• Nenhum resultado encontrado

considerações finais

No documento Luiz de Oliveira Dias (páginas 39-43)

As pesquisas nessa área ainda cami-nham a passos lentos. Esperávamos que a produção científica pudesse indicar um

movi-mento ascendente com relação ao estudo sobre lazer e pessoas idosas, o que não ficou claro durante as análises das coletâneas do Enarel nos últimos cinco anos.

Apesar de percebermos o envolvimento de algumas universidades com as pesquisas e os projetos relacionados ao tema, concordamos com Debert (1999), quando a autora afirma que a produção na área vem se consolidando apesar de incipiente e pouco científica. De acordo com nossos estudos, a produção de conhecimentos referente ao lazer para pessoas idosas ainda é pouco expressiva, sobretudo em eventos como o Enarel. Principalmente se comparada com o desenvolvimento de trabalhos com outros enfoques, como lazer e infância, lazer e grupos sociais jovens e políticas públicas de lazer, que já apresentam uma consistência e uma abran-gência maiores, em comparação com o assunto aqui investigado.

Esperamos que um maior interesse so-bre o tema venha a surgir, possibilitando uma maior produção científica sobre o tema, ainda incipiente e carente de pesquisas sobre uma questão tão importante na contemporaneidade:

seja para a sociedade em geral, para os estudio-sos e profissionais da área do lazer, para aqueles que trabalham e lidam em todas as esferas do cotidiano asilar, além de, obviamente, para os próprios moradores dos asilos, que na maioria das vezes desconhecem que também têm direito ao lazer.

ARIÈS, P. O homem diante da morte. Rio de Janei-ro: Francisco Alves, 1990.

BARRETO, M. L. F. Lazer e cultura na velhice. In:

ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAzER, 9., 1997, Belo Horizonte, MG. Coletânea do IX Enarel – A diversidade cultural no lazer.

Belo Horizonte: UFMG, 1997. p. 130-136.

BARRETO, M. L. F. Potencial turístico da terceira idade. Belo Horizonte: Sesc, 2001.

BRASIL. Estatuto do Idoso. Lei n. 10.741, de 1° de outubro de 2003. Belo Horizonte: Del Rey/Man-damentos, 2003.

DEBERT, G. G. A reinvenção da velhice: sociali-zação e processos de reprivatisociali-zação do envelheci-mento. São Paulo: Edusp/FAPESP, 1999.

DUMAzEDIER, J. Sociologia empírica do lazer.

São Paulo: Perspectiva/Sesc, 1999.

CACHIONI, M.; NERI A. L.: Velhice bem-sucedi-da e educação. In: Velhice e sociebem-sucedi-dade. Campinas, SP: Papirus, 1999. p. 113-140.

ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAzER, 13., 2001, Natal. Lazer, transdisciplinari-dade e educação. Natal: Cefet, 2001. 1 CD-ROM.

ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAzER, 14., 2002, Santa Cruz do Sul. Lazer:

desenvolvimento regional e estilo de vida. Santa Cruz do Sul: Unisc, 2002. 1 CD-ROM.

ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAzER, 15., 2003, Santo André. Lazer e trabalho:

novos significados na sociedade contemporânea.

Santo André: Sesc/São Paulo, 2003. 1 CD-ROM.

ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAzER, 16., 2004, Salvador. Lazer como cultura:

o desafio da inclusão. Salvador: Sistema Fieb/Sesi, 2004. 1 CD-ROM.

ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAzER, 17., 2005, Campo Grande. Campo Gran-de: Universidade Católica Dom Bosco, 2005. 1 CD-ROM.

GOMES, C. L.; PINTO, G. B. Lazer e idosos: estudo exploratório no contexto de um Projeto de extensão universitária. Belo Horizonte: Escola de Educa-ção Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, 2005. (Relatório de pesquisa, mimeo.) GOMES, A. M. R.; FARIA, E. L. Lazer e diversi-dade cultural. Brasília: Sesi/DN, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATíSTICA, 2004. Disponível em: <www.

ibge.gov.br>. Acesso em: 15 fev. 2006.

LEITE, P. F. Exercício, envelhecimento e promoção de saúde. Belo Horizonte: Health, 1996.

LORDA, C. R.; SANCHEz, C. D. Recreação na ter-ceira idade. 2. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

MOTTA, E. Envelhecimento social. A Terceira Idade, Sesc, v. 2, n. 2, 1989.

NERI, A. L; SILVA, E. B. do N. e. Qualidade de vida e idade madura. Campinas, SP: Papirus, 1993.

NERI, A. L.; DEBERT, G. G. (Org.). Velhice e sociedade. Campinas, SP: Papirus, 1999.

PINHEIRO, M. F. G. ; GOMES, C. L. Lazer e ins-tituições asilares: reflexões baseadas na revisão de literatura e nos trabalhos apresentados no Encon-tro Nacional de Recreação e Lazer (2001-2005).

In: ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAzER, 18., 2006, Curitiba. Anais... Curitiba:

Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2006.

1 CD-ROM.

PINTO, L. M. S. M. A construção da interdiscipli-nariedade no lazer: experiência política da Prefei-tura Municipal de Belo Horizonte, s/d. (mimeo.) referências Bibliográficas

ElianE FErrEira Cunha Economista Doméstica pela Ufv

Juliana alExandrino SantoS

Graduada em Economia Doméstica jualexandrinos@yahoo.

com.br

JaquElinE Firmino Fialho

Estudante do Curso de Economia Doméstica da Ufv

jacfialho2@hotmail.

com

SimonE CaldaS tavarES maFra

Professora Adjunta do Departamento de Economia Doméstica da Ufv

sctmafra@ufv.br

Avaliação de Funcionalidade

em Cozinhas Residenciais

para Pessoas da Terceira

Idade a Partir da Análise

Ergonômica do Trabalho

Abstract

Ergonomics is virtually a new science which started out in the 40s with the purpose of studying the relations among men and their role within the social and technological context. The study of ergonomic analysis in Brazil is relatively recent, becoming mandatory for companies upon the approval of administrative rule no.

3751, of November, 23.11, 1990, consolidated by Normative Rule NR-17, which resulted from the concerted efforts from various sectors of society. When Rule NR-17 went into effect, the assessment of work conditions relating to workers and work organization forms became mandatory.

Pursuant to the provisions of Rule NR-17, item 17.1, ergonomics “seeks to establish parameters to enable the adaptation of work conditions to the workers’ psychophysiological characteristics so as to provide a maximum level of comfort, safety and efficient performance”. This study sought to analyze the work post “kitchen”, in the cooking sector, in order to propose a more adequate environment to meet the needs of elderly people.

Keywords: kitchen, ergonomic analysis, ergonomics.

Resumo

A ergonomia é uma ciência praticamente nova, que surgiu a partir da década de 1940, com o objetivo de estudar as relações entre o homem e o seu papel dentro do contexto social e tecnológico. O estudo da análise ergonômica no Brasil ainda é recente e passou a ser exigido às empresas a partir da portaria número 3751, de 23/11/1990, com a redação da Norma Reguladora NR17 que é o resultado do esforço conjunto de vários setores da sociedade. Com publicação da NR-17 começou-se a exigir análises das condições de trabalho, ligadas aos problemas dos trabalhadores e às formas de organização do trabalho. No texto da NR-17, no item 17.1 conta que a ergonomia “visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”. Este estudo buscou analisar através análise ergonômica, o posto de trabalho “cozinha”

no setor de cocção para poder propor um ambiente mais adequado às necessidades das pessoas da terceira idade.

Palavras chave: cozinha, análise ergonômica, ergonomia.

introdução

A cozinha é um lugar de trabalho e foi detalhadamente estudada por peritos desde a década de 1920, e chegaram à conclusão de que a dona de casa, em sua cozinha com grande mesa, grande armário, fogão e pia, não trabalhava de maneira racional. Ela deveria percorrer grandes distâncias entre um e outro local, trabalhando com desperdício de tempo e de forças. A cozinha é a dependência da casa onde há maior possibilidade de uso, é aquela a que se dedica o maior tempo em uma casa.

E a pessoa mais indicada para selecionar os elementos a compô-la, e a sua distribuição, é quem irá permanecer nela por um tempo maior, e também se deve levar em conta as necessida-des da família, permitindo que esta contribua com suas idéias para a elaboração do projeto da cozinha. Assim, esta deve ser adaptada à usuá-ria e nunca ao contrário. “A cozinha deverá ser planejada e organizada de maneira que o idoso trabalhe e se oriente de modo mais fácil e segu-ro, possibilitando assim viver com o máximo de independência, compatível com a habilidade de cada um”. O segredo de um bom desempenho dos idosos dependerá da adaptação do ambiente em que vivem e de serem tratados como pessoas capazes, com aspirações normais, interesses e cuidados. A segurança e a funcionalidade do ambiente são essenciais.

Quinas poderão interferir com o mo-vimento, assim como saliências no chão. As superfícies deverão ser planejadas com aca-bamento próprio provido de saliências para prevenir acidentes; tapetes pequenos deverão ser removidos para evitar tropeções e escorre-gões e perto da pia é aconselhável um tapete de borracha; os equipamentos deverão ter uma

boa distribuição; os centros de trabalho deverão formar o triângulo de trabalho; deve-se ter uma boa iluminação para uma melhor higienização e melhor desenvolvimento das tarefas a serem realizadas.

Com o rápido progresso tecnológico, vários aparelhos e equipamentos invadem a cozinha, tornando o cozinhar mais fácil e mais rápido.

No documento Luiz de Oliveira Dias (páginas 39-43)

Documentos relacionados