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Os resultados mostrados na seção anterior indi am que métri as de entralidade,

espe i amente, grau de saída, podem ser usadas para predizer o nível de ooperação

dospares ompre isãorazoável. Essaprediçãopodeserutilizadaparaproverbenefí ios

ourestriçõesaosparesdea ordooseunívelde ooperação. Porexemplo,aidenti ação

de pares mais ooperativospode ser exploradaem políti asque favoreçam esses pares

provendodadosdiretamentedoservidordevídeoparamelhoraraqualidadedeserviço

[Chatzidrossos etal., 2010℄. Nesta seção, são dis utidos alguns fatores que impa tam na utilização práti a do modelo desenvolvido. Em parti ular, dis utem-se aspe tos

rela ionados à oleta de dados para apli açãoe alibraçãodo modelo, àsobre arga de

pro essamento nosistema eà robustez da estratégia proposta a pares mali iosos.

Para alibrar e apli ar o modelo, um parti ipante entral do sistema pre isa

oletar periodi amentedadossobre aspar erias dos pares parare onstruir arede P2P

sobreposta e também oletar os valores de nível de ooperação (

NC

) para alibrar o

modelo. A oleta dos valores de

NC

pode ser feita em intervalos de tempos maiores,

onformedis utidos naseção4.2.3.2. Alémdisso, aoinvésde oletardadosde todos os paresdarede,podeser oletadouma amostradospares,jáqueamétri agraudesaída

não exigeo onhe imento ompleto darede. De fato, um trabalho a ser explorado no

futuroéodesenvolvimentodeestratégiasdeamostragemdeparesnaredepara alibrar

o modelo.

Muitos sistemas P2P de vídeo ao vivo existentes já oletam dados sobre os

pares periodi amente utilizando mensagens de ontrole. Por exemplo, o sistema

Coolstreaming 3

possui um servidor de logs dedi ado para oletar dados de ada par

sobre qualidade de vídeo, volume de download e upload,e par erias re entes [Li etal.,

2008a℄. De forma similar, tais informações são oletadas pelos sistemas UUSee [Wu etal., 2007℄ e PPLive. Este último, emparti ular, utiliza o tra ker darede P2P para realizartal oleta[Piateket al.,2010℄. Issomostraointeresse dessessistemasem monitorartantootráfegode dadosentre ospares omotambémaspar erias formadas

entre eles oua organização darede P2P sobreposta.

NosistemaSopCast otra ker também omuni a omtodos osparespormeiode

mensagensde ontrolesin ronizadasemintervalosde2e3minutos, omofoiobservado

nos experimentosrealizadosnestetrabalho, emboranão tenhasido possívelde odi ar

o onteúdo dessas mensagens. Caso as mensagens de ontrole tro adas entre os pares

e o tra ker no sistema SopCast não ontenham informações de par erias, in luí-las

in orre em pequena sobre arga de largura de banda. Isso porque os pares a umulam

pou asdezenasdepar eirosemumajaneladetempo. Defato,foiobservadoumamédia

de 15,65 par eiros em um minuto, e ada par eiro pode ser representado por apenas

4 bytes. A título de ilustração, se existem 10.000 pares na rede informando as suas

par erias a ada2minutosnasmensagensde ontrole,asobre argaadi ionalagregada

no tra ker vai ser de 40kbps. Essa sobre arga é pequena dado que o monitoramento

ompletodarede,in lusivesuaestruturatopológi a,édeinteressedosadministradores

dos sistemasP2P de distribuição de vídeo omofoi dis utido anteriormente.

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O segundo ponto importante é a sobre arga de pro essamento no sistema. As

informaçõessobre a rede sobreposta devemser atualizadas à medidaque novosdados

são oletados dos pares. Nesse pro esso, as par erias são veri adas a partir das

informaçõesdos dois pares envolvidos na omuni ação (o par provedor e par re eptor

de hunks). O parâmetro de entrada domodelo, grau de saída dos pares, não requer

omputação extra uma vez que a rede sobreposta está disponível. O usto para obter

essa métri aporpar é xo,ouseja,

O(1)

. Caso omodelo utilizasseasoutras métri as

de entralidadeestudadas, o usto seria maior. Por exemplo o ál ulo dobetweenness

exato tem omplexidade

O(mn)

emgrafosnãodire ionados om

m

arestase

n

verti es

[Brandes, 2001℄. Já o ál ulo da proximidade exato tem o usto

O(nm + n

2logn)

[Eppstein &Wang, 2001℄.

Para alibrar omodelo éne essário obter onível de ooperaçãodos pares (

NC

),

que pode ser oletado om um usto extra de 4 bytes na mensagem de ontrole.

Todavia,o

NC

éne essárioapenasemintervalosde temposmaislongos, pois omo foi

mostrado naseçãoanterior(Figuras 4.12e4.13),a alibração domodelo emintervalos de16minutosaindalevaaresultadosrazoavelmentepre isos. A alibraçãotambémtem

um ustobaixo,poisalgoritmosderegressãopara omputarosparâmetros

aj

domodelo não são omputa ionalmente intensivos [Jain, 1991℄. Por exemplo, a alibração do modelo om GNUR para um milhãode pontos (variáveispreditoras erespostas)dura

emmédia3segundos utilizandoum omputador om pro essadorde 2Ghz ememória

de 8 GBytes. Possivelmente, a alibração exigemenosre ursos omputa ionais doque

a utilização de me anismos de autenti ação no pro essamento de dados oletados dos

pares, tal omo o me anismo Contra ts [Piateketal., 2010℄, omo será dis utido a seguir.

O ter eiro ponto diz respeito à robustez a pares mali iosos, ou seja, pares que

informampar eriasfalsaspara aumentaroseu

NC

indevidamente. Aforma omquea

redesobrepostaére onstruídadi ultaqueumparmali iososozinhoenganeosistema.

Isso porque as par erias são onsideradas quando são reportadas por ambos os pares

envolvidos na omuni ação. Logo, não é ne essária nenhuma omputação extra para

veri ar aautenti idadedo grau de saída dos pares.

A veri ação do

NC

de um par tem um usto alto de pro essamento aso seja

adotado um me anismo de in entivo, omo Contra ts, que utiliza apenas té ni as de

autenti ação(re ibos riptografados). EmContra ts, ada par oleta re ibos dos seus

par eiros a ada volume

v

de hunks forne idos. Ele tambémreporta esses re ibos ao

tra ker para omprovar as suas ooperações ao nal de uma janela de tempo. Essa

que ele forne eu dados (grau de saída) emum minuto e onsiderando ograu de saída

médio no SopCast de 8,21 par eiros, o tra ker pro essa er a de 80.000 re ibos por

minuto emuma rede om10.000pares. Opro essamentodessesre ibosemtemporeal

exige uma infraestrutura om poder omputa ional alto, mesmo om implementação

otimizada e paralelização de riptograa de have públi a (Algoritmo RSA) omo

sugerem os autores. Esse é um usto onsiderável omparado à abordagem proposta

nesta dissertação, ujo usto om pro essamento é baixo.

Existem situaçõesespe í as emque re ibos riptografados são ne essários para

omprovarpar erias na rede sobreposta. Tome omo exemplo, um ataque oordenado

dos par eiros de um par ( onluio) para difamá-lo negando as par erias estabele idas

om ele. Nesse aso, o modelo pode ser apli ado onjuntamente om o me anismo

Contra ts, mas diminuindo a quantidade de re ibos pro essados no tra ker. Dessa

forma,osistemarequisitare ibosdeumparapenasquandoumaproporção onsiderável

desuaspar eriasnãosão onrmadasnamanutençãodaredesobreposta. Essesre ibos

servirão omo prova para des one tar ospares em onluiodarede.

Contudo, existe outro tipo de onluio mais difí il de ser identi ado e o uso de

re ibos riptografados não é su iente. Considere um enário em que pares agem

oordenadamente para bene iar uns aos outros informando par erias falsas entre

si. Nesse aso, o uso de re ibos riptografados não é apaz de dete tar esses pares

porque eles tro am re ibos riptografados. Na próxima seção serão exploradas outras

propriedadestopológi asdaredesobrepostabus ando diminuiraspossibilidadesdesse

tipode onluio.

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