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Durante todo o percurso, levantamos (ou tentamos levantar) dados referentes ao histórico e o cenário da evasão no Brasil. Este é um panorama nada positivo, pois a evasão no Ensino Superior continua obscura em sua apresentação, definição e análise. Lima e Zago (2018) descrevem essa dificuldade citando diversos autores em seu artigo:

Analisando o Portal de Teses da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), no período de 2000 a 2012, identificou apenas três teses, seis dissertações e dois artigos apresentados em Reuniões Anuais da ANPED (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação). Baggi e Lopes (2010), associando a temática da evasão à avaliação institucional, identificaram, em pesquisa realizada na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), no período 2008 – 2009, apenas quatro trabalhos na área da educação superior (LIMA e ZAGO, 2018).

Os poucos dados ofertados, em sua maioria são incompletos, realizados a partir de análises de outras Instituições ou retratam uma realidade pontual de um curso em uma Universidade ou de alguma localidade com características muito específicas.

De certo que, diversos movimentos e programas que foram desenvolvidos para o aumento do número de matrículas nas Universidades, inclusive com aumento de bolsas de estudos e financiamento nas Instituições privadas, auxiliaram no crescente índice de novos alunos para o sistema educacional, porém, não há possibilidade de relativizar essas medidas com o combate a evasão, pois

a implementação e o acompanhamento de políticas públicas educacionais, tendo por base a igualdade de oportunidades de acesso, é uma condição necessária, mas não é a única para que ocorra a democratização efetiva nas Instituições de Ensino Superior particulares para combater a evasão (BAGGI e LOPES, 2010).

Devido a este panorama, seria muita negligência de nossa parte nos contentar apenas com as políticas de ingresso e bolsas de estudo para a resolução do problema da evasão. Imputar a cada indivíduo a responsabilidade única de sua

73 escolha, como se o sujeito não vivenciasse o meio e a sua formação pessoal não sofresse influência alguma sobre o todo que o cerca. Soa, no mínimo, perverso por conta do Estado.

Abordamos também o período anterior à evasão do sistema educacional, ou seja, exploramos de que maneira esse assunto é tratado na etapa que antevê a graduação e de que maneira as Instituições apoiam ou preparam para o ingresso subsequente deste discente.

Não poderíamos deixar de dissertar a respeito da ‘escolha’ profissional propriamente dita. A inclinação profissional não deve ser encarada como uma seleção simples, pois

A escolha de uma profissão é uma das situações vitais, na qual um jovem é solicitado a estabelecer de forma explícita o conceito que faz de si próprio, e a dizer definitivamente: "Eu sou este ou aquela tipo de pessoa". Para essas formulações contribuem, em maior ou menor escala, como forças motivacionais poderosas, o preenchimento das necessidades, os impulsos, a objetivação dos mecanismos de ajustamento, que são expressos através da preferência no campo das profissões (SCHEEFER, 1966).

Ainda que tivéssemos uma estrutura diferenciada como a destacada no segundo capitulo em Portugal, as questões do indivíduo também deveriam ser pautadas em projetos e programas para tentar identificar as vocações dos pretendentes à graduação.

Frente ao cenário destacado da evasão no Brasil, onde temos questões socioeconômicas tão evidenciadas, buscamos possíveis propostas que pudessem amortizar tal índice, que também considerasse ambas as situações expostas: o social e a vocação. Dentre as apresentadas direcionamos a nossa atenção para o programa de orientação vocacional.

Delineamos o tímido avanço da orientação vocacional no Brasil, identificamos que seu crescimento foi gradativo, mais ainda é entendido como um “programa de elite” com predominância de atuação nas escolas particulares e, ainda assim, sem atuação contínua, pouco abrangente e sem o seguimento ou referência necessária por parte das Instituições. Os programas são direcionados a partir da visão exclusiva do profissional da área na maioria das vezes, não havendo uma estrutura para o desenvolvimento do projeto.

74 Posteriormente iniciamos a pesquisa de campo, na qual foram entrevistadas cinco pessoas que vivenciaram a evasão do ensino superior. Optamos por não delimitar localização ou Instituição por diversos motivos, dentre eles, a não objetividade de utilizar este estudo como resposta abrangente para o problema levantado. Todavia, os discursos foram de intensa importância para ilustrar as questões inerentes à evasão no ensino superior e os possíveis programas de apoio ao estudante para a tomada de decisão na escolha profissional.

Finalmente, cabe destacar que este estudo não teve a intenção de elencar os maiores motivos da evasão nos cursos superiores ou definir um caminho único para pensarmos esse tema, o principal propósito foi somar forças aos trabalhos que já estão sendo elaborados e, conjuntamente a eles, fazer coro ao iminente debate para propostas que atendam melhor os estudantes da graduação e consequentemente à sociedade que receberá os profissionais qualificados e identificados com a profissão que irão desenvolver.

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APÊNDICE A – TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS

ENTREVISTA PILOTO – BERNARDO

Perfil do entrevistado:

Sexo: Masculino Idade: 35

Cidade Residente: Petrópolis/RJ Estado Civil: Casado

Universidade: UNOPAR Curso iniciado em: 2013 Ano da saída do curso: 2014 Período: 4º

Renda familiar: R$ 4000,00 Filhos: 0

Entrevistador: Onde cursou o Ensino Médio? Durante esse período foi apresentada alguma profissão ou área de atuação no mercado de trabalho?

Entrevistado: “Cursei em colégio particular, cursei o um ano no Werneck e cursei os outros dois anos no Free (Colégio Particular). Na época não foi apresentado graduações não né só, basicamente assim, como geralmente se fala né a gente sempre ouve falar de administração, medicina, engenharia..., mas apresentado mesmo como seria o trabalho, como seria se formar na área, se graduar na área, não foi apresentado nada. ”

Entrevistador: Quais foram os principais motivos que o levaram a escolha do curso de graduação?

82 Entrevistado: “Escolhi meu curso porque já tinha gente na família né? a minha mãe era, já trabalhava na área era contadora, e por já trabalhar na profissão também desde novo, eu acabei optando por ciências contábeis mesmo.”

Entrevistador: Quais os principais motivos que o levaram a desistir/ sair do curso?

Entrevistado: “Então não foi um motivo na verdade foram vários motivos que me levaram a sair na época né. Um porque eu era muito novo não tava tão focado assim para terminar os estudos. E, num segundo momento, foi área financeira, porque eu trabalhava pagar minha faculdade e dinheiro tava muito curto né, e depois na época não me animei a terminar apesar de faltar pouco tempo para me formar. ”

Entrevistador: Pretende reingressar na faculdade? Voltaria para o mesmo curso ou escolheria outro?

Entrevistado: “Sim, eu pretendo voltar no próximo ano né. Eu pretendo voltar para o mesmo curso para terminar porque ainda trabalho na área até hoje né, eu tenho curso técnico e é por isso que acabei de repente também não dando tanta ênfase na graduação né, porque o curso técnico que eu fazia me dava habilitação profissional, mas eu pretendo voltar. ”

Entrevistador: Já ouviu falar em Orientação vocacional? Acha que essa ferramenta poderia ajudar jovens no processo de escolha de uma graduação?

Entrevistado: “Já ouvi falar em orientação vocacional sim, mas depois de mais velho, na época que eu fazia ensino médio né, tem aí mais ou menos 16 anos atrás eu não conhecia orientação vocacional. Acho super importante que se faça porque acho que a gente ingressa na faculdade com uma idade muito pequena, acho que a gente não tem uma cabeça formada para poder escolher a profissão da vida inteira. Eu acho que é esse é um dos motivos de tanta evasão nas faculdades né, eu por exemplo, eu cursei um período de administração, nesse meio tempo aí entre a minha saída da minha primeira graduação na UCP e o meu retorno a uma outra universidade, foi por isso, por não saber, assim, apesar de já trabalhar na área, não

83 tinha tanta certeza se era isso mesmo que eu queria né. Hoje não é uma questão nem de escolha, mas questão até de necessidade né? mas eu acho que sim que orientação vocacional é muito importante sim, porque quando a gente sai do ensino médio né, primeiro que ensino médio não da base para nada, você vê um milhão de matérias que você depois nunca mais usa na sua vida e você não tem base para nada né, você não tem nenhuma estrutura de saber o que que é cada profissão, com que você vai trabalhar, se é isso mesmo que você quer para sua vida né. Eu acho que você é muito novo, muito imaturo para poder escolher uma coisa tão importante. ”

84 PRIMEIRA ENTREVISTA – ROSANE

Perfil da entrevistada:

Sexo: Feminino Idade: 33

Cidade Residente: Petrópolis/RJ Estado Civil: Divorciado

Universidade: UNOPAR Curso iniciado em: 2014 Ano da saída do curso: 2014 Período: 2º

Renda familiar: R$ 4000,00 Filhos: 2

Ingresso por política de inclusão: Não

Entrevistador: Onde cursou o Ensino Médio Regular? Durante esse período foram apresentadas áreas do mercado de trabalho?

Entrevistada: “Terminei no São Tomás de Aquino e não [foram apresentadas áreas do mercado de trabalho nesse período]”

Entrevistador: Na escolha do curso de graduação, quais foram os principais fatores que influenciaram?

Entrevistada: “o principal é que eu gosto de lidar com o público e de turismo e de