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O presente estudo estabeleceu dois objetivos específicos, sendo que o primeiro deles, identificar práticas de monitoramento e controle utilizadas no Scrum (internas), foi tratado na etapa de entrevistas com os GP e refinado na fase seguinte, elencando as práticas identificadas na pesquisa. A perspectiva apresentada mostra a visão da camada gerencial mais operacional dos projetos, explicitando as práticas do dia a dia do desenvolvimento de software, bem como acresce a visão do nível hierárquico superior, mostrando as ações de maior abrangência e impacto.

Essa informação é complementada no segundo objetivo específico deste trabalho, ou seja, identificar práticas externas de monitoramento e controle de projetos conduzidos sob o Scrum. Assim, a classificação apresentada indica a aplicabilidade externa de cada uma das práticas. A partir delas, o panorama dessa área de processo do gerenciamento de projetos para o Scrum pode ser vislumbrado de forma mais ampla, em uma abordagem que admite a segregação de algumas atividades entre níveis organizacionais diferentes.

Por sua vez, além da confirmação das práticas previamente estabelecidas com base no modelo CMMI, foi identificada a prática adicional realizar monitoramento da integração, que ilustra a importância de um monitoramento de espectro amplo com a atuação conjunta dos vários atores e elementos de um projeto. Com relação a esse aspecto, convém ressaltar que os métodos de gerenciamento tradicionais foram concebidos com base na divisão do trabalho e das responsabilidades, enquanto os métodos ágeis estão calcados na sinergia do

Scrum Team, tornando relevante o monitoramento do conjunto.

Com base nos resultados anteriores, o terceiro objetivo específico, definir um modelo de monitoramento e controle aplicável aos projetos de desenvolvimento de software conduzidos sob o Scrum, bem como o objetivo central desenvolver um modelo de práticas internas (Scrum) e externas de monitoramento e controle aplicável aos projetos de desenvolvimento de software conduzidos sob o Scrum foi atendido. Cabe destacar que a abordagem proposta apenas reflete o que pode ser visto na instituição pesquisada, que, presumivelmente, se repete de forma similar em outras organizações que passaram a adotar o Scrum de forma mais massiva.

A proposição de um ciclo de controle de laço duplo na representação do monitoramento e controle dos projetos sob o Scrum mostra como as organizações lidam com as características aparentemente caóticas desse método. Ao que tudo indica, as instituições

buscam mecanismos que permitam aproveitar o ganho de produtividade proporcionado pelos métodos ágeis, sem abrir mão de um nível mínimo de controle para a sua carteira de projetos.

Nesse contexto, o desenvolvimento de tal modelo representa um primeiro passo na busca de uma base teórica mais consistente para um método de desenvolvimento de software de uso já bastante difundido. É importante lembrar que o Scrum introduz novas questões teóricas, relativas a integração das equipes autogerenciáveis ao restante da estrutura de gestão da organização. Dessa forma, este trabalho se insere na busca de uma maior maturidade teórica na utilização desses métodos nas organizações.

Do ponto de vista do cotidiano das organizações, é fornecida uma coleção de práticas que indicam meios efetivos de monitoramento e controle. Elas podem orientar aquelas instituições que buscam uma inflexão de seus processos de desenvolvimento de software na direção dos métodos ágeis, provendo um modelo por meio do qual os projetos sob métodos ágeis pode ser integrados à estrutura de governança da organização.

No entanto, é importante considerar as limitações da presente pesquisa. Inicialmente, cabe lembrar que o estudo de caso foi realizado em uma única instituição, o que restringe a generalização dos resultados. Além disso, deve ser considerado que a instituição onde a pesquisa foi realizada pertence à esfera pública, o que determina um contexto específico de utilização dos métodos ágeis. Ademais, há outras particularidades da instituição que devem ser ponderadas, em especial, (1) o fato dos GP acumularem o papel de Scrum Masters; e (2) o fato dos GP operarem de forma matricial, sem uma estrutura organizacional orientada à projetização.

Por fim, as restrições impostas à pesquisa determinam alguns dos possíveis trabalhos futuros que podem derivar deste estudo. Primeiramente, a submissão das práticas de monitoramento e controle aqui indicadas a uma pesquisa quantitativa, considerando que um universo mais amplo, o que poderia contribuir significativamente à maturidade do conhecimento sobre esse tema. Da mesma forma, o estudo dos processos de monitoramento e controle em instituições com diferentes estruturas organizacionais e cenários de atuação pode permitir a criação de modelo efetivamente generalizável.

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APÊNDICE A – PRÁTICAS E SUBPRÁTICAS DO CMMI Meta específicas Práticas Subpráticas SG 1 Monitorar o Projeto com base no Plano SP1.1 Monitorar parâmetros de planejamento

1. Monitorar o progresso do projeto com relação ao cronograma.

2. Monitorar os custos do projeto e esforço despendido. 3. Monitorar os atributos dos produtos e tarefas.

4. Monitorar recursos fornecidos e utilizados. 5. Monitorar o conhecimento e as habilidades dos colaboradores do projeto.

6. Documentar desvios significativos nos parâmetros de planejamento do projeto.

SP1.2 Monitorar Compromissos

1. Rever regularmente os compromissos (externos e internos).

2. Identificar compromissos que não foram atendidas ou estão em risco significativo de não o serem.

3. Documentar os resultados das revisões de compromissos.

SP1.3 Monitorar Riscos

1. Revisar periodicamente a documentação dos riscos no contexto da situação e das circunstâncias atuais do projeto. 2. Revisar a documentação dos riscos a medida que

informações adicionais se tornam disponíveis. 3. Comunicar o estado dos risco para os stakeholders relevantes.

SP1.4 Monitorar o Gerenciamento de Dados

1. Revisar periodicamente as atividades de gerenciamento de dados contra a sua descrição no plano de projeto. 2. Identificar e documentar problemas significativos e seus impactos.

3. Documentar os resultados das revisões da atividade de gestão de dados. SP1.5 Monitorar o envolvimento dos stakeholders

1. Revisar periodicamente o estado do envolvimento dos

stakeholders.

2. Identificar e documentar problemas significativos e seus impactos.

3. Documentar os resultados das revisões do estado do envolvimento dos stakeholders.

SP 1.6 Conduzir revisões do progresso do projeto

1. Comunicar regularmente o estado das atividades atribuídas e produtos de trabalho para os stakeholders relevantes.

2. Rever os resultados da coleta e análise de medidas para o controle do projeto.

Meta específicas

Práticas Subpráticas

3. Identificar e documentar os problemas significativos e os desvios com relação ao planejado.

4. Documentar pedidos de mudança e problemas identificados em produtos e processos.

5. Documentar os resultados das revisões.

6. Acompanhar as solicitações de mudanças e relatórios de problemas ao longo do projeto.

SP1.7 Conduzir revisões dos marcos do projeto

1. Conduzir revisões dos marcos do projeto com as partes interessadas em pontos significativos no cronograma, tais como a conclusão de fases.

2. Rever os compromissos, o plano, o estado e os riscos do projeto.

3. Identificar e documentar problemas significativos e seus impactos.

4. Documentar resultados das revisões, itens de ação e decisões.

5. Acompanhar os itens de ação até o seu encerramento.

SG2 Gerenciar Ações Corretivas SP2.1 Analisar problemas

1. Reunir os problemas para análise.

2. Analisar os problemas para determinar a necessidade de ações corretivas.

SP2.2 Tomar ações

corretivas

1. Determinar e documentar as ações necessárias para corrigir os problemas identificadas.

2. Revisar e obter acordo com os stakeholders relevantes sobre as ações a serem tomadas.

3. Negociar alterações em compromissos internos e externos.

SP2.3 Gerenciar as Ações Corretivas

1. Monitorar as ações corretivas até a sua conclusão. 2. Analisar os resultados das ações corretivas para determinar a eficácia das mesmas.

3. Determinar e documentar as ações apropriadas para corrigir desvios com relação aos resultados planejados para as ações corretivas.

APÊNDICE B – PROTOCOLO DE PESQUISA

Protocolo de Pesquisa

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação da Universidade Católica de Brasília

Mestrando: Alexandre Guido Vallerão Orientador: Prof. Dr. Luís Kalb Roses

Título da Pesquisa: Modelo de Monitoramento e Controle de Projetos de Desenvolvimento de Software conduzidos sob o Scrum

A. INTRODUÇÃO A.1 Objetivos:

Desenvolver um modelo de práticas internas (Scrum) e externas de monitoramento e controle aplicável aos projetos de desenvolvimento de software sob o Scrum.

Para tal, foram definidos os seguintes objetivos específicos:

• identificar práticas de monitoramento e controle utilizadas no Scrum;

• identificar práticas externas de monitoramento e controle de projetos conduzidos sob o Scrum.

A.2 Abordagem metodológica

Tipo de estudo: Estudo de caso único, pesquisa qualitativa.

Unidade de análise: Processo de desenvolvimento de software da Instituição. A.3 Modelo teórico da pesquisa

A pesquisa está primariamente amparada no modelo de quatro camadas proposto por Highsmith (2009), que situa os métodos ágeis de acordo com o seu foco; e, secundariamente, nas práticas de monitoramento e controle de projetos do CMMI-Development. Dessa forma, a pesquisa busca identificar práticas de monitoramento e controle internas ou externas que estejam presentes em projetos conduzidos sob o Scrum na Instituição.

B. PROCEDIMENTOS B.1 Imersão Inicial

Objetivo: Fornecer uma visão inicial dos projetos-candidatos para o estudo.

Procedimentos de coleta de dados: Contatos informais com servidores da Instituição, especialmente com aqueles relevantes para os processos em estudo. O objetivo é a obtenção de uma amostra de projetos relevantes, bem como informações históricas sobre os mesmos. O registro dessa fase será feito por meio de anotações durante os contatos.

B.2 Obtenção de informações metodológicas

Objetivos: (1) Descrever o relacionamento das metodologias organizacionais, em especial dos processos de desenvolvimento de software e de gerenciamento de projetos; (2) estabelecer as características mais importantes da customização realizada para utilização dos métodos Scrum e XP na Instituição, especialmente as relacionadas aos processos de monitoramento e controle; (3) descrever aspectos históricos da utilização de métodos ágeis na Instituição; e (4) reunir insumos para o tratamento dos dados das fases seguintes.

Procedimentos de coleta de dados: Análise documental e entrevista aberta com o responsável pelas metodologias organizacionais.

Produto final: Descrição dos relacionamentos entre as metodologias organizacionais, das características mais importantes da customização realizada e dos aspectos históricos na utilização dos métodos ágeis na Instituição.

B.3 Entrevistas com os GP

Objetivo: Identificar as práticas aplicáveis ao Scrum, segundo a perspectiva dos GP.

Procedimentos de coleta de dados: Entrevistas semiestruturadas com os GP dos projetos da amostra. As entrevistas seguirão um protocolo (vide Apêndice C), serão gravadas e posteriormente transcritas.

Produto final: Lista de práticas de monitoramento e controle aplicáveis aos projetos sob o Scrum, segundo a perspectiva dos GP.

B.4 Entrevistas com os Gerentes de Linha

Objetivo: Identificar as práticas aplicáveis ao Scrum, segundo a perspectiva dos Gerentes de Linha; e Complementar a visão de monitoramento e controle oferecida pelos GP.

Procedimentos de coleta de dados: Entrevistas semiestruturadas com os Gerentes de Linha ligados aos projetos da amostra. As entrevistas seguirão um protocolo (vide Apêndice D), serão gravadas e posteriormente transcritas.

Produto final: Lista de práticas de monitoramento e controle aplicáveis aos projetos sob o Scrum segundo a perspectiva dos Gerentes de Linha.

C. ANÁLISE DOS DADOS

Forma de análise: Análise de conteúdo temática com base em categorias derivadas das práticas do CMMI.

Procedimentos específicos: As transcrições das entrevistas com os GP e os Gerentes de Linha serão codificadas e categorizadas. Em cada uma das categorias, serão destacadas as práticas de monitoramento e controle aplicadas aos projetos em estudo, que a seguir serão classificadas em práticas internas ou externas. A partir delas será inferido um modelo de monitoramento e controle para projetos de desenvolvimento de software conduzidos sob o Scrum.

D. ENCERRAMENTO DA PESQUISA

Com base no item anterior, serão elaboradas as considerações finais e o relatório final da pesquisa.

APÊNDICE C – ROTEIRO DAS ENTREVISTAS COM OS GP

As entrevistas com os GP estão baseadas neste instrumento, que investiga as práticas externas utilizadas nos projetos conduzidos sob o Scrum, por meio de categorias definidas a partir das práticas de monitoramento e controle do modelo CMMI. A presença de um método tradicional como elemento norteador da discussão é minimizada a partir do uso de uma entrevista semiestruturada, com pergunta amplas que permitem ao entrevistador explorar aspectos distintos daqueles previstos no CMMI.

A. Apresentação inicial:

Na apresentação inicial, o entrevistador deve:

1. Agradecer a participação do entrevistado e informar que a pesquisa tem o apoio da unidade de negócio.

2. Assegurar que os assuntos tratados serão mantidos em sigilo.

3. Solicitar ao entrevistado a permissão para gravar o áudio da entrevista, enfatizando que essa gravação será usada apenas pelo pesquisador, para transcrição dos conteúdos.

B. Contextualização:

A contextualização tem o objetivo de dotar o entrevistado de um conjunto mínimo de informações sobre a pesquisa. Nessa etapa, o entrevistador deve transmitir as seguintes informações ao entrevistado:

1. A pesquisa trata do monitoramento e controle de projetos de desenvolvimento de software conduzidos sob o Scrum. O uso desse método na Instituição traz um novo cenário para o monitoramento e controle de projetos. Nesse sentido, esta pesquisa tem por objetivo determinar quais são as práticas de monitoramento e controle

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