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Considerações finais sobre a planificação e sua aplicabilidade Prática

3. Planificação

3.5. Considerações finais sobre a planificação e sua aplicabilidade Prática

 Síntese oral dos conteúdos a abordar na próxima aula;

Podemos considerar a planificação supramencionada de “normal”, mas a sua implementação acarretava condicionantes que poderiam ser uma catástrofe no sentido do cumprimento dos objetivos propostos. Mesmo conhecendo bem o perfil dos alunos tive sempre algum receio que a aula corresse mal, mas acreditei que fosse correr bem. Quando apresentei ao professor cooperante o que me propunha desenvolver nesta aula mostrou-se muito reticente. Nesta aula, e sempre de encontro ao objetivos do currículo, propus que aos alunos fizessem uma dobragem de um vídeo relacionado com questões de Bulliyng. Este tema não foi escolhido ao acaso. A mensagem que me propus passar foi que o Blulliyng começa e acaba em cada um de nós, aproveitando esta temática e esta situação para consciencializar os alunos para questões morais e sociais, não só sobre o Bulliyng, mas também sobre indiferença que por vezes as pessoas demonstram relativamente a situações sociais que presenciam sem que nada façam para interferir.

Os alunos teriam de interpretar um texto (StoryBoard áudio criada nas aulas anteriores). Iriamos fazer a captura usando as técnicas e equipamentos abordados nas aulas anteriores. Assim, estaríamos a pôr em prática os conhecimentos adquiridos e permitiria que os alunos criassem os seus próprios registos que mais tarde iriam editar. Recusamo-nos a usar bibliotecas digitais pré-concebidas e entendemos que esta abordagem permitiria aos alunos uma melhor interpretação das problemáticas inerentes à captura de som, tanto ao nível dos equipamentos como também a questões acústicas. Os alunos iriam criar registos próprios.

Para que esta aula corresse bem era fundamental uma enorme dinâmica do professor e uma enorme capacidade de gestão de tempo, assim como, uma excelente capacidade de gestão de recursos físicos e humanos (alunos).

Como sempre, na parte inicial, foi explicado aos alunos os objetivos da aula, contextualizando sempre o trabalho a desenvolver. Após a contextualização foram feitas adaptações ao espaço físico da sala de aulas que nos permitissem os momentos de interpretação.

Na parte principal ou de desenvolvimento os alunos foram convidados a representar as 3 primeiras cenas estabelecidas na StoryBoard áudio construída na aula anterior. Os alunos tiveram um comportamento extremamente responsável, superando totalmente as minhas espectativas e superando completamente as espectativas do professor cooperante, demonstrando um profissionalismo de excelência. Tal postura

IV – Prática de Ensino Supervisionada

Sérgio Quitério

105 mostra-nos, que apesar do perfil não muito favorável dos alunos, quando confrontados

com atividades completamente diferentes das tradicionais, consegue-se um aproveitamento fantástico. Para além da postura responsável mostraram-se extraordinariamente motivados no decurso das atividades. O papel de gestor do professor estagiário foi muito facilitado pela postura dos alunos.

Consideramos, e apesar de algum receio inicial, que a aula foi um sucesso, os objetivos propostos e as atividades desenvolvidas funcionaram na perfeição.

O professor cooperante mostrou-se algo surpreendido com o resultados positivo e pela forma como os alunos participaram na aula, chegou até a fazer um registo vídeo da atividade que estávamos a desenvolver.

No final da aula, o professor estagiário fez questão de realçar a postura adulta e responsável que os alunos tiveram ao longo da aula e fez-se, como era hábito, uma antevisão da próxima aula. Novamente o professor informou onde os alunos poderiam aceder a todos os contruídos e materiais usados na presente aula:

IV – Prática de Ensino Supervisionada

3.5.

C

ONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A PLANIFICAÇÃO E SUA APLICABILIDADE

P

RÁTICA

O balaço que fazemos da componente de responsabilização no nosso estágio pedagógico é extremamente positivo. A relação que estabelecemos com a turma foi determinante para entendermos e caraterizarmos o perfil da turma. Só assim poderíamos planificar de forma consciente e realista atendendo às necessidades dos alunos. Após assimilarmos o contexto educativo e a descodificação do perfil da turma conseguimos planificar de forma a que pudéssemos propor atividades e definir objetivos adaptados à realidade dos alunos.

Obviamente que a realidade dos cursos profissionais permite trabalhar de uma forma mais capaz de alcançar as metas de aprendizagem, neste caso, as metas de aprendizagem são substituídas por objetivos gerais que identificamos na caraterização do curso, no perfil de saída do aluno.

Concluímos que ao compreendermos a orgânica de funcionamento do curso e, acima de tudo, compreendermos os alunos, transformamos esta etapa do estágio numa experiência extremamente enriquecedora e gratificante.

Ao adotarmos estratégias de ensino, focadas nos alunos e sobre as suas especificidades, criando uma relação de proximidade, conseguimos um ambiente harmónico no decorrer da fase de responsabilização.

Notamos uma grande diferença na postura dos alunos, não só nas aulas administradas por nós, mas também nas restantes aulas. Se numa fase inicial (fase de observação) existiam participações disciplinares diariamente, no final do nosso estágio, situações destas deixaram de existir. Esta constatação deve-se ao constante feedback que mantivemos com toda a equipa pedagógica ao longo do estágio.

Acreditamos que tal situação não é apenas uma coincidência. Acreditamos que a abordagem que fizemos à turma e a nossa forma de trabalhar e estar no que toca a aquilo que entendemos ser o papel do professor foi determinante para esta mudança de atitude por parte dos alunos.

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