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É inevitável pensar na escola atual sem a presença de artefatos tecnológicos permeando sua forma de chegar até os educandos e reescrevendo sua contínua mudança cultural.

É dentro deste cenário que percebemos a Robótica Educacional como mais uma das possibilidades de contextualização e dinamização dos fundamentos científicos inerentes aos fenômenos da natureza bem como como objeto de desenvolvimento de competências e habilidades entre os estudantes.

Trata-se quase como uma área do conhecimento que ultrapassa a barreira das escolas particulares e se dispersam por onde quer que a informação chegue por meio principalmente das redes sociais na internet.

Foi-se o tempo que o discurso apontava que a escola pública não tem acesso a Robótica Educacional, pelo contrário, observa-se um considerável movimento em busca de incentivar a cultura maker dentro destas instituições em função do próprio propósito de subsistência da forma alternativa de se viver e obter as coisas.

O problema identificado considera-se o mesmo seja na rede pública ou particular, afinal os docentes que atuam nestas duas instituições receberam a mesma formação, isto é, não receberam a formação específica para trabalhar com a robótica educacional em sala de aula.

Isto implica em uma série de fatos que não podem deixar de ser relacionados. O primeiro deles é a política de abastecimento das redes com materiais didáticos, o que identificamos como uma estratégia precipitada por parte das políticas públicas bem como por parte dos administradores escolares.

O segundo é o que chamarei de pseudohabilidade, que se configura como a ilusão de achar que por seguir as orientações do manual de instruções, o aluno está desenvolvendo sua capacidade de criação. Não há de se negar que por trás desta atividade existem muitas competências e habilidades sendo desenvolvidas, porém, em relação a proposta construcionistas no qual se alicerça o trabalho da robótica educacional não há muito o que se aproveitar disto.

Diante deste cenário onde não se sabe ao certo o que é afinal de contas o que a robótica educacional trabalha encontramos inúmeros docentes, de variadas áreas do conhecimento, atuando de forma ativa e gradualmente estabelecendo, mesmo que inconscientemente uma espécie de currículo da robótica educacional.

O trabalho destes docentes converge e sincroniza-se em função principalmente das redes colaborativas de compartilhamento de projetos disponíveis na internet e nos eventos científicos que visam dar publicidade a estes trabalhos.

A medida que este currículo implicitamente vai sendo delineado, investigamos como a academia se coloca diante desta demanda formativa docente e percebemos que muito pouco tem sido considerado ao levar em conta que a robótica educacional acompanhada de materiais didáticos já adentrou a rotina escolar a mais de uma década.

Ao observar como os futuros docentes, estudantes de pedagogia, se colocam diante da robótica educacional como componente curricular dentro da disciplina de Informática na Educação, percebemos o espanto e resistência que vai gradualmente dando espaço a curiosidade e interesse na medida em que os conceitos são compartilhados por meio de uma proposta pedagógica que fale por ela mesma, e através dela mesma sirva-se de exemplo prático da forma de trabalhar a pedagogia exploratória e geradora do conhecimento.

Isto significa dizer que, neste estudo, verificamos que a melhor forma de trabalhar a formação docente nesta temática, que envolve o contato com os artefatos culturais tecnológicos a fim de transformá-los em objetos geradores e movimentadores de conhecimento é através da própria prática. E para tanto a postura do professor é fundamental para a conscientização de que não se ensina habilidades e sim instiga-se seus desenvolvimentos nos educandos.

Este é o principal aspecto da sequência Fedathi aplicada a formação docente neste trabalho, pois ela é capaz de trabalhar a habilidade por meio da própria habilidade, o que é muito valioso para os futuros professores que irão se deparar com um sistema de ensino em que o educando é o principal precursor do próprio conhecimento.

REFERÊNCIAS

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ANEXO A – Estrutura curricular dos cursos de Pedagogia e Licenciaturas ofertados pela Universidade Federal do Ceará

APÊNDICE A – CUSTOS DE CONSTRUÇÃO CK 2.2

A Tabela abaixo apresenta os custos de componentes e serviços para a construção de cinco unidades do kit CK 2.2.

Tabela 1: Custos de construção CK 2.2 (Q: quantidade; VU: Valor unitário; VT: Valor total)

ITEM Q (unid.) VU (R$) VT (R$) 01 Arruela 680 0,045 30,60

02 Bateria Recarregável 6800 mah Li-íon Lítio Nk18650 3.7v 5 3,00 15,00

03 Capacitor 10 0,50 5,00

04 Chave Táctil 6x6x4,3mm 2 Terminais 15 0,26 3,90

05 Circuito de carga 1 25,00 25,00

06 Circuito integrado uln2803/td62083 5 1,49 7,45

07 Conector db25 macho 180 graus solda fio 5 1,49 7,45

08 Diodo zener 3,4V 5 0,10 0,50

09 Ímã Neodímio N35 Disco 3x2 mm Força Aprox. 180g 810 0,14 113,40

10 LDR 7mm 40 1,23 49,20

11 Led 10mm Transp. Acende Amarelo 1.000 MCD Alto Brilho 10 0,64 6,40

12 Led 10mm Transp. Acende Azul 18.000 MCD Alto Brilho 10 0,78 7,80

13 Led 10mm Transp. Acende Branco 18.000 MCD Alto Brilho 10 1,05 10,50

14 Led 10mm Transp. Acende Verde 18.000 MCD Alto Brilho 10 0,84 8,40

15 Led 10mm Transp. Vermelho 1.800 MCD 10 0,74 7,40

16 Led 3mm Transp. Acende Amarelo Alaranjado 1000 MCD 5 0,17 0,85

17 Led 3mm Transp. Acende Branco 3.000 MCD 5 0,64 3,20

18 Led 3mm Transp. Acende Verde 5.000 MCD 5 0,33 1,65

19 Led 3mm Transp. Acende Vermelho 2.500 MCD 5 0,26 1,30

20 Micro servo 9g 10 10,00 100,00

21 Mola 110 0,00 0,00

22 Parafuso MQ PH RED BICR MA 4 X 8 600 0,0775 46,50

23 Resistor A 90 0,05 4,50

24 Resistor B 10 0,05 0,50

25 Rolamento de HD 20 1,00 20,00

26 Serviço de corte de peças 5 150,00 750,00

27 Transistor 2n2222a (ksp2222a) plástico 10 0,29 2,90

28 Transistor TIP122 10 1,16 11,60

TOTAL R$ 1.241,00

APÊNDICE B – CATÁLOGO DE PEÇAS DO CK 2.2

Tabela 2: Codificação de peças CK 2.2 (Q: quantidade; VU: Valor unitário; VT: Valor total)

REFERÊNCIA DESCRIÇÃO DE BLOCOS QUANTIDADE

B1 Bloco de energia (Li-íon 2800mAh) 1 unid.

B2 Bloco de Luz (Branca 18.000mcd) 1 unid.

B3 Bloco de Luz (Branca 18.000mcd) 1 unid.

B4 Bloco de Luz (Azul 18.000mcd) 1 unid.

B5 Bloco de Luz (Azul 18.000mcd) 1 unid.

B6 Bloco de Luz (Verde 18.000mcd) 1 unid.

B7 Bloco de Luz (Verde 18.000mcd) 1 unid.

B8 Bloco de Luz (Vermelha 1.800mcd) 1 unid.

B9 Bloco de Luz (Vermelha 1.800mcd) 1 unid.

B10 Bloco de Luz (Amarela 1.000mcd) 1 unid.

B11 Bloco de Luz (Amarela 1.000mcd) 1 unid.

B12 Bloco de movimento (Motor com redução) 1 unid. B13 Bloco de movimento (Motor com redução) 1 unid.

B14 Bloco de sensor táctil com 3 saídas 1 unid.

B15 Bloco de distribuição de energia 1 unid.

B16 Bloco de sensor de luminosidade 1 unid.

B17 Bloco de sensor de luminosidade 1 unid.

B17 Bloco de sensor de sombra 1 unid.

B19 Bloco de sensor de sombra 1 unid.

B20 Bloco de eixo de construções 1 unid.

B21 Bloco de eixo de construções 1 unid.

REFERÊNCIA DESCRIÇÃO DE INTERFACES QUANTIDADE

I1 Interface de carga (Li-Íon) 1 unid.

I2 Interface de comunicação (Via DB-25) 1 unid.

REFERÊNCIA DESCRIÇÃO DE MÓDULOS DE CONST. QUANTIDADE

M1 Base de construção (grande) 2 unid.

M2 Base de construção (pequena) 10 unid.

M3 Pés 12 unid.

M4 Suporte vertical 2 unid.

M5 Palitos 36 unid.

M6 Ganchos 16 unid.

M7 Disco para eixo (grande) 4 unid.

M8 Disco para eixo (médio) 4 unid.

M9 Disco para eixo (pequeno) 4 unid.

M10 Disco para motor (tam. único) 2 unid.

M11 Engrenagem (grande) 4 unid.

M12 Engrenagem (pequena) 4 unid.

APÊNDICE C – PROTOTIPAÇÃO CK 2.2

Os esquemas a seguir foram construídos utilizando o Software: CorelDRAW 2017, Versão 19.1.0.419.

As espessuras utilizadas em azul (0,1 mm) demarcam as linhas de corte a serem realizadas em máquina de corte a laser padrão tipo SK1390 100w.

As demarcações em verde correspondem a gravação na superfície da peça.

REFERÊNCIA: B1 Peças em MDF (3 mm)

CK v2.2 B.01 (1/5)

REFERÊNCIA: B2 a B11 Peças em MDF (3 mm)

CK v2.2 B.02 (1/5)

REFERÊNCIA: B12 e B13 Peças em MDF (3 mm)

CK v2.2 B.12 (1/5)

REFERÊNCIA: B14 Peças em MDF (3 mm)

CK v2.2 B.14 (1/5)

REFERÊNCIA: B15 Peças em MDF (3 mm)

CK v2.2 B.15 (1/5)

REFERÊNCIA: B16 a B19 Peças em MDF (3 mm)

CK v2.2 B.16 (1/5)

REFERÊNCIA: B20 e B21 Peças em MDF (3 mm)

CK v2.2 B.20 (1/5)

REFERÊNCIA: I1 Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: I1 (continuação) Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: I2 (continuação) Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: M2 Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: M3 Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: M5 Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: M6 Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: M8 Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: M9 Peças em MDF (3 mm)

REFERÊNCIA: M11 Peças em MDF (3 mm)

APÊNDICE D – DATASHEET E PCB

Os esquemas elétricos e PCBs a seguir foram construídos utilizando os Softwares: ISIS e ARES, ambos distribuídos em pacote unificado do Proteus 7.7 SP2 (build 9089) com simulador avançado.

REFERÊNCIA: B1 Datasheet e PCB

REFERÊNCIA: B12 e B13 Datasheet e PCB

REFERÊNCIA: B15 Datasheet e PCB

REFERÊNCIA: B18 e B19 Datasheet e PCB