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6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

6.3. Comparando as iniciativas e resultados dos bancos

6.3.2. Consumo de energia

Todos os bancos responderam no questionário possuir procedimentos, metas e monitoramento para redução no consumo de energia, em todos os anos analisados.

Tabela 7 – Respostas ao questionário do ISE - Energia Fonte: ISE – 2018

Em 2015, o banco Santander divulgou que haviam estabelecido uma meta global para redução de consumo de energia elétrica entre 2011 a 2015 para reduzirem em 20% o consumo, porém a redução foi apenas de 11%. Uma nova meta global foi estabelecida para o período de 2016 a 2018, para reduzirem em 9%, estas metas seguem a Huella Ecológica, indicador global de ecoeficiência. Em 2016, assim como descrito no item sobre consumo de água, com a implantação da iniciativa de monitoramento dos consumos, o consumo de energia foi economizada em 182.525 GJ, suficiente para abastecer cerca de 10 cidades com 100.000 habitantes por um mês.

Tabela 8 – Consumo de energia do Santander Fonte: Relatórios Anuais

Em 2017, divulgaram o consumo de energia reanalisado, os valores estão na tabela acima. A redução de consumo de energia em 2017 foi em decorrência da substituição de lâmpadas fluorescentes por LED em todas as agências e instalação de mecanismos para desligamento automático do ar condicionado, foram investidas em torno de R$ 3 milhões. A medição do consumo também teve uma melhoria, em que consiste numa área especializada em obter dados primários de consumo em 100% dos endereços,

b) Energia elétrica Procedimentos sistemáticos e regulares b) Energia elétrica - Metas de redução b) Energia elétrica Monitoramento Bradesco x x x Santander x x x Itau x x x Em Gj 2015 2016 2017 2018 Novos valores 2017 1.259.293 1.090.164 1.006.731 1.024.173

possibilitando o monitoramento em tempo real, além de um manual de boas práticas entregue a todos os gerentes.

Outras iniciativas foram realizadas em 2018, com a substituição de mais lâmpadas fluorescentes para LED na Sede Santander e troca de desktops para notebooks, que implica na redução de utilização de nobreaks. Consideram que 16% da energia consumida é proveniente de Energias Renováveis, e em Minas Gerais todo o consumo é proveniente dessas energias. Não houve a divulgação se houve o cumprimento da meta estabelecida, porém em comparação à 2015, a redução foi de 19% do consumo, ou seja, a meta global foi alcançada, porém novas metas não foram divulgadas.

As metas futuras do banco Santander também não foram encontradas no Relatório Anual do Santander Global.

Para o banco Itaú, os maiores ofensores no consumo de energia são os equipamentos eletrônicos e de refrigeração. Como as redes de agências estão alocadas em diversos lugares do Brasil, o banco conta com um sistema que ajuda na análise contínua do consumo de cada agência, podendo identificar anomalias e picos no consumo, e mais que isso, podem melhorar o planejamento e priorização de ações de melhorias.

Contam com 81% do consumo de energia nos prédios administrativos provenientes de energia solar, eólica, biomassa e PCHs (pequena central hidrelétrica), e a meta é de chegar a 96% até 2020. E outras iniciativas foram implantadas em 2015 pelo banco, como:

✓ Iluminação LED nos prédios administrativos; ✓ Otimização no sistema de refrigeração do CTMM; ✓ Reforma de ar-condicionados;

✓ Auditoria energética no prédio da Faria Lima; ✓ Entre outros.

Com a construção do prédio CTMM em 2015, o consumo de energia consequentemente aumenta, porém o aumento foi apenas de 0,14% em comparação à 2014. Foram estabelecidas três metas neste ano: reduzir em 34% o consumo de energia por R$ 1 milhão de produtos bancário entre 2012 a 2020; atingir em 2020, um PUE (índice de Eficácia do Uso de Energia) de 1,60, 19% menor que em 2015; e comprar, até 2020, 96% da energia para os prédios administrativos de fontes renováveis, 55% a mais do que em 2012.

Dessas metas, algumas das metas foram alcançadas em 2016, como é o caso do PUE, que atingiu o valor de 1,97 e consumo de energia ultrapassou em 17% a meta

estabelecida. Somente as fontes renováveis, que aumentaram para 89%, não atingindo ainda a meta estabelecida. Neste mesmo ano, tiveram a migração de alguns prédios administrativos para o mercado livre de energia, e foi implantado no CTMM um sistema de Smart Cooling, que pela inteligência artificial consegue controlar e monitorar a temperatura do local com mais eficiência, dessa ação foi possível reduzir em 65% do consumo de energia, o que representa uma economia de 8%. Com a desativação de dois prédios, houve uma contribuição de 16% na redução do consumo de energia.

Em 2017, o banco Itaú construiu como piloto duas agências em São Paulo com diversos itens de medidas sustentáveis, e um estudo feito em uma das agências mostrou uma economia de 55% no consumo de energia em comparação ao ano anterior. 58% do consumo de energia são provenientes das agências, que não possuem fontes renováveis, e 42% são dos prédios administrativos, sendo que 95% são provenientes de fontes renováveis.

Tabela 9 – Consumo de energia do Itaú Fonte: Relatórios Anuais

Apesar de terem alcançado a meta estabelecida, houve um aumento no consumo de energia de 0,5%, mas em comparação a 2015 a redução foi 15%. Em 2018, foram implantadas algumas iniciativas, como a realização de kaizen servidores que otimizou e reduziu energia nos equipamentos servidores de TI; foi implantado 42 elevadores nos centros empresariais com melhor eficiência energética, com sistema de regeneração de energia, entre outros.

O banco Bradesco também possui uma ferramenta de gestão de energia elétrica (GEA), que possibilita o acompanhamento e análise de consumo mensal podendo visualizar os gastos e metas. Fazem diversas campanhas de conscientização como o “Desperdício Zero da Rede de Agências”, “Programa de Gestão da Ecoeficiência” (desde 2010) e “Campanha Racionalize”, essas ações reduziram em 4% da projeção de elevação das tarifas. A meta para 2016 foi de reduzir em 2,4% e conseguiram atingir uma redução de 5,8%.

Realizaram em 2016 a alteração de lâmpadas fluorescentes por LED e criaram um esquema de setorização de iluminação e de medição em alguns prédios administrativos. Já em 2017, estudaram a possibilidade de migração para o Mercado Livre, geração

Em Gj

2015 2016 2017 2018

fotovoltaica distribuídas a partir de fazendas solares e automação do sistema de ar-condicionado. Publicaram a meta para 2018 para redução de 1,3% de consumo de energia.

Toda a energia elétrica é proveniente do Sistema Interligado Nacional (SIN), e por isso que, independentemente do local, qualquer unidade de medida possua uma característica mesclada de fonte renovável e não renovável. A meta para 2019 é de reduzir em 3,7%.

O plano diretor de ecoeficiência do período de 2016 a 2018 conseguiu atingir uma redução de -10,05%, sendo que a meta era de -5,11%. Para o período de 2019 a 2021, a meta de redução é de -11,16%. O plano diretor de eficiência energética, traz a possibilidade de canalizar todos os projetos e iniciativas de curto, médio e longo prazo, com as seguintes premissas:

✓ Redução de custos; ✓ Expansibilidade;

✓ Modernidade e sustentabilidade.

A primeira parte do plano é implantar o retrofit de LED, redefinição de rotinas, implantação de automação predial, entre outros. Tem previsão de investimento de R$ 25 milhões e ao final de seis anos espera-se uma redução de 22% no consumo em relação a 2016.

Tabela 10 – Consumo de energia do Bradesco Fonte: Relatórios Anuais

Nos relatórios de 2015 a 2017, o Bradesco publicou todas as medições em MM kWh, somente em 2018 que realizaram a conversão para Gj. Em 2015, o consumo foi medido em 576 MM kWh. A redução de consumo de energia de 2018 em relação a 2016 foi de 4%.

Comparando todos os bancos, é possível analisar que o Bradesco é o mais eficiente quando analisamos o consumo por funcionário, mesmo não apresentando uma redução significativa ao longo dos anos, como os outros bancos.

Em Gj

2015 2016 2017 2018

Tabela 11 – Comparação de consumo de energia entre os bancos Fonte: Relatórios Anuais

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