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De acordo com Cobra (2004) nos diz que “nosso cérebro é burro!!” Simplesmente por entender que ele é vulnerável a todo o tipo de interferências externas, como educação, cultura, sociedade, família. É o que possivelmente possamos confirmar através deste estudo. O nascimento é frágil e totalmente dependente; para que haja um desenvolvimento saudável, tanto físico como mental sofre influência do meio em que vive.

Quanto mais munida de influencias positivas, maiores serão suas conquistas no momento da aprendizagem da escrita, tornando-se fácil a aquisição do conhecimento. Os caminhos se abrem, a predisposição é completa e esta fase é ultrapassada sem maiores conflitos. Sendo um momento bem gratificante para todos, onde a criança tem sede de conhecimento e busca em todas as situações cotidianas, tais como: rótulos, placas, folder, etc. Identificando as letras e construindo o significado.

O ser humano é único e sua capacidade é imensurável, as influências negativas, acima citadas deixarão suas marcas evidentes nesta importante fase da vida do ser humano. A criança ao ser inserida na escola deverá ter garantidas as condições de aprendizagem e a tolerância com a diversidade e com a heterogeneidade.

As crianças com dificuldade de aprendizagem, fazem parte do contexto escolar e a cada dia mais constam nas estatísticas escolares, como fracasso escolar. Poderão ser rotuladas como – atrasados, defasados ou débeis mentais, inaptos a acompanhar o nível de instrução das crianças da sua idade; - instáveis e incapazes de aceitar a disciplina escolar, devido a “debilidade” de suas capacidades morais

A questão da rotulação do aluno deve ser analisada e estudada por todas as partes envolvidas: da escola, da família e da sociedade. . Pois cria uma pressão que tende a aumentar com o passar dos anos, a criança percebe e terá que lutar contra suas dificuldades e contra a intolerância dos colegas e professores e em casa contra a impaciência da família.

É importante esclarecer que o conceito construtivista não é o suficiente para explicar a multiplicidade de fatores que atuam nos processos de ensino e aprendizagem dentro da escola. Os docentes precisam complementar os seus conhecimentos com teorias sobre organização das instituições, a comunicação, o desenvolvimento afetivo e emocional, a pedagogia humanizadora e libertadora, entre outros para poder desenvolver uma ação educativa que promova não apenas o desenvolvimento de seus alunos, como também o desenvolvimento da escola socialmente coerente com sua proposta.

A escola tem uma contribuição indispensável no desenvolvimento da aprendizagem, mas vale a pena ressaltar o papel da família. Quando os filhos se desenvolvem bem é possível conviver sem maiores dramas. Se os pais se comprometerem a enfrentar o bom e o ruim, vão superar juntos as dificuldades e diferenças, como família unida.

As crianças com problemas incomodam bastante. Por isso o indicado seria os pais procurar se orientar, em vez de tentar resolver tudo sozinhos. Desde um assistente social, psicopedagogo, psicólogo ou terapeuta poderiam ajudá-los a enfrentar essas situações incomuns. Outros poderão perceber melhor onde estão às falhas, porque envolvidos no problema nem sempre conseguem ter uma visão global da situação.

Quando a criança apresenta dificuldades na aprendizagem, na verdade, se faz necessária toda uma avaliação de profissionais, tais como: neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo, etc. Complementando com o psicopedagogo, que fará a leitura e orientações necessárias aos pais, professores e comunidade, a fim de tratar esses transtornos e evitar outros.

O psicopedagogo poderá indicar um trabalho de reeducação. Partindo da psicomotricidade, pois os transtornos psicomotores compreendem as funções psíquicas e neurológicas, além de um atraso na maturação do sistema nervoso central. Provocando distúrbios afetivos e também problemas de aprendizagem. O trabalho poderá consistir basicamente em desenvolvimento da consciência corporal, lateralidade, memorização, extravasar sentimentos, ritmo etc.

Dessa forma, a criança poderá perceber uma imagem que valoriza, correspondendo convenientemente à expectativa dos que a cercam. Ajudando-a a resolver seu problema a partir do momento que surge, tornando-a feliz na escola e na sociedade.

A negligencia dos pais e educadores, é deixar que as dificuldades se acumulem (e até as reprovações escolares), por não terem compreendido que o problema estava na própria base das aprendizagens, ou por não se convencerem bem cedo da pertinência de uma boa reeducação.

REFERÊNCIAS

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