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Consumo de água

No documento Licenciada em Engenharia do Ambiente (páginas 102-106)

5.3.1 Monitorização, manutenção e otimização do sistema de água

O MPGA sobre a água visa proceder uma auditoria ao consumo de água e sua monitorização, de forma a identificar oportunidades de aumento de eficiências de consumo. Este tópico também consiste numa das grandes preocupações do TROIA RESORT no âmbito do SGA, tendo-se observado melhorias significativas no seu uso. Recorda-se que o conjunto de indicadores deste MPGA reserva-se apenas à atividade hoteleira, nomeadamente ao Aqualuz Suite Hotel Apartamentos.

Do consumo total de água do TROIA RESORT para o consumo humano, 68% destinou- se aos hotéis. O consumo de água do Aqualuz Suite Hotel Apartamentos em termos absolutos foi de 30 947 m3 para o consumo humano e 16 604 m3 para a rega. A tabela 5-16 demostra o resultado do cálculo dos indicadores (i23) e (b28) e a tabela 5-17 do indicador (b27).

Tabela 5-16: Aplicação dos indicadores (i23) e (b28). (i23) Consumo de água por pernoita

O consumo de água por pernoita consiste na água consumida por cada noite passada por cada cliente. O valor obtido encontra-se ainda muito longe do valor indicado pelo indicador de excelência, o que sugere que ainda existem oportunidades de melhoria.

260 l/pernoita

(b28) O consumo total de água é ≤ 140 l por pernoita nos hotéis clássicos e ≤ 100 l por pernoita nas pequenas estruturas onde as casas de banho são, em geral, partilhadas (por exemplo, pensões)

Não

Com as informações recolhidas das DA, foi realizada a figura 5-5, que demonstra a evolução do consumo de água dos hotéis, tendo como referência o valor de excelência proposto pelo DRS assinalado a vermelho. Apensar de se ter verificado melhorias significativas ao longo do tempo, tendo em conta o valor de excelência proposto pelo DRS, ainda é possível diminuir ainda mais o consumo de água.

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Figura 5-5: Evolução do consumo de água no Aqualuz Suite Hotel Apartamentos a azul, face ao valor de excelência proposto pelo D RS a vermelho.

Tabela 5-17: Aplicação do indicador (b27).

(b27) Aplicação de um plano de gestão da água específico para o local, que prevê: i) a submedição e a avaliação comparativa de todos os processos e zonas de elevado consumo de água; ii) a inspeção e a manutenção periódicas dos dispositivos e «pontos de fuga» do sistema de água

Esse plano de gestão da água encontra-se integrado ao SGA global. Sim

5.3.2 Dispositivos que permitem uma utilização racional da água nas

estruturas de alojamento

Esta MPGA promove o consumo racional da água, de acordo com o tipo de equipamento usado (torneiras, chuveiros, sanitas e urinóis). O DRS incentiva o uso de “torneiras com atomizador e chuveiros termostáticos de caudal reduzido, sanitas com descarga duplas e de caudal reduzido e sistemas de urinóis sem água”.

Na tabela 5-19 observa-se o caudal e as descargas dos equipamentos dos quartos de hotel. Deve ter em conta que os valores das torneiras e chuveiros são valores medidos. Para poderem ser comparáveis com outros equipamentos os caudais deveriam ter sido medidos através de condições padrão, pois o caudal é influenciado por vários fatores, como a pressão de água. Não foi possível obter as especificações técnicas das torneiras e chuveiros.

380 340 290 260 140 0 50 100 150 200 250 300 350 400 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Con su m o d e á gu a p o r p ern o ita (l /p ern o ita ) Ano

Consumo de água nos hotéis Valor proposto pelo indicador de excelência do DRS

80

Tabela 5-18: Aplicação do indicador (i25).

(i25*) Caudal dos chuveiros, das torneiras para casa de banho, torneiras para cozinha e dos sistemas de autoclismo

As torneiras do lavatório da casa de banho e da cozinha possuem um redutor de caudal de origem. Foram adicionados redutores de caudal no Troiamar e Troiario para os chuveiros, passando a ter caudal de 10 l/min. No entanto, essa operação não foi efetuada para o Troialagoa, sendo medido 15 l/min.

Os autoclismos têm dois botões de descargas. Uma descarga de 3 l e outra de 6 l, o que corresponde a uma descarga média efetiva de 4,5 l.

As descargas dos autoclismos correspondem ao indicador de excelência, mas todos os caudais ultrapassam o limiar proposto, mesmo aqueles que possuem redutor de caudais.

Torneira banheira – 15 l/min Chuveiros Troialagoa – 15 l/min Chuveiros Troiamar e Troiario –

10 l/min

Torneira lavatório casa de banho – 10 l/min Torneira cozinha - 11 l/min

Autoclismos – 4,5 l (b30*) Caudal de chuveiro ≤ 7 l/min; caudal de torneiras de casa de banho ≤

6 l/min; caudal de torneiras de cozinha ≤ 10 l/min; descarga de autoclismos

≤ 4,5 l Não

5.3.3 Serviços de limpeza eficientes

Através dos seguintes indicadores pretende-se reduzir ao mínimo as necessidades de serviços de lavandaria. Tal pode ser conseguido através de medidas comportamentais, ao influenciar os clientes a reutilizarem lençóis e toalhas, e através aquisições verdes de lençóis e toalhas. São apresentados os indicadores (i26), (i27) e (b35) nas tabelas seguintes. Deve-se ter em conta que o material da roupa de cama são alugados à Elis, logo não pertencem ao TROIA RESORT. A empresa em si não é abrangida pelo SGA, mas sim a sua atividade desenvolvida no TROIA RESORT, sendo então um fornecedor influenciado, mas não controlado.

Tabela 5-19: Aplicação do indicador (b31).

(b31) Pelo menos 80 % da roupa de cama é constituída por uma mistura de algodão-poliéster ou por linho A maioria da roupa de cama é constituída 100% por algodão. O material dos lençóis influencia os

serviços de lavagem, pois quando esse material é constituído por uma mistura de algodão e poliéster

requer menos energia da lavagem, em comparação com o algodão puro. Não

Tabela 5-20: Aplicação do indicador (b32).

(b32) Pelo menos 80 % dos tecidos utilizados nos quartos obtiveram um rótulo ecológico ISO de tipo I (por exemplo, o rótulo ecológico da UE) ou provêm da agricultura biológica

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Tabela 5-21: Aplicação do indicador (b35).

(b35) Pelo menos 80 % (em peso de ingrediente ativo ou em volume comprado) dos produtos de limpeza multiusos, dos detergentes para fins sanitários, dos sabonetes e dos champôs utilizados pelo estabelecimento de alojamento turístico obtiveram um rótulo ecológico ISO de tipo I (por exemplo, o rótulo ecológico da UE)

Apesar de não ser calculada essa percentagem, através de observações no campo conclui-se que

o limiar indicado não é cumprido. Não

5.3.4 Otimização da gestão das piscinas

Na área das piscinas, esta MPGA indica que o uso do cloro deve ser minimizado com o recurso ao tratamento UV ou à ozonização, deve-se recuperar o calor do ar de ventilação evacuado e ainda otimizar a frequência da retrolavagem segundo a perda da pressão. Aplicam- se então os indicadores (i34), (i35) e (b43) nas tabelas 5-22 e 5-23.

Tabela 5-22: Aplicação dos indicadores (i34) e (b43). (i34) Aplicação de um plano de gestão ambiental das piscinas

O plano de gestão ambiental das piscinas encontra incorporado na gestão ambiental da água global. No entanto, não é efetuada a redução do consumo de cloro com recurso a métodos de desinfeção

suplementares, por isso não é cumprido o indicador de excelência (b43). Sim (b43) Aplicação de um plano de eficiência para piscinas e centros termais que prevê: i) análise

comparativa, tendo em conta um nível de referência, do consumo específico de água, de energia e de produtos químicos das piscinas e dos centros termais, expresso em m2 de

superfície de piscina e por pernoita; ii) redução do consumo de cloro graças à otimização da dosagem e à aplicação de métodos de desinfeção suplementares, como a ozonização e o tratamento UV

Não

Tabela 5-23: Aplicação do indicador (i35). (i35) Ozonização ou tratamento UV

O equipamento existe, mas não é utilizado, devido ao elevado consumo energético do mesmo. Não Apenas a presença de uma piscina pode aumentar o consumo de água de um grande hotel por 10% (Green Hotelier, 2013). No caso do Troiario e Troiamar, as piscinas durante o ano de 2015 o consumo de água faturada total foi de 259 m3 (159 m3 na piscina grande exterior, 10 m3 na piscina pequena exterior e 95 m3 na piscina interior). Isso corresponde a 1% do consumo de água nos hotéis do TROIA RESORT em 2015.

5.3.5 Reciclagem das águas pluviais e das águas residuais domésticas

A reciclagem das pluviais e das águas residuais domésticas após tratamento podem ser utilizadas em, por exemplo, autoclismos e na irrigação. O Club House, localizado no TROIA GOLF, tem recurso à reciclagem das águas pluviais, mas este facto não pode ser considerado na aplicação do indicador (i36), pois encontra-se fora do âmbito definido. No entanto, está previsto na ETAR que serve o Aqualuz Suite Hotel Apartamentos a reciclagem das águas residuais domésticas, também para o benefício do golfe.

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Tabela 5-24: Aplicação dos indicadores (i36) e (b44). (i36) Recurso à reciclagem das águas residuais domésticas ou das águas pluviais

Atualmente não existe recurso a esse sistema, mas encontra-se prevista a implementação de reciclagem de águas residuais domésticas ou das águas pluviais na ETAR que serve as áreas

hoteleiras. Não

(b44) Instalação de um sistema de reciclagem das águas pluviais que satisfaz a procura interna de água e/ou de um sistema de reciclagem das águas residuais domésticas que satisfaz a procura interna ou externa de água

Não

No documento Licenciada em Engenharia do Ambiente (páginas 102-106)