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A passagem da Administração Burocrática para uma Administração Gerencial, bem como o processo de descentralização e redemocratização do Estado, trouxe como o centro das atenções a participação cidadã nas políticas públicas, que teve como consequência o surgimento da sociedade civil como um novo elemento no cenário político. Esta por sua vez passando de uma sociedade meramente receptora de serviços, para uma sociedade da informação, buscando e cobrando serviços públicos de qualidade e com mais eficiência.

Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo principal observar a existência e configuração de uma rede de política pública e gestão participativa no sistema educacional da Paraíba a luz da lógica da Heurística Sistêmica Crítica de Ulrich.

Em relação aos resultados obtidos, verificou-se que a descentralização do sistema educacional garantiu um maior espaço para a participação cidadã, mas não ampliou a inserção do cidadão em tal contexto. Pois ficou claro a partir do mapeamento da estrutura organizacional em rede existente no sistema educacional de políticas públicas da Paraíba, um alto grau de concentração de poder nas mãos dos gestores governamentais, abrindo um maior espaço para o cidadão por meio da representatividade no Conselho e não por sua participação direta. Para que isso possa a vir mudar, é necessário que estes cidadãos usurários do sistema, de certa forma, possuam uma certeza de que o que eles discutem nos espaços democráticos será analisado pelos órgãos deliberativos de decisão do sistema e levado em consideração. Se por um lado, o sistema garante o direito de o cidadão participar, por outro lado o mesmo não possui a garantia do poder de decisão.

No que diz respeito à motivação do sistema educacional, verificou-se que o beneficiário cliente da rede é a população na faixa etária escolar do ensino básico, bem como objetivo maior da mesma é proporcionar uma aprendizagem de qualidade a esse usuário. Ficou claro desta forma a necessidade de uma compreensão mais ampla dos propósitos do sistema, bem como uma maior observação das incumbências dadas pela LDB a ele. Além do mais, compreendeu que a medida de sucesso do sistema é manipulada pela vontade política e opiniões individualistas, ou seja, a avaliação realizada pelo IDEPB deveria ter uma maior fiscalização a fim de que mostre a real situação do sistema de educação do Estado. Pois de acordo com a entrevistada, a avaliação não é clara e os critérios não são bem definidos.

verdadeiro tomador de decisão e planejador no sistema em foco é o Conselho Estadual de Educação. Este por sua vez consegue controlar a realização dos programas e consequentemente ações planejadas. Pôde-se analisar ainda que há, nas relações dentro do CEE, um conflito de interesses por meio das iniciativas públicas e privadas. Observa-se então que é preciso tratar e agir da mesma forma com as duas iniciativas, havendo desta forma uma maior fiscalização das ações realizadas por elas, para que o sistema não perca o seu foco e para que desta forma a educação não seja tratada como uma mercadoria. Ainda ficou claro, a necessidade de um maior investimento financeiro por meio dos entes federados em benefício do sistema educacional, pois se é exigido muito, mas pouquíssimo se é investido.

No que tange ao aspecto do conhecimento, foi possível observar que as instituições de ensino possuem uma grande quebra na sua gestão em consequência da não existência de profissional especializado para ocupar os cargos de especialistas, que são o pedagogo com especialidade em supervisão e orientação. Segundo a diretora, os professores que se tornam a válvula de escape para esse problema. Porém os mesmos não possuem tal especialidade, ficando assim sobrecarregados e a mercê de cometer erros. Compreende-se então o descaso do Governo com este problema, pois desde 1988 não foi realizado concurso público para tal cargo.

A respeito da legitimação do sistema ficou clara a necessidade urgente que os sistemas sociais possuem de mudar a visão de mundo que possuem. A rede em foco possui na visão dos envolvidos a visão dos afetados, mas segundo a Diretora e também afetada pelo sistema, este possui ainda uma visão minimalista da situação educacional do Estado e das necessidades dos seus usuários, pois o há uma lacuna aberta em relação ao que se é planejado e o que se deseja.

Desse modo, pode-se afirmar que se vem buscando uma maior interelação de atores dentro da rede de políticas educacionais, bem como uma maior atuação da gestão participativa no que tange o cidadão. No entanto, há muito que se aperfeiçoar. Foi possível perceber que é necessária uma melhor gestão dos recursos públicos, pois o que é planejado, às vezes, não chega a ser executado por falta de estrutura. Assim, nota-se que não há uma visão do todo e sim de partes isoladas, pois quando se fala em rede e em sistema analisa-se desde a base, dos afetados, até o topo onde encontra a maioria dos envolvidos e planejadores. Desse modo, percebe-se que a educação é um fenômeno muito abrangente que perpassa a visão dos afetados e dos envolvidos, abarcando assim dimensões subjetivas, e nem sempre mensuráveis.

Portanto, reflete-se sobre a necessidade de uma maior integração dos atores sociais com vista a entender melhor os problemas da educação do Estado em toda a sua abrangência e complexidade.

Em resposta à pesquisa, conclui-se que o sistema educacional da Paraíba, apesar de incentivar a participação cidadã e trabalhar em rede, ainda permite que o poder de decisão do sistema seja atrelado a posicionamentos políticos por meio de representantes que tem um maior poder na rede. Desta forma, vale salientar que apesar da rede ter indícios de atuação em um sistema, na perspectiva da Heurística Sistêmica Crítica de Ulrich, devido a várias lacunas observadas, pode-se afirmar que o modelo não pode ser colocado sob a égide da teoria aqui escolhida.

O estudo apresentou limitações importantes quanto aos atores entrevistados, pois em alguns momentos os mesmos mostraram-se imparciais, dificultando assim um alcance mais detalhado das informações pertinentes à pesquisa. Outro fator limitante para o trabalho foi à complexidade do sistema, tendo em vista a grandiosidade das políticas públicas educacionais envolvendo o Estado.

Em relação a estudos futuros, são inúmeras as possibilidades para novas pesquisas relacionadas ao sistema educacional da Paraíba, desde sua contextualização focando os cidadãos usuários, bem como uma análise do pensamento dos planejadores a respeito do tema. Com o crescimento do interesse por pesquisas que contribuam com a modernização do aparelho do Estado, e a tendência por assuntos que abordam redes de políticas e gestão participativa, o sistema educacional pode ser mais bem compreendido. Sugere-se então a realização de pesquisas com uma análise mais detalhada e criteriosa, partindo assim da escuta de mais atores envolvidos e afetados pelo sistema em foco ou até mesmo, uma pesquisa analisando outros indicadores da rede, como centralidade, densidade, número de relações e intermediação entre os atores, poderia perceber uma perspectiva diferente.

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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA

1° PARTE “COMO É?”

1. Quem é o verdadeiro cliente do sistema?

2. Qual é o verdadeiro propósito do sistema?

3. Qual é, a julgar pelas conseqüências do sistema, sua medida interna de sucesso?

4. Quem é verdadeiramente o tomador de decisão, ou seja, quem pode de fato mudar a medida de sucesso?

5. Que condições de planejamento e implementação bem sucedidas do sistema são verdadeiramente controladas pelo tomador de decisão?

6. Que condições não são controladas pelo tomador de decisão, isto é, o que representa “ambiente” para ele?

7. Quem está verdadeiramente envolvido como planejador?

8. Quem está envolvido como “especialista”, de que tipo é sua especialidade, que papel ele verdadeiramente desempenha?

9. Onde os envolvidos veem a garantia de que o sistema será bem sucedido?

10. Quem dentre as testemunhas envolvidas representa as preocupações dos afetados? Quem é ou pode ser afetado sem estar envolvido?

11. É dada aos afetados uma oportunidade de se emanciparem dos especialistas e tomar seu destino nas suas próprias mãos?

12. Que visão de mundo é verdadeiramente subjacente ao sistema? É a visão de mundo de um (alguns) dos envolvidos ou de um (alguns) dos afetados?

2° PARTE

“COMO DEVERIA SER?”

1. Quem deveria ser o cliente (beneficiário) do sistema a ser projetado ou melhorado?

2. Qual deveria ser o propósito do sistema, isto é, que metas o sistema deveria ser capaz de alcançar para servir ao cliente?

3. Qual deveria ser a medida de sucesso (ou aperfeiçoamento) do sistema?

4. Quem deveria ser o tomador de decisão, ou seja, ter o poder de mudar a medida de aperfeiçoamento do sistema?

5. Que componentes (recursos e restrições) do sistema deveriam ser controladas pelo tomador de decisão?

6. Que recursos e condições deveriam ser parte do ambiente do sistema, isto é, não deveriam ser controlados pelo tomador de decisão?

7. Quem deveria estar envolvido como projetista do sistema?

8. Que tipo de especialidade deveria fluir no sistema, isto é, o que deveria ser considerado um “especialista” e qual deveria ser o seu papel?

9. Quem deveria ser o garantidor do sistema, isto é, onde o projetista deveria procurar a garantia de que o sistema será implementado e se mostrará bem sucedido, a julgar pela medida de sucesso (ou aperfeiçoamento) do sistema?

10. Quem deveria estar entre as testemunhas representando as preocupações das pessoas que serão ou poderiam ser afetados pelo sistema? Quer dizer, quem dentre os afetados deveria ser envolvido?

11. Em que grau e de que maneira deveria ser dada aos afetados a chance de emancipação das premissas e promessas dos envolvidos?

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