• Nenhum resultado encontrado

Este trabalho analisou o potencial colaborativo da Internet no seu novo estágio Web 2.0. Pôde-se perceber que as plataformas computacionais analisadas apresentam características que apóiam a construção coletiva do conhecimento, o desenvolvimento cognitivo individual ou em grupo, aprendizagem colaborativa, autonomia, pensamento crítico e inovação.

Como se observou, esta pesquisa teve como objetivo “Investigar as plataformas virtuais da Web 2.0 com vista a promover a aprendizagem colaborativa”, o que foi alcançado quando se desenvolveu o aporte teórico necessário para entender os conceitos de virtualidade, interacionismo e inteligência coletiva; quando se descreveu as plataformas computacionais escolhidas e se analisou o potencial educacional das mesmas; quando se apontou a sinergia entre a tecnologia e a teoria demonstrando a convergência das plataformas Web 2.0 analisadas e a aprendizagem colaborativa.

Ao analisar as plataformas aqui apresentadas foi perceptível notar as vantagens que as mesmas oferecem à Educação, visto que neste ambiente a colaboração é um componente primordial para que a troca de conhecimento aconteça e para que o resultado desejável se construa no processo ensino - aprendizagem. Vimos ainda que a apropriação das Tecnologias Virtuais em sala de aula requer muita disponibilidade por parte dos professores, assim como aptidão à pesquisa e capacitação continuada para que as plataformas sejam utilizadas de forma adequada de acordo com a necessidade de cada conteúdo educativo.

Cada uma das plataformas aqui investigadas apresentam-se como instrumento de mediação no processo de aprendizagem colaborativa e construção do conhecimento, pois trazem, em seu conjunto, características peculiares que as definem como componente de mediação entre teoria e prática na Educação.

A contribuição principal deste trabalho é destacar como cada plataforma estudada e analisada apresentam abordagens multidisciplinares e consequentemente contribuem de forma impactante dentro do ambiente escolar. Porém faz-se mister políticas educacionais direcionadas à inclusão digital de qualidade.

Foram observadas algumas limitações nas plataformas escolhidas, mas detectou-se inúmeros componentes propícios à aprendizagem coletiva e colaborativa, demonstrando o potencial dessas plataformas nas atividades de compartilhar, cooperar, discutir, apresentar argumentar e interagir de forma autônoma ou coletiva.

Apresentou-se, também, cenários educacionais factíveis, os quais demonstram a veracidade que estas Tecnologias de Informação e Comunicação promovem e potencializam o aspecto colaborativo que se espera encontrar no processo de ensino-aprendizagem na atualidade.

Portanto, esta pesquisa mostrou-se importante e, por isso necessária, pois joga luz neste tema atual e carente de investigação cientifica.

Pode-se, ainda eliminar as limitações apresentadas nesta pesquisa, com um estudo aprofundado através da pesquisa quantitativa, ou seja estudando as plataformas através de simulações e entrevistas que quantifiquem e pontuem outros aspectos que não foram apresentados neste estudo, como por exemplo:

 em quais disciplinas especificamente as plataformas contribuem para a assimilação do conhecimento;

 avaliar o aproveitamento e o desenvolvimento cognitivo dos alunos ao utilizar tais ambientes;

 se as plataformas oferecem aprendizagem direta ou indireta;

 como utilizá-las para colaboração, visto que elas podem contribuir para a integração individual e coletiva dos aprendizes e podem serem vistas como componente para a evolução social.

Convém dizer que este trabalho não esgotou as possibilidades de uso da Web 2.0 na Educação, mas se apresenta como um esforço positivo para promover uma Educação de qualidade e que esteja sintonizada com o comportamento dos aprendizes e professores na era da cibercultura.

Conclui-se, assim, que a revolução no uso da Web 2.0 está em estabelecer atividades em que o aluno em conjunto com o professor e outros participantes, estabeleçam buscas, conhecimentos, interpretações e trocas ativas de informações a fim de aprender com o outro e ajudar a aprendizagem do outro.

REFERÊNCIAS

ALVES. Alessandra C.M; SCHNEIDER, Henrique Nou. Interface Colaborativa Web 2.0 – Zoho Wiki. Instituto de Educação da UL. Disponível em <http://ticeduca.ie.ul.pt/resumos/ind ex.html>. Acesso em 23 jun. 2011.

ALMEIDA, M. E. B.(2005). Prática e formação de professores na integração de mídias pedagógicas e formação de professores com projetos: articulação entre conhecimentos, tecnologias e mídias. Revista Integração das tecnologias na Educação. Brasília/DF, p. 41. AUSUBEL, David P; NOVAK, Joseph D.; HANESIAN, Helen. Psicologia Educacional. Trad. de Eva Nick e Outros. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

ANDERSON, Chris. A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

BARROS, Aidil J. da Silveira & LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. 2ª ed. Fundamentos de metodologia. São Paulo: Makron Books, 2000.

BARROS, R. Frizero. Os Nativos Digitais e nós, os Imigrantes Digitais. Disponível em: <http://locutorio.blog.com/1126142/>. Acesso em 18 jan. 2011.

BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista à Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: J.Zahar Editor, 2005.

BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. Campinas: Autores Associados, 1999.

BOULOS, M. N.; MARAMBA, I.; WHEELER, S. Wikis, blogs and podcasts: a new generation of Web-based tools for virtual collaborative clinical practice and education. BMC Medical Education. v.6, n.41, 2005. Disponível em: <http://www.biomedce ntral.com/1472-6920/6/41>. Acesso 25 jul. 2011.

BRAGA, D.B. e COSTA, L.A. O computador como instrumento e meio para o ensino/ aprendizagem de línguas. Trabalhos em Lingüística Aplicada. 36. Campinas: Unicamp/IEL. 61-79, 2000.

CAPRA, FRITJOF. Vivendo Redes. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos; Souza, Queila. O Tempo Das Redes, pp. 21/23. Editora Perspectiva S/A. ISBN978-85-273-0811-, 2008.

CARVALHO, Ana Amélia Amorim. Rentabilizar a Internet ao Ensino Básico e Secundário: dos recursos e ferramentas Online aos LMS. Universidade do Minho: Revista de Ciência da Educação, 2007. Disponível em: <http://sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/sisifo03ptp2.pdf>. Acesso em: 30 set. 2011.

______. A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. 1. artes de fazer. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

CHATTI, M. A., Srirama, S., KENSCHE, D., and Cao, Y. (2006). Mobile web services for collaborative learning. In Wireless, Mobile and Ubiquitous Technology in Education, 2006. WMUTE ’06. Fourth IEEE International Workshop on, pages 129 –133.

COBO ROMANÍ, Cristobal; PARDO KUKLINSKI, Hugo. Planeta Web 2.0. Inteligência colectiva o medios fast food. Grup de Recerca d’Interaccions Digitals, Universitat de Vic. Flacso México. Barcelona / México DF, 2007. 162 p. Disponível em: <http://www.planetaweb2.net>. Acesso em 14 jul. 2011.

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2003.

CORD,B. Internet et pédagogie – état des lieux. Disponível em: <http://wwwadm.admp6. jussieu.fr/fp/uaginternetetp/definition_travail_collaboratif.htm> Acesso em 23 jul. 2011. CUNHA FILHO, P. C. et al. EAD.br: Educação à distância no Brasil na era da internet: o Projeto Virtus e a construção de ambientes virtuais de estudo cooperativo. São Paulo, SP: Anhembi Morumbi, 2000.

DELORS, JACQUES (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-102, 1999.

DUARTE, FÁBIO E FREI, KLAUS. Redes Urbanas. In: Duarte, Fábio; Quandt, Carlos; Souza, Queila. O Tempo Das Redes. Editora Perspectiva S/A.p. 156. 2008. ISBN 978-85- 273-0811-3

DRON, Jon; ANDERSON, Terry. Collectives, Networks and Groups in Social Software for e-Learning. In G. Richards (Ed.), Proceedings of World Conference on eLearning in Corporate, Government, Healthcare, and Higher Education, 2007. Disponível em: http://orfeu.org/weblearning20/3_3_grupos_redes_colectivos . Acesso em 03 de agosto 2011.

DUFFY, Peter D.; BRUNS, Axel. The Use of Blogs, Wikis and RSS in Education: A Conversation of Possibilities. In: Proceedings Online Learning and Teaching Conference. Brisbane, Australia, 2006. Disponível em: <http://eprints.qut.edu.au/archive/ 00005398/>. Acesso em 22 de jun. 2011.

FRIDMAN, L. C. Vertigens pós-modernas: configurações institucionais contemporâneas. Rio de Janeiro, Relume/Dumará, 2000.

GARDNER, H. Art, Mind and Brain. New York: Basic Books, 1982.

______. Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences. New York: Basic Books, 1985.

______. Um conceito reformulado: O criador das Inteligências explica e expande suas idéias com enfoque no Séc.XXI. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

GIDDENS, Anthony. As Conseqüências da Modernidade. São Paulo: Unesp, 1991. GIL, ANTÔNIO CARLOS. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GOLEMAN, D. Trabalhando com Inteligência Emocional. New York: Bantam Books, 1998.

GOMES, C.M.A. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Porto, Rs: Alegre, Artmed Editora, 2002.

HARASIM, L.; HILTZ, S. T.; TELES, T.; TUROFF, M. Learning Networks: A field guide to teaching and learning online. Cambridge, MA: The MIT Press, 1995.

JARVIS, Jeff. O que a Google faria? Como atender as novas exigências do mercado. São Paulo: Manole, 2010.

JONASSEN, David. O uso das novas tecnologias na educação à distância e a aprendizagem construtivista. Em Aberto, ano 16, n. 70, p. 70-88, abr./jun. 1996.

KENSKI, V. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003. KUHN, D. How do people know? Psychological Sci, 2001.

LEMOS, A.; LÉVY, P. O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010.

LÉVY, P. O que é o Virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.

______. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Trad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Edições Loyola, 1998.

______. O ciberespaço como um passo metaevolutivo. In: MARTINS, F. M.; SILVA, J. M. da. A genealogia do virtual: comunicação, cultura e tecnologias do imaginário. Porto Alegre: Sulina, 2004.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 1996.

MAÇADA, D. L. Rede virtual de aprendizagem : interação em uma ecologia digital. Tese (Doutorado) — Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Porto Alegre – RS – Brasil, 2001.

MARTINEZ, R. Before Teaching on Second Life Be a Student. Livingstone, D. and Kemp, J (eds). Proceedings of the Second Life Education Workshop 2001 – Part of the Second Life Community Convention, Chicago, 2007.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento científico: pesquisa qualitativa em saúde. 2a edição. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco, 1993.

MOLINA, M. P. and Sales, D. (2008). Knowledge transfer and information skills for studentcentered learning in spain. Portal: Libraries and the Academy, 8(1):53 – 74

MOORE, M. &KEARSLEY, G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo, Thompsom Learning, p.147-252, 2007.

MORAN, J. M. Educação inovadora presencial e a distância. 2003. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov_1.htm> Acesso em 20 de jan. 2012.

NOVAK, J. D. Uma teoria da educação. Tradução: Marco Antônio Moreira. SãoPaulo: Pioneira, 1981.

NÓVOA, A. Para uma análise das instituições escolares. In: NÓVOA, A.(org). As organizações escolares em análise. Lisboa, Dom Quixote/inst. Inovação Educacional, 1995. O' REILLY, T. What Is Web 2.0: Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software. Disponível em: http://oreilly.com/web2/archive/what-is-web- 20.html. Acesso em 23 abr. 2011.

OLIVEIRA, S. L. Tratado de metodologia científica: PROJETOS DE PESQUISAS, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 1997.

PIAGET, J. Aprendizagem e conhecimento. In: PIAGET, J., GRÉCO, P. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1974. Título original: Apprentissageet connaissance, 1959.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço - Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1998.

SCHNEIDER, Henrique Nou. Um ambiente ergonômico de ensino-aprendizagem informatizado. 2002. 114f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, SC, 2002.

SIEMENS, George. A Learning Theory for the Digital Age. 2004. Disponível em <http://www.elearn spac e.org/Articles/connectivism.htm>. Acesso em 11 mai. 2011.

TAPSCOTT, Don. Grown up digital: how the net generation is changing your world. Mc Graw Hill. 2009.

TRIVINHO,Eugênio.A Dromocracia cibercultural: lógica da vida humana na civilização mediática avançada.São Paulo: Paulus, 2007- Comunicação.

VALENTE, José Armando. Computadores e Conhecimento: repensando a educação. Porque o computador na educação. Gráfica central da Unicamp, Campinas-SP, 1993

VYGOTSKY, L.S. Obras Escogidas: problemas de psicologia geral. Gráficas Rogar. Fuenlabrada. Madrid, 1982.

______. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984. ______. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987. ______. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.