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No decorrer do seu exercício profissional, o enfermeiro estabelece diariamente interações terapêuticas, assentes nos pressupostos da Relação de Ajuda. Entenda-se por relação terapêutica aquela que se estabelece com intencionalidade e objetivos delineados, onde se cria uma parceria enfermeiro- a pessoa alvo dos cuidados.

A habilidade técnica do enfermeiro e as condições onde as relações se estabelecem nem sempre são propícias ao estabelecimento eficaz da relação de ajuda, o que condiciona a efetividade das intervenções no que diz respeito ao potenciar a evolução e mudança desejada no sentido da autonomia e bem-estar da pessoa.

A análise deste caso permitiu a aquisição de competências para análise e estudo de casos no futuro. Cientes de que cada caso é um caso e de que as habilidades que são necessárias para o estabelecimento da relação com uma pessoa podem ser diferentes ou até mesmo dificultadoras na relação com outra, consideramos mesmo assim, que através da análise reflexiva acerca dos sentimentos e reações por nós identificadas, o nosso autoconhecimento, se impõe como um elemento facilitador em situações seguintes.

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Nome “Levar a Mal e Apreciar”

Técnica Cognitiva

Objetivos Promover autoconhecimento e aptidões de confronto com fatores stressantes Facilitar sociabilização com o grupo e o desenvolvimento social

Permitir a expressão de sentimentos e emoções Promover o coping na resolução de problemas Permitir desenvolvimento de comunicação eficaz Promover a diminuição da ansiedade

Local Sala de atividades do Departamento de Psiquiatria

População Alvo 5 pessoas internadas no Serviço de Internamento de Psiquiatria com depressão, isolamento social, ideação suicida ou tentativa de suicídio

Critérios de

Exclusão

Presença de alterações da forma e conteúdo do pensamento Agitação psicomotora e/ou inquietação marcada

Ausência de capacidade de expressão oral

Duração 45min

Metodologia Apresentação do dinamizador

Pedir que cada participante se apresente ao grupo Explicar objetivos da sessão e metodologia

Pedir para que cada participante complete a frase “ Eu levo a mal que…”, um de

cada vez. Repetir com a frase “Eu aprecio que…”

Garantir que todos os participantes percebem o que lhes é pedido e o significado dos termos

Garantir a ausência de comentários, quer do dinamizador como das restantes pessoas do grupo

Cada pessoa tem a possibilidade de dizer: “Eu não levo nada a mal”; “E não aprecio nada”; “passo”; “sem comentários”

Pedir no final da sessão que manifestem a sua opinião sobre a atividade, se retiraram proveito da mesma, se promoveu o autoconhecimento e o conhecimento do Outro.

Dinamizadora Enf.ª Joana Madeira

Moderador Enfº M. R.

Avaliação/Descrição Realizada através da observação direta dos comportamentos, pela verbalização e manifestação de sentimentos e emoções pelos participantes e pelos comentários dos participantes no final da sessão. Os participantes manifestaram agrado pela participação na atividade, pediam a palavra para continuar a falar das suas vivências, denotando necessidade da expressão verbal de sentimentos e emoções. No final da sessão os participantes referiram que as sessões são importantes e que sentem necessidade de comunicar os seus sentimentos com alguém, não o fazendo muitas vezes para não incomodar a equipa ou por não conseguirem manifestar essa necessidade. Referiram que as sessões possibilitam um momento privilegiado para as trocas e que deveriam ser realizadas com maior regularidade e frequência ao longo do dia, não só em grupo mas também sessões individuais.

APÊNDICE VI – Comunicação oral: “Alterações Psicológicas na Gravidez, Maternidade e Parentalidade ”

Enfª Joana Madeira

Mestranda em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria