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4 IMPLANTAÇÃO DO CESNORS

4.2 Gestão Acadêmica da UFSM e o processo construtivo da nova unidade

4.2.3 Constituição do CESNORS como Unidade de Ensino no período 2006/2010

A partir de janeiro de 2006, o desafio passou a ser dotar os Municípios de Frederico Westphalen e de Palmeira das Missões de meios físicos e operacionais para iniciar as aulas dos cursos então criados. O organograma dos campi estavam definidos, já no escopo do Projeto aprovado pela SESu/MEC, da seguinte forma:

Figura 8 – Organograma do CESNORS/PM

Presente o fato de que os organogramas das figuras 7 e 8 traziam a meta a ser alcançada, com todos os detalhes que acompanhariam cada uma das ações necessárias à sua realização como Unidade de Ensino, a Comissão de Implantação, a para das negociações

destinadas a prover os campi de locais provisórios, determinou um cronograma interno para atendimento das necessidades do projeto.

Dentro das competências inerentes a cada setor da Administração da UFSM, foram remetidas as metas correspondentes. Inicialmente, já para o exercício de 2006, delinearam-se as necessidades imediatas por gênero de atividade, o que, grosso modo, pode ser visualizado na tabela abaixo:

Tabela 1 – Cronograma das principais atividades/20063

2006 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Adaptar instalações provisórias X X X X X X X X X Dotar instalação de móveis e equipamentos X X X X X X X X X Revisar e atualizar PPP* X X Adquirir Livros** X X X X X X X X X Nomear Bancas ** X X Concurso Docente** X X X X X X Concurso TAE’S** X X X X X X Licitar Obras X X X X X X X X X X X X Adequar SIE X X X X X X X X X

Implantar SIE na Unidade X X X X X X X X X Adquirir e Instalar Laboratórios X X X X X X X X X X X X Vestibular *** X X X X X Cadastramento de alunos e matrículas X X

Início das aulas **** X X X

As atividades constantes do quadro acima que se estenderam até dezembro de 2006, continuaram nos exercícios subsequentes. As demais, ou exauriram-se no seu próprio cumprimento ou tiveram suas necessidades renovadas, agora em ritmo de manutenção, a exemplo dos demais Centros da UFSM.

Como referido anteriormente, os locais provisórios já estavam disponíveis, pelo que as adaptações necessárias trataram de pequenas reformas, ampliação e modernização do Restaurante Universitário no âmbito do colégio Agrícola de Frederico Westphalen, bem como reforço de material de expediente, o que se viabilizou através do Almoxarifado Central da

3 * Data limite para a revisão e eventual atualização, pois o edital de vestibular seria publicizado em março/2006.

** Data limite para posse de concursados, face Eleições Presidenciais, as quais vedam posses 90 dias antes do primeiro turno e 90 dias após o segundo turno.

*** Data limite para realização do Vestibular, face as atividades de correção, divulgação, prazos recursais, cadastramento e confirmação de matrícula.

**** Data de início das aulas (16/10/2006, conforme calendário letivo da UFSM, alterado em função de greve), o que refletiu na imposição de prazos para a maioria das outras atividades.

UFSM. A questão dos móveis e equipamentos necessários, no âmbito administrativo, já determinou o início da intervenção mais ativa da Comissão, posto que se fizessem necessárias licitações, as quais demandam amplo planejamento, desde a descrição pormenorizada do bem pretendido, alocação de recursos e solicitação ao Departamento de Material e Patrimônio/DEMAPA, o qual providenciou as competentes licitações com a devida obediência aos prazos e condições legais impostas pela legislação que rege as aquisições e contratações do setor público.

Aqui se torna necessário enfatizar, através da atuação deste Departamento, o desprendimento das equipes administrativas da que compõem a Administração da UFSM. As equipes todas são enxutas e planejadas para atendimento de manutenção das atividades da UFSM, tratando mais de reposição e manutenção de algo que já está instalado.

Com as necessidades geradas pelos novos seis Centros (CESNORS e UNIPAMPA), o aumento nas atividades foi de monta avassaladora, uma vez que tudo tinha que ser feito a partir do zero. As necessidades eram totais. Assim, a gama de serviços ofertada pelos vários Departamentos, dentre os quais se destacou o DEMAPA, foram utilizadas na íntegra e simultaneamente, isto é, não restou um único setor administrativo que não tenha sido acionado, em limite total de capacidade, sendo que, para fins de registro, esta situação perdurou por aproximadamente 02 (dois) anos, quando então a demanda entrou em um nível mais aceitável, pois o Projeto entrou em situação de estabilidade no tocante às condições ofertadas aos alunos, Docentes e TAE daqueles Centros.

Repisa-se, assim, o altíssimo nível de comprometimento dos Servidores de todos os Departamentos e setores citados na presente dissertação, não só como espelho da magnitude dos projetos levados a efeito, mas também como reconhecimento pelos excelentes serviços e demonstração de desprendimento ao aceitarem o desafio e labutarem tanto tempo em regime de sobrecarga.

Quanto à revisão e atualização dos PPP, elaborados em regime de urgência, necessitou a intervenção pessoal do prof. Jorge Luiz da Cunha, o qual coordenou uma pequena equipe de colaboradores para, em dois meses, concluírem os serviços e aprovarem os mesmos, a tempo de que o edital de vestibular pudesse ser publicado.

Nomeação de bancas para concursos para docentes e os concursos propriamente ficaram ao encargo da Comissão Permanente de Pessoal Docente, sendo que os mesmos deveriam estar prontos e homologados até junho de 2006, sob pena de inviabilizar o projeto caso não efetuados a tempo, uma vez que era ano eleitoral e a Lei veda posses no Serviço Público nos 90 dias anteriores ao 1º turno e 90 dias após o 2º turno. Este prazo era

impreterível, uma vez que, ao tempo que o concurso não estaria perdido, sem poder nomear os aprovados a tempo as aulas não teriam como iniciar. A logística envolvida num concurso público, em especial para docentes, permite imaginar a pressão sob a qual as bancas trabalharam para que tudo saísse a contento.

Ainda sob a ótica de provisionamento de pessoal, a Pró-Reitoria de Recursos Humanos, atual Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas encarrega-se de editais de concursos públicos, posse e exercício dos Técnico-Administrativos necessários ao início das atividades, de igual maneira pressionados pelos prazos legais de assunção, válidos tanto para os docentes quanto para os TAE.

Na parte de infraestrutura, diversos setores da UFSM foram acionados, em uma sistemática de provimento de condições operacionais de forma a possibilitar a ação do novo Centro de maneira integrada à Instituição, com vistas a diminuir ao máximo os percalços que, sabia-se, viriam.

Ao Centro de Processamento de Dados/CPD, depois de criadas pela PROPLAN, as Unidades de Ensino no organograma da UFSM, se coube adequar o Sistema de Informações para o Ensino - SIE - que é o sistema informatizado geral da Instituição e instalá-lo no diversos Centros, assim criados e capacitar o pessoal que iria operá-lo a partir das Unidades. Isso se envolveu desde cabeamento, instalação de equipamentos, testes de conexão, adequações na programação do sistema e capacitação, tudo isso atendendo, simultaneamente, a Sede e as Unidades em questão, observadas as dificuldades impostas pelas distâncias envolvidas, conforme mapa anteriormente exposto.

De igual forma, a Divisão de Arquivo Geral teve que criar rotas de malotes e operá-las de forma integrada ao sistema de malotes internos da Instituição. Para os campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, o sistema já estava vigente, uma vez que foi utilizado o sistema pré-existente para o Colégio Agrícola, demandando somente uma parada a mais em Palmeira das Missões, Município que fica no trajeto Frederico Westphalen-Santa Maria. Porém, para os outros cinco campi da UNIPAMPA, a logística teve que ser criada do zero, o que impactou de igual forma o Setor de Transportes da UFSM, que passou a atender também a Fronteira Oeste do Estado.

A questão das obras necessárias foi um fator à parte, uma vez que as áreas disponibilizadas não detinham a mínima infraestrutura, sendo necessário criar condições de chegada desde a energia elétrica, passando por transmissão de dados, telefonia, água, esgoto, arruamento, acesso muitas vezes externos, o que gerou a necessidade de parcerias com as respectivas Prefeituras Municipais o que, diga-se de passagem, em que pesem as

circunstâncias urgentes advindas dos prazos exíguos, foram resolvidas de maneira tranquila também graças à atuação dos Prefeitos e suas equipes, que trataram do suporte que lhes foi possível disponibilizar.

Figura 9 – Terraplanagem CEU I (Casa do Estudante) - 05/10/2009 - F. Westphalen

Fonte: Acervo pessoal do Engº Rodrigo de Bivar.

Figura 10 – CEU I - 27/02/2011 - F. Westphalen

De forma a atender uniformemente as necessidades de espaço físico, foram projetados prédios modulares, a serem construídos simultaneamente nos vários campi então em implantação. Esta estratégia serviu não só à identidade da Universidade como um todo, uma vez que os projetos acompanharam o padrão construtivo da Sede, como serviu à perfeição no sentido da otimização de recursos humanos e orçamentários, ao tempo que reduziu satisfatoriamente os prazos de atendimento. De fato, não podemos ignorar que em Frederico Westphalen, por exemplo, um projeto que começou do nada em janeiro de 2006, passou por planejamento, projeto, licitação, contratação, construção e teve inaugurado seu primeiro módulo em julho de 2007. Em dezoito meses após o início do projeto e menos de um ano após o início das aulas, o CESNORS já se dispunha de um prédio para instalar-se de maneira definitiva. Não atendia a totalidade das necessidades, mas a este módulo vieram mais quatro ainda na fase de implantação, bem como Restaurante Universitário, Casa do Estudante (figuras 9 e 10), construída em seu primeiro módulo de 2009 a 2011, Almoxarifado, Estúdio de TV, laboratórios, salas de professores e demais instalações que hoje compõem todo um complexo estudantil.

Figura 11 – Complexo Campi - 27/02/2011 - F. Westphalen

Figura 12 – Complexo Campi/imagem aproximada - 27/02/2011 - F. Westphalen

Fonte: Acervo pessoal do Engº Rodrigo de Bivar.

O processo de implantação foi considerado pela SESu/MEC um “case” de sucesso dentro da política de expansão do Ensino Superior, tanto que a partir de 2007, com o lançamento do Projeto REUNI pelo Governo Federal, o CESNORS já estava plenamente habilitado para crescer, pelo que já em 2009 foram criados mais 05 cursos, dentro da política de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. O quadro de cursos do CESNORS fica então assim composto:

Tabela 2 – CESNORS/Frederico Westphalen

Curso Ano Nº de Vagas

Jornalismo 2006 55

Agronomia 2006 60

Engenharia Florestal 2006 60

Relações Públicas - Multimídia 2009 30

Engenharia Ambiental 2009 60

Sistemas de Informação 2009 40

Tabela 3 – CESNORS/ Palmeira das Missões

Curso Ano Nº de Vagas

Administração-Diurno 2006 40 Administração-Noturno 2006 40 Enfermagem 2006 40 Zootecnia 2006 40 Nutrição 2009 40 Ciências Biológicas 2009 40

Tem-se então que, em 2006, o Centro é criado com seis cursos, sete turmas, perfazendo um total de vagas ofertadas de 345 vagas e, já em 2009, em um salto propiciado não só pela oportunidade dada pela Política Governamental, mas, principalmente, pela capacidade do próprio Centro de crescer apesar de ainda estar em implantação, foram disponibilizados mais cinco novos cursos com mais 210 vagas. Um crescimento na ordem de 60,8% (sessenta vírgula oito por cento) em apenas três anos de funcionamento e ainda não totalmente implantado, numa demonstração muito clara de que o projeto estava superando em larga margem os objetivos inicialmente traçados.

Acresça-se a isso o fato de que, em 2009, o CESNORS estava já atendendo a totalidade do tripé que compõe a Missão da UFSM: Ensino, Pesquisa e Extensão.

Dimensionando a afirmativa acima, temos que, até 2009, o CESNORS desenvolveu, a par das atividades didáticas voltadas às aulas presenciais e a seu plano de crescimento via REUNI, incontáveis projetos, considerando que era então um Centro com pouco mais de três anos de existência, conforme tabela abaixo:

Tabela 4 – Projetos Desenvolvidos no CESNORS 2006/2009

NATUREZA QUANTIA

Ensino 31

Extensão 37

Pesquisa 85

Fonte: Gabinete Projetos CESNORS/UFSM.

Estas atividades foram possíveis graças às equipes dos dois campi, altamente qualificadas e em condições de abrir linhas de pesquisa de forma quase que imediata aliado ao fato que o CESNORS foi dotado de excelentes laboratórios e materiais didáticos de qualidade. Nas figuras 12 e 13 apresentamos montagens de imagens representativas de parte dos resultados dos esforços empreendidos na implantação do CESNORS.

Figura 13 – Campus Palmeira das Missões - 2011

Figura 14 – Campus Frederico Westphalen - 2011

Nesta fase do Projeto, as obras e aquisições estavam em pleno andamento, sendo as atividades desenvolvidas já em prédios próprios e com novos módulos em construção, de forma a cumprir a destinação dos recursos desembolsados ainda em 2005 (R$ 5.260.000,00), acrescidos dos valores liberados pelo MEC via Orçamento anual, conforme tabela:

Tabela 5 – Recursos desembolsados em 2005

Ano Mat. Consumo Obras Equipamentos Total/ano

2006 303.258,00 - 2.372.698,00 2.675.956,00

2007 726.723,00 3.252.925,00 2.105.768,00 6.085.416,00 2008 800.448,00 1.207.500,00 1.965.500,00 3.973.448,00

2009 776.000,00 - 290.015,00 1.066.015,00

2010 820.000,00 783.895,00 - 1.603.895,00

Fonte: Direção do CESNORS/UFSM.

Estes foram os recursos utilizados de forma específica, via repasses da SESu/MEC para implantação e REUNI no âmbito do CESNORS, sendo que a partir do exercício de 2011, o Centro passou a compor o Orçamento Geral da UFSM e seus recursos de manutenção e investimento passaram a ser os referentes à sua cota no IDR (Índice de Distribuição de Recursos) da UFSM, onde cada Centro obtém parte do Orçamento Geral conforme sua participação na composição dos números da Instituição. A participação dos Centros no IDR é proporcional à sua contribuição nos Indicadores Gerais, decorrentes de diversas variáveis, distribuídas em 04 (quatro) grupos. Destes, três remetem às atividades-fim - Ensino, Extensão e Pesquisa - e um grupo remete ao desempenho retrospectivo de cada Unidade.

Após a conclusão do Projeto de Implantação, a partir de 2011, para fins de demonstração da importância que o CESNORS adquiriu no contexto da Instituição, apresentamos a tabela que mostra a distribuição do IDR/UFSM, onde o CESNORS imediatamente ingressa no rateio de forma extremamente significativa e alavanca sua participação ano após ano, demonstrando de forma inequívoca sua inserção no modelo da UFSM, com o cumprimento pleno dos requisitos necessários para apresentar o posicionamento em gráfico vertical.

Tabela 6 – Distribuição do IDR/UFSM - 2011 Centros/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 CCNE 18,0300 17,0300 16,0300 15,6990 15,1300 14,3810 13,9890 CCR 19,4630 19,3420 18,4720 17,2300 17,2790 16,8740 16,4050 CCS 17,3670 17,5210 17,8110 16,4350 16,7330 16,8260 16,8630 CE 7,1110 7,4390 8,2911 6,6220 6,5850 6,4070 7,4070 CCSH 13,1290 13,7300 14,5240 13,2960 13,2840 13,6780 14,1550 CT 12,5960 12,3750 12,6090 13,9110 12,9160 12,6160 12,6160 CAL 7,2930 7,6430 7,7450 6,5820 7,5820 7,8250 7,0030 CEFD 5,0080 4,9150 4,5130 4,3700 4,2070 3,7820 3,4400 CESNORS 0,0000 0,0000 0,0000 5,8550 6,2840 7,6070 8,1220 99,9970 99,9950 99,9951 100,0000 100,0000 99,9960 100,0000

Fonte: Direção do CESNORS/UFSM.

Figura 15 – Distribuição do IDR/UFSM - 2011 em gráfico

Perc/ANO 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: Direção do CESNORS/UFSM.

Também contribui para visualizar o crescimento do CESNORS como Unidade da UFSM o aumento gradativo do quantitativo dos seus segmentos, destacando-se não só o crescimento natural de implantação através do ingresso de novas turmas até compor a totalidade dos semestres dos respectivos cursos, mas também o forte impacto ocorrido em 2010, através das ações e novos cursos advindos do REUNI, conforme tabela abaixo:

0,0000 1,0000 2,0000 3,0000 4,0000 5,0000 6,0000 7,0000 8,0000 9,0000 1 2 3 4 5 6 7 Série1 0,0000 0,0000 0,0000 5,8550 6,2840 7,6070 8,1220

Tabela 7 – Demonstrativo do aumento gradativo de alunos até 2010 e proporções Tipo/Ano 2006 2007 2008 2009 2010 Aluno 350 670 991 1296 2643 TAE 10 20 35 33 48 Doc.Mest. 12 19 28 44 49 Doc.Dr. 17 21 40 68 74 Relação Aluno/Doc. 12,68 16,75 14,57 11,57 21,48 Aluno/TAE 35 33,5 28,31 39,27 55,06 Doc/TAE 2,9 2 1,94 3,39 2,56

Estes alguns dos resultados provenientes da atuação de duas Gestões da Reitoria da UFSM, em consonância com a Política de Estado e com os atos de Governo já elencados acima, às quais posteriormente a Gestão 2009/2013, com a Reitoria então sob a condução do Prof. Felipe Martins Müller, daria prosseguimento através da consolidação da nova Unidade. Percebe-se que, na execução do Projeto, temos uma fase de sensibilização, planejamento e negociação efetuada sob a orientação da Gestão Sarkis/Lima, a implantação e aumento via REUNI durante a Gestão Lima/Müller e a consolidação na Gestão Müller/Reinert. As fases em questão foram todas concatenadas de forma a não sofrerem turbulências ou modificações que implicassem mudanças de rumos motivadas por fatores que não os de interesse acadêmico.

Temos, assim, uma linha do tempo representada pelas ações desenvolvidas pelas diversas Administrações da UFSM que, no mesmo diapasão da linha desenvolvida para a Política de Estado, demonstra que as ações foram desenvolvidas em perfeita sintonia com os interesses de Estado, sem tribulações ou interesses pessoais ou de grupos, conforme segue:

Figura 16 – Ações desenvolvidas pelas Administrações da UFSM em três gestões

Fonte: Autor. SARKIS/LIMA Planejamento LIMA/MÜLLER Implantação MÜLLER/REINERT Consolidação

Frisa-se, aqui, que o negociado, planejado e conveniado ainda em 2005, durante a 1ª Gestão de referência, foi implantado à risca pela 2ª Gestão, sem qualquer modificação. Os Cursos propostos, por exemplo, foram os efetivamente implantados. Não houve dissonância. A única diferença entre o inicialmente conveniado e o efetivamente entregue à Comunidade foi o acréscimo gerado pelo REUNI, que se ampliou a oferta inicial. Já a 3ª Gestão tratou-se de consolidar as ações, de maneira a firmar o CESNORS como o Nono Centro da UFSM, legitimando-o como Unidade Educacional de excelência, entregue à Sociedade e, em especial, à Comunidade da Região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, como forma de tributo e reconhecimento à sua luta pela presença da Educação Superior na região. Talvez esta convergência de entendimentos no sentido de trabalharem todos na mesma linha tenha sido fator determinante para o êxito que o CESNORS representa em todo o processo de Expansão do Ensino Superior, apresentado pela SESu/MEC como “case” de sucesso. Estudos futuros eventualmente feitos poderão comprovar, ou não, a hipótese ora levantada.

O que ora se teme presente é o fato de que o Projeto de implantação do CESNORS teve a totalidade de suas ações levadas a cabo no prazo previsto, com uma dilação de prazo de 03(três) meses, destinados ao recebimento dos últimos bens e equipamentos adquiridos, conforme consta do ofício encaminhado à SESu/MEC ao final de 2010, conforme abaixo:

Figura 17 – Dossiê documental de Pesquisa

Ofício n. 1218/2010-GR

Santa Maria, 29 de dezembro de 2010. Senhora Diretora

Ao tempo que a cumprimentamos cordialmente, serve o presente para explanar a esta Secretaria de Educação Superior do MEC entraves de última hora quando da execução do Convênio nºs 151/2005, para implantação do CESNORS/UFSM.

Em que pese o fato de que o Convênio de referência tem sua vigência firmada para o dia 31.12 p.v., e não sendo a princípio intenção dessa UFSM a prorrogação de tal prazo, o não fornecimento em tempo hábil de aquisições efetuadas no final do presente exercício, obriga-nos agora a solicitar, excepcionalmente, a prorrogação de vigência do Convênio por mais três(03) meses, de forma a perfectibilizar suas execuções. De fato, os atrasos na entrega de bens (veículos) e materiais didáticos, causados por fornecedores, deixam a descoberto a intenção dessa IFES de implantar na totalidade dos recursos disponíveis o Projeto em questão.

Ministério da Educação

Universidade Federal de Santa Maria

Isso posto, julgamos que a prorrogação seja a solução mais vantajosa para todos os envolvidos, posto que permitiria a otimização dos recursos, através da entrega dos materiais necessários e seu pagamento dentro do prazo de vigência do Convênio, evitando de tal sorte futura glosa decorrente de pagamentos fora de prazo. Entendendo haver logrado transmitir os motivos que nos levam à presente solicitação e fiados em vossa habitual compreensão, despedimo-nos

Atenciosamente

DALVAN JOSÉ REINERT

Vice-Reitor no exercício da Reitoria À Sra. MARIA PAULA DALLARI BUCCI

MD Secretária da Educação Superior

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR/MEC

Esplanada dos Ministérios, Bloco “L”, 3º andar, sala 343 – Ed. Sede

CEP 70047-903 – Brasília - DF

Já em abril de 2011, quando do encaminhamento da prestação de contas do Convênio 151/2005, o Relatório de Cumprimento de Objeto demonstra a prestação ode contas relativo ao valor de R$ 5.260.000,00(cinco milhões, duzentos e sessenta mil reais), que tratam do valor remetido inicialmente, mais o valor proveniente de aplicações financeiras de valores disponíveis, uma vez que tais recursos encontravam-se no âmbito da FATEC, conforme narrado. A este Relatório, a UFSM fez acompanhar um Anexo, onde o Coordenador do Projeto narra à situação de cumprimento de objeto e elenca não só as ações desenvolvidas, mas também alguns dos benefícios provenientes da implantação da Unidade na região Norte do RS.

Tabela 8 – Relatório de Cumprimento do Objeto

Ministério da Educação – MEC Secretaria da Educação Superior – SESu

Relatório de Cumprimento do Objeto 01. NOME DO ÓRGÃO/ENTIDADE PROPONENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

02. PROCESSO N.º 03. EXERCÍCIO EM QUE O CONVÊNIO FOI ASSINADO 23000.021205/2005-47 2005 04. CNPJ DO ÓRGÃO/ENTIDADE 05. UF DO ÓRGÃO 06. CONVÊNIO N.º 95.591.764/0001-05 RS 151/2005

07.INÍCIO DO PERÍODO DE EXECUÇÃO DO CONVÊNIO

08. FIM DO PERÍODO DE EXECUÇÃO DO CONVÊNIO

28/12/2005 31/03/2011

09.DESCRIÇÃO DO OBJETO DO CONVÊNIO CONFORME PLANO DE TRABALHO:

Apoio financeiro destinado ao Projeto de Implantação do Centro de Educação Superior Norte-RS/CESNORS da Universidade Federal de Santa Maria, nos municípios de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões.

10. O OBJETO FOI CUMPRIDO? ( X ) SIM ( ) NÃO 11. NOTA DE EMPENHO/NOTA DE CRÉDITO N.º 12. DATA DO DOCUMENTO 13. ORDEM BANCÁRIA/PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA N.º 14. DATA DE RECEBIMENTO DO