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É interessante ver que o tema de sustentabilidade está criando grandes proporções ao redor do mundo, diversos programas e metas globais estão sendo criadas e espalhadas para todos, mas ainda assim, temos muitas evidências de que a ação do homem sobre o meio ambiente tem causado danos irreparáveis. E diante dessa visão, é importante que haja conscientização de mais pessoas sobre a preservação do meio ambiente. Não somente da população, mas também das grandes empresas, que podem causar grandes impactos negativos, como também utilizar da sua influência para gerar impactos positivos.

Com essa ideia, este trabalho teve como objetivo analisar as divulgações de relatórios de sustentabilidade dos grandes bancos que estão no Brasil, comparando com as respostas dadas ao ISE. As instituições financeiras, mesmo não tendo um impacto direto ao meio ambiente do seu serviço prestado, ainda assim precisa ser ecoeficiente, tendo monitoramento dos seus consumos de água, luz, papel, emissão de gases para atmosfera e utilização de fontes renováveis para geração de energia. E, além disso, sempre zelar pelo seu processo de financiamento, garantindo que os empreendimentos/projetos estejam sempre de acordo com as leis ambientais, e se possível, ter a garantia de trazer alguma vantagem para o meio ambiente. E, analisando as publicações, os três bancos analisados garantem esse processo, pois seguem o Princípio do Equador.

Analisando os relatórios anuais, onde constam as informações sobre sustentabilidade dos bancos, interessante ver que todos se mostram preocupados com assuntos como a mudança do clima, emissão de gases de efeito estufa, energia renovável, entre outros, e alguns até participam de eventos de grande importância para o assunto, incentivando mais ainda a mudança de visão para os problemas relacionados a esses pontos.

Quanto à análise das divulgações de ecoeficiência também foi um ponto positivo com ressalvas para os três bancos analisados. Para alguns temas, há ressalvas para a publicação, como por exemplo, o Itaú publicar em um ano metas para o ano seguinte e no relatório do ano seguinte, divulgar um valor de meta diferenciado, sem mencionar o motivo da alteração. O Santander responder ao questionário alegando ter monitoramento/metas, porém essas informações não serem divulgadas ou não estarem claras. E o Bradesco, responder que há monitoramento, porém, não divulgar os indicadores desses itens. Portanto, precisam melhorar a divulgação de algumas informações, para ter coerência entre os anos e também com o questionário respondido, desta maneira fica mais claro para o stakeholder e a todos os interessados na informação, de que o banco é de fato ecoeficiente e que as informações divulgadas são confiáveis.

Seria interessante conseguirem colocar nas divulgações todos os ganhos financeiros e não financeiros das iniciativas implantadas, dessa forma, é possível que os interessados tenham a visão da importância do tema e que o assunto de meio ambiente não é algo que traz prejuízo à empresa. Alguns itens analisados no Itaú apresentam essa informação, e foi bem interessante analisar qual foi o valor investido versus o valor economizado, a visão fica muito mais clara ao leitor.

Assim, o desafio continua para as empresas analisadas, continuarem com iniciativas que trazem benefícios ao meio ambiente e divulgarem de forma clara e objetiva no relatório de sustentabilidade todos os indicadores importantes para a melhor compreensão dos stakeholders. Para estudos futuros seria interessante que sejam analisados todos os itens do questionário do ISE para as instituições analisadas neste trabalho e também para todas as empresas que estão na carteira, validando as informações publicadas e respondidas.

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