• Nenhum resultado encontrado

Após a exposição realizada neste trabalho, algumas considerações de caráter conclusivo se fazem necessárias. Ao entender a noção de padrão de reprodução do capital, a partir da obra de Jaime Osório, ficou claro que essa abordagem é um desenvolvimento das concepções da Teoria Marxista da Dependência, visto que são os novos fenômenos e relações que dão a dinâmica para esse novo contexto histórico, o que a sua apropriação teórica correspondeu a uma atualização dos estudos sobre a dependência. Porém, como visto anteriormente, não se trata de um caminho metodológico e epistemológico de fácil teorização.

A Teoria da Dependência entendeu que desde os anos 1930 grandes transformações estruturais ocorreram na economia brasileira, especialmente marcadas pelo processo histórico de industrialização, sob a égide das ideias desenvolvimentistas, que tomaram um pulso após a 2ª Guerra. Essas ideias entraram em crise nos anos 1960, como o produto histórico do processo de desnacionalização, acelerado após a invasão do capital estrangeiro a partir dos anos 1950 e em meio às crises políticas que levaram a inúmeros golpes de Estado em vários países do subcontinente. A TMD nasceu nesse contexto e a partir dessa crítica, embora o conceito de dependência não tenha sido incorporado ao marxismo de forma tão simples, o que só foi possível após a conceituação da noção de superexploração da força trabalho, com Marini.

Osório resgata as categorias da TMD, como formuladas nos anos 1960 e 1970, e avança em sua teorização, ao entender que com o processo histórico de acumulação de capital na América Latina se deu a formação de um grande capital, especialmente desde os anos 1990. Contudo, a tendência passou a ser a de constituição de um novo padrão exportador, baseado no aumento da produção primária na pauta exportadora, o que poderia corresponder a uma crise no setor industrial dessas economias dependentes. Porém, são o fenômeno de um processo mais abrangente que corresponderia, segundo Osório, na formação de um novo padrão de reprodução do capital na América Latina, como a expressão da crise do capital, visto que se instaura como uma resposta do próprio capital a sua crise, pois é estabelecido a partir de um projeto de classe e de um modelo específico de desenvolvimento.

O caráter histórico de um padrão de reprodução representa um momento do processo histórico de desenvolvimento do modo de produção capitalista, porque essa análise pressupõe uma abordagem a partir de uma visão de totalidade e as classes sociais são vistas como sujeito, por isso, um padrão é determinado pela conjuntura da luta de classes, tendo o conceito de bloco no poder, uma de suas tantas expressões. Contudo, o ponto mais importante é compreender o sentido da superexploração da força de trabalho e as transformações que ocorreram desde o final dos anos 1980 nas economias latino- americanas.

Ao generalizar determinados fenômenos e dinâmicas, Osório não nega a diversidade das economias do subcontinente, pois sua abordagem parte de um nível de abstração elevado, que consegue captar uma visão de totalidade, onde é possível perceber a orientação comum que se instaurou desde o final dos anos 1980 para esses países, visto como uma tendência histórica. O problema se instaura nas tentativas de aplicar essa teoria para cada um dos países latino-americanos, pois essa tarefa tenta trazer a análise de Osório para um nível de abstração menor do que o utilizado originalmente pelo autor, o que levaria a ruptura de seus pressupostos e definições, visto que entender um país em particular é um trabalho distinto de compreender a América Latina como um todo, já que não se trata da mera união das partes.

Mas, ao se investigar o comportamento histórico da economia brasileira nos últimos trinta anos, a partir de uma abordagem metodológica marxista, é possível concluir que transformações estão ocorrendo e estruturalmente a economia brasileira tem se transformado. A bibliografia levantada apontou tendências que comprovam essas transformações para o período 1990-2010. O comportamento favorável da maior parte das variáveis macroeconômicas analisadas apenas mascara uma economia que apresentou dificuldades de crescimento, em virtude de problemas internos causados pela implementação do ideário neoliberal, que acirrou as contradições que são próprias da dependência.

Essa conjuntura é a expressão da consolidação do processo de financeirização da economia brasileira a partir de 1990, sendo que a implementação das políticas neoliberais é a base histórica necessária para uma dinâmica caracterizada pela concentração e centralização de capital, sob a hegemonia do capital bancário, sendo que a partir de um ambiente criado pela financeirização da dívida, altas taxas de juros,

câmbio valorizado, ajustes fiscais, controle inflacionário, abertura e privatizações, a economia brasileira tem apresentado insuficiências e deformações que romperam com a tendência iniciada com o processo de industrialização, o que pode ser exemplificado nas tendências à crise do setor industrial, à nova reorganização do bloco no poder, nas mudanças na pauta exportadora, na persistência do desemprego e no acirramento da questão social nesses anos.

Por isso, não seria um erro afirmar que desde o final dos anos 1980, a economia brasileira passa por um momento histórico particular que coincide com o que Osório teorizou como um novo padrão de reprodução do capital na América Latina. A centralidade da esfera financeira é o produto histórico do processo de financeirização, onde a liberalização é uma de suas expressões. Contudo, essa dinâmica precisa ser analisada a partir da própria metamorfose do modo de produção, numa base dada pela tendência à concentração e centralização de capital, o que é causa e consequência do processo de desnacionalização.

Embora a desnacionalização não tenha se iniciado com as privatizações, esta acelerou o processo, visto que a economia dependente é por natureza desnacionalizada, onde sua indústria periférica nunca foi nacional em sua totalidade, em virtude do papel decisivo do capital estrangeiro em seu ciclo de capital, dando-lhe um caráter particular. Porém, não é possível entender o conceito de desnacionalização como um processo histórico sem a centralidade da superexploração, para explicar a estrutura das economias dependentes.

O ponto decisivo é compreender como o neoliberalismo é uma resposta do capital à sua própria crise, ao mesmo tempo em que se amadurece historicamente as categorias fundantes do imperialismo, ou seja, a definição de neoliberalismo está ligada ao de crise estrutural do modo de produção capitalista no após 1970. Porém, trata-se de políticas que são distintas entre os diferentes países, tanto em suas diretrizes e orientações, como em seus objetivos básicos. Disso resulta o caráter autoritário do neoliberalismo, visto que como um projeto de classe corresponde a um processo histórico de controle social em prol da elevação das taxas de lucratividade do grande capital, a partir da compreensão de que as economias dependentes são partes integrantes da acumulação capitalista central, especialmente da grande capital financeiro internacional.

Desta maneira, nos estudos sobre o novo padrão de reprodução do capital, mais importante do que o fenômeno da agroexportação contemporânea, é a conjuntura de financeirização criada após o estouro da crise da dívida nas viradas das décadas de 1980 e 1990, como o motor de uma nova etapa do desenvolvimento capitalista, que foi bem teorizada por Carcanholo, Nakatani e Sabadini, na conceituação de capital especulativo parasitário. Contudo, a condição histórica para um padrão de reprodução é uma conjuntura específica da luta de classes, visto que se trata de um parâmetro que se expressa nos desdobramentos internos de uma economia nacional, já que se trata de transformações na forma histórica da categoria superexploração, vista como uma estrutura.

A importância de se resgatar a noção de bloco no poder é o entendimento de que para o avanço de algum modelo de desenvolvimento em particular é uma necessidade se criar as bases nas quais futuramente se dará o novo padrão de reprodução, mas esse modelo depende de uma conjuntura econômica singular, dada historicamente. O ponto central é estabelecer que a implementação de um novo padrão de reprodução do capital é uma transição sem rupturas drásticas, porque se trata de transformações no poder hegemônico burguês, sem que lhe corra riscos; ao mesmo tempo, que um modelo de desenvolvimento é a condição que cria historicamente um estado de devenir, onde um padrão em crise e um novo ainda coexistem, com tendências históricas de hegemonia do novo padrão. Por isso, a abertura econômica não é a consequência do novo padrão, mas a condição para o tipo específico de padrão de reprodução que se iniciou a partir de 1990 no Brasil. Nisso, a teoria de Jaime Osório dá conta de explicar essa dinâmica contemporânea da economia dependente e a brasileira seria um bom exemplo do objeto de estudo que o autor se propôs. Mas esse não foi o objetivo de Osório.

Jaime Osório entende ser impossível superar as contradições do capitalismo dependente em seus próprios marcos, o que estaria mais que comprovado pela experiência histórica da esquerda latino-americana nos últimos cem anos, seus fracassos e equívocos. Então, no início do século XXI, especialmente impulsionado pela crise internacional da segunda década, a superação do modo de produção capitalista reapareceu como uma proposta intelectual de suplantar os problemas estruturais expressos pela dependência na América Latina e no Brasil, para aqueles que não se intitulam reformistas. Contudo, romper com o capitalismo em sua fase imperialista contemporânea corresponde uma façanha histórica, onde se faz necessário acumular forças de organização em uma

conjuntura caracterizada pela desorganização classista dos trabalhadores, em virtude do processo de complexificação e alienação que tal sociedade de classes tomou nas últimas décadas.

A teorização a respeito do capital e da dependência na contemporaneidade é um dos grandes desafios para o marxismo no século XXI, visto que há a necessidade de compreender a essência dos processos e como os novos fenômenos são expressões de transformações históricas na estrutura dependente, a partir de uma visão da totalidade do modo de produção capitalista, onde seja possível entender a sua dinâmica sistêmica em seu curso histórico.

REFERÊNCIAS

ABÍLIO, L. C. A “nova classe média” vai ao paraíso?. In: CIRCUITO DE DEBATES ACADÊMICOS, 1, 1995. Anais... Brasília: IPEA, 2011.

ABREU, M. P.; WERNECK, R. L. F. The brazilian economy from Cardoso to Lula: an interim view. Rio de Janeiro: PUC Rio, 2005. (Texto para discussão, n.504).

ALBUQUERQUE, M. C. C. de. O ortodoxo e o heterodoxo no Plano Collor. Revista de Economia Política, v. 10, n.3, jul.-set. de 1990.

ALMEIDA FILHO, N. Superexploração da força de trabalho e concentração de riqueza: temas fundamentais para uma política de desenvolvimento no capitalismo periférico brasileiro. In: ALMEIDA FILHO, N. (Org). Desenvolvimento e dependência: cátedra Ruy Mauro Marini. Brasília: IPEA, 2013.

ALMEIDA, M. P. Programa nacional de desestatização do governo Collor: uma leitura gramsciana. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 2007. Anais... São Leopoldo: Unisinos, 2007.

ALMEIDA, P. R. Never before seen in Brazil: Luis Inácio Lula da Silva's grand diplomacy. Revista Brasileira de Política Internacional, n.53, p.160-177, 2010. AMARAL, M. S. Teorias do imperialismo e a dependência: a atualização necessária ante a financeirização do capitalismo. Tese (doutorado) - FEA-USP. São Paulo, 2012. AMARAL, M. S.; CARCANHOLO, M. D. A superexploração do trabalho em

economia periféricas dependentes. Revista Katál. Florianopolis, v. 12, n.2, p. 216-225, julho/dezembro de 2009.

APONTE, J. J. R.; MELLO, R. A. M. A inserção do Brasil enquanto país emergente: análise do Banco de Desenvolvimento do BRICS à luz da teoria da dependência. In: SEMINÁRIO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS, 2, 2014. Anais... João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba, 2014.

ARAÚJO, E.; COSTA, K. G. V. Heterogeneidade estrutural, precarização das condições de trabalho e pleno emprego no ciclo de desenvolvimento da economia brasileira entre 2002-2011. Revista Economia & Tecnologia. Curitiba, v. 8, 2012. ARESTIS, P.; PAULA, L. F.; FERRARI-FILHO, F. Assessing the economic policies of President Lula in Brazil: has fear defeated hope?. Oxford: Center of Brazilian Studies: 2007. (University of Oxford. Working Paper, n. CBS-81-07).

ARISMENDI, R. A economia feudal na América Latina. In: LOWY, M (Org.). O marxismo na América Latina: uma antologia de 1909 aos dias atuais. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006.

BAHRY, T. R. Os reflexos da crise financeira de 1997 na economia brasileira. Economia. Curitiba, n. 24, p.115-132, 2000.

BARBOSA, N.; SOUZA, J. A. P. de.. A inflexão do Governo Lula: política econômica, crescimento e distribuição de renda. In: SADER, E.; GARCIA, M. A. Brasil, entre o passado e o futuro. São Paulo: Boitempo, 2010.

BARROS, L. C. M. Um novo futuro. Novos Estudos. São Paulo, n. 81, julho de 2008. BATISTA JR., P. N. Dependência: da teoria à prática. Estudos Avançados. SãoPaulo, 1999.

________. O consenso de Washington: a visão neoliberal dos problemas Latino-

Americanos. In: SOBRINHO, B. L. Em defesa do interesse nacional: desinformação e alienação do patrimônio público. São Paulo: Paz e Terra, 1995.

BIANCARELLI, A. M. A era Lula e sua questão econômica principal: crescimento, mercado interno e distribuição de renda. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. n.58, p.263-288, 2014.

BOITO JR, A. As bases políticas do neodesenvolvimentismo. Fórum Econômico da FGV. São Paulo, 2012.

BOITO JÚNIOR, A. A hegemonia neoliberal no governo Lula. Revista Crítica Marxista, Campinas, n.17. 2003.

________. O lulismo é um tipo de bonapartismo? uma crítica às teses de André Singer. Crítica Marxista, n. 37, p.171-181, 2013.

BONELLI, R. Cenários macroeconômicos e ajuste fiscal: a economia brasileira 1996- 2005. In: PRÊMIO DA SECRETÁRIA DO TESOURO NACIONAL, 1997. Anais... Brasília: MPO/SOF, 1997.

BORGES NETO, J. M. Ruy Mauro Marini: dependência e intercâmbio desigual. Crítica Marxista, n.33, 2011.

BRACHER, F. O câmbio flutuante. Revista de Economia Política, v. 10, n.3, jul./set. de 1990.

BRAGA, J. M. B. A inflação brasileira na década de 2000 e a importância das políticas não monetárias de controle. Economia e Sociedade. Campinas, v. 22, n. 3, 49, p.697- 727, dez. 2013.

BRESSER PEREIRA, L. C.; NAKANO, Y.. Hiperinflação e estabilização no Brasil: o primeiro Plano Collor. Revista de Economia Política, v. 11, n. 4, out/dez.

BRESSER-PEREIRA, L. C. Collor e o neoliberalismo. São Paulo: Folha de São Paulo, 1991.

________. O décimo primeiro plano de estabilização. In: VELLOSO, J. P. R. (Coord.). Combate à inflação e reforma fiscal. Rio de Janeiro: José Olympio, p.132-150, 1992. ________. O estrangulamento da liquidez como efeito do Plano Collor. Revista de Economia Política, v. 10, n.3, jul.-set. de 1990.

________. O novo desenvolvimentismo. Disponível em:

<http://www.bresserpereira.org.br/articles>. Acesso em: 15 fev. 2017.

BRESSER-PEREIRA, L.C; GALA, P. Macroeconomia estruturalista do

desenvolvimento e novo-desenvolvimentismo. Revista de la Cepal, n. 100, 2010. BRESSER-PEREIRA, L.C; MARCONI, N. Existe doença holandesa no Brasil? In: FÓRUM DE ECONOMIA DE SÃO PAULO, 4, 2008. Anais... Fundação Getulio Vargas, 2008.

BRUNO, M.; DIAWARA, H.; ARAÚJO, E.; REIS, A. C.; RUBENS, M. Finance-led growth regime no Brasil: estatuto teórico, evidências empíricas e consequências macroeconômicas. Revista de Economia Política, v. 31, n. 5, 125, p.730-750, edição especial/2011.

CAFFE, R.; BRUNO, M. Determinantes das taxas de lucro e de acumulação no Brasil: os fatores estruturais da deterioração conjuntural de 2014-2015. In: SEMINÁRIO SOBRE A ECONOMIA MINEIRA, 17, 2016. Diamantina, MG. Anais... Seminário sobre a economia mineira. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2016.

CARCANHOLO, M. D. A década mais que perdida: vulnerabilidade e restrições externas no Brasil nos anos 1990. Economia – Ensaios. Uberlândia, v. 17, p.45-65, jul.- dez. de 2003.

________. Dialética do desenvolvimento periférico: dependência, superexploração da força de trabalho e política econômica. Revista Economia Contemporânea. Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 247-272, 2008.

________. Inserção externa e vulnerabilidade da economia brasileira no governo Lula. In: ENCUENTRO INTERNACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA Y DERECHOS HUMANOS, 4, 2010. Anais... Buenos Aires: Universidad Popular Madres de Plaza de Mayo, 9 a 11 de setembro de 2010.

________. Liberalização e fragilidade financeiras: a vulnerabilidade como restrição ao crescimento. Tese (doutorado). Rio de Janeiro: UFRJ, 2000.

________. O atual resgate crítico da teoria da dependência. Trabalho, Educação, Saúde. Rio de Janeiro, v.11, n.1, p.191-205, 2013.

________. Os impactos da estratégia de abertura externa no Brasil da década de 90 sobre a distribuição de renda e riqueza. Economia – Ensaios. Uberlândia, v. 20, p.81- 103, dezembro de 2005.

CARCANHOLO, R.; NAKATANI, M. Capitalismo Especulativo y Alternativas para América Latina. Revista Herramienta. Buenos Aires, n.35, junho de 2007.

CARCANHOLO, R.; NAKATANI, M. Capital Fictício e Lucros Fictícios. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política. Rio de Janeiro, n.24, p. 41-65, junho de 2009.

CARDOSO JÚNIOR, J. C. Geração e apropriação de valor adicionado na economia brasileira: um estudo da dinâmica distributiva no período1990/96. Rio de Janeiro: IPEA, 2000. (Texto para discussão, n. 733).

CARDOSO, E. A grande depressão. Revista de Economia Política, v. 10, n. 3, jul./set. 1990.

CARDOSO, F. H. Desenvolvimento: o mais político dos temas econômicos. Revista de Economia Política, v.15, n.4, 1995.

CARDOSO, F. H.; FALETTO, E. Dependência e desenvolvimento na América Latina: ensaio de interpretação sociológica. 6. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. CARDOSO, F. H. Notas sobre o estado atual dos estudos sobre a dependência.

Caderno CEBRAP, n. 11, 1972.

CARVALHO, C. E. O fracasso do Plano Collor: erros de execução ou de concepção? Revista Economia, Niterói, v.4, n.2, p. 283-331, jul.-dez./2003.

CASTELO, R. O novo desenvolvimentismo e a decadência ideológica do pensamento econômico brasileiro. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 112, p.613-636, dez./2012.

CASTRO, A. B.; SILVEIRA, C. C.; PIRES, F. E. A ousadia e seus problemas. Revista de Economia Política, v. 10, n.3, jul.-set./1990.

CASTRO, P. R. A nova dívida externa do Plano Collor. Revista de Economia Política, v. 10, n.3, jul.-set./1990.

CLEMENTS, B. The Real Plan, poverty, and income distribution in Brazil. Finance & Development, sept./1997.

CONTI, B. The main trends in the brazilian economy over the last ten years. Berlin: Partnership on Economic Development studies, 2013. (Working Paper, n. 06).

CORAZZA, G. O todo e as partes: uma introdução ao Método da Economia Política. Estudos Econômicos. São Paulo, v.26, p.35-50, 1996.

COUTO, C. G.; ABRUCIO, F. O segundo governo FHC: coalizões, agenda e instituições. Revista Tempo Social, São Paulo, v. 15, n. 2, p.269-301, nov./2003. CRUZ, A. I. G.; AMBROZIO, A. M. H.; PUGA, F. P.; SOUSA, F. L.; NASCIMENTO, M. M. A economia brasileira: conquistas dos últimos dez anos e perspectivas para o futuro. Brasília – DF:BNDES, 2012.

CURADO, M. Uma avaliação da economia brasileira no governo Lula. Revista Economia & Tecnologia, v. 7, 2011.

DOSSIÊ . A crise atual do capitalismo. Crítica Marxista, n. 29, p. 9-56. São Paulo, UNESP , n. 29, p. 9-56, 2009.

DRUCK, G.; FILGUEIRAS, L. Política social focalizada e ajuste fiscal: as duas faces do Governo Lula. Revista Katálysi, v. 10 n. 1, p. 24-34.

ESPÓSITO, K. M. G. A política externa de Fernando Collor de Mello. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 26, 2011. Anais... São Paulo, julho de 2011.

FALLER, A. C. S. Brazil's economic growth: with or without prosperity? Global Majority E-Journal, v. 2, n. 2, p.73-86, dec./2011.

FERRARI FILHO, F.; PAULA, L. F. Critically assessing macroeconomic policies in Brazil from Lula da Silva to Dilma Rousseff. Development viewpoint. London, n. 85, jun./2015.

FILGUEIRAS, L. A crise do mercado imobiliário dos EUA e suas implicações para a economia brasileira. Conjuntura e Planejamento Econômico, v.156, p. 88 – 93.

________. História do Plano Real: fundamentos, impactos e contradições. 3. ed. São Paulo: Boitempo, 2006.

________. Da substituição de importações ao Consenso de Washington. Reflexões de economistas baianos. Salvador: CORECON, p. 17- 42, 2001.

________. O neoliberalismo no Brasil: estrutura, dinâmica e ajuste do modelo econômico. In: BASUALDO, B.; ARCEO, E. (Org.) Neoliberalismo y sectores

dominantes: tendencias globales y experiencias nacionales. Buenos Aires: CLACSO. p. 179-206. (Colección Grupos de Trabajo).

________. A crise geral do capitalismo. Crítica Marxista, São Paulo, n. 30, p. 21-27. ________. A crise mundial e o desenvolvimento brasileiro. Revista Economistas, Brasília, n.7, 2012.

________. A natureza do atual padrão de desenvolvimento brasileiro e o processo de desindustrialização. In: CASTRO, Inez Silvia Batista. Novas interpretações

desenvolvimentistas. Rio de Janeiro: E-papers; Centro Internacional Celso Furtado, 2013, p. 371-450.

________. A natureza e os limites do desenvolvimentismo no capitalismo dependente brasileiro. Margem Esquerda, n. 23, 2014.

________. Modelo Liberal-Periférico e bloco de poder: política e dinâmica macroeconômica nos Governos Lula. In: MAGALHÃES, J. P. A. Os anos Lula: contribuições para um balanço crítico 2003-2010. Rio de Janeiro: Garamond, 2010. ________. O desenvolvimento econômico recente: desindustrialização, reprimarização e doença holandesa. Salvador: Desenbahia, 2012.

________. O plano econômico-político FHC e as eleições presidenciais. Cadernos do CEAS, n. 152, jul./ago. de 1994.

________. Padrão de desenvolvimento, desenvolvimentismo e dependência no Brasil. Jornal dos Economistas, n. 290, set./2013.

________. Projeto político e modelo econômico neoliberal no Brasil: implantação, evolução, estrutura e dinâmica. FE-UFBA: 2005. 57p (mimeo).

FILGUEIRAS, L.; DRUCK, G. Marx e Keynes: Estado e crises do capitalismo. In: SEPÚLVEDA, O. G. Reflexões de economistas baianos 2010. Salvador: CORECON- Ba, 2010.

FILGUEIRAS, L.; GONÇALVES, R. A economia política do Governo Lula. Rio de Janeiro: Contraponto, 2007.

FILGUEIRAS, L.; OLIVEIRA, E. A crise econômica mundial do capitalismo. In: BARROSO, Aloísio Sérgio; SOUZA, Renildo (Org.) A grande crise capitalista global 2007-2013: gênese, conexões e tendências. São Paulo: Anita Garibaldi; Fundação Maurício Grabois, 2013, p. 77-97.

FIORI, J. L. A miséria do “novo desenvolvimentismo”. Carta Maior, 2011.

________. Desenvolvimentismo e dependência. Valor Econômico. São Paulo, mar./ 2012.

________. O desenvolvimentismo de esquerda. Carta Maior, 2011.

FONSECA, D. S. R.; QUEIRÓS, A. M. D. Aspectos da política econômica do governo Fernando Collor de Mello. In: JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 3, 2007. Anais... São Luís, 28 a 30 de agosto de 2007.

FRANK, A. G. A dependência de Theotônio. Comunicação & política, n. 1, 2011. FREITAS, C. E. As elites pagam a conta. Revista de Economia Política, v. 10, n.3, jul.-set. de 1990.

GAZETA MERCANTIL. Plano Collor. Revista de Economia Política. São Paulo, vol. 10, n.3, julho-setembro de 1990.

GENNARI, A. M. Globalização, neoliberalismo e abertura econômica no Brasil nos anos 90. Pesquisa & Debate. São Paulo, v. 13, n. 21, p.30-45, 2001.

GIAMBIAGI, F. Do déficit de metas às metas de déficit: a política fiscal do governo FHC – 1995-2002. Rio de Janeiro: IPEA, 2002. (Textos para discussão, n. 93).

GÓES, C. M.; BRITO, L. O. B. Crise da política contemporânea no Brasil: Notas de um debate sobre o Lulismo. Revista Eletrônica de Ciência Política, v. 6, n. 2, 2015. GONÇALVES, R. Balanço crítico da economia brasileira nos governos do Partido dos