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Ainda me resta uma dúvida O vínculo tem fim? Alguns dizem que não, outros dizem que sim Fato é que sua continuidade depende de você e de mim

Ah! Então será duradouro! Que os vínculos da minha vida sejam assim! Gabrielli Pinho de Rezende

Neste momento de realizar considerações sobre este estudo, faz-se necessário ressaltar que o vínculo existe e se constitui como uma tecnologia leve essencial e potente para a integração e funcionamento da rede de assistência à saúde. Torna-se importante ainda abordar os diferentes aspectos observados a respeito da construção do vínculo no cotidiano.

Por envolver relações humanas, o vínculo é visto como um processo complexo, em construção contínua e possui diferentes sentidos. A utilização da entrevista e da observação direta para o desenvolvimento do estudo de caso foi fundamental para a aproximação e compreensão desse universo subjetivo.

Os resultados da pesquisa baseados na relação entre profissionais e profissionais e usuários mostraram que o vínculo está presente na realidade pesquisada, apesar de entraves existentes para a construção e manutenção dele. A diversidade de significados atribuídos a este termo, apesar de conceituar não ter sido objetivo deste estudo, foi visualizada nos depoimentos dos participantes. Observa-se que profissionais, usuários e gestores entendem o vínculo de maneiras diferentes, mas com sentidos muito próximos ao contato com o outro e à área da saúde. Percebe-se que essas relações de sentido estão presentes no cotidiano dos sujeitos das equipes da ESF estudadas pelas apresentações, a saber: estar ligado ao outro, conviver, estar junto, compartilhar, zelo, cuidado.

Com base neste entendimento e ao buscar compreender a construção do vínculo, nota- se que a aproximação entre profissionais e usuários tem acontecido no dia a dia em situações pontuais, que não caracterizam uma ligação duradoura e forte e ainda com objetivos diferentes.

Apesar do encontro desses sujeitos acontecer em torno do tema saúde, ou doença, em muitos casos, o foco da criação da relação tem sido o que esperar do outro, ou seja, o profissional de saúde busca de alguma maneira estar próximo do usuário, buscando nessa relação um sujeito envolvido no seu processo de saúde, compromissado, corresponsável; por

sua vez, o usuário também quer o profissional de saúde por perto, mas espera ali ser bem atendido e ter seu problema resolvido por uma pessoa capacitada; já o gestor quer todo o sistema funcionando. Nem sempre existem um planejamento e o conhecimento do papel de cada um para o fortalecimento dessa relação e alcance do cuidado integral. É preciso mudar esse olhar e fazer com que todos tenham expectativas semelhantes direcionadas a essa relação.

Em todas as discussões realizadas no estudo, a postura do profissional foi considerada um pilar importante na construção e manutenção do vínculo, visto que a partir dela realiza-se a conquista do usuário para aquela unidade e atendimentos realizados ali, programam-se quais atividades serão realizadas e possibilita-se a continuidade da assistência.

A partir do momento que o profissional conhece o usuário e tem oportunidade de manter seu trabalho com aquela família, o estreitamento das relações pode acontecer. Uma aproximação que antes tinha somente um objetivo profissional é ampliada a partir do conhecimento da realidade de cada um.

E essa relação vai se consolidando quando existe envolvimento dos sujeitos no processo de saúde, oportunidade para escuta e acolhimento, interesse, participação e comprometimento. Assim é possível manter uma atenção contínua.

Ao pensar a proposta de reestruturação do modelo de saúde vigente com a implantação da ESF, algumas considerações são necessárias. Mudar o modelo assistencial de saúde por meio da ESF, tendo o vínculo como um de seus princípios, significa pensar sobre as relações existentes. Isso implica repensar como elas acontecem e inserir no contexto da APS e das equipes reflexões que tragam novos conhecimentos a respeito da forma de produzir saúde, com utilização das tecnologias leves. A valorização das pessoas e investimentos em capacitações pode trazer reflexos positivos na construção do vínculo.

Não é possível desconstruir uma saúde há tempos implantada e enraizada com base no atendimento médico, foco na doença e atendimento especializado sem discussões por meio da vivência e realidade das pessoas e participação de todos.

A PNAB coloca como facilitadoras do vínculo algumas ações da ESF como a adscrição da clientela, carga horária de 40 horas, alguns profissionais serem da comunidade, entre outras. No entanto, observa-se que somente isso não garante a adesão e envolvimento de todos.

O pertencimento de fato a um lugar, em se tratando de relações interpessoais, seja esse relacionado a territorialização e adscrição da clientela ou ao seu papel no cuidado da saúde, não é alcançado por meio de políticas. O que irá garantir a manutenção da procura por uma

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unidade de saúde ou profissional, e do profissional pelo usuário, é a qualidade do serviço e o que cada um tem demonstrado para uma conquista diária. Todos devem ser reconhecidos como fundamentais no planejamento e efetivação das ações.

Apesar do reconhecimento de que o vínculo interfere na forma de produção do cuidado, facilitando o acesso às necessidades, o acompanhamento e o cuidado das famílias e de avanços já serem observados no cotidiano dos serviços de saúde, tais como: a procura pelos profissionais das equipes (além do médico), o trabalho em equipe, a cooperação entre os profissionais, a realização do acolhimento por toda a equipe, o reconhecimento do potencial positivo da visita domiciliar como momento de encontro e práticas de educação em saúde e a busca de acompanhamento em detrimento do atendimento aos casos agudos, é importante frisar que alguns entraves ainda existem para que o vínculo seja construído de forma efetiva e constante.

A forma de atendimento médico colocado como insuficiente por alguns participantes; o atendimento excludente à demanda espontânea; o estabelecimento de normas pelos profissionais, sem observar a realidade da população, que acabam restringindo atendimentos; a demora para o agendamento de exames e consultas com especialistas e o contato insuficiente com os gestores podem ser vistos como algumas limitações ao vínculo duradouro e contínuo.

Minha prática profissional, apresentada no início do estudo repleta de inquietações, também foi transformada ao longo dessa caminhada. O conhecimento adquirido com os sujeitos aqui envolvidos e suas relações permitiu afirmar a existência do vínculo, enxergar o mesmo de uma maneira diferente e trabalhar isso no dia a dia, por meio da postura, da escuta e também no sentido de aproximar os objetivos de usuários e gestores.

De uma maneira geral, observa-se que uma construção, seja do que for, para ser duradoura e forte, precisa ter base sólida. No caso do vínculo a realização dessa base deve ser produzida com a mistura de cuidado contínuo, objetivos comuns e envolvimento dos sujeitos.

A realização deste estudo possibilitou a compreensão da construção do vínculo entre profissionais de saúde e usuários de unidades de Saúde da Família do município de Paraopeba e também reflexões sobre a prática cotidiana para que as ações realizadas nos serviços de saúde e nos demais pontos de atenção estejam mais voltadas para a melhoria das relações interpessoais. Acredita-se que a realidade encontrada nesse estudo se assemelhe a de outros locais, mas conhecê-las seria interessante. Espera-se que novos estudos sejam realizados no sentido de compreender as diferentes configurações do vínculo, sua construção e influências na assistência à saúde.

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APÊNDICES APÊNDICE A

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM

Vínculo na Estratégia Saúde da Família na Perspectiva de usuários e profissionais de Saúde.

Pesquisadora: Gabrielli Pinho de Rezende Município: Paraopeba

ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADO - Usuário Identificação da ESF:

Idade: Sexo:

Tempo que mora na área de abrangência da ESF:

1- Como é sua relação com a equipe de saúde que atende você e sua família? 2- Você se sente bem acolhido pela equipe?

3- Você pode me contar alguma situação onde você se sentiu bem atendido por algum profissional ou pela equipe? E alguma onde foi mal atendido?

4- Quais atividades que a equipe ou algum profissional realiza que você considera que aproxima mais as pessoas?

5- O que te leva a buscar atendimento nessa unidade? 6- O que você entende por vínculo?

APÊNDICE B

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM

Vínculo na Estratégia Saúde da Família na Perspectiva de usuários e profissionais de Saúde.

Pesquisadora: Gabrielli Pinho de Rezende Município: Paraopeba

ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADO - Profissionais Identificação da ESF:

Idade: Sexo: Profissão:

Tempo de atuação na presente ESF:

1- Como é sua relação com as famílias e pessoas que você atende no seu trabalho? 2- Quais atividades ou ações que você desenvolve no seu dia a dia que você acredita te aproximar mais das pessoas? E com sua equipe?

3- Como você vê a relação com sua equipe? E com os gestores? 4- Como você acolhe as pessoas no seu trabalho?

5- De que maneira você acha que ser próximo do usuário e da equipe interfere de alguma forma no cuidado em saúde?

6- Você acha que as pessoas procuram essa unidade e o seu atendimento por quê? 7- O que você entende por vínculo?

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APÊNDICE C

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM

Vínculo na Estratégia Saúde da Família na Perspectiva de usuários e profissionais de Saúde.

Pesquisadora: Gabrielli Pinho de Rezende Município: Paraopeba

ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADO - Gestores Identificação da ESF:

Idade: Sexo: Profissão:

Tempo de atuação no cargo:

1- Como é sua relação com as famílias e pessoas que você atende no seu trabalho? E com os profissionais do município?

2- Como você acolhe as pessoas no seu dia a dia? 3- O que você entende por vínculo?

4- Como você vê a construção do vínculo na relação entre serviço-profissionais-usuários- gestores para o cuidado em saúde?

5- De que maneira você acha que ser próximo do usuário e da equipe interfere de alguma forma no cuidado em saúde?

6- Você acha que as pessoas procuram esse local e o seu atendimento por quê? 7- Gostaria de dizer mais alguma coisa?

APÊNDICE D

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Usuários)

Gostaria de convidá-lo(a) a participar de uma pesquisa intitulada “A construção de vínculo no cuidado cotidiano em saúde”, sob orientação da Profa. Cláudia Maria de Mattos Penna e desenvolvida por mim Gabrielli Pinho de Rezende como parte de meu mestrado desenvolvido na Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais.

O estudo tem por objetivo compreender a relação de vínculo instituída no cuidado em saúde na perspectiva dos trabalhadores de equipes de saúde da família e dos usuários.

Para falar sobre isso, você deverá responder algumas perguntas sobre como se sente cuidado quando busca o serviço de saúde; em que situações busca a unidade de saúde e quais não busca; de que forma se sente recebido no serviço; quais os motivos que o fazem buscar atendimento na unidade básica; quais fatores facilitam ou dificultam sua relação com os profissionais de saúde e contar sobre situações em que você foi bem atendido e outras que não foi. Se você permitir, suas respostas serão gravadas em um gravador para que seja fiel às respostas que você deu quando for transcrevê-las e você poderá escutar, se assim o desejar. Se você permitir, gostaria de acompanhá-lo em uma consulta, caso o profissional de saúde que o atenda também permita, para observar como ela acontece e anotar em um caderno, chamado de diário de campo, que você poderá ler depois para autorizar sua utilização ou não.

Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para compreender de que forma você e sua família, enquanto usuários, estabelecem vínculos com os profissionais de saúde e como esta situação interfere ou não no tipo de atendimento e tratamento que recebem.

Essa pesquisa oferece riscos mínimos a você, assim você deve considerar que sua colaboração é voluntária e o seu anonimato será garantido e que se não quiser pode não responder às perguntas feitas. Firmo o compromisso de que suas respostas serão utilizadas apenas para fins desta pesquisa e

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