uso de produtos tecnológicos de última geração;

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c) não obstante a manifestação de forte convicção sobre a necessidade de conceber a EAD no contexto mais amplo dos Projetos Pedagógicos Nacionais, o

sentido de cooperação interinstitucional e internacional no campo da EAD, vem se concretizando através de redes e consórcios, tanto promovendo o intercâmbio de informações como o de ações. ” (p. 3)

Não resta dúvida de que novas demandas sociais não poderão ser atendidas apenas através da educação presencial, e que o EAD é uma das formas de democratização do conhecimento, porque, de acordo com PINTO (1997), cria oportunidades para a superação dos descompassos das necessidades da sociedade brasileira, na superação do seu subdesenvolvimento.

É verdade que o Brasil já poderia ter avançado muito no uso das mais modemas tecnologias para levar a educação, de todos os níveis e modalidades, aos mais diversos pontos do território e para qualquer tipo de clientela. Ainda que os sistemas de telecomimicações estejam a exigir novos investimentos para sua expansão e modernização, o que tem-se disponível é suficiente para um salto significativo no uso dos processos de aprendizagem a distância.

Aparentemente, dois fatores têm freado o desenvolvimento do EAD no país, de um lado, os estímulos govemamentais têm contraído, sem continuidade no tempo, nas orientações políticas e nas formas e mecanismos de estímulo. Por outro lado, segundo SOUZA (1997), faltam recursos humanos habilitados no uso das modemas técnicas de produção e utilização dos meios de ensino.

2.4 Treinamento

‘A educação tem por finalidade auxiliar o homem a edificar sua própria personalidade e integrar-se de maneira ativa e criadora no mundo em que vive.

Deve ser iniciada com o nascimento e se prolongar durante toda a existência do homem, estimulando o seu desenvolvimento físico e mental através de alternâncias,

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mais ou menos intensas, de acordo com as diferentes fases do desenvolvimento, da maturidade e inclusive da velhice. ” (TEIXEIRA, 1978)

A aplicação de um programa de treinamento aos funcionários de uma empresa implica em mudanças estruturais e organizacionais. A transformação e o desenvolvimento organizacional é um processo planejado, de modificações culturais estratégicas, tecnológicas e organo-estruturais, permanentemente aplicado a uma organização, de tal forma que seja possível o diagnóstico e a implementação das modificações.

A tarefa essencial da administração da empresa é criar condições organizacionais e métodos de cooperação por meio dos quais as pessoas possam atingir os seus objetivos pessoais e profissionais dirigindo seus esforços rumo aos objetivos da empresa. Como também é de responsabilidade da empresa, proporcionar condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam seus talentos e características próprias, mesmo que pareça utopia, esta conduta representa verdadeiro avanço tecnológico para obtenção de melhores resultados.

MEZOMO (1992) ressalta a necessidade de se entender a empresa como parte integrante da dinâmica do mimdo atual, sob cuja interferência deste em política desenvolve sua atuação, manutenção e evolução.

Para KANAANE (1995), esta nova forma de visualizar uma empresa demanda muitas vezes, mudanças na cultura organizacional, desde que solicita alterações nas três dimensões em que ela se estmtura. A dimensão ideológica, que se relaciona com o sistema de valores vigentes na organização, a psicossocial, que envolve o sistema de comunicação e interação dos envolvidos; e a dimensão material que envolve o sistema produtivo.

Para MEZOMO (1992) formar uma cultura adequada é um dos maiores desafios das organizações, exigindo:

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“...o compromisso de todos com a filosofia, os objetivos comuns, o desenvolvimento da competência nas áreas chaves, o reconhecimento desta competência por parte da administração e a perpetuação deste compromisso e competência através de uma política que atraia, desenvolva e mantenha as pessoas certas para os lugares certos. ” (p.65)

Mas para que esta mudança seja efetiva, o estabelecimento ou a reformulação de alguns pontos são considerados importantes. São eles;

• A cultura, história, objetivo e missão institucional; a origem, os objetivos a serem atingidos e a razão de ser da instituição definem e esclarecem o ritmo e os valores a serem seguidos pela mesma;

• Sistema de administração adotado: a ação administrativa assume diferentes características dependendo de condições internas e externas da empresa, ou seja, a administração nunca será igual em todas as empresas, uma vez que é influenciada por vários fatores, tais como: processo decisório, sistema de comunicação, recursos financeiros, recursos humanos e recursos fisicos;

• Processo decisório: define como são tomadas as decisões da empresa e quem as toma; • Sistema de comunicação: define os canais e como as informações são transmitidas e

recebidas dentro das organizações;

• Recursos financeiros, recursos humanos e recursos fisicos: expressam a qualidade do serviço prestado. Garantem a sobrevivência da organização/instituição. As contingências internas ou externas referentes a este recurso promovem alterações em suas estruturas. Pressupostas todas as vantagens no que se refere a tecnologia, modernidade e utilidade.

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2.4.1 Conceitos de treinamento

Para YODER (1956), “...o treinamento é educar minuciosamente para obter melhoria nas habilidades e consequentemente aprender a execução de tarefas especificas. Já o desenvolvimento vais envolver um processo desdobrável implicando no crescimento e maturação”. (p.460)

Segundo FLIPPO (1973), dentro de uma concepção mais limitada, “treinamento é o ato de aumentar o conhecimento e perícia de um empregado para o desempenho de determinado cargo ou trabalho", (p.236)

De acordo com HAMBLIN (1978), treinamento abrange qualquer tipo de experiência destinada a facilitar um ensino que será útil no desempenho de um cargo atual ou futuro. Para TOLEDO (1986), “treinamento na empresa é ação de formação e capacitação de mão-de-obra, desenvolvida pela própria organização, com vistas em suprir suas necessidades”. (p.88)

Pode-se considerar o treinamento como um investimento empresarial destinado a capacitar uma equipe de trabalho a reduzir ou eliminar a diferença entre o atual desempenho e os objetivos e realizações propostos. Em outras palavras e num sentido mais amplo, o treinamento é um esforço dirigido no sentido de equipe, com a finalidade de fazer a mesma atingir o mais economicamente possível os objetivos da empresa.

Na visão de CHIAVENATO (1989), “treinamento é um processo educacional, aplicado de maneira sistêmica, através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos ’ (p.288).

Segundo os princípios da National Industrial Conference Board, citado por CHIAVENATO (1989), o treinamento tem por finalidade ajudar a alcançar os objetivos da

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empresa, proporcionando oportunidades aos empregados de todos os níveis de obterem o conhecimento, a prática e a conduta requeridos pela organização.

NAETHE (1992), ao analisar a queda de qualidade dos processo educacionais, afirma que as pessoas que são colocadas no mercado de trabalho irão necessitar de complementação curricular e que, com isso, o treinamento terá como oportunidade, os seguintes indicadores: necessidade de treinar e retreinar, capacitar para a execução de novas tecnologias; desenvolver novos padrões de mentalidade para a qualidade, dentre outros desafios.

O treinamento é um meio e não um fim, é um processo que, ao ser iniciado, toma-se contínuo, objetivando a formação dos profissionais e o seu aperfeiçoamento. No entanto, tem a aprendizagem como um importante mecanismo de sucesso. Para PIZZA JR. (1991):

“a educação nunca se esgota, mesmo quando as pessoas deixam de freqüentar instituições especializadas; o treinamento, ainda que utilizando métodos e técnicas originados no sistema educativo, possui um caráter coercitivo compatível com o cumprimento de metas e finalidades próprias de sistemas produtivas ”.(p.95) Ou seja, o treinamento faz parte do processo educativo, mas a obtenção de resultados limita o seu alcance. Ainda completa o autor, a deteriorização do sistema de ensino faz com que as organizações ajam não mais como agentes complementares, mas na parte de fundamentação e não apenas no nível de especialização.

DRUMOND (1993), acrescenta que a:

“educação e treinamento para a qualidade devem considerar que as pessoas têm nível de conhecimento de conhecimento diferente, de capacidade e de vontade, estão na organização em posições diferentes, desempenham papéis diferentes e a aprendizagem para fazer o melhor exige uma mudança de comportamento, que deve ser percebido pela pessoa como significativa para os seu trabalho e para a sua vida (p. 95)

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Assim, para desenvolver um treinamento, é necessário levar em considerações algims fatores como os graus de conhecimentos anteriores, atitudes, motivações, objetivos a serem alcançados, que agem sobre as pessoas de forma e em diferenças distintas.

BOOG (1994), afirma que, “a educação deve preocupar-se em integrar produtivamente, o homem à sociedade, em prepará-lo para o seu desenvolvimento, preparo para a vida e pela vida” (p. 141). Se de um lado ela pode ser institucionalizada e exercida de modo organizado e sistemático, nos diversos tipos de escola e obedecendo a planos preestabelecidos, ela é também desenvolvida, de modo difuso, na família, nas instituições, inclusive nas empresa, na sociedade enfim.

Para CARVALHO & NASCIMENTO (1997), a educação é a observação e prática do dia a dia de nossa existência, caracterizando as experiências pessoais contínuas vividas. Com isso, é impossível separar o processo de treinamento da reconstrução da experiência individual. Dessa forma, quando o indivíduo recebe formação escolar em seus vários graus de ensino, a educação denomina-se instrução, ou seja, é a educação formal, enquanto que o treinamento é um processo de continuidade da educação, preparando o empregado para melhor exercer suas funções nas empresas.

Segundo LEITE (1994):

“...treinamento é parente próximo do embrutecimento, do adestramento. O desenvolvimento aparece como o instrumento privilegiado de ação da administração de Recursos Humanos, em razão da possibilidade que encerra de efetivo exercício dos valores mais elevados do homem, e isso, como é evidente, sem prejuízo, muito ao contrário, dos interesses de produção stricto sensu das

empresas”.(p.87)

MACIAN (1987), refere ao treinamento como uma forma de educação, que tem como característica essencial, educar para o trabalho. HALL (1941), defme o treinamento

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como "processo de ajudar os empregados a adquirirem eficiência no seu trabalho, presente oufiituro, através do desenvolvimento e atitudes".

MACHADO (1992) propõe a discussão do termo politecnia, que é o domínio da técnica a nível intelectual e possibilidade de um trabalho flexível com a recomposição das tarefas a nível criativo, ultrapassagem do conhecimento empírico, requerendo formas de pensamento mais abstrato. Para isso, toma-se necessário um perfil amplo do trabalhador (crítico, críativo, autônomo), com compreensão das ciências contemporâneas, com compreensão e aplicação dos princípios tecnológicos.

Tal domínio depende da educação profissionalizante com total reestruturação do ensino básico, fornecendo a autonomia necessária á educação continuada e uma qualificação de tipo novo. Exige união da destreza e do fazer com inteligência e do pensar, num nível superior.

Segimdo MACHADO (1992), o trabalhador politécnico possui algumas qualificações básicas:

• Identificar os problemas a solucionar e as condições existentes, analisando dados disponíveis;

• Reaglutinar e reestmturar informações, recorrendo á invenção;

• Dar conta da relação entre partes e o todo com linguagem apropriada e procedimentos técnico-científicos;

• Ter discernimento e julgamento críticos;

• Ter compreensão de determinantes sociais, econômicos e políticos das ações a serem empreendidas;

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• Ter independência na avaliação das implicações das intervenções humanas.

Ainda segimdo MACHADO (1992), nas Instruções aos Delegados do Conselho Central Provisório da Associação Internacional dos Trabalhadores, em 1866, Marx declara que a educação compreendia três fases: educação intelectual; educação corporal e educação tecnológica. (Marx 1893: 60, citado por MACHADO, 1992, p. 23).

MACHADO (1992) afirma que, Marx defendia o ensino profissionalizante de índole politécnica, e não o estreito e subordinado à tirania da divisão do trabalho, nessa concepção, “o ensino politécnico, de preparação multifacética do homem, seria o único capaz de dar conta do movimento dialético de continuidade-ruptura, pois não somente estaria articulado com a tendência histórica de desenvolvimento da sociedade, como a fortaleceria" (p.26).

O treinamento possui alguns enfoques diferentes mas, um ponto comum existe em todos eles: trata-se da importância do treinamento para capacitação profissional com o enfoque nos campos técnico e educacional, objetivando o crescimento da produtividade nas organizações.

2.4.2 Vantagens do treinamento

O treinamento apresenta vários fatores positivos que vai proporcionar vantagens tanto para o empregado como para a empresa. Várias melhorias se conseguem como podem ser comprovadas após ministrar o ensino, por intermédio de pesquisas e sondagens de campo onde o treinamento se fez sentir.

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• Melhoria do nível de conhecimento: quando há ensino, alguma coisa nova será transmitida e o pessoal treinado ficará ciente de muito mais coisas do que anteriormente;

• Melhoria da capacitação funcional, ou seja, melhoria da qualificação pessoal: possuindo maiores conhecimentos inclusive sobre novas técnicas, e aplicando-as, o empregado terá maior capacidade de produção, ou seja, estará melhor qualificado; • Desenvolvimento da personalidade: mediante o treinamento, as pessoas poderão

sentir-se muito mais realizadas, poderão ter conhecimento de muitas de suas qualificações, poderão se conhecer melhor e consequentemente conhecer o melhor enquadramento dentro das atividades que a empresa apresenta;

• Modificações e melhoria das atitudes do pessoal: quando o indivíduo tem melhores conhecimentos e é bem motivado para aplicação desses conhecimentos, sua atitude será bem diferente da anterior;

• Melhoria da auto estima do pessoal e melhores possibilidades para promoções de serviço: quando o empregado, após o treinamento, melhora sua produção, logicamente terá melhores condições e maiores possibilidades de ser promovido para a flmção hierárquica superior, pois para isso estará melhor capacitado.

Em resumo, o treinamento propiciará: melhoria no nível de conhecimento, capacitação e desenvolvimento personalidade e das atitudes pessoal do empregado.

Como apresenta melhorias para o empregado, o treinamento também resulta em várias melhorias para o empregador, tais como:

• Melhoria do nível técnico do pessoal: possibilitando assim, oferecer melhores serviços e produtos com qualidade para os clientes;

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• Melhoria do potencial humano da equipe: qviando a empresa possui pessoal treinado e qualificado será mais fácil administrar os recursos humanos, no caso de uma substituição ou promoção de seus avixiliares;

• Melhoria das relações humanas da equipe: uma equipe bem treinada, que se preocupa com a produção, tendo atendimento por intermédio das instruções quanto ao seu modo de agir em todas as áreas da organização, estando supervisionada por empregados capacitados e treinados, evidentemente manterá melhor clima de relações humanas que outra equipe que não seja treinada para tal;

• Melhoria do conceito da empresa: com pessoal treinado para oferecer melhores serviços, para atender melhor a clientela, o conceito da empresa apresentará grandes melhorias írente ao público por ela atendido;

• Melhoria nos lucros da empresa: tendo-se por base que haverá melhoria no nível técnico e pessoal, melhoria nas relações humanas e no conceito da empresa perante o público, evidentemente haverá melhoria no lucro da empresa, lembrando-se também, que o empregado estará mais habilitado para economizar tempo e material dentro da empresa.

Em suma, com a força de trabalho qualificada e capacitada, o empregado terá condições de oferecer uma qualidade de desempenho profissional que atenda os anseios do empregador.

Analisando os tópicos abordados com os do treinamento efetuado como investimento dentro da empresa, pode-se afirmar que realmente o treinamento é preparar, aperfeiçoar e atualizar seus recursos humanos, visando qualificar esses profissionais e

Referências

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