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CONSIDERAÇÕES FINAIS (OU AS ÚLTIMAS ALQUIMIAS)

PALHETAS DE CORES E VERSOS: OS TONS ENTRE POESIA E PINTURA

CONSIDERAÇÕES FINAIS (OU AS ÚLTIMAS ALQUIMIAS)

Diante do que foi apresentado no desenvolvimento desta dissertação de mestrado, podemos depreender que a produção lírica de Maria Lúcia Dal Farra coloca em cena aspectos da interdiscursividade da seguinte maneira operacional: expõe um diálogo direto com os artistas que introduzem as seções de poemas do Livro de Possuídos, ou seja, Virgílio, Gustav Klimt e Vincent Van Gogh, mas, por outro lado, excede os limites dos mesmos artistas que encabeçam as seções de poemas.

Os textos poéticos de Dal Farra, ora trabalhados, colocam-se como uma miragem, uma espécie de “trapaça salutar” (BARTHES, 1996), pois os artistas não são os únicos que mantêm interlocução com a produção poética da escritora, há também uma rede de autores e escritas que subjazem ao seu texto. Assim, podemos considerar o texto da autora como sendo estruturado em dois patamares: o explícito e o subliminar. O primeiro se direciona às referências que são colocadas de modo mais direto pela poetisa, a exposição escancarada dos seus confrades e as pistas por ela deixadas no texto que indiciam, de modo incisivo, quais autores mantêm diálogo em sua escrita ficcional. O segundo também diz respeito às referências, textos e poetas que são incorporados na lírica dal-farreana, no entanto, sem o indicativo mais evidente de autoria, como uma rapinagem de vozes da alteridade. Este patamar (subliminar), observado em uma análise mais atenta do texto, pôde ser notado no momento em que, ao investigarmos alguns poemas do Livro de Possuídos, foram aparecendo apropriações aquém das apontadas pela autora.

Enquanto se esperava um diálogo com Virgílio, uma fonte de outras escritas começou a brotar do texto em estudo, tal como o intercâmbio artístico com Manuel Bandeira e Adélia Prado, no poema Maçã, além de trechos apropriados de Frei Santa Rita Durão e enxertados117 no poema Banana.

Além disso, o uso da interdiscursividade na lírica de Dal Farra apresenta uma funcionalidade específica: manusear os escritos, as falas, as histórias e os mitos da nossa civilização como uma estratégia de redimensionamento dos discursos que estão presentes em

117 O conceito de enxerto nos remete às postulações de Derrida que nos diz: “[...] violência apoiada e discreta de uma incisão inaparente na espessura do texto; inseminação calculada do alógeno em proliferação pela qual dois textos se transformam, se deformam um pelo outro, se contaminam no seu conteúdo, tendem todavia a se rejeitar, passam elipticamente um no outro e se regeneram na repetição de um ponto de luva.” (DERRIDA apud SANTIAGO,1976, p. 29).

nosso imaginário, fornecendo, portanto, uma forma alternativa para pensar essas enunciações. Acrescemos ainda que a poética da escritora apresenta como traço distintivo essa busca constante por manter diálogos com os escritores da tradição literária à qual pertence. Isso pode ser validado no instante em que, desde a sua primeira publicação, vem se adensando a interdiscursividade com outros autores, a ponto desta ser ainda mais amplificada em Alumbramentos, último livro de poemas da escritora.

Por esta trilha e convocando os estudos de Freud (1997) sobre a memória, em particular, o seu texto Notas sobre o bloco mágico, o autor pensa a maquinaria das reminiscências como funcionando de modo similar a camadas sucessivas e interpostas. Estas sobreposições, mesmo aparentando ter uma independência entre si, apresentam profícua interlocução. A metáfora usada por Freud indicia que, ao escrever sobre a superfície de um bloco mágico, pode-se apagar aquela inscrição ao levantar o plástico que o reveste. Porém, na estrutura que sustenta o plástico, pode-se encontrar um emaranhado de escritos que remetem às várias inscrições feitas anteriormente.

Apropriando-nos dessa imagem utilizada por Freud, podemos tratar a construção do texto de Maria Lúcia Dal Farra como sendo organizado de forma próxima ao “bloco mágico”, no que tange à interdiscursividade, pois, em sua forma aparente, expõe o texto da autora – a sua criação literária, a sua sintaxe e dicção. Por outra via, como se destampássemos o plástico que reveste um “bloco mágico”, torna-se visível uma teia de escritas enoveladas que foram apropriadas pela escritora. Desse modo, a escrita dal-farreana mantém múltiplos diálogos em sua construção.

Vale ressaltar ainda que, apesar de manter essa conversa com discursos de outros autores, a voz de Dal Farra permanece a vincar de modo substancial o seu texto, colocando as suas preferências, temas e inquietações. Ao mesmo tempo em que concede voz para a tradição, afirma e carimba a própria voz autoral. Os objetos que são apropriados em seu livro servem como mote para a escritora manter a relação inter-artes e obras, mas, sub- repticiamente, a fala da autora ressoa de modo intenso. O que podemos captar da escrita dal- farreana em o Livro de Possuídos, utilizando a terminologia de Derrida (1967), em relação à interdiscursividade, são rastros: pedaços e fragmentos de outros escritos que podem ser percebidos no decorrer da leitura de seus versos.

No presente trabalho, a proposta central não foi intervir de modo detetivesco em busca de rastrear quais são as interseções discursivas presentes na lírica de Dal Farra, mas sim, apresentar um panorama dessas relações e como elas estão entrecruzadas em nosso objeto de pesquisa. Interessou-nos, também, apresentar como o uso do interdiscurso é uma

estratégia da escritora para fornecer uma mirada alternativa para as falas da tradição. Cremos, com a finalização deste trabalho, que alguns grotões foram criados para que estudos vindouros possam ser desenvolvidos e novos aspectos possam ser problematizados.

As últimas alquimias deste texto, os fins da transformação: as leituras que são modificadoras, os olhares que transmutam, convidam, enfim, para perceber a produção poética de Maria Lúcia Dal Farra como uma trama de múltiplos fios – périplo dialógico, em contínua travessia.

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