• Nenhum resultado encontrado

CONSIDERAÇÕES (provisoriamente) FINAIS

Este trabalho deve ser considerado um ponto de partida, um mapeamento inicial, constituído por práticas artísticas e pesquisa bibliográfica que sinalizaram o papel fundamental do corpo e do ambiente na criação dos significados artístico-musicais. Ou seja, esta pesquisa não se encerra aqui e, por isso, não pede por conclusões categóricas nem definitivas.

O contato com a bibliografia citada no capítulo 1 e a reflexão sobre os processos artísticos analisados no capítulo 2 evidenciaram a necessidade de trazer o corpo para dentro da discussão artística e musical. Tal aproximação, inevitavelmente, muda os paradigmas do que chamamos de música, dança, improvisação, arte e significado. Apesar do fato de que o corpo nunca esteve fora de nada disso – o que evidencia certa tautologia nesta proposta – como vimos anteriormente, o corpo foi, não raras vezes, excluído das práticas discursivas relacionadas a estes campos.

Já de saída, incluir o corpo no discurso a respeito da experiência musical esclarece como as características espectromorfológicas do som que produzimos estão diretamente associadas ao corpo que somos e ao corpo dos instrumentos que tocamos. Portanto, a maneira como organizamos estas redes de corpos – instrumento, instrumentista e público – muda completamente o som. Um tema frutífero para pesquisas futuras seria a desestabilização da própria noção de instrumento, bem como dos pronomes possessivos que costumam acompanhá- lo (meu instrumento, meu corpo).

É evidente que há uma enorme sabedoria, por parte dos instrumentistas, a respeito da associação do movimento de seus corpos com o som que produzem. Mas esta sabedoria costuma ficar restrita ao plano da interpretação musical e banida de boa parte da musicologia tradicional. Por outro lado, como

diz Achille Picchi (2009)65, “não há interpretação sem análise”. Esta visão integrada da interpretação com a análise é muito útil para eliminarmos a distinção comum entre músicos e teóricos, unindo a sabedoria do instrumentista à do compositor e do musicólogo. E tenho fortes convicções de que esta ponte pouco explorada entre interpretação, composição e análise esteja relacionada aos processos metafóricos embasados no corpo que engendram o significado. Sem dúvida, isto significa uma mudança paradigmática, afinada com a tendência da teoria musical chamada de Nova Musicologia.66

Em um próximo estágio da pesquisa, a se desenvolver nas experiências práticas em um possível doutorado, faz-se necessário um aprofundamento das bibliografias encontradas, especialmente no que se refere ao extenso trabalho de Johnson e Lakoff. Acredito que seja possível realizar uma sistematização do uso das metáforas cognitivas de Johnson e Lakoff (1980) na análise de obras artísticas. Os esquemas de imagem mostraram-se especialmente importantes para começar este trabalho e podem ser a chave para entender como nossa percepção do som, da imagem e do movimento constitui-se a partir de suas interligações.

Também gostaria de explorar futuramente outras bibliografias que orbitaram este trabalho, mas não puderam estar presentes na dissertação por uma necessidade de concisão. O neurocientista António Damásio (1995, 2000, 2003), por exemplo, tem apontado a impertinência da dicotomia mente/corpo e destacado o papel das emoções na criação de significado. Fauconnier e Turner (2003) também partem da teoria das metáforas conceituais (LAKOFF; TURNER, 1989) para explicar a emergência de novo significado, através de um processo

                                                                                                               

65 Frase de Achille Picchi proferida em sua disciplina de Composição, do curso de Composição e

Regência da UNESP.

66 A Nova Musicologia é um conjunto de tendências da musicologia que questiona os

procedimentos, enfoques e valores da musicologia tradicional (em especial a ideia de autonomia), comumente trazendo estudos de gênero, estudos pós-coloniais e teoria feminista para perto da análise musical. Os trabalhos de Kerman (1985, 1994), Kramer (1990, 1995, 1997), Szendy (2007), Agawu (2003) e Subotnik (1991, 1996), entre outros, se alinham com essas tendências.

que chamam de mistura (blending). Tal como vimos em Johnson (2007), a arte é um importante campo de criação de novos significados e, neste sentido, a abordagem de Fauconnier e Turner com certeza contribuirá com novos elementos a esta pesquisa.

Dentro do campo da musicologia, gostaria de aprofundar no doutorado algumas hipóteses presentes em publicações de Nicholas Cook e Mark Everist (1999); o conceito de escuta ecológica de Eric Clarke (2005); a postura radical de Trevor Wishart (1996) frente à tradição formalista de composição; e a visão de Kofi Agawu (2003) de análise musical, fundamentada na semiótica. Neste primeiro momento da pesquisa, acabei por despender mais tempo identificando a ideia de autonomia e a dicotomia mente/corpo em trabalhos que, no fim das contas, não foram utilizados na reflexão teórica que estava construindo, que me aprofundando nos autores os quais, de fato, possuíam uma abordagem baseada no corpo. Creio que esta dificuldade em encontrar o corpo na musicologia tradicional é, em parte, mais uma confirmação de suas raízes no formalismo e na ideia de autonomia da obra de arte.

Teria sido mais profícuo pesquisar, logo de início, os autores que fundamentaram a teoria do significado embasado no corpo, e a partir deles buscar correspondências diretas na musicologia – e não o contrário. Mas estes são meandros que fazem parte do processo de pesquisa. Citando Augusto de Campos em seu prefácio para Pound (2006, p. 10), a “separação drástica do melhor” é um dos grandes aprendizados da vida do pesquisador-artista, e a dissertação de mestrado um bom momento para iniciá-la.

Como artista, percebo ao final desta primeira fase de estudos uma enorme contaminação em meus processos criativos e em minha prática como musicista. É inevitável a mudança na maneira de pensar, ouvir, fazer música depois do contato com tais abordagens do significado embasado no corpo. E acredito que essa mudança se tornará ainda mais estrutural e profunda, na medida em que a pesquisa for aprofundada.

A improvisação foi um porto para esta pesquisa: ponto de partida e chegada, abastecendo e recebendo experiências, perguntas e reflexões. Se na improvisação foi onde surgiram as questões elaboradas neste trabalho, a partir dele passei a pensar a improvisação não mais apenas como um estilo, técnica ou ferramenta de criação, mas como experiência artística condensada no presente, podendo, portanto, nos dizer muita coisa a respeito do papel do corpo na significação artística. Esta via de mão dupla se mostrou rica em aprendizados e a razão verdadeira deste trabalho: aproximar, cada vez mais, a teoria do significado embasado no corpo da prática artística, para que uma seja contaminada pela outra.

Figura 10 – Apresentação da Quartabê no Festival Jazz na Fábrica, agosto de 2015. Foto:

José de Holanda

REFERÊNCIAS

ALBERNAZ, L. S. F. Gender and musical performance in Maracatus (PE) and Bumba Bois (MA). Vibrant, Virtual Braz. Anthr. Brasília , v. 8, n. 1, p. 322- 353, June, 2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 43412011000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 Oct. 2015.

ATLAS, C; BLUM, S; STEINBERG, S. Merce Cunningham: a lifetime of dance. American Masters Production, 2001. 1 DVD.

BAKHTIN, M. Problems of Dostoevsky's poetics. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1984.

BANES, S. Dancing [with/to/before/on/in/over/after/against/away/from/without] the music: Vicissitudes of Collaboration in American Postmodern Choreography.

Choreography and Dance, v. 1, Part 4, p. 3-22, New York: Routledge, 1992.

______. Writing Dancing in the Age of Postmodernism. New England: Wesleyan University Press, 1994.

______, CARROL, N. Cunningham, Balanchine, and Postmodern Dance. Dance

Chronicle, v. 29, n. 1, p. 49-68. New York: Routledge, 2006.

BAUDELAIRE, C. Le peintre de la vie moderne. Disponível em:

<http://baudelaire.litteratura.com/ressources/pdf/oeu_29.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2015.

BERNSTEIN, D. Cage and High Modernism. The Cambridge Companion to

John Cage, David Nicholls (Ed.), p. 186-213. Cambridge: Cambridge University

BLASSNIGG, M. Review: Modernism after Wagner. Leonardo On-Line.

Disponível em: <http://www.leonardo.info/reviews/feb2012/blassnigg-koss.php>. Acesso em: 15 jun. 2014.

BROWN, S.; MARTINEZ, M. J.; PARSONS, L. M. The neural basis of human dance. Cerebral cortex, v. 16, n. 8, p. 1157-1167, Oxford: Oxford University Press, 2006.

CAGE, J. Silence: Lectures and Writings. Connecticut: Wesleyan University Press, 1961.

______. A year from Monday: New Lectures and Writings. Connecticut: Wesleyan University Press, 1969.

CHION, M. Guide des Objets Sonores: Pierre Schaeffer et la Recherce Musicale. Paris: Buchet/Chastel, 1983.

CITRON, M. Gender and the Musical Canon. Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

CLARKE, E. Ways of Listening: An Ecological Approach to the Perception of Musical Meaning. Oxford: Oxford University Press, 2005.

COOK, N. Analysing Musical Multimedia. Oxford: Oxford University Press, 1998.

______; EVERIST, Mark. Rethinking music. Oxford: Oxford University Press, 1999.

COPELAND, R. Merce Cunningham: The Modernizing of Modern Dance. New York: Routledge, 2004.

DAHLHAUS, C. Foundations of Music History. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.

______. La idea de la música absoluta. Barcelona: Idea Books, 1999.

DICKINSON, P. (Ed.) CageTalk: dialogues with and about John Cage. Rochester: Boydell & Brewer, 2014.

DURÃO, F. A.; ZUIN, A.; VAZ, A. F. (Org.) A indústria cultural hoje. São Paulo: Boitempo, 2008.

ELIAS, N. Mozart: sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.

GALLESE, V.; FADIGA, L.; FOGASSI, L.; RIZZOLATTI, G. Action recognition in the premotor cortex. Brain, v. 119, p. 593-609. Oxford: Oxford University Press, 1996.

______. A neuroscientific grasp of concepts: from control to

representation. Philosophical Transactions of the Royal Society B:

Biological Sciences, v. 358, n. 1435, p. 1231-1240, The Royal Society

Publishing, 2003.

______; LAKOFF, G. The brain's concepts: The role of the sensory-motor system in conceptual knowledge. Cognitive neuropsychology, v. 22, n. 3-4, p. 455- 479, New York: Routledge, 2005.

GODØY, R. I. Motor-mimetic music cognition. Leonardo, Cambridge, v. 36, p.317–319, Massachusetts: MIT Press Journals, ago. 2003.

GREENBERG, C. Art and Culture: Critical Essays. Boston: Beacon Press, 1961.

GREINER, C. O corpo: pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.

______; KATZ, H. Por uma teoria do corpomídia. In: GREINER, C. O corpo: pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: AnnaBlume, 2005.

HANSLICK, E. Do belo musical: Um contributo para a revisão da estética da arte dos sons. Covilhã: Lusosofia Press, 2011.

HAUEISEN, J.; KNÖSCHE, T. R. Involuntary motor activity in pianists evoked by music perception. Journal of Cognitive Neuroscience, v. 13, p. 786-792. Massachusetts: MIT Press Journals, 2001.

HARVEY, D. Condição Pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 1992.

HATTEN, R. S. Musical gesture: Theory and interpretation. Indiana University. Disponível em:

<http://www.indiana.edu<deanfac/blfal03/mus/mus_t561_9824.html>. Acesso em: 26 jul. 2013.

______. Interpreting musical gestures, topics, and tropes: Mozart, Beethoven, Schubert. Bloomington: Indiana University Press, 2004.

HODGINS, Paul. Relationships Between Score and Choreography in

Twentieth-Century Dance Music, Movement, and Metaphor. New York:

Edwin Meller Press, 1992.

IACOBONI, M. et al. Grasping the intentions of others with one’s own mirror neuron system. PLoS Biol, v. 3, n. 3, e79, p. 529-35. San Francisco: PLOS, 2005.

IAZZETTA, F. Meaning in musical gesture. Trends in Gestural Control of Music. M. Battier and M. M. Wanderley (eds). Paris: IRCAM, Centre

Pompidou, 2000. Disponível em:

<http://www.music.mcgill.ca/~mwanderley/Trends/Trends_in_Gestural_Control_o f_Music/>. Acesso em: 09 fev. 2014.

JAMESON, F. A Virada Cultural: Reflexões sobre o pós-modernismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

JENSENIUS, A.R. ACTION – SOUND: Developing Methods and Tools to

Study Music-Related Body Movement. Oslo: University of Oslo, 2007

_____ et al. Musical gestures. Musical gestures: Sound, movement, and meaning, v. 12, New York and London: Routledge, 2010.

JOHNSON, M. The Meaning of the Body: Aesthetics of Human Understanding. Chicago: The University of Chicago Press, 2007.

______; LARSON, S. Something In The Way She Moves: Metaphors of musical motion. Metaphor and Symbol, Philadelphia: Taylor and Francis, n. 18, v. 2, p. 63-84, 2003.

JORDAN, S.; NICHOLAS, L. Stravinsky the Global Dancer: A Chronology of Choreography to the Music of Igor Stravinsky. 2007. Disponível em:

<http://urweb.roehampton.ac.uk/stravinsky/Stravinsky_Introduction.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2014.

______. Choreomusical Conversations: Facing a Double Challenge. Dance

Research Journal. Cambridge: Cambridge University Press, n. 43, v. 1, 2011.

KATZ, H. A. T. de Keersmaeker volta ao Brasil. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 27 set. 1999. Caderno 2, p. 1.

KOHLER, E. et al. Hearing sounds, understanding actions: action representation in mirror neurons. Science, v. 297, n. 5582, p. 846-848, 2002.

KORSYN, Kevin. Beyond privileged contexts: Intertextuality, influence, and dialogue. Rethinking music, p. 55-72, Oxford: Oxford University Press, 1999.

KOSS, J. Modernism After Wagner. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2010

LAHAV, A.; SALTZMAN, E.; SCHLAUG, G. Action representation of sound: audiomotor recognition network while listening to newly acquired actions. The

journal of neuroscience, v. 27, n. 2, p. 308-314, 2007.

LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metaphors We Live By. Chicago: University of Chicago Press, 1980.

_______. Philosophy in the flesh: The embodied mind and its challenge to western thought. New York: Basic books, 1999.

LEMAN, M.; GODØY, R. I. Why study musical gestures? Musical gestures: Sound, movement, and meaning, p. 3-11, New York and London: Routledge, 2010.

LEFEBVRE, H. A produção do espaço. Tradução de Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do original: La production de l’espace. 4e éd. Paris: Éditions Anthropos, 2000). Primeira versão: início - fev. 2006.

LUCIER, A. MUSIC 109: Notes on experimental music. Middletown: Wesleyan University Press, 2012.

MARTINS, C. A Improvisação em Dança: Um processo sistêmico e evolutivo. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1999.

MENEZES, F. Música maximalista: ensaios sobre a música radical e especulativa. São Paulo: UNESP, 2006.

______. A Acústica Musical em Palavras e Sons. Cotia: Ateliê Editorial, 2003.

______; PALOMBINI, C. Música eletroacústica: Histórias e estéticas. [Electroacoustic music: Histories and aesthetics]. São Paulo: Edusp, 2009.

MILLER, L. E. Henry Cowell and Modern Dance: the Genesis of Elastic Form.

NATTIEZ, J. Music and discourse: Toward a semiology of music. New Jersey: Princeton University Press, 1990.

PEÑALBA, A. 2005 El cuerpo en la música a través de la teoría de la Metáfora de Johnson: análisis crítico y aplicación a la música. TRANS – Transcultural Music Review 9, 2005. Disponível em:

<http://www.sibetrans.com/trans/articulo/176/el-cuerpo-en-la-musica-a-traves-de- la-teoria-de-la-metafora-de-johnson-analisis-critico-y-aplicacion-a-la-musica>. Acesso em: 13 set. 2014.

PERLOFF, M. Difference and discipline: The Cage/Cunningham Aesthetic Revisited. Em: Contemporary Music Review, v. 31, n. 1. New York: Routledge, fev. 2012.

PHILLIPS-SILVER, J.; TRAINOR, L. J. Vestibular influence on auditory metrical interpretation. Brain and cognition, v. 67, n. 1, p. 94-102, 2008.

POUND, E. ABC da literatura. São Paulo: Cultrix, 2006.

SANTOS, B. de S. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação

social. São Paulo: Boitempo, 2007.

SCHNEIDER, A. Music and gestures: A historical introduction and survey of earlier research. Musical gestures: Sound, movement, and meaning, p. 154- 179, New York and London: Routledge, 2010.

SMALLEY, D. Spectromorphology: Explaining Sound-Shapes. Organised

Sound, Cambridge: Cambridge University Press, n. 2, v. 2, p. 107-26, 1997.

______. Space-form and the acousmatic image. Organised sound, Cambridge: Cambridge University Press, v. 12, n. 01, p. 35-58, 2007.

TICINI, L. F. et al. When sounds become actions: higher-order representation of newly learned action sounds in the human motor system. Journal of Cognitive

2012.

VIDEIRA, M. A linguagem do inefável: música e autonomia estética no Romantismo Alemão. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2009.

WAIZBORT, L. Chaves para ouvir Schumann (Paralipomena à Kreisleriana - I). Novos Estudos. CEBRAP, Sao Paulo, v. 75, p. 185-210, 2006.

WIEGAND, C. The Sound of Pina Bausch. The Guardian, Londres, 24 ago. 2014. Disponível em: <http://www.theguardian.com/stage/2014/aug/24/pina- bausch-music-sweet-mambo-tanztheater-wuppertal>. Acesso em: 13 set. 2014.

WILLIAMS, A. Cage and postmodernism. The Cambridge Companion to John

Cage. Nicolls D. (Ed.). Cambridge: Cambridge University Press, 2002.

WISHART, T.; EMMERSON, S. (Ed.). On sonic art. Amsterdam: Harwood Academic Publishers, 1996.

ZAMPRONHA, E. Gesture in Contemporary Music: On the Edge Between Sound Materiality and Signification. TRANS – Revista transcultural de música, 9 (artigo 17), 2005 . Disponível em:

<http://www.academia.edu/205550/Gesture_In_Contemporary_Music_On_The_ Edge_Between_Sound_Materiality_And_Signification>. Acesso em: 5 Sep. 2013.

ZBIKOWSKI, L. M. Music, Dance, and Meaning in the Early Nineteenth Century.

Journal of Musicological Research, Chicago: Taylor & Francis Online, 31:

Documentos relacionados