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Assim como palavras não são apenas palavras, são conceitos, macas no corredor não são apenas macas. Essas macas presentes nos corredores do Pronto-socorro do Hospital São Paulo são reflexos de uma dinâmica presente dentro do Hospital e sua interação com a Universidade Federal de São Paulo, com o Sistema Único de Saúde e com seus usuários. No presente estudo tive a intenção de demonstrar, pelo menos em parte, a complexidade dessa interação a fim de dar significados às macas, às filas e aos outros fenômenos que acontecem no dia a dia deste pronto-socorro.

Antes de tudo é válido ressaltar a significativa importância do Pronto-socorro do Hospital São Paulo na vida dos usuários do Sistema Único de Saúde de São Paulo, dos seus profissionais da saúde e docentes que lá ensinam, e dos estudantes da Universidade Federal de São Paulo. Ele garante o acesso à assistência à saúde, tenha ela o caráter de urgência ou não, a milhares de habitantes da cidade, do Estado e até de outras regiões do país. É um local de trabalho que, por oferecer uma assistência à saúde de alta densidade tecnológica e receber uma grande diversidade de pacientes, propicia aprendizado aos seus funcionários, possibilita o treinamento e pesquisa dos docentes e estudantes da Universidade, e cumpre um papel essencial no SUS no município.

Nem tudo são flores, no entanto. Ao cumprir todas as suas missões, o PS do HSP se depara com obstáculos e dificuldades que geram “efeitos colaterais” em todos que lá se encontram. A assistência fragmentada prestada ao paciente e a grande demanda que supera os recursos do PS geram sentimentos de impotência e frustração em mim, como profissional da saúde e como cidadã.

A universidade é um local de crescimento profissional e capacitação crítica. Foi ela que me proporcionou o aprendizado sobre o corpo, sobre a complexidade humana, sobre o Sistema Único de Saúde, sobre a cidadania. Ela me “formou” enfermeira generalista, capaz de atender emergências, trabalhar em saúde e ter um olhar crítico no meu ambiente de trabalho. Porém, ao ser admitida como funcionária do Hospital São Paulo, esse meu aprendizado entrou em choque com a realidade. Nem tudo é como nos livros, nas aulas ou nos debates acadêmicos. Chegara a hora de trabalhar, de colocar a “mão na massa”. Os “efeitos colaterais” se apresentavam a mim e com eles a árdua tarefa de concretizar o SUS.

Esses sentimentos foram os grandes motivadores desta pesquisa. Gostaria de entender o porquê das macas, o porquê da incapacidade do Sistema Único de Saúde se realizar plenamente neste pronto-socorro. Buscava culpados. Encontrei dilemas e dinâmicas complexas que envolvem diversos atores e instituições.

A mesma universidade que me proporcionou tantos aprendizados é aquela responsável por muitos dos “efeitos colaterais”. O modelo biomédico hegemônico de ensino e assistência à saúde gera a assistência fragmentada e o acesso desigual ao HSP. O acesso às enfermarias tem um recorte acadêmico e as tecnologias duras e leve-duras hegemonizam o trabalho em saúde.

A concentração de conhecimentos específicos, de especialidades e de tecnologias na Universidade e em seu hospital de ensino produz uma demanda espontânea de dimensões que superam a estrutura física e recursos humanos de seu PS. A baixa eficiência e eficácia, e dificuldades de acesso do restante da rede do sistema de saúde da cidade de São Paulo também são responsáveis pela dimensão desta demanda. Impasses na gestão do SUS no nível de regulação dificultam o sistema de referência e contra-referência, fazendo com que a rotatividade desejada em um pronto-socorro nunca seja alcançada.

O que se percebe é que as propostas de intervenções do Hospital nos problemas levantados se limitam ao problema interno do hospital e levam pouco em consideração o resto do sistema de saúde. A missão do Hospital como aparelho formador é superestimado em relação à sua missão como equipamento de saúde e lócus da assistência ao usuário do Sistema Único de Saúde.

Qualquer intervenção, para que seja realmente efetiva, necessitaria de processos de pactuação e de acordo entre todos os atores que atuam no SUS na cidade de São Paulo. Somente a ação sistêmica dos atores envolvidos poderá dar conta dos problemas complexos encontrados no PS: os usuários poderiam exercer mais ativamente seu poder de controle social; os trabalhadores da saúde se perceber como parte do processo e admitir a atuação do usuário no campo das tecnologias leves; a universidade se preocupar mais com o interesse coletivo dentro da lógica do Sistema Único de Saúde e adaptar seus métodos de ensino às necessidades dos usuários e do sistema de saúde; os gestores estarem mais dispostos a pactuarem com as diversas outras instâncias. A fim de se construir redes de cuidados ao longo da rede, não basta a atuação solitária de um ator.

O processo desta pesquisa me fez repensar o trabalho em saúde que eu exercia dentro do Hospital. Os sentimentos do início da minha trajetória profissional foram sendo amenizados ao entrar em contato com toda a literatura e referencial teórico consultados. Contudo, não no sentido de aceitação e acomodação. Os sentimentos que antes me geravam sofrimento, aliados à reflexão teórica realizada na dissertação de mestrado, agora me alimentam de motivações para a mudança. Hoje, tenho uma capacidade maior de perceber os momentos onde as tecnologias leves devem preponderar. Após um atendimento de parada cardiorrespiratória, realizada com toda a excelência científica no campo das tecnologias duras e leve-duras pelos trabalhadores do PS do HSP, tenho a percepção da necessidade das famílias no saguão do pronto-socorro de apoio, escuta e ambiente propício para o momento da conversa com a equipe de saúde. Os procedimentos necessários ao tratamento de urgência dos pacientes terão um maior significado a eles se nós, como trabalhadores de saúde, conversarmos e esclarecermos a importância dos mesmos. O acolhimento, realizado na Classificação de Risco, é um momento privilegiado de orientação aos usuários no sentido de conhecimento da rede de saúde da cidade e de mecanismos de controle social. E, como funcionária de um hospital de ensino, minha atuação está inevitavelmente atrelada ao processo de aprendizado, e faço o esforço para transmitir esses conhecimentos aos estudantes que passam pelo Pronto-socorro do Hospital São Paulo.

Realizei este trabalho com o intuito de desvelar os processos presentes no Pronto- socorro do Hospital São Paulo. Ele serviu para minha mudança de percepção do meu local de trabalho, para uma reflexão sobre meu papel como profissional da saúde e como cidadã. Espero que tenha, também, aberto possibilidades de novos estudos a serem realizados por estudantes de graduação, de pós-graduação, funcionários e trabalhadores da saúde que vejam o PS do HSP como um local possuidor de possibilidades e potenciais de melhora. Assim, tenho a esperança de que meu trabalho gere outros frutos, tanto na área acadêmica, como na área da gestão do Hospital São Paulo, trazendo pistas e subsídios para novas intervenções.

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