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Considerações sobre a metodologia empregada

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5- DISCUSSÃO

5.1. Considerações sobre a metodologia empregada

5.1.2 Método

5.2 Efeitos promovidos pelo aparelho extrabucal 5.3 Efeitos promovidos pela placa lábio-ativa

5.4 Comparação entre os dispositivos empregados para contenção dos molares distalizados

5.1. Considerações sobre a metodologia empregada

5.1.1.AMOSTRA

Os pacientes foram previamente selecionados e tratados até a fase da

distalização dos molares superiores (ANTONELLINI3, 2005) somente por um aluno

do curso de Mestrado em Odontologia, área de concentração Ortodontia. Na fase

posterior, durante o alinhamento e nivelamento dentários no aparelho ortodôntico

fixo, o tratamento foi realizado por dois alunos do mesmo curso, todos orientados pelo mesmo professor responsável. Desta forma, a amostra deste estudo teve

caráter prospectivo, o que confere ao trabalho uma maior confiabilidade científica

devido à menor variabilidade no tratamento realizado.

Os pacientes tratados foram divididos em dois grupos aleatoriamente, sendo que no grupo I foi instalado o aparelho extrabucal e no grupo II, a placa lábio-ativa

superior para contenção dos molares superiores anteriormente distalizados. A média

das idades iniciais do grupo AEB foi de 11 anos e 6 meses e do grupo PLA foi de 11 anos e 7 meses e o tempo médio de tratamento do grupo AEB foi de 12 meses e 24

dias e do grupo PLA foi de 15 meses e 9 dias. Desta forma, ambos os grupos estavam em uma mesma faixa etária, ou seja, na mesma fase de crescimento

craniofacial e devido a isto, torna-se dispensável o uso de um grupo controle, já que

as alterações decorrentes do crescimento craniofacial serão as mesmas nos dois

grupos e em uma comparação serão anuladas.

5.1.2. MÉTODO

Os resultados foram obtidos por meio de cefalogramas realizados sobre telerradiografias em norma lateral em sala obscurecida sempre por um único

operador. Estas radiografias foram obtidas nas fases pós-distalização e pós-

alinhamento e nivelamento dentários, decorrido um mês da instalação do fio de aço

0,019” x 0,025”.

A linha de referência para as medidas ântero-posteriores foi a linha PTV

devido a sua confiabilidade e utilização comprovada. (LANGLADE49, 1993) Já para

as variáveis verticais e de inclinação dentária, utilizou-se o plano palatino, visto que

qualquer alteração rotacional deste em relação à base do crânio, não interferiria nas

medições dentárias.

Verificou-se apenas um erro sistemático (variável - PP.CsAs), sendo que a

diferença entre as medições foi menor que 0,5°, não haverá qualquer implicação

clínica que possa inviabilizar o presente estudo. Não foi encontrado erro casual

5.2. Efeitos promovidos pelo aparelho extrabucal

A ancoragem extrabucal, tração cérvico-occipital, promoveu alguns efeitos

dentoalveolares nos pacientes do presente estudo. Para um melhor entendimento e compreensão dos resultados, as alterações serão divididas nos molares e nos

incisivos.

5.2.1. EFEITOS NOS MOLARES

No sentido vertical, verificou-se uma estabilidade vertical dos molares superiores durante a contenção, por meio da ancoragem extrabucal, tração cérvico-

occipital (Tabela II, variável PP-C6). Esta estabilidade vertical já era esperada, visto

que a direção da força resultante, proporcionada por este aparelho, coincide com o

centro de resistência do primeiro molar superior, não promovendo, assim, extrusão

ou intrusão,4,7,12,19,22,26,30,43,57,58,77,86. Esta estabilidade no sentido vertical é bastante

importante, principalmente em pacientes com padrão de crescimento equilibrado ou

com tendência suavemente vertical, a fim de não aumentar a altura facial ântero-

inferior, o que poderia trazer um resultado bastante insatisfatório para os

pacientes.5,13,18,67

Com relação à alteração sagital, não houve alteração estatisticamente

significante. Contudo, apesar de não significante estatisticamente, verificou-se uma

mesialização média de 2,27mm entre as fases pós-distalização e pós-alinhamento e

nivelamento dentários. Poderia se pensar que a pequena recidiva da distalização

dos molares superiores teria afetado o sucesso do tratamento, ou seja, que a contenção proporcionada pelo aparelho extrabucal de uso noturno não foi eficaz.

Contudo, todos os pacientes se encontravam com uma relação molar de Classe I no

momento da segunda telerradiografia analisada. Esta mesialização observada

deveu-se à verticalização dos primeiros molares superiores, o que promoveu uma

mesialização das suas coroas, já que durante a sua distalização, os molares

superiores foram inclinados para distal. Esta mesialização em decorrência da

verticalização dos molares superiores já era esperada, como afirmado por

GIANELLY28, em 1998. E devido a isto torna-se de suma importância a

superiores. No presente estudo, houve sobrecorreção de 1 mm, em média. Além

disso, pelo fato dos pacientes se apresentarem em fase de crescimento, esta mesialização provavelmente pode ter ocorrido devido ao próprio crescimento da

maxila, que se dará na direção mesial, fazendo com que haja a mesialização

também do processo alveolar e dentes, inclusive do primeiro molar superior. Assim,

com a sobrecorreção de 1 mm, em média, faz com que o sucesso da mecânica não

seja comprometido.

As alterações sagitais no posicionamento das coroas dos primeiros molares

superiores foram verificadas pela distância linear da projeção ortogonal do ponto

cefalométrico Cs à vertical PTV, representadas pela variável PTV-Cs. Os valores

médios de PTV-Cs apresentados na Tabela II, demonstraram um aumento, em

média de 2,27 mm, estatisticamente não significante entre as fases inicial e final. Isto

demonstra o sucesso da utilização do AEB como contenção dos molares

distalizados.4,19,36,57,59,74,86

Houve uma inclinação para mesial dos primeiros molares superiores com

relação ao plano palatino de 8,22o (Tabela II). Na verdade, essa inclinação

corresponde à correção do efeito causado pela mecânica de distalização

empregada, que inclinou os molares superiores para distal (ANTONELLINI3, 2005). Portanto, é necessário atentar para que mesmo com os efeitos de distalização

alcançados, deve-se manter o aparelho extrabucal para que este corrija a inclinação

destes dentes após a distalização.

5.2.2. EFEITOS NOS INCISIVOS

Houve uma inclinação para lingual estatisticamente significante dos incisivos

superiores de 3,33º, em média. Isto ocorreu provavelmente devido a um efeito que o

AEB pode causar nestes dentes,52,63,73,77 fazendo a movimentação destes dentes

para distal, além do torque presente nos braquetes responsáveis pelo alinhamento e

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